O NACIONALISMO NÃO SIGNIFICA ADMIRAÇÃO PELOS POLÍTICOS, QUE SÃO PASSAGEIROS, MAS AMOR PELA PÁTRIA E PELO SEU POVO, QUE SÃO A RAIZ DA TERNURA E O MOTIVO DE NOSSA EXISTÊNCIA.

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL | INDICAÇÃO LIVRE OU COMPROMISSO DIUTURNO E INABALÁVEL COM A CONSTITUIÇÃO?

Escrevi este texto no dia 14 último. E talvez já hajam indicados efetivos ao cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal, talvez não.

No dia 14 fiquei assombrado com a manifestação da imprensa, em mídias progressistas, como o ICL e o UOL, exigindo do governo a indicação de nomes que sejam representativos de minorias ou maiorias, como de mulheres, negros etc. Acho muito justo e coerente haver representatividade em todos os Tribunais Estaduais e Federais, incluindo aí o Superior Tribunal de Justiça. Esses Tribuais representam, mais de perto, o anseio da população. Jà o STF é uma corte política, diferentemente dos demais.

Entendo a conveniência e oportunidade de haver representatividade de segmentos excluídos de nossa sociedade no Supremo Tribunal Federal, Porém, há questões maiores em se tratando da nossa Suprema Corte, nossa corte Constitucional e política. Explico.

O nosso país acabou de sofrer um forte ataque ao Estado de Direito, à Democracia e ao voto popular. Se não fosse a determinação de alguns Ministros do STF, poderíamos estar vivenciando um Estado de Exceção. Mais. Também vivemos uma época de ataque ao Estado, às instituições e ao serviço público. Daí a necessidade de que um Ministro, mais do que representar ou simbolizar a representatividade de um segmento populacional, tenha a firmeza de defender o Estado, o Direito Público e o Direito Administrativo contra tentativas de enfraquecimento do Estado brasileiro. Mas não para aí. Também vivemos ataques sucessivos a direitos sociais e fundamentais, em especial aos trabalhistas, de forma que o(a)s juristas a serem indicado(a)s devam ter firmeza na defesa dos direitos sociais garantidos por leis ordinárias ou constitucionalmente.

O Ministro da Suprema Corte representa a defesa dos valores consagrados na Constituição e do Estado brasileiro, de forma que, mais que um segmento, o Ministro há de representar a vontade popular consagrada no arcabouço legal brasileiro, em especial na Consitutição Federal. O STF é a nossa última instância e última esperança!

Se uma Ministra mulher ou trans, se um(a) Ministro(a) preto(a), se um(a) Ministro(a) Espírita ou de religião de matriz africana ou islâmica for indicado(a), ou se for homem branco cristão, há de ter, necessariamente, compromisso maior com o Estado, com o Estado de Direito, com o Direito Público, com os Direitos Humanos e com os Direitos Sociais, mais que tudo. O Supremo é a última esperança da Democracia, do Estado de Direito, do Direito Público e dos Direitos Sociais, diuturnamente sob ataque da mídia, da direita e da extrema direita, do neoliberalismo anarcocapitalista e do capital financeiro.

O Ministro do STF não é militante de uma causa específica, embora possa representá-la. A maior das causas, sem dúvidas, é do Estado Brasileiro, do nosso Direito Público, do nosso Direito Administrativo, do nosso Estado de Direito, da nossa Democracia, dos nossos Direitos Humanos e dos nossos Direitos Sociais, sem os quais não há Brasil, mas uma distorção a serviço de uma Nação estrangeira ou de parcela poderosa de nossas elites política e econômica. 

O Presidente da República, mais do que nunca, precisa ter a liberdade de escolha para indicar alguém comprometido com a Constituição brasileira.

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

OS RISCOS AOS PRÓPRIOS ESTADOS UNIDOS DE UMA INVASÃO À VENEZUELA. HÁ, E MUITOS.

Acabou de ser divulgado na mídia que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, teria autorizado ação da CIA para a deposição do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Trump ainda estaria analisando a possibilidade de invasão terrestre para o combate aos carteis de drogas.

Como se percebe, são ações vagas, Os Estados Unidos podem adotar essas ações? Podem. Devem? Não e explico abaixo.

Trump é imprevisível, não sendo possível afirmar que ele analisará toda a conjuntura antes de tomar uma decisão final. Vide as tarifas impostas. Ele aplicou sem pensar e recuou inúmeras vezes, e acabou ocasionando prejuízo a um setor da área agrícola e a muitas indústrias e comércios estadunidenses, além de aumento de custo aos consumidores americanos.

A Venezuela possui exército e aeronáutica fortes (em comparação a outras forças do continente) e possui os mísseis mais avançados da América do Sul. Além disso, tem uma força extra, de uma milícia que pode agrupar 4 milhões de pessoas, no caso de uma invasão terrestre.

Os Estados Unidos ironizam, dizem que os venezuelanos não terão armas suficientes para o seu exército e menos ainda para os membros da milícia. Invadem os céus e mares venezuelanos em claros atos de provocação. Até agora a Venezuela assiste a tudo passivamente, mas não se sabe até quando.

Donald Trump tem uma ligação muito próxima com o setor petrolífero dos Estados Unidos, que é quem mais dá dinheiro para suas campanhas eleitorais, em especial com a Exxon, que é a empresa autorizada a explorar petróleo e gás na Guiana, com quem a Venezuela tem contendas de fronteira.

Não é difícil imaginar que em uma hipótese de ataque aéreo ou naval, ou até mesmo de invasão, um dos primeiros alvos sejam as bases da Exxon na Guiana. A Venezuela tem mísseis com alcance e precisão para isso.

A guerra não é a melhor opção para os Estados Unidos. Invasão terrestre ocasionará a morte de dezenas de milhares de estadunidenses em poucos dias. O que pode haver é a entrada de um ou mais pequenos grupo de elite para ações terroristas, como sequestro e assassinato de autoridades e bombardeios de áreas específicas. Pequenos grupos militares bem treinados que penetrem em florestas são difíceis de localizar e monitorar.

O mais crível, porém, seria uma ação exclusiva da CIA, da principal agência de inteligência estadunidense, movimentando parte da oposição venezuelana para fomentar manifestações em Caracas e em outras partes do país, bem como financiando, armando e treinando células da oposição para ações armadas pontuais, como criar cenários de caos nas grandes cidades e provocando assassinatos de autoridades. O porém é que a Venezuela tem um serviço de inteligência e de contra-informações de excelência, os melhores da América do Sul, que já devem estar alertas desde antes das ações provocativas dos Estados Unidos. As forças policiais também já devem estar preparadas para reagir.

Uma invasão militar exigiria um número alto de militares, de centenas de milhares, com possíveis óbitos diários de milhares de estadunidenses. A Venezuela é um país grande que tem muitas matas, o que dificulta ações militares exitosas, como os Estados Unidos aprenderam com a sua derrota no Vietnã. 

Ataques aéreos são possíveis. Se forem usados caças, é possível que a defesa aérea venezuelana, a melhor da América do Sul, derrube não só mísseis, mas diversos aviões dos Estados Unidos.
 
As ações são arriscadas e, salvo na Síria, as ações estadunidenses não tem tido o êxito esperado. Além do mais, a oposição a Trump aumenta a cada dia em solo dos Estados Unidos, seja no serviço público civil e militar, seja na sociedade civil. Arriscar uma guerra com baixas pode provocar o aumento de manifestações em todos os Estados Unidos.

Trump deve estar mais ameaçando do que querendo agir, mas se agir poderá se dar muito mal e ocasionar prejuízo à sua maior financiadora, a Exxon, ao contrário do que pensa.

Essas são as informações de geopolítica que deveriam ser prestadas a você leitor do blog. Obrigado por acompanhar esse canal.

DIA DOS MESTRES

Fingir que se ensina é fácil. Ensinar verdadeiramente é uma missão, uma arte e um ônus, e é também um dever do Estado que rege a sociedade.

Ensinar é fazer pensar e iniciar a compreensão. Embora os ocidentais não aceitem, a compreensão da sociedade em que vivemos caminha ao lado da compreensão da Espiritualidade do mundo que nos rodeia, ou deveria.

Não existe razão ou verdadeira religiosidade sem o caminho da compreensão. Compreensão não é a mera aceitação, mas também o fruto de um prévio questionamento interior.

Os mestres, desde que verdadeiros, ensinam, seja no campo espiritual ou científico. Mas os verdadeiros mestres são os que compreendem verdadeiramente, através de estudos, reflexões e interiorização do conhecimento sobre a sociedade, o homem e o Cosmos.

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

O QUE AS GUERRAS ATUAIS NOS REVELAM?

A guerra de Gaza, a guerra da Ucrânia, as guerras na África, as guerras localizadas e temporárias (breves) na Ásia e as guerras tarifárias têm algo em comum?

Antes de responder, vamos ver quais são os atores indiretos ou de profundo destaque de cada uma dessas guerra.

A guerra de Gaza, que envolve Hamas e Israel, também revela a participação de diversos países, dos quais os mais relevantes são Estados Unidos e Irã.

Passemos a outra guerra, a da Ucrânia e Rússia. Os agentes que se destacam são a OTAN e a própria Rússia. 

As guerras da África evidenciam as potências europeias, a Rússia e novas potências regionais, como o Egito e a  Turquia.

As guerras pontuais na Ásia evidenciam a ação das inteligências britânica e estadunidense e ações discretas da China e da Rússia e Irã.  

As guerras tarifárias nos revelam muito sobre os Estados Unidos e a sua decadência econômica, o fracasso do neoliberalismo vigente há 40 anos e a importância das indústrias de peso, como as existentes na China.

Ao contrário do que muitos pensam, a geopolítica não é linear e muitos atores ora pendem para um lado, ora para outro, como o Egito, a Turquia, a Arábia Saudita e tantos outros.

Como dizem, em geopolítica não há países amigos, mas interesses - momentâneos ou não - em comum.

O que tais guerras nos revelam: 

A) UCRANIA: fracasso da antes poderosa OTAN em enfraquecer e repartir em diversas repúblicas a Rússia; o início de uma crise econômica trágica para a Europa, o fortalecimento da indústria militar russa e uma ação discreta e pontual, como sempre, da China;
B) GAZA: o interesse dos Estados Unidos em criar tensões contínuas na região dos grandes países produtores de petróleo e gás e de aniquilar ou afastar da órbita da China países parceiros daquela,.com destaque ao Irã.
C) PAQUISTAO: tirando a questão dos países produtores de gás e petróleo, podemos repetir o que foi dito a respeito de Gaza, com o acréscimo da ação pontual e sempre discreta da China.
D) AZERBAIJÃO: ação direta dos serviços de inteligência estadunidense, britânico e israelense, a intenção do ocidente de criar zona de tensão no Cáucaso, a fim de facilitar o ingresso de terroristas no Irã e na Rússia.
E) IRÃ: a capacidade desse país de, mesmo sob severas sanções, ser capaz de desenvolver uma importante indústria bélica e também tecnológica, com satélites próprios, alguns dos melhores e mais eficientes mísseis do mundo e reinventando a arte da guerra, onde os componentes principais não são mais produtos caríssimos e altamente tecnológicos, com dificuldade de produção e reposição, mas itens de tecnologia barata, de fácil produção e reposição - em diversas e distantes plataformas -  e alto volume de ação militar.
F) ÁFRICA: a decadência geopolítica e militar da Europa, com destaque à França, a atuação da Rússia, o ressurgimento do nacionalismo na África, o que explica um alinhamento cada vez maior à Rússia e China, além de uma tentativa de interferência do Egito e da Turquia sobre os países de maioria islâmica, seja no norte da África ou na subsaariana. E também, por óbvio, o afastamento (não total, mas relevante) dos Estados Unidos na região.
G) GUERRAS TARIFÁRIAS: que os Estados Unidos não são amigos de nenhum país, exceto Israel, que a economia estadunidense não anda nada bem, que os Estados Unidos se desindustrializaram e abandonaram a política da boa vizinhança e que o alvo principal - em razão do volume tarifário - são os países do BRICS, com destaque à China.

Qual a conclusão a que podemos chegar? Os Estados Unidos estão cada vez mais decadentes, mas mais beligerantes, ainda que por ações econômica e de sua inteligência. Que a África e Irã, além do sudeste asiático, prometem ser, cada vez mais, atores importantes nos próximos anos. Que a China não dá para ser combatida militarmente de forma direta, devendo haver movimentos para bloqueio de fornecimento de alimentos, petróleo, gás e minério para ela, bem como o afastamento, ou enfraquecimento, de paises alinhados a ela. O elo se fortalece entre a Rússia, a China e o Irã, este como agente importante geopolítico, seja pela localização, seja por suas ações estratégicas, seja pela produção de petróleo e gás, seja pela sua produção bélica de ponta. E a China, que se fortalece militarmente muito rapidamente, também passa a atuar cada vez mais fora de seu território, graças a uma diplomacia eficiente, aos movimentos econômicos de atração e às decisões estratégicas absolutamente discretas.

A Terra gira e os Estados Unidos e Europa  não estão mais na parte superior do globo geopolítico. O Sul Global ganha relevância, com destaque à China, Rússia, Irã, Índia, demais países do BRICS, África e sudeste asiático.

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

ARTEFATO MILITAR NUCLEAR BRASILEIRO, TER OU NAO TER?

Há uma proposta de que o Brasil possa desenvolver artefatos nucleares militares para a sua autodefesa.

Pessoalmente penso que as armas nucleares deveriam ser proibidas em qualquer canto do mundo, seja em Israel ou Irã, Estados Unidos ou Rússia. A sua proliferação não traz nada de bom para a humanidade.

Porém, pelo bem do Brasil, não podemos ser cegos e não ver o risco que corremos, enquanto poucos países se utilizam de seu poder nuclear para abusar em questões comerciais e militares.

Porém, também é fato que a obtenção de artefatos nucleares traz uma segurança interna de não invasão ou ataque. É o chamado poder de dissuasão. Não é difícil de compreender, assim, o motivo da Coreia do Norte não ter sido invadida desde o desenvolvimento de seus artefatos nucleares.

O Brasil, com a Amazônia que esconde tesouros hidrominerais sob o seu subsolo (água, petróleo, gás, terras raras e demais minerais) é objeto de cobiça do ocidente desde a nossa colonização. A pressão por sua internacionalização e retirada de nossa soberania na região é constante e a cada dia maior.

Mas não é só lá que há recursos ambudantes. O há em quase todo o nosso Território, em especial na região da tríplice fronteira (produção de eletricidade e água doce), sudeste (capacidade industrial, agricultura e mineração) e na chamada Amazônia Azul (nossas águas continentais).  A possibilidade de invasão existe por qualquer canto de nossas fronteiras. Mas também há o risco mais imediato de sofrermos um bloqueio naval, impedindo a importação e exportação de nossos produtos, e isso pode se dar por dois fatores bem simples. O primeiro é prejudicar a nossa economia, em especial o agronegócio, e o segundo é prejudicar o nosso principal parceiro, que necessita de nossos minérios para a produção industrial e tecnológica e de nossos alimentos para a sobrevivência de seu povo. Nos referimos à China, nossa grande parceira. Mas a quem interessaria esse bloqueio? Aos seus concorrentes e  oponentes econômicos, Estados Unidos e Europa, leia-se OTAN. 

A defesa pode ser feita com mísseis de pequeno, médio e longo alcances, e a chamada chuvas de drones de ataque, o que enseja a produção industrial dentro do Brasil, trazendo conhecimento tecnológico de ponta ao país, benéfico sob todos os aspectos, inclusive de custo, se comparado com o valor astronômicos de aviões de última geração e porta-aviões.  

Porém, mesmo podendo nos defender, isso não impediria ataques de potências inimigas a alvos estratégicos, como São Paulo, Rio, Foz do Iguaçu e outras regiões. O que impediria sofrermos ataques são a capacidade de diálogo por nossos embaixadores junto com a capacidade dissuasoria, ou seja, de que quem nos atacar poderá ser prontamente atacado com alto grau de destruição. Hoje, o Brasil só tem a capacidade diplomática, não a de retaliação a países como Estados Unidos, Inglaterra, França, Rússia e China. Para isso deveríamos possuir mísseis balísticos intercontinentais capazes de carregar artefatos nucleares.

Os mísseis são importantíssimos, mas não teriam a capacidade dissuasoria sem artefatos nucleares.

O Irã tem capacidade de atingir Israel e Europa com seus potentes mísseis, mas como não tem poder nuclear, continua a ser alvo de ataques. Já com a Coreia, potência nuclear, nenhum país se arrisca. Mesmo na guerra da Ucrânia e Rússia, os países da OTAN não agem livremente, havendo um limite de ações, considerando o potencial nuclear russo, o maior do globo.

Obviamente, a mudança constitucional a permitir a posse e desenvolvimento de artefatos nucleares militares pode exigir que o seja para fins específicos de defesa e contra-ataque, sendo vedada a utilização para ataque gratuito a qualquer pais, em especial aos nossos vizinhos latino americanos. 

Caberá à nossa diplomacia expor aos nossos vizinhos, através de muito diálogo, que isso visa proteger a nossa região, desde a Patagônia ao México, sendo proibido qualquer caráter de agressão, com prisão de seus responsáveis, se o caso, inclusive com a imediata destituição do presidente da República que porventura desobedeça o princípio de não agressão, a fim de evitar uma corrida armamentista na região, algo complexo e perigoso a todos.

Deve ser ressaltado, ainda, que a produção de armas nucleares, por si só, não nos traz defesa alguma sem que haja o desenvolvimento de tecnologias de transporte, seja por aviões, mísseis, navios e submarinos, algo que deve começar desde já.

Um tema tão polêmico deve ser objeto de discussão ampla nos setores militares e diplomáticos e principalmente na sociedade, sempre acompanhada das questões geopolíticas envolvidas, sob pena de, não o fazendo corretamente, haver tendência de manipulação da opinião pública brasileira. 

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

TERRORISMO. GUERRAS. JERUSALÉM. O CONTO DO TERROR DO IMPERIALISMO E DO OCIDENTE CONTRA O ORIENTE E O PRÓPRIO OCIDENTE.

As mil e uma noites foi uma obra baseada em contos orientais, principalmente árabes e que seduziu o ocidente com o seu imaginário fantástico.

O Oriente invadiu a península Ibérica e levou e difundiu conhecimentos filosóficos, matemática, arte e medicina. Posteriormente, os turcos dominaram parte do leste europeu. O conhecimento era difundido por árabes e islâmicos.

Em troca, cerca de mil anos atrás, o ocidente invadiu Jerusalém e cidades que se situavam entre a cidade Sagrada e a Europa, matando islâmicos e judeus. Cerca de 500 anos atrás, adveio a Inquisição, que perseguiu islâmicos e judeus na Península Ibérica. Tempos depois, dominou por meio do imperialismo a Palestina, a Síria, o Líbano e o Iraque. Em seguida, repartiu a Palestina majoritariamente islâmica, mas também judaica e cristã, com sionistas vindos principalmente da Europa, criando Israel.  Mais recentemente, o ocidente invadiu o oriente com mísseis, bombas e botas, pisando em solos iraquiano, afegão, líbio, libanês e sírio. E esse é o conto do ocidente, um conto recheado de mentiras, falsidades e golpes e, principalmente, de terror, e que ensejou, com o seu apoio tático e financeiro, o surgimento do terrorismo no Oriente próximo, como se verá mais à frente.

Durante a Idade Média, islâmicos e judeus eram vistos com desprezo e sofriam preconceito e perseguição em boa parte da Europa.

Foi só a partir do fim do Holocausto ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial que a Europa diminuiu o preconceito contra judeus e os reposicionou no meio do mundo árabe, criando um Estado artificial chamado Israel, que além de se constituir em terras originalmente Palestinas, passou a ocupar ilegalmente as áreas destinadas pela ONU aos palestinos e expulsando e matando centenas de milhares de palestinos. Mas isso ainda não era chamado de genocídio. Foi somente a partir de outubro de 2023, com a destruição de mais de 90% das construções existentes na Faixa de Gaza, com o ataque e destruição de hospitais, escolas e prédios de assistência humanitária e assassinato de centenas de jornalistas, médicos e profissionais de assistência humanitária e da ONU e quase 4% da população de Gaza, a maioria formada por mulheres e crianças, muitas executadas em filas de ajuda humanitária, que as organizações internacionais e a ONU passaram a chamar isso de genocídio.

Israel sequer é consenso entre o povo judeu. Muitos judeus seculares, comunistas e religiosos se posicionam contra o Estado de Israel, chamando-o de inimigo dos verdadeiros judeus, e bradam pelo Estado da Palestina.

Na Palestina antiga, de judeus e ocupada pelos romanos, nasceu Jesus. Depois, judeus foram expulsos de lá pelos romanos, mas alguns continuaram em terras palestinas. E de lá para cá conviviam em relativa e consistente paz judeus, islâmicos e cristãos, as religiões dos palestinos de então, seja sob domínio islâmico, turco ou britânico. A grande massa de judeus expulsa no ano 70 d.C. jamais voltou e se fixou em países árabes, europa e cáucaso, posteriormente se expandindo para o continente americano, até a criação de Israel, 1900 anos depois.

A criação de Israel não foi conversada com os países árabes e os palestinos, que estavam sob o mandato britânico, mas foi imposta à força.

Pelo o que se sabe da história, o terrorismo surgiu na região no século I, pelos sicários judeus, contra o império romano. Assim como hoje ocorre com o Hamas, os sicários judeus utilizavam-se de atos de resistência e terrorista contra os então ocupantes romanos. Depois, o terrorismo foi novamente instaurado por forças como o Haganá sionista, que expulsava palestinos e destruía aldeias islâmicas e cristãs palestinas no início do século XX, antes da criação de Israel. Posteriormente à criação de Israel, os palestinos passaram a exercer resistência à ocupação israelense de territórios nas Faixas de Gaza e Cisjordânia, muitas vezes utilizando-se de força e atentados terroristas. E não é de hoje que o próprio Estado sionista se utiliza de táticas terroristas contra civis, o que é constatável pela visualização de qualquer vídeo do massacre que ocorre em Gaza.

Ainda quanto ao terrorismo no Oriente próximo, foi a partir da guerra da União Soviética contra o Afeganistão, que a CIA, juntamente com o MI6 britânico, passou a financiar e a treinar movimentos jihadistas islâmicos. Em seguida surgiram a Al Qaeda e o ISIS (Estado Islâmico) e tantas outras derivações desses mesmos grupos, também com apoios da CIA e do MI6, mas também de financiamento de países como Arábia Saudita, Catar e Kwait e apoio tático da Jordânia, Turquia e Israel. O terrorismo focado no Oriente próximo expandiu-se para a Rússia, China, Sudeste Asiático e África. Hoje, a Síria é governada por um grupo dissidente da Al Qaeda, tolerada e até em certo ponto apoiada por Israel durante a guerra civil na Síria, mas a imprensa não os chama de ditadores ou terroristas. O atual “governo” sírio é bem visto pelas potências ocidentais, mesmo com a perseguição a grupos minoritários, como curdos, cristãos e alauítas. Essas denominações – ditadores e terroristas - são utilizadas pela chamada mídia “mainstream” apenas para os inimigos do império.

Os contos ocidentais, repletos de inverdades e fantasias, continuam a ser divulgados no mundo oriental e no próprio ocidente. A verdade, a liberdade de informação e a ética jamais foram princípios apreciados pelas grandes potências ocidentais. A elas interessa o apossamento de recursos hidrominerais, a desestabilização de países e o uso frequente do terror e da guerra. Disso resultaram as duas grandes guerras mundiais, o terrorismo e o genocídio a que estamos assistindo em tempo real.

Em um mundo liderado pelo ocidente jamais haverá a necessária paz e estabilidade e tampouco condições mínimas para a evolução espiritual do ser humano. Reina no imperialismo ocidental o conto do terror.

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

O EU E O UNIVERSO. A COMPREENSÃO DO TODO

Pela lógica que desenvolveu, o ser humano crê ser capaz de decifrar a tudo e a todos, mas como a lógica humana não foi baseada no conjunto da natureza, mas nas experiências próprias humanas e por ela facilmente perceptíveis, ela serve ao humano, mas não ao todo.

Para a percepção do todo, mais do que a lógica humana, teríamos que observar e compreender as leis da natureza e do Universo, como dizem algumas filosofias orientais, como o Taoísmo.

Assim, a forma como enxergamos o Universo é possível, mas não significa que seja verdadeira e absoluta. Ela, gradativamente, vai sendo alterada e se moldando à realidade que vai se revelando e ampliando em nosso horizonte. Os nossos sentidos devem ser ampliados.

Como 96% do universo é composto de energia e matéria escura, não formadas por átomos e completamente desconhecidas ao ser humano, o desenvolvimento de outras formas de percepção são fundamentais ao avanço da compreensão de parte significativa do todo por nós.

A percepção através de todos os sentidos é a base da compreensão e deveria envolver não apenas a visão, audição, paladar, olfato e tato. Há outras formas de percepção que deveríamos desenvolver e que alguns poucos arriscam descobrir.

Neste aspecto, as religiões afro e o espiritismo exercem um papel importante. Mas não são só elas que trabalham com a ampliação dos sentidos. A meditação, tão em voga, permite que apuremos alguns canais energéticos do corpo, ampliando a capacidade de percepção pela mente humana.

Uma mente aprisionada nada descobre. Apenas reinventa. Uma mente liberta, ao contrário, faz descobertas e avança no conhecimento e na percepção do então parcial ou totalmente desconhecido.

As grandes descobertas e os grandes inventos foram conseguidos em grande parte graças aos estudos, evidentemente, mas não só. Eles também se deveram à intuição, observação e mudanças nos experimentos anteriores. Daí a necessidade de libertarmos as mentes para conhecermos a nós, aos outros e à parte importante do todo.

Conforme nos libertamos, mais conhecemos. Porém, o todo, em si, talvez nunca consigamos alcançar, a não ser que nos desprendamos verdadeiramente da individualidade, o que parece ser difícil, já que somos seres materializados. A mente humana, que alcança a capacidade de sentir a dor e necessidades alheias, pode ser capaz de chegar ainda mais longe, muito mais longe, a ponto de sentir o todo? Se libertarmos verdadeiramente a mente, e com perseverança, poderemos vir a saber.

Mas não se trata de providência simples e fácil em um mundo tão individualista e que valoriza tanto o prazer imediatista. A sociedade moderna avança na ciência e promove avanços, mas precisa avançar muito mais em se tratando de conhecimento individual, coletivo e do todo, incluindo aí a natureza e o Universo. Talvez seja mais fácil perceber quem realmente somos, para daí conseguirmos avançar rumo ao mais amplo até chegarmos ao todo, já que, queiramos ou não, por questão filosófica e por dedução lógica humana, o integramos.

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

PALESTINA E ISRAEL. OS NECESSÁRIOS PINGOS NOS IS.

Neste domingo houve uma grande manifestação pró-Palestina em plena avenida Paulista, em São Paulo. Ela é parte de atos semelhantes e até maiores que ocorrem em todo o planeta. A grande maioria da população mundial está com a Palestina e contra o genocídio. Parte significativa dos judeus, inclusive residentes no Brasil, também é contra os excessos (que são muitos) cometidos por Israel e muitos são antissionistas. 

Israel acusa de antissemita qualquer um que revele e acuse Israel pelo o que vem fazendo.

Dizer que é antissemitismo acusar Israel de genocídio vai contra o bom senso e o próprio significado da palavra. Ninguém acusa os judeus, mas sim o Estado de Israel. Ademais, palestinos são tão semitas quanto os árabes e os judeus. Assim, pratica antissemitismo às claras o Estado de Israel que tenta dizimar a população palestina, que a priva de água, de comida, de suprimentos, de escolas, de Mesquitas e Igrejas, de hospitais e de apoio humanitário. Assim, quem apoia o genocídio israelense é que deveria ser acusado de antissemitismo, por questão semântica e de lógica.

Quanto ao denominado Plano de Paz proposto por Trump, ele é uma piada, e de muito mau gosto. Exigir que Gaza não tenha nenhuma arma, enquanto Israel, armado até os dentes, destroi tudo o que está em pé na região, é lamentável, assim como colocar um britânico para comandar Gaza, sem respeito à autodeterminação do povo palestino Como assim?

Israel que praticou excessos comparáveis ao nazismo, que utilizou a fome como arma de guerra, que fuzilou civis que buscavam comida, que destruiu escolas, hospitais e prédios da ONU, além de matar centenas de jornalistas, é que deveria ficar sob comando estrangeiro e sem armas, para que não repita a tragédia com nenhum outro povo. O contrário, sim, é deixar impune e ainda premiar Israel pelo genocídio.

O Brasil deveria exigir a imediata liberação dos brasileiros que estavam na Flotilha e que foram presos por Israel. Caso não sejam liberados imediatamente, o Brasil deveria, assim, romper automaticamente as relações políticas e comerciais, encerrando de pronto - em todo o solo brasileiro, o que vale para todos os entes federativos brasileiros - todos os acordos existentes, proibindo a compra de serviços e de bens israelenses e cancelando automaticamente qualquer contrato ou convênio celebrado com entidade israelense ou o próprio governo de tal país A decisão cabe ao Presidente da República, que deve colocar pressão em Netanyahu. Para Israel, que sofre uma séria crise econômica devido à guerra, o rompimento das compras, serviços e contratos e convênios celebrados com o Brasil seria um péssimo negócio. O Brasil gasta muito mais comprando de Israel do que recebe vendendo para ele. O déficit comercial para o Brasil - com Israel - foi de US$ 690 milhões só em 2024.

Não faltam países para fornecer os armamentos e os serviços que Israel vende para as pastas da Defesa e de Segurança Pública da União, dos Estados e Municípios.

Se a negociação diplomática não resolve, que se utilize da arma econômica, até em prol dos nossos nacionais, dos interesses brasileiros, dos interesses humanitários e da economia do nosso país. 

O Brasil não é anão diplomático. Nunca foi! Foi graças à diplomacia brasileira que Israel existe hoje como Estado. Anão diplomático e moral aos olhos de todo o globo é o Estado de Israel sob o comando de Netanyahu, e que se apequena mais e mais a cada minuto que passa.

sábado, 4 de outubro de 2025

A ENTRADA EM UMA NOVA DIMENSÃO ESPIRITUAL NECESSITA DE UMA CONCOMITANTE MUDANÇA GEOPOLÍTICA

A queda econômica e de influência geopolítica gradual do ocidente coletivo permitirá ao ser humano o reencontro com a Espiritualidade. Para mim isso é fato incontestável.

As guerras insanas, o imperialismo, o colonialismo e os regimes de apartheid tendem a ser substituídos por um novo modo de ver de nós humanos, de reencontro do ser humano com o passado um pouco mais distante.

A Fé demasiada no acúmulo de capitais e no consumismo do absolutamente desnecessário, representado pelo neoliberalismo, mudou a natureza do ser humano ou a revelou como é de fato, oportunista e sádica? 

Parece ser absurdo, mas é real, que tenha gente torcendo por assassinato por policiais e por forças armadas contra pessoas desarmadas, civis, muitas vezes na fila da comida como esmola.

Parece ser desarrazoado alguém pregar que Cristo defende que as pessoas se armem ou que a Igreja deve ser contra a caridade. Como assim?

A busca pelo capital generalizou-se e alcançou não apenas o trabalho e o comércio, mas até a Fé, a falsa Fé, com os falsos pregadores e, obviamente, os falsos rebanhos religiosos. Visam, quem busca esse tipo de "Fé" e quem a conduz, a troca de favores comerciais, mais que as palavras Espiritualizadas. Daí julgam, condenam e pouco acolhem. Daí o individualismo crescente.

Com o fim do neoliberalismo não haverá Céu de imediato, mas a tendência é o reencontro do ser humano consigo.

A China tem um papel relevante. A sua filosofia de vida, baseada no Confucionismo e Taoísmo, é humanista e coletiva, assim como todas as Igrejas deveriam ser. 

E quem diria que seria o Comunismo que permitiria a aproximação do ser humano de sua essência, da Espiritualidade?

Essa mudança é a nova dimensão Espiritual que muitos tanto apregoam. Se assim o for, que ocorra logo essa mudança geopolítica em prol da humanidade e da Espiritualidade.

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Democracia vai muito além do sistema econômico

A notícia de que um sul coreano foi condenado por escrever um poema imaginando a Coreia reunificada, mas sob o comando do líder norte coreano, não é recente (é de novembro de 2023) e já ensejou três condenações do autor da poesia. O link da notícia está no fim desse texto.
A Coreia do Sul tem aparência de Democracia e assim é tratada no Ocidente, mas como a notícia acima evidencia, não é bem assim.
Os países podem adotar o regime democrático, mas quase sempre há falhas no sistema local, seja na Coreia do Sul, Israel, Estados Unidos, França e em tantos outros países.
Ao contrário do que se diz, não é o capitalismo que garante a democracia. Muitas vezes o sistema capitalista cerceia ou limita o acesso à democracia.
Em Estados muito encolhidos e fracos, a democracia, se ainda for existente, é frágil.
O que promove a democracia é o acesso à educação, à cultura e à cidadania, com um Estado atuante e uma sociedade plural. Além disso, a democracia deve ser exercida diuturnamente e ser constantemente aprimorada.

https://sputniknewsbr.com.br/20231127/homem-e-preso-em-seul-por-escrever-poema-elogiando-a-coreia-do-norte-31716503.html

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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