quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

A IMPRESCINDÍVEL MUDANÇA


Avizinha-se a cada novo dia uma nova luz no horizonte. É a natureza nos informando que é possível mudar, que é possível acreditar na mudança e que é necessário que isso aconteça, para que o Universo continue a sua eterna transformação própria e de cada um dos seres que alberga.

domingo, 25 de dezembro de 2016

VAMOS FALAR DE ECONOMIA?

Bom dia!
É Natal e eu vou ousar falar de algo chato e que não domino, economia!
Não acho que a economia seja mais importante que saúde ou educação, mas não é o que pensam os nossos governantes. Por isso temos que falar dela quando a situação não anda boa.
O fato é que o Brasil está em crise econômica e a condução do atual governo só tende a agravar o quadro.
O atual presidente assumiu falando que iria retomar o progresso econômico do país e o que temos visto é a recessão se agravando, e não é para menos. O nosso governo beneficia apenas os investidores e não os que produzem, sejam industriais ou trabalhadores.
Vou dividir a crise em dois aspectos.
O primeiro é o Brasil no plano internacional.
O governo que assumiu o poder é fraco, não tem planos de conquista de mercados e não tem tido boa acolhida no plano internacional. O resultado disso é que Trump tem manifestado preferência por negociar com a Argentina e o Chile. Mais. A postura arrogante brasileira tem enfraquecido o Mercosul e parceiros de décadas têm optado por outros mercados, reduzindo a compra de produtos brasileiros. Mercados conquistados pelo antigo governo não tem tido a mesma atenção. Ademais, com a crise política interna, diversos países, para evitar polêmica, têm evitado manter contato com um governo que só terá mais dois anos de mandato.
O segundo é o Brasil no plano interno.
Há diversos acontecimentos que evidenciam que a crise econômica perdurará por um bom tempo Ouso dizer que por pelo menos de 5 anos, isso no mínimo. Os motivos são muitos.
Embora o Brasil seja um país com mercado promissor e de enorme riqueza natural, o governo adota medidas na contramão do avanço econômico. É muito fácil de explicar e entender.
As modificações na legislação trabalhista e previdenciária evidenciam que o poder de compra do trabalhador irá diminuir, e é justamente ele que movimenta a economia e que poderia ter um maior potencial de consumo. Os ricos consomem bastante, mas sempre o mesmo nível. O maior potencial de consumo, portanto, está na classe média e média baixa, justamente elas que sofrem os ajustes proporcionados pelo atual governo. Com os ajustes, portanto, o consumo será refreado. É fato, também, que com as incertezas na aposentadoria, os trabalhadores irão priorizar a poupança, de forma que o consumo será também por isso afetado negativamente.
Por outro lado, os processos criminais que envolvem as maiores empreiteiras brasileiras não estão apenas expondo o sistema corrupto que liga essas empresas aos políticos, estão também aumentando a crise econômica a partir do momento em que essas empresas têm menos dinheiro para investir e fazer negócios. Como bola de neve, a redução drástica de investimento ocasiona diminuição com efeito cascata, atingindo outros setores, inclusive. E enquanto o processo não for finalizado, a economia estará fragilizada. Esses processos não minam apenas os corruptores e os corruptos, mas a economia brasileira.
Sem a diminuição significativa da taxa de juros, muitos empresários que detêm recursos priorizam o investimento em fundos ou em ações, deixando de investir na indústria propriamente dita. O resultado disso é a diminuição da industrialização, diminuição da produção, diminuição de empregos, diminuição de consumo e fortalecimento do sistema financeiro e da rentabilidade sem a produção ou criação de empregos, ou seja, sem qualquer significado social positivo.
O que esse governo tem feito de forma muito acentuada é a priorização do mercado financeiro e com o inconcebível apoio da FIESP, que não representa o verdadeiro industrial paulista, aquele empreendedor que ousa produzir e criar empregos.
Desse panorama podemos vislumbrar alguns acontecimentos.
O primeiro é a possível vitória da esquerda ou da extrema direita nas próximas eleições por conta da recessão agravada por ações impopulares e recessivas.
Caso a corrupção avance no atual governo e a população vá às ruas contra o retrocesso social, é possível que os militares saiam dos quartéis e apliquem um golpe relâmpago, visando a realização de eleições o mais rápido possível. Eles, inclusive, já se manifestaram a respeito.
Outra possibilidade é o agravamento do enfrentamento havido entre direita e esquerda, o que certamente poderia levar a uma convulsão social ou até mesmo a uma guerra civil, caso, nessa situação, os militares não tomem qualquer atitude.
Há várias medidas que poderiam ser adotadas e que poderiam redundar por via transversa em fatores positivos para a economia, A reforma política criaria uma esperança na população e seria um fator positivo para a economia. A finalização da Lava Jato o quanto antes, com a condenação de todos os culpados e absolvição dos inocentes, finalizaria a médio prazo esse longo martírio da economia e permitira o seu reajustamento. Se o governo investir dinheiro na economia também servirá como mola propulsora do crescimento econômico. Por fim, caso os trabalhadores mantenham o poder de compra ou até aumentem, a economia irá se reaquecer em curto espaço de tempo.
Eu não sou economista, mas parece que o raciocínio acima é por demais lógico. O que tem ocorrido no Brasil não permite o crescimento econômico nos próximos anos ou talvez até nas próximas décadas.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

DIREITOS HUMANOS

Defender direitos humanos ofende muita gente, especificamente os que esqueceram de sua humanidade!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

BARCOS

Barcos.
Barcos que trouxeram os portugueses ao Brasil.
Barcos que trouxeram os nossos antepassados para ca, seja como escravos ou passageiros.
Sao os mesmos barcos que levam pessoas desesperadas da África e do Oriente Medio para a Europa.
Mas os portos e a recepção sao muito diferentes....
Aqui tornavam-se brasileiros, com mais ou menos possibilidades. La serão somente escravos fugitivos.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

AS PALAVRAS SEM RAZÃO TORNAM GRANDE A AGRESSÃO E TAMBÉM O RECEPTOR

Nas palavras ditas por aqueles que humilham se verifica muito mais que a realidade, para se aproximar muito de perto do pensamento doentio de quem sofre e necessita causar dores aos outros.
Geralmente quem humilha vê a realidade distorcida porque necessita dela para justificar a sua adequação à sociedade. Normalmente são hipócritas, medíocres e vaidosos que precisam fantasiar para ensejar méritos “próprios” numa sociedade tão nefasta quanto o prolator de palavras lamentáveis.
Esses detratores são pequenos imbecis, escravos da vaidade e de uma sociedade perdida, sem razão. Quando o receptor percebe isso, cresce e vê que a razão e o equilíbrio permanecem com ele. Isso o torna grande, mas não no sentido da vaidade, e sim no da razão.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

SÍMBOLOS DE PODER

Antigamente tínhamos símbolos de poder e de magia espalhados pelo mundo. As pirâmides, as enormes construções da antiguidade revelavam isso, assim como os coliseus e obeliscos romanos e tantas edificações atenienses.
Todas as culturas tiveram o seu momento de explendor, glória e de poder. E isso, ao contrário do que se supõe, não é bom.
A luta de um povo contra outro pela supremacia ou pelo poder bélico ou econômico leva às guerras, que afeta a humanidade e desestrutura o Universo.
O ser humano, com o seu materialismo arraigado, consegue dinamitar valores esquecidos e que se transformaram em algo não tão bom, como as religiões, que hoje também são símbolos de poder, ainda que pessoal.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

NÃO PARE DE ESCREVER

Escreva poesia. Escreva prosa. Escreva crônica. Escreva histórias. Escreva.
Não importa o que, mas desenvolva o seu talento e a arte.
Escreva em pé ou sentado, mas escreva.
Escreva o seu nome, o de sua família, o que gosta e o que não gosta. Escreva.
Escreva sobre política, futebol, romance ou o que vislumbrar, mas escreva.
Não pare de escrever um segundo. Enquanto estiver dirigindo, escreva mentalmente.
Enquanto estiver dormindo, escreva em sonhos.
E enquanto estiver acordado, escreva em ações.
O que advirá do que escreveu são recordações, e elas estarão escritas, eternizando não as palavras, mas você mesmo, que passou o tempo todo a escrever, a traduzir a sua vida, os seus sonhos, os seus devaneios.
E alguém poderá escrever sobre isso em uma biografia, um estudante em um trabalho escolar, um professor numa aula. E a escrita não tem fim. Escreva.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Momento de humor

Como divulgar textos após a morte, você sabe como?
Simples.
Não é necessário ser médium, espírita ou de qualquer outra religião.
É necessário apenas escrever e ter um blog e saber programa-lo para postagens posteriores. Assim, se um dia você morrer por acaso, seus textos que foram programados para serem divulgados posteriormente serão revelados somente após a sua passagem, o seu passeio, a sua ida, a sua viagem, seja lá o nome que você dê. Fácil e simples, não?

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

SILÊNCIO, CAUTELA E SABEDORIA

Às vezes nos decepcionamos e vemos coisas erradas e temos que nos calar. Isso nos faz vivenciar um conflito interno muito grande, entre o calar e o explodir internamente. A injustiça é o pior dos males e a insensibilidade é o seu pior coadjuvante. A verdade é que o silêncio em muitos momentos revela cautela, e nunca vi (ou ouvi falar em) um sábio que não fosse cauteloso.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

PÁ-PUM - DIREITOS HUMANOS

O que penso sobre direitos humanos?
Elementar. Fundamental. Humano. Sem ele seríamos objetos.

O que penso sobre quem pensa em direitos humanos?
Alguém que se preocupa com a humanidade.

O que penso sobre quem odeia direitos humanos?
Alguém que se acha titular de direito supremo, talvez como um semideus, e que odeia a humanidade.

Para que servem os direitos humanos?

Para tutelar o direito de ser humano, sob a ótica da fraternidade, do respeito e da razão.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

FUNCIONALISMO PÚBLICO


Recentemente li um texto maravilhoso sobre problemas no funcionalismo público. É lógico que eles existem e são muitos. Não que na iniciativa privada seja sempre uma maravilha.

Há aqueles que se assenhoram de um sentimento de posse do cargo e do poder no Estado que aniquila qualquer causa republicana. Mas, excessos e desvios também ocorrem com os particulares.

Na verdade, o que falta aqui e ali, sempre, é a preocupação com o ser humano e a coisa envolvida. Obviamente, a coisa tratada no serviço público é a comum a todos, pública, o que não ocorre na iniciativa privada. Por isso a atenção deveria ser mais que redobrada com todo o funcionalismo, seja pela coisa pública envolvida, seja por ser responsável também pela garantia dos direitos humanos assegurados em nossa Constituição da República.

Está aí uma questão a ser levada a sério pelos políticos com viés democrata e que respeitam as causas verdadeiramente republicanas.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

A vida é um sopro

Como dizem, a vida eh um sopro, com um vento suave, as vezes tao fraco e outras vezes tao forte quanto  uma ventania.
E com o vento voam os sonhos e a falsa sensação de segurança que temos nesta vida.
O vento, cuja intensidade nunca eh a mesma, muda o rumo e os sentidos da vida.
A menina de um certo vídeo publicado em uma rede de relacionamento, perdeu familiares e amigos, estuda sozinha e caminha agora, também devido a guerra, sem o apoio de uma de suas pernas, mas com o suave impulso do sopro dos anjos.
E tem gente que reclama da vida, daquela quadradinha,  talvez porque nao seja capaz de enxergar os anjos que por ai estao e que, como nos, e as vezes numa situaçao ainda mais delicada, esperam em paz pelo vento que nos façam voar.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Raça humana e os seus maus exemplos.

O que esperar dessa raça, a humana?
Muitos sao vistos, sentidos e tratados como meros animais, que deveriam apenas servir e saciar o sadismo, tanto dos que apenas observam, como se estivessem em um patamar superior, como daqueles que praticam a crueldade.
Ainda eh possivel fazer a diferença. A verdadeira caridade, em que vemos o outro como a nós mesmos, respeitando e auxiliando, é a unica saída!

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

MOMENTOS

Na vida o que há são momentos, fases, instantes. O todo, o absoluto, é a própria vida ou o total conjunto dessas, para quem assim crê.

domingo, 2 de outubro de 2016

Eleições em São Paulo

Votei em quem acredito. Votei num petista ético para vereador e numa ex prefeita, ética e seria, para governar a cidade, a Luiza Erundina.
Jamais votaria em João Doria por inúmeros motivos. Não o acho ético, não o acho experiente, não acho que ele tenha o necessário compromisso social.
A vitória desse oportunista, e que muitos membros do seu partido rejeitavam, já no primeiro turno revela uma realidade que muitos petistas não gostarão de ler ou ouvir.
As vitórias sequenciais do psdb em nosso estado e agora na nossa cidade se devem não a competência desse partido,  mas a postura arrogante do PT, que se intitula como única via viável contra a centro direita representada pelo psdb.
Outros partidos teriam mais chance, do que o PT, num confronto com a social democracia que se transformou em neoliberal da pior espécie. E num segundo turno, a esquerda poderia dar apoio a partidos menos a direita que o Psdb.
 Russomanno e Marta podem não ser de esquerda, mas estão menos a direita que o João Doria e teriam chances num segundo turno contra esse inexperiente candidato.
O Haddad jamais teria chances num segundo turno, face à sua rejeição de quase 50%. Ademais, a campanha do voto útil nesse candidato,fortaleceu o líder da direita nas pesquisas, que foi eleito no primeiro turno. E eh o,que há de pior em questões sociais. Muitos antipetistas que votariam em Marta ou no Russomanno acabaram votando no João Doria para evitar um segundo turno com a participação do PT.
Era um fã de Franco Montoro e Covas, ambos do PSDB, mas não apoio essa guinada a direita do Psdb.
O Haddad não fez uma má gestão,  se comparado a alguns de seus antecessores, mas perdeu devido à sua legenda. E a possibilidade dele ir para o segundo turno causou a vitoria do inexperiente Doria.
Os eleitores desse inexperiente logo se arrependerão. Será um erro atrás do outro que afundará a pretensão de seu padrinho ser Presidente do nosso País.
Pronto. Voltei a desabafar.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

HUMANIDADE, UM MUNDO DE HEROIS.


No meu mundo o ser humano é herói, e dos grandes.

Não herói como nos quadrinhos, pois nesse mundo não há batmans nem supermans.

Há os grandes homens e mulheres, sérios e obstinados pela vida.

Homens e mulheres que auxiliam os necessitados, que lutam por direitos sociais e pelo respeito pela humanidade.

Homens e mulheres que buscam o crescimento interior, para harmonizar-se.

Homens e mulheres que vivem nas ruas, distantes do materialismo doentio, em busca da essência da vida.

Homens e mulheres que conseguem força para viver nos desertos escaldantes, sem água e sem comida, numa busca pela vida.

Homens e mulheres que dominam a neve e conseguem sobreviver em clima de 50º negativos, numa busca pela vida.

Homens e mulheres que vivem nas florestas, em respeito a elas, em uma busca pela vida.

Homens e mulheres que praticamente vivem nos rios e mares, para pescar, em busca da vida.

Nesse meu mundo de heróis, só faltam aqueles homens e mulheres que dominaram o espaço. Talvez ainda estejamos no caminho para nos encontrarmos com quem possui mais experiência e coragem para viver no mundo da lua e das estrelas.

Nesse meu mundo não faltam heróis, mas também não faltam os vilões que só pensam em si.

Mas prefiro pensar nos heróis, que são muitos e que possibilitam que a humanidade insista em persistir nessa existência.

Talvez por isso os gregos tenham contado a história da humanidade com tantos heróis, qualidade maior do melhor da nossa essência.

CAMINHO DA HUMANIDADE

No Seculo XVIII tivemos o iluminismo e os ideais da Revolução Francesa se espalhando pelos continentes. Foi a era da Luz.

No Seculo XIX tivemos o aumento das guerras. O numero de movimentos insurgentes e de guerras no qual o Brasil se envolveu impressionam. O capitalismo, o liberalismo e o neo colonialismo, aliados a novas figuras imperialistas dominam o cenário mundial.

O Seculo XX foi a era do materialismo e do consumismo, onde as religiões tornaram-se mais fundamentalistas e, ao mesmo tempo, menos espiritualistas. Houve guerras em todos os continentes. O planeta terra da sinais de mudanças climáticas.

O Seculo XXI pode ser considerado como a era narcísica da humanidade. Paginas Sociais, fotos de si proprio, restaurantes badalados e roupas de grife dominam o imaginário da classe media. O consumismo chega ao seu limite.  Em contrapartida, o planeta terra definha. Aquecimento do ar e dos oceanos eh vivenciado inclusive na Sibéria e nos polos do planeta. Ha aumento do veganismo e da busca pela espiritualidade. O mundos divide entre os materialistas conservadores e a nova geração. Movimentos sociais sao cada vez mais fortes e numerosos no mundo afora, com destaque aos Estados Unidos, Espanha, Paises Árabes, Brasil.

Algo esta acontecendo. E algo muito forte e intenso. O mundo e as pessoas estao a se potencializar em virtudes e defeitos. Bem e mal? Fim dos tempos? Ou mera transformação coletiva? Com certeza estaremos mais proximos das respostas aos grandes questionamentos. De onde viemos e para onde vamos? 

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

MORRE O ULTIMO LIDER DA PAZ EM ISRAEL

Shimon Peres faleceu e levou com ele o sonho dos fundadores de Israel, um Estado de paz para os judeus.
Os lideres de hoje, ao contrario, nao valorizam a paz. Pensam na Grande Israel, e apenas isso. E enterram os sonhos de judeus e a vida de muitos palestinos.
Shimon Peres era culto, místico e poeta. Conhecia as poesias árabes e o misticismo sufi. Era um sabio, um dos últimos nessa era da ignorância do superficial e egoistico livro de caras.

http://m.dw.com/pt-br/morre-aos-93-anos-ex-presidente-de-israel-shimon-peres/a-35910331

Me deixa muito preocupado o que se ve aonde quer que olhemos.
Vivemos momentos de ódio.
Odio retratado nos muros espalhados entre as nações; nas guerras fratricidas; nas torturas e crueldades praticadas por governos e grupos; no descaso com as pessoas largadas ao relento; e ate nas brigas politicas.
Precisamos mudar nossa atitude, já!
Nos precisamos de equilibrio, serenidade e muito amor. ...
Nossa inércia pode ser considerada complacente com o odio que se espalha aos 4 cantos.
Revolucionemo-nos, com amor! Talvez seja essa a nossa unica e verdadeira salvação. Ou sera que achamos que o odio transmitido em gestos e palavras nos levara a algum lugar ou ate nos fara melhores?

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

A ESQUERDA QUE NÃO SE CONFUNDE COM UM PARTIDO QUE GOVERNOU O PAÍS

Hoje o país está dividido, rachado. Há os que gritam golpe e os que dizem ter havido um processo Constitucional isento.
Isento, como todos sabem, não foi, mesmo. Nenhum congressista era isento, ou você acha o contrário?
O que houve foi um golpe praticado pelo Congresso Nacional, dentro das bases legais, mas que não deixou de ser um golpe do Legislativo contra o Executivo, afastando a presidente e colocando em seu lugar o líder do maior partido do congresso nacional, que se aliou à então oposição. Foi um ato praticado não por amor à Pátria ou à Democracia, mas por puro oportunismo. Isso cheira a golpe, portanto, e demonstra a fragilidade do sistema presidencialista, que depende dos congressistas e das negociatas para governar. O PT, assim como os seus antecessores, negociou, e errou.
O "impeachment" fez com que os brasileiros fossem obrigados a engolir, goela abaixo, sem eleições, um plano de governo não aprovado nas urnas. Soa também como antidemocrático.
Não sou petista e raras vezes votei no PT, confesso. Tem algumas poucas pessoas que ainda admiro naquela agremiação partidária, mas entendo que não há como defender um partido que agiu igual a outros que o antecederam na condução da política nacional.
O PT acertou em muitas coisas, sim, mas considero a ética, ainda, um fator importante na condução política e no trato das coisas públicas. Pelas votações expressadas, posso dizer que há vários congressistas que demonstraram fragilidade ética. Comeram do pote enquanto puderam, depois cuspiram nele. Kátia Abreu, mesmo indo contra a diretriz do seu governo, manteve-se leal à ex presidente e demonstrou sua ética. Me surpreendeu.
O problema é que se você critica o PT, ainda que de forma racional, é taxado coxinha. Se você critica a direita, não importa como, é chamado de petista. Assim não dá! Há um radicalismo que evidencia a falta de ética, falta de moral, falta de argumento racional. Muitos rompem amizade simplesmente pelo pensamento diferenciado.
Está certo que muitos pegam pesado em comentários racistas e idiotas, mas se assim fazem é porque essa é a essência desses seres e não os mudaremos com as nossas canetadas.
Critico a direita oportunista, sim. São antiéticos. E também critico o PT, por sua falta de ética. Isso não me torna coxinha nem petista. Sou daquela esquerda que ainda acredita em ideologia e pessoas e que pensa num Brasil mais próspero e digno para todos, inclusive para o mundo.
Para quem se situa como eu, há uma revista de peso que se chama Caros Amigos. É de esquerda, mas é a que mais critica o PT e também a direita, obviamente.
Brizola, sempre lúcido, já gritava: 'o PT é a "esquerda" que a direita gosta', ou seja, a que fala muito e faz pouco. E ele tinha razão. Em 13 anos não concluiu muitos dos necessários planos estratégicos para o desenvolvimento tecnológico e científico do Brasil. Em 13 anos não reativou o parque industrial brasileiro. O PT não fez. E a direita também não fará porque simplesmente não interessa a ela. Quem comanda a maior federação de industriais do país, pasmem, não é um industrial, mas um locador de galpões. A política econômica não é desenvolvimentista, mas rentista. A educação receberá menos recursos com o atual governo e as perspectivas não são muito boas para as futuras gerações. Nos tornaremos uma velha colônia, com salários da China, para a exploração pelos países sempre exploradores. Adeus, progresso econômico, adeus união latino americana. Adeus, sonho de independência!
Num mundo bipolar se faz importante a crítica elucidativa, racional e argumentativa. E poucos são capazes de luz num momento de tanta escuridão no caminho do nosso País.
 
 
 
 

QUANDO A ÉTICA DEVERIA FAZER A DIFERENÇA

A candidata Luiza Erundina, do PSOL, defende uma candidatura de esquerda, sobretudo ética e de valores inegociáveis.
Com ela São Paulo passou a ter uma cara mais humana e saúde e educação foram as suas prioridades.
Ela saiu do PT há muito tempo, logo após deixar de ser prefeita. Foi convidada para ser ministra do então presidente Itamar Franco, cargo que aceitou, e depois se filiou ao PSB e posteriormente ao PSOL. Formada em Serviço Social, sempre se dedicou às causas públicas e humanas.
Hoje é uma das deputadas federais mais atuantes da Câmara dos Deputados.
Ao contrário de outros candidatos, Erundina não é oportunista, não se enriqueceu com a política, não gosta dos discursos fáceis e vazios e não prega a desumanização, ao contrário. Ela reúne todos as qualidades que um político deveria ter.
Até as eleições a população poderá enxergar as qualidades reunidas por Erundina, e só por ela. Os outros, são só os outros, farinhas do mesmo saco.

ESPIONAGEM ESTADUNIDENSE

Oliver Stone acusa Obama de criar um sistema de vigilância do cidadão muito maior que o da Stasi soviética.
 

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

A OPRESSÃO DA EXPRESSÃO. A ANTÍTESE HUMANA

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Segundo o dicionário Aulete, manifestar tem o sentido daquilo que se mostra evidente. Já quando analisa a palavra manifestação, o mesmo dicionário a associa ao termo expressão, de surgimento de algo que não estava aparente, como uma opinião ou sentimento. Ou seja, manifestar significa basicamente expressar.

O homem expressa seus sentimentos e opiniões desde os primórdios e nem sempre foram necessárias palavras para isso. Muitas vezes gestos brutos evidenciavam o que os primeiros seres humanos pensavam ou sentiam a respeito de uma determinada situação. Basta lembrarmos do que se denomina de mito da figura de um homem das cavernas puxando “sua” mulher pelos cabelos para termos certeza de que as primeiras manifestações humanas não teriam sido nada doces. Ao contrário, revelaram uma aspereza comportamental e de percepção do outro. Daí evoluímos para as pinturas rupestres, um tanto artísticas, até chegarmos na manifestação de opinião pela palavra, primeiramente falada, e depois escrita.

E com as manifestações dos sentimentos, em palavras e atitudes, tornou-se possível o convívio em sociedade e daí naturalmente adveio a política muito parecida como a que vemos hoje.

Com essas manifestações de sentimentos e ideias, onde se inserem as opiniões, foi possível ao homem conviver em grupos, sociedade e progredir em todos os campos da ciência e cultura.

Não é por outro motivo que os regimes ditatoriais abominam a crítica e vedam a arte, a cultura e qualquer liberdade de expressão. A nossa história mundial está repleta de narrativas de queimas de livros, de censura, de proibição de reuniões e de manifestações de pensamentos. Ao longo da civilização, os poderosos sentiam como verdadeira ameaça o povo pensar e ousar manifestar o inconformismo com uma dada realidade.

Após a dramática Segunda Guerra Mundial, adveio a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que previu em seus artigos XIX e XX que qualquer pessoa tem o direito de reunião e à liberdade de opinião e de expressão, podendo fazê-lo por quaisquer meios.

Já o posterior Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, adotado pelo Brasil através do Decreto 592/1992, expressou em seu artigo 19 que “ninguém poderá ser molestado por suas opiniões”; que “toda pessoa terá direito à liberdade de expressão”; e que qualquer restrição ao exercício desse direito deve ser fundamentada e constar expressamente em lei.

Por fim, a nossa Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso IV, garantiu o direito à manifestação (expressão) do pensamento. E o mesmo artigo 5º, em seu parágrafo primeiro, expressa que essas normas que definem garantias fundamentais independem de qualquer lei, tendo aplicação imediata. Os parágrafos segundo e terceiro, por fim, expressam a recepção pela Constituição, como se norma Constitucional fosse, de quaisquer direitos e garantias previstos em tratados e convenções internacionais do qual o Brasil faça parte.

E o nosso Supremo Tribunal Federal, em julgamento de ação de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental - ADPF 187, que tratava da chamada “marcha da maconha”, entendeu, ainda no ano de 2011, que os direitos constitucionais de reunião e de livre expressão do pensamento garantem amplamente a realização de manifestações. Segundo muitos dos Ministros, as manifestações somente podem ser proibidas quando forem dirigidas a incitar ou provocar ações ilegais ou iminentes.

De forma mais contundente, o Ministro Marco Aurélio assim afirmou: “Concluo que a liberdade de expressão não pode ser tida apenas como um direito a falar aquilo que as pessoas querem ouvir, ou ao menos aquilo que lhes é indiferente. Definitivamente, não. Liberdade de expressão existe precisamente para proteger as manifestações que incomodam os agentes públicos e privados, que são capazes de gerar reflexões e modificar opiniões. Impedir o livre trânsito de ideias é, portanto, ir de encontro ao conteúdo básico da liberdade de expressão”.

Hoje, portanto, o direito à liberdade de manifestação é um direito humano amplamente assegurado pelas normas legais vigentes no Brasil e pela jurisprudência da mais Alta Corte do Judiciário. Em vários países também é assegurado o direito à manifestação do pensamento, ao menos teoricamente. Em outros, não há garantias legais para isso.

Há diversas formas de expressão, que não podem ser delimitadas. A manifestação humana pode ser individual ou coletiva, artística, escrita, virtual, dentre outras.

O que se constata hoje em dia é que a expressão humana vem sofrendo repressão em todo o globo, inclusive nos países ditos democráticos.

A repressão pode se dar por retaliação de parte da população ou por ações do próprio Estado.

Na Europa há uma grave repressão estatal à expressão comportamental das mulheres muçulmanas, quando essas utilizam sua vestimenta característica nas escolas, ruas e praias.

Na Síria invadida pelo Daesh, conhecido no ocidente como Estado Islâmico, há uma forte opressão pelos terroristas a quaisquer manifestações individuais dos muçulmanos mais liberais e das minorias étnicas, religiosas e sexuais. Contra o rigor imposto, há as penas de multa, escravização e morte, amplamente aplicada.

Nos Estados Unidos há o relato de vários casos de agressão individual a hispânicos pelo simples fato desses se expressarem em sua língua natal.

Os casos de intolerância e opressão não param aí, e o Brasil não é exceção a esse retrocesso global.

Especificamente no Brasil, vou abordar a questão das manifestações populares nas ruas, que vem ocorrendo com maior intensidade desde o ano de 2013, quando a reivindicação contra o aumento das passagens de ônibus, metrô e trens dominou o cenário paulista e nacional.

Segundo as notícias veiculadas pela mídia, as polícias militares e civis de vários Estados têm agido ora protegendo os manifestantes, cumprindo desta forma o dever do Estado, ora agindo com agressão contra esses mesmos manifestantes.

Há ativistas políticos que asseguram que o viés da ação policial depende tão somente da conotação política da manifestação, independentemente se é pacífica ou não. Talvez o recente episódio de infiltração de um militar do serviço de inteligência do exército em um grupo de jovens manifestantes, evidencie o interesse em monitorar as manifestações da chamada “oposição”.

Vários dos manifestantes que protestavam pacificamente, de acordo com o direito assegurado Constitucionalmente de livre manifestação e expressão, foram atingidos por policiais e se tornaram alvo de ridicularização por grupos fascistas nas redes sociais da internet.

Por mais absurdo que pareça, o fato é que a esses fascistas opressores quase sempre é respeitado o direito de manifestar-se em público, livremente, agredindo não apenas as vítimas físicas, mas o nosso ordenamento jurídico, a democracia e a nossa própria sociedade, extrapolando qualquer limite da garantia Constitucional. E não consta, sequer, que quaisquer desses indivíduos tenham sido conduzidos a um distrito policial.

Passadas centenas ou dezenas de milhares de anos da vivência do gesto mítico do homem das cavernas puxando “sua” mulher pelos cabelos, a aspereza comportamental e de percepção do outro ainda está presente nas atitudes de grande parte de nossa sociedade e de agentes públicos e políticos do próprio Estado.

Ou defendemos plenamente o direito de manifestação pacífica a todos ou sucumbiremos frente à força dos fascistas, que odeiam manifestações e críticas que alertam a humanidade e a fazem seguir rumo à evolução artística, cultural, científica e humana. A reação desses obtusos não se dá através da contra-argumentação, requinte moderno da expressão, mas através do uso da força física e das palavras mais rudes. Como verdadeiros homens das cavernas modernos, cegos de qualquer sentimento e apreço pela humanidade, abominam o elemento superior da expressão, característica típica de nossa humanidade, e utilizam apenas as manifestações mais primitivas de raiva e ódio para rasurar tudo o que foi conquistado com a evolução humana, seja nas artes, na cultura, na diversidade ou no próprio pensar.

Se, por um lado, o direito de expressão dos humanos decorre dos iniciais gestos rudimentares dos homens primitivos nascidos há milhares de anos em todos os cantos e recantos do globo, que aos poucos aprenderam a dominar as cores e a arte das pinturas rupestres, e propiciaram o progresso de toda a humanidade com a sua expressão individual e coletiva, por outro, contra esse direito humano de se manifestar, questionar e evoluir há os que reagem com a mais absoluta força bruta, com o sufocamento pela antítese da expressão, a opressão.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

MUNDO POLÊMICO

O Daesh, conhecido aqui no ocidente como grupo auto denominado Estado Islâmico, que tantas regras severas impõe nas localidades que ocupa, recentemente proibiu expressamente o uso de burca em diversas localidades do Iraque. As penas à transgressão à ordem são severas.
O motivo? Não, não é liberalidade daqueles radicais. Na verdade, insurgentes estavam usando burcas, se passando por mulheres, e assassinando líderes locais do Daesh.
Agora o Daesh proíbe o uso de burcas por pura sobrevivência. Questão religiosa é o que menos existe nessa guerra insana que devasta boa parte do mundo árabe que se conservava até então como laico.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

MINÉRIOS E OS DANOS AMBIENTAIS PARA LÁ DAQUELES QUE IMAGINAMOS

O Brasil é um grande exportador de commodities, ou seja, de produtos de baixo valor agregado, como minérios. Temos uma das maiores mineradoras do mundo, a Vale do Rio Doce e somos dependentes da exportação desses produtos. Mas como o produto é muito barato, isso não nos enriquece tanto como deveria. Pouco se fala sobre o prejuízo da exploração desses bens. Sabemos que o risco ambiental é grande. Para isso basta vermos o que ocorreu no Rio Doce, em Minas Gerais e no Espírito Santo. No entanto há possíveis danos ambientais, e ainda mais graves, não estudados. Me parece que a retirada de enorme quantidade de minério da crosta terrestre abala não só a estrutura da região e o equilíbrio energético do planeta, mas até mesmo a temperatura terrestre. Como se sabe, os minérios são retirados da crosta terrestre. Mas logo abaixo da litosfera (crosta), vem o manto ou magma, que é uma camada em estado pastoso e de altas temperaturas. Parece ser meio óbvio que a retirada de tão grande quantidade de minérios afina, ainda que de forma pouco perceptível, a crosta, propiciando uma aproximação do magma e das altas temperaturas, que na visão de um leigo, como sou, pode acarretar o derretimento das camadas polares, a mais rápida evaporação das águas, provocando secas e chuvas, e a própria elevação da temperatura do nosso planeta. Nunca vi estudos a respeito, mas parece haver uma certa obviedade no raciocínio que fiz acima. Será que a ciência comprovaria isso? O mal que essa exploração está fazendo ao nosso país e planeta vai muito além do que somos capazes de imaginar. Temos que investir em tecnologia e parar de produzir tanto petróleo e extrair tantos outros tipos de minerais sólidos, com urgência!

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

MISTÉRIOS DA ÁGUA

A água é vital à vida.
Dizem que sem ela o corpo não vive.
 
Sem  a água, de certo, não haveria o necessário encanto das piscinas, dos rios, dos mares, das cachoeiras.
 
Sem a água o frescor não seria tão intenso e não poderíamos mergulhar rumo ao desconhecido ou às belezas escondidas na profundidade protegida pelas águas.
 
Alguns rituais religiosos utilizam a água para limpar a alma.
 
A água, mais que bela e vital, esconde mistérios que a humanidade não entende bem, mas que a encanta.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O BRASIL E O MUNDO OPTAM POR MATAR

O mundo é violento, e não é de hoje.

Nos primórdios usávamos armas para caçar e posteriormente para guerrear.
Quantos não usaram armas para matar pessoas odiadas e também entes que, em princípio, seriam ou deveriam ser minimamente amados, como irmãos, pais, filhos, amantes.

Com o tempo fomos aprimorando os armamentos. Criamos a pólvora, as armas automáticas, os mísseis e chegamos às armas nucleares.
Avanço tecnológico? Creio que não. Pode-se afirmar que se trata de irracionalidade extrema, pois descobrimos a forma mais rápida de acabar com a vida na Terra e o próprio planeta. Segundo dizem, os arsenais atômicos (apenas os declarados) permitiriam acabar com 7 planetas Terras, no mínimo.

As indústrias armamentistas e muitos países ricos nunca faturaram como agora. Vendem armamentos de todos os tipos para países ricos e pobres.
O Brasil, que não é rico, é um dos maiores produtores de armamentos, mas leves, principalmente pistolas. Temos diversas indústrias, onde se destaca a Taurus, mas também existe a Imbel, Indústria de Material Bélico  do Brasil, estatal que desenvolve, fabrica e exporta essas armas.

As guerras odiosas e as atrocidades praticadas por alguns exércitos ou grupos armados se deve, em grande parte, ao amplo poder de fogo que possuem, muitas vezes fornecido de graça por algumas pretensas potências regionais ou globais.
Resta evidente que, com menos armas, a necessidade de diálogo seria maior. Não parece óbvio também que uma limitação ao armamento deveria ser prioridade da ONU? E não digo apenas no desarme nuclear, mas também e principalmente dessas armas ditas "convencionais".

Não se deve esquecer, entretanto, que as indústrias bélicas não fomentam apenas guerras civis ou internacionais. Elas também incentivam os países a comprarem armamentos pesados visando à segurança pública interna. O Brasil gasta uma verdadeira fortuna com esses armamentos e, enquanto isso, a Saúde e a Educação ficam relegadas a planos posteriores. Seria essa a nossa prioridade? Certamente não coincide com o que entendo ser prioritário.

Enquanto não priorizarmos educação e saúde, principalmente a primeira, continuaremos a ser um País que se entende composto por selvagens, necessitando de armas moderníssimas para conter manifestações muitas vezes pacíficas.

Ou seja, as armas muitas vezes são utilizadas contra o próprio povo.

Sempre achei que a melhor arma da polícia é a inteligência, o que dá trabalho e quase nenhuma visibilidade imediata. A força bruta, que faz barulho e repercute, deveria ser usada como última opção, já que a vida é o bem maior assegurado pela nossa Constituição Federal.

Mas os políticos brasileiros preferem investir em armamentos, em verdadeiros pequenos exércitos, que em grandes bibliotecas ou em escolas que poderiam ser grandiosas (no sentido de ensinar) e repletas de alunos interessados na leitura e no conhecimento.

Sim. Armamos com o que há de mais potente, no aspecto bélico, pessoas que nunca puderam desenvolver minimamente a sua potencialidade artística, cultural ou educacional.

Contrassenso? Sim. É o Brasil que vivenciamos, que tem optado pelas armas e não pelo ensino de qualidade. Um Brasil que opta pela possibilidade de matar e não pela possibilidade de salvar vidas.

A culpa é apenas dos políticos? Não. É nossa por não elegermos quem defende as questões realmente prioritárias ao País.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

OS BENEFÍCIOS DE CAMINHAR

Dizem os chineses que caminhar é o melhor remédio para o homem. Fortalece os músculos, relaxa, melhora a pressão arterial e emagrece.
Mas mais do que isso tudo, caminhar nos faz aproximar de algo, seja da saúde, seja de algum lugar, seja de uma pessoa.
E por aproximar também faz bem à alma.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Artigo: Arqueólogos encontram pirâmide mais antiga que as do Egito

Astana - Um grupo de arqueólogos cazaques descobriu um mausoléu em forma de pirâmide na região de Qaraghandy, no centro do país, que data da Idade de Bronze (séculos XII-XIV a.C.). "Encontramos um …

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Artigo: ONU defende importância da ajuda humanitária em meio a recorde de pessoas sob risco

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o diretor-executivo do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Babatunde Osotimehin, enfatizaram a importância da ajuda humanitária em meio a um …

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CALOR DAS PALAVRAS

Uma palavra pode ser uma arma.
Pode ferir, destruir e matar.
Quantos relacionamentos, afetivos ou não, não foram desfeitos por conta de palavras?
 
Mas uma palavra também pode unir e construir.
Quantos sins não uniram casais? Quantas palavras bem usadas não cativaram e conquistaram?
 
As palavras não são frias. Nelas há o calor da própria humanidade que as criou, seja para o mal, seja para o bem.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016


Hoje em dia há uma migração massiva do oriente para o ocidente e do sul para o norte. A razão disso é fundamentalmente a instabilidade social decorrente das guerras, de vários governos instáveis ou déspotas e também da crise econômica quase eterna das ex-colônias africanas, asiáticas e do Oriente Médio.

A Europa é a principal rota de destino dos refugiados e dos imigrantes econômicos. Várias são as buscas, seja de liberdade política e religiosa, seja de estabilidade social, política e econômica, seja ainda de segurança à própria vida, no caso dos refugiados.

Até quando durará isso? A Europa como um todo está impondo barreiras à entrada e permanência dos solicitantes de refúgio e, principalmente, aos imigrantes econômicos. Além disso, os partidos xenófobos estão numa ascensão popular crescente.  

Uma maneira simples de evitar essa leva sem fim seria as grandes potências porem fim ao financiamento de grupos armados e ao próprio fornecimento de armas a grupos terroristas, inclusive.

Uma estabilidade política e social nos países de origem dos imigrantes e refugiados é fundamental para que haja o mínimo progresso econômico e, mais que isso, a possibilidade das pessoas permanecerem em segurança no próprio país onde nasceram. Com isso diminuiria radicalmente o número de pessoas que são levadas a abandonar sua cultura, seus amigos e parentes em busca de uma certa segurança em um país desconhecido.

Talvez não muito em breve o destino passe a ser o sul. Africanos, Asiáticos e do Médio Oriente vindo à América Latina ou Austrália. E isso porque esses países não possuem partidos de extrema direita tão organizados e fortes como os que existem no hemisfério norte, embora não possuam o mesmo progresso econômico e social dos europeus.

Mas como esses países do hemisfério sul são formados por imigrantes, principalmente o Brasil e a Austrália, haverá uma crescente leva de imigrantes, refugiados ou não, a esses países.

Muitos que saem dos países de origem possuem uma condição econômica mínima e um elevado grau educacional. Muitos são engenheiros ou médicos e podem colaborar em muito ao progresso tecnológico e social dos países receptores. Outro tanto está disposto a trabalhar pesado para sobreviver e poder dar uma condição de dignidade à sua família.

Resta ao Brasil preparar-se para essa realidade que não tardará a se concretizar. Que os nossos cidadãos estejam conscientes de que somos um país de imigrantes, multicultural e que temos muito ainda a crescer. Os imigrantes, portanto, não freariam nosso desenvolvimento econômico ou social. Ao contrário, dariam o impulso necessário a que o Brasil saia desse quase eterno e depressivo marasmo.  

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

A ESCRAVIZAÇÃO DO HOMEM

A revolução industrial criou no homem uma sensação de poder nunca vista antes, com produção em larga escala, difusão do materialismo e do consumismo, criação de grandes grupos econômicos que concentravam o emprego e a renda.
 
O homem se sentia grandioso, forte, poderoso, quase invencível. Ao mesmo tempo, criava a sociedade manipulável, frágil e uma humanidade mais suscetível à manipulação.
 
Não digo que o comunismo soviético fosse a salvação, não. Havia excessos lá, como também há outros tipos de excessos no capitalismo.
 
A solução ideal seria o abandono ao materialismo, mas para isso haveria que se investir muito em educação, cultura e autoconhecimento de cada indivíduo nessa vasta humanidade.
 
A muitos o sonho do consumo gera uma sensação de prazer, ainda que no cotidiano haja a depressão, o estresse, a insatisfação e a sensação generalizada de injustiça e insegurança. A falsa sensação de liberdade do consumo dá lugar na prática à escravização do ser humano em busca de algo que criou e que jamais pode ser considerado vital à sobrevivência. É a escravização do homem.
 
Mas a cultura do humanismo, a valorização do autoconhecimento e o fortalecimento da educação de qualidade são caminhos efetivos para um mundo melhor, mas que com certeza não interessam aos grandes grupos políticos e econômicos. Mas seriam um forte passo rumo a um caminho de mais Justiça, mais Amor e mais Liberdade.
 
 

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

MUITOS CAMINHOS PARA A PAZ


Há muitas soluções possíveis para a estancar a ruína crescente da paz, da história, dos valores, da cultura, da riqueza e do humanismo em todo o Oriente Médio, Ásia e África.

A mente criativa permite acreditar na paz possível.

A mais lógica, porém utópica, seria a proibição de fabrico, uso e comercialização de quaisquer tipos de armas nas citadas regiões. Sem exércitos e sem armas, sejam atômicas ou simples arco e flecha, não haveria combate nem o uso da força, mas possivelmente o debate, tão benéfico ao entendimento e ao fortalecimento das saudáveis democracias. Israelenses e palestinos poderiam começar a dialogar. O mesmo ocorreria com a Arábia Saudita e Irã. E a paz dominaria a região. Não se pode esquecer que a instabilidade política apenas favorece poucas potências regionais como Israel, Arábia Saudita, Turquia e Irã.

Outra solução seria o islamismo e as demais religiões envolvidas, incluindo-se o judaísmo, posicionarem-se veementemente contra os grupos terroristas e Estados nacionais que chacinam crianças e inocentes.

No entanto, creio que a solução mais palpável no momento e eficaz para o fortalecimento da paz em toda a região do norte da África, Oriente Médio e parte da Ásia seria a efetiva criação do Estado da Palestina com as fronteiras anteriores a 1967, fato que criaria um Estado Árabe democrático na região e propiciaria não meras primaveras, mas modificações substanciais nos regimes que governam diversos países na região, sejam árabes ou islâmicos. A Palestina como Estado livre funcionaria, de certo, como um Farol a guiar todo o povo árabe, enfraquecendo regimes déspotas que utilizam a situação da Palestina de forma demagógica em benefício de uma pequena elite.

Mas mais do que isso, uma Palestina livre, independente e sem a ocupação israelense, propiciaria a sensação ao povo árabe e islâmico de que o Ocidente posiciona-se pela Justiça, acalmando os ânimos de muitos pretensos radicais que utilizam o posicionamento - no mínimo equivocado de diversos países - como pretexto para a loucura que eles próprios praticam contra o povo árabe e islâmico e outros civis inocentes na Europa e no mundo afora.

Muitos oportunistas utilizam o sofrimento do povo palestino como pretexto para o terror, mas nada fazem, de efetivo, em prol dessa população que sofre uma cruel ocupação israelense há 50 anos, desde 1967.

A solução mais palpável para a região, hoje, não é a invasão dos países. Já vimos isso ocorrer há pouco na Líbia, no Afeganistão e no Iraque, o que acarretou tão somente o fortalecimento de grupos extremistas e terroristas, e a difusão radical do islamismo. Ao invés de criar a paz, a invasão gera a sensação de ocupação, o que faz fortalecer uma espécie de união contrária não pelo nacionalismo, mas pela visão de uma religião mais radical que exclui minorias étnicas, religiosas e fomenta um machismo arcaico.

O uso da força apenas acarreta o fortalecimento da crueldade em todos os lados. Será que ninguém percebeu isso?

A solução mais viável está concentrada na criação efetiva de um Estado Palestino livre de qualquer ocupação, com fronteiras pré ocupação de 1967. Mas não só. Há que haver fortes sanções a qualquer financiamento a grupos extremistas como o Estado Islâmico e a proibição de venda de armas a pessoas e grupos, com planos concretos de diminuição de efetivo militar e de armamentos atômicos, químicos e convencionais em toda a região.

Não é preciso sonhar para buscar a paz. É preciso de vontade política, apenas isso. Mas será que países como os Estados Unidos, França, Rússia, China e Inglaterra, que compõem o Conselho de Segurança da ONU, e tantos outros que também ganham com o fabrico e o fornecimento de armas, querem realmente a paz na região ou pretendem continuar a lucrar, sem qualquer tipo de crise, com a exportação de armamentos?

O Brasil, a Índia, a África do Sul e alguns países europeus como a Espanha e Suécia poderiam ocupar papel de destaque na pacificação, mas para isso é preciso coragem e determinação a enfrentar os grandes grupos armamentistas que se ramificam em outros poderosos setores da economia global.

Mas há caminhos, muitos caminhos, para a paz.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

AMIGOS VERDADEIROS

Quando encontramos aquele verdadeiro amigo, não falamos sobre futebol, mulheres nem cantamos vitórias.
Quando encontramos amigos do coração, falamos das dores, angústias e das lembranças, boas e ruins.
Quando encontramos amigos de espírito, não precisamos nos esconder através de muros, ficar no topo de escadarias gigantescas ou usar a melhor vestimenta. Somos quem somos, na essência.
Esses amigos únicos, realmente verdadeiros, nos permitem a realidade e não devaneios.

domingo, 24 de julho de 2016

QUANDO A RAZÃO CLAMA PELA ESPIRITUALIDADE


Os recentes atentados no mundo, praticados por radicais, mataram em sua grande maioria muçulmanos; já aqueles praticados especificamente na Europa, vitimam muitos cristãos e também muçulmanos.

Esses crimes, denominados de atentados, são imputados a muçulmanos radicais, mas muitos dos autores sequer praticavam tal fé ou frequentavam as Mesquitas. Só por isso, jamais se poderia dizer que os autores dos atos tresloucados representam o islamismo ou qualquer outra religião.

Esses terroristas podem ter sofrido uma influência religiosa na instituição familiar ou social, mas não matam em nome da fé. Matam em nome do desespero. Do desespero da vida não ter mais sentido, e aí se acham no direito de exterminar a sua própria e levar consigo outras pessoas.

A causa real não é política e tampouco religiosa. Na verdade não existe essa causa que julgamos existir como pano de fundo desses atos. É justamente a falta dela, de qualquer causa. É a falta do sentido da vida e o medo de passar em branco que levam muitos jovens desesperados ao martírio, como se isso pudesse ser considerado ato de “heroísmo”. É tudo, menos heroísmo e menos ato motivado pela fé.

Na verdade, esses desequilibrados – e não há melhor palavra para defini-los - matam da forma mais cruel, mas não veem o ato como perversidade. Veem-no como um suposto crime de honra. 

São pessoas que não lutam pela religião, seja qual for, mas o fazem para chamar a atenção, e nada mais chama a atenção que praticar uma ação em nome de uma religião. O que dizer, então, de crimes bárbaros praticados pela suposta “defesa de uma fé”? Obviamente chamam mais atenção que atos pacíficos tradicionais, como peregrinações, jejuns etc. Eles sabem que esses atos extremos sob o falso pretexto religioso geram o caos, o medo e a indignação. E querem atenção. Precisam dela. Estão desesperados.

Se os desesperados não agem com a razão,  resto da humanidade deveria impô-la como ponto central, sem ódio e sem radicalismos também, e refletir sobre o que está errado. E há muita coisa errada com o atual caminho da humanidade, onde se prevalece o materialismo desenfreado e a falsa fé - de forma generalizada - que valoriza apenas o bem estar econômico e fomenta discursos radicais contra a tolerância, a aceitação e o amor, princípios que sempre foram defendidos e difundidos pelos Grandes Profetas das três maiores religiões.

Como se percebe, não é uma guerra do mal contra o bem, mas um momento crítico da humanidade, perdida no vazio do materialismo e que utiliza um falso discurso religioso (em todas as religiões) para praticar atos contra a própria humanidade.

É chegado o momento da razão e também de fé. Principalmente da fé na humanidade. Acreditando em nós, respeitando, perdoando, aceitando, tolerando, estaremos mais próximos do Divino, tenha ele o nome que tiver. Só essa razão e só essa fé, que não se contrapõem, poderão salvar a cada um de nós nesse momento em que a própria humanidade caminha para se auto exterminar.

Esse caminho nos possibilitará um fim diferente daqueles dos dinossauros e dos assassinos insanos. A razão clama por um caminho de autoconhecimento profundo,  mais espiritual, de maior compreensão e de mais amor, em contraponto ao materialismo narcísico, egoísta e devastador que vivenciamos há séculos nessa sociedade contraditória e cada vez mais cruel.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

UM PAÍS NADA TUPINIQUIM

foto: internet
Dizem que no Brasil se utiliza o termo tupiniquim como sinônimo de brasileiro, mas não é bem assim. Ele somente é utilizado quando há um sentido pejorativo (“nação tupiniquim” etc.). E é exatamente dessa forma, com desvalor e desprezo, que o brasileiro trata o indígena.
Os Tupiniquins são pertencentes à Nação Tupi e habitavam os litorais sul da Bahia e de São Paulo. Foram os primeiros índios a entrarem em contato com os portugueses. Hoje, encontram-se reduzidos a menos de 1.500 indivíduos, falam apenas o português e foram deslocados para Aracruz, no norte do Espírito Santo. Foram dizimados e perderam vínculos importantes com a sua cultura e a sua língua, restando uma dívida histórica enorme a ser resgatada.
Portanto, chamar brasileiro de tupiniquim da forma que fazemos é uma piada de péssimo gosto e um sinal de desrespeito a esse sofrido povo indígena.
            E o nosso preconceito não para aí. Vai bem longe. Qual brasileiro nunca falou em “programa de índio” para se referir a algo chato e sem sentido? Pois é, essa fala “engraçadinha” esconde uma forte visão pejorativa do indígena que não percebemos no nosso dia a dia.

O preconceito está também nas atitudes que temos no dia a dia, ao julgar as suas habitações e as suas vestes. Mas o Estado brasileiro também é preconceituoso. Já vi diversos casos de crianças indígenas serem afastadas dos pais por estes estarem com os seus filhos em atitude que consideravam de mendicância. Os juízes, ao adotarem essa medida drástica, ainda que estivessem bem intencionados, tomavam como parâmetro a nossa cultura e não a indígena.

            Algumas pessoas mais velhas se lembrarão de que nos anos 1980 foi eleito o primeiro deputado federal indígena, o Juruna, pelo PDT de Brizola. Com um aparelho que utilizava para gravar o que os políticos prometiam, o deputado xavante conseguia chamar a atenção da mídia, mas era considerado exótico e os programas humorísticos da época retratavam-no de forma esdrúxula.

            Esse é o Brasil que gosta de ridicularizar o indígena e que se esquece de que muitas das palavras que utilizamos no dia a dia derivam das línguas tupi e guarani. Além disso, muitos dos hábitos saudáveis que temos, como o de comer muitas frutas e de tomar banho diariamente  devemos a eles, além do prazer de deitar em uma rede. Além disso, eles têm todo um conhecimento de medicina alternativa, baseada em ervas e raízes, que muitos de nós aprenderam a utilizar.

O mais engraçado desse país que trata os índios com desprezo é que boa parte da população tem sangue indígena, ainda que distante. Embora eu não tenha cara de indígena, descendo de uma trisavó índia, laçada pelo meu trisavô português no interior paulista. Sim, não só os índios homens eram tratados como objeto, as índias também, e no sentido sexual da coisa, principalmente.

            Ao contrário da Bolívia, Guatemala, Peru e México, que são os países latino americanos com maior proporção de população indígena, respectivamente com 62,2%, 41%, 24% e 15,1%, o Brasil é um dos países da região com menor percentual de população indígena em relação à população total. O Brasil tem menos de 900 mil índios, segundo dados do IBGE do ano de 2010, equivalendo a menos de 0,5% da população brasileira, embora tenha o maior número de etnias, 305, com 274 línguas diferentes e com 36,2% dos seus indígenas vivendo em área urbana e o restante na área rural.

Segundo um relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe – CEPAL, órgão da ONU, divulgado em 2014, na América Latina vivem 45 milhões de indígenas em 826 comunidades, representando 8,3% da população total. Desses, 17 milhões vivem no México e outros 7 milhões no Peru.

A FUNAI – Fundação Nacional do Índio, criada em 1967 e vinculada ao Ministério da Justiça, aponta que 37,4% dos índios residem no norte do país e há 588 terras indígenas reconhecidas. Dessas; 545 são as tradicionalmente ocupadas; 6 são terras de propriedade adquirida pelos índios (dominiais); 6 possuem restrição de ingresso e trânsito de terceiros na área (interditadas); e 31 são reservas indígenas propriamente ditas.

Os Tikunas, com 6,8% do total da população indígena brasileira, formam a maior comunidade nativa,  segundo os dados do IBGE de 2010.

            E dos 900 mil índios brasileiros, apenas cerca de 42 mil vivem no Estado de São Paulo, representando menos de 0,1% da população de paulistas e, desse total, 38 mil vivem em cidades. Esses dados são do Censo 2010, do IBGE. Segundo a FUNAI, em São Paulo há 21 áreas indígenas declaradas, delimitadas ou regularizadas e outras 10 em estudo.

Se você pensa que os índios que moram em cidades vivem necessariamente em tribos, está enganado. Segundo o jornal Brasil de Fato, de 27/12/2010, só os pankararu, etnia originária de Pernambuco, somavam 1.600 pessoas na cidade de São Paulo, a maior parte residindo na favela Real Parque, no Morumbi. A história desse povo coincide com a do retirante nordestino que vinha para São Paulo nos anos 1950 em busca de oportunidades. Segundo o escritor Marcelo Rubens Paiva, em texto publicado no jornal Folha de São Paulo, sob o título “Elo Perdido”, os pankararus vieram para trabalhar na construção civil, inclusive na do Estádio do Morumbi, próximo ao Palácio dos Bandeirantes, que, por azar da coincidência, é o nome dos grupos paulistas que, à época do Brasil Colônia, saiam em expedição para, dentre outras coisas, caçar índios para torná-los escravos.

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, CEPAL, ainda estima que existam 200 povos indígenas em isolamento voluntário na Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Venezuela. A FUNAI aponta 107 registros da presença de índios isolados em toda a Amazônia legal brasileira. Eles têm inúmeros motivos para permanecerem isolados, já que a convivência com o dito homem branco nunca foi harmoniosa.

O SPI – Serviço de Proteção ao Índio, órgão antecessor da FUNAI e que foi fundado em 1910, tinha por finalidade proteger os índios e implementar uma estratégia de ocupação territorial do Brasil. O SPI visou alterar a política adotada durante todo o período do Brasil Colônia e Império, bem como no início da República, de mera manutenção de aldeias indígenas e de catequese.

Mas a matança de índios continuou no início do Século passado, seja pela ocupação de suas terras pela expansão agrícola, seja pela expansão das estradas de ferro. E ainda perdura. Madeireiros, pecuaristas, latifundiários e mineradores são inimigos em potencial de muitos povos indígenas, utilizando o pretexto do progresso e da defesa nacional para entrar em terra originária de determinada etnia.

A Anistia Internacional aponta que as obras para os eventos Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil implicaram em remoções forçadas de muitos indígenas, da mesma forma que o fizeram muitas barragens. Segundo a referida organização, índios de Mato Grosso do Sul ainda sofrem intimidações e ameaças de morte com frequência pelos pistoleiros que cercam suas áreas. O mesmo ocorre no Norte e Nordeste, devido à expansão agrícola e de pecuária.

Ainda há muitas crianças indígenas assassinadas por disputa de terras. Um caso recente foi o da criança da etnia Awa-Guajá, de apenas oito anos, que foi queimada viva na área indígena em que morava, no Maranhão, por madeireiros.

E quem não se lembra do índio que foi queimado vivo por adolescentes de classe média alta em Brasília?

À época do “descobrimento”, estima-se que havia três milhões de índios espalhados pelo território nacional, segundo a FUNAI. É estimativa. Há pessoas que dizem que o número era maior, chegando a 5 milhões. O fato é que de lá para cá muitas etnias foram extintas e somente em 1991 o IBGE incluiu os indígenas no censo demográfico nacional.

O que não se tem dúvida é de que as diversas Nações Indígenas foram alvo de genocídio ao longo de nossa história. E ainda continuamos a permitir que se mate índio por disputa por terras. Não conseguimos perceber que com isso não estamos aniquilando apenas uma pessoa ou extinguindo um povo, mas sim matando a nossa nacionalidade, a nossa essência como País. Sem o elemento indígena, assim como o negro e o branco, perdemos a nossa brasilidade e nos tornamos um frankstein globalizado, sem rosto próprio que nos identifique.

Essa é a primeira parte do texto, de caráter geral e introdutório. Nas próximas, que pretendo escrever em breve, abordarei a questão indígena sob a ótica da legislação protetiva internacional e a dificuldade dos operadores do direito de conjugarem a legislação nacional com as tradições e a cultura próprias nos processos que envolvem crianças índias. Aguarde!

quarta-feira, 13 de julho de 2016

GUERRAS E MASSACRES ACOMPANHAM O HOMEM HÁ MILÊNIOS.


A humanidade passou por tantas guerras, tantas atrocidades e tanta mediocridade que perdeu o controle de quando o ser humano passou a adotar essa barbárie como modo de vida.

As guerras constam do Velho Testamento. São antigas e se perdem no tempo. Exércitos e Nações poderosos sucumbiram ao tempo e hoje já não existem mais.

Mesmo assim, alguns que têm sede de poder creem que as guerras garantirão o controle de territórios e riquezas naturais.

Até hoje vivenciamos perto de nós muitas guerras. Vemos bem próximos a guerra ao tráfico e o fluxo de refugiados, reflexo das guerras em continentes mais empobrecidos.

A primeira guerra – e não a mera briga ou agressão -  descoberta pela ciência data de dez mil anos, às margens do lago Turkana, entre o Quênia e a Etiópia, onde doze esqueletos foram estudados e catalogados. Os pesquisadores, baseados pelos artefatos encontrados, que indicam que não se tratava de meros caçadores, apontam que o grupo vencedor teria vindo de longe e agido premeditadamente para tomar posse do território pertencente às vítimas.

Milênios se passaram e o ser humano teima em amarrar as suas vítimas, queimá-las e praticar as mais horrendas práticas de tortura. Tudo para se equiparar ao Deus que julga respeitar.

O que o homem mais deseja com as guerras, de forma ainda mais acirrada que nas brigas, é o desejo do poder, de se sentir poderoso. Deus, Religiões e amores são meros pretextos que se sucumbem à vontade dos guerreiros se tornarem tão poderosos quanto o próprio Deus que juram respeitar.

Também por isso as guerras são sinônimo de contrassenso, palavra que se amolda com perfeição aos atos seguidos dos seres humanos.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

TÚNEL DO TEMPO DAS VIDAS

Se um túnel do tempo existisse, veríamos cada fim bem ao lado de cada começo, mas jamais haveria a inversão total. Jamais o que julgamos ser o fim poderia estar antes do início.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

VIDA A SER VIVIDA

Uma vida pode ser desprezada, desperdiçada, mas jamais passará incólume. Sempre fará alguma diferença.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

INTERESSES DA TURQUIA NA GUERRA NA SÍRIA

Há vários indícios de que a Turquia compra combustível exportado pelo Daesh, termo árabe utilizado para designar o que conhecemos por Estado Islâmico.
Os próprios Estados Unidos reconheceram que os russos têm razão ao imputarem tal responsabilidade à Turquia (os russos filmaram toda a ação, desde a produção, a distribuição e a compra do petróleo fornecido pelo Daesh). Mas não é só isso. Todo o armamento do Daesh e os novos militantes entram pelo território turco. E segundo agências de notícias russas, há militares turcos lutando em território sírio[1].
No entanto, o que o governo de Ancara se limita a informar é que apenas apoia os turcomanos, estabelecidos na Síria, por razões históricas. Contudo, esse grupo é considerado terrorista pelos curdos, pelo governo sírio e pela Rússia. Quem não se lembra do piloto russo descendo de paraquedas e sendo executado? Pois é, os executores que comemoravam o assassinato, que parecem não ter nada de democratas ou de civilizados, eram de um grupo turcomano. E são os turcomanos que atacam, com armamento fornecido pela Turquia, principalmente os curdos sírios que estão em sua terra, Síria, lutando contra o Daesh.
Bem, parece que a Turquia escolheu um lado. E ao que parece esse lado não beneficia em nada os refugiados. Ao contrário, só tem aumentado o seu drama.
Contudo, agora, a União Europeia, para se livrar da crise humanitária, tem exigido que a Grécia deporte todos os refugiados que se encontrem em seu território para a Turquia. Segundo a União Europeia, eles devem ser “expulsos” o mais rápido possível, considerando-se o acordo firmado entre a União Europeia e a Turquia em março de 2016, tendo o país turco a contrapartida de ajuda financeira pelos europeus.
Não bastasse a ilegalidade na conduta de “expulsão” ou deportação, considerando-se a legislação internacional sobre refugiados, a questão que resta inconteste é o risco de se levar refugiados sírios que fogem das atrocidades da guerra e do terror implantado pelo Daesh e pelas milícias turcomanas para um país que comprovadamente apoia e financia esses grupos radicais, considerados terroristas por muitos.
Na Turquia, certamente, os refugiados continuarão a sofrer riscos quanto à sua integridade física e psíquica. E isso a legislação internacional, em especial a Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados veda com todas as letras em seus artigos 32 e 33[2].
Cabe à comunidade internacional, em especial a ONU, intervir para evitar essa expulsão dos refugiados sírios à Turquia, pois será extremamente perigosa e danosa a eles, já perseguidos por organizações radicais[3] que a cada dia que passa confirma-se receber apoio turco.
É hora de cessar as hipocrisias e garantir as vidas humanas que estão em risco!



[1] Há também militares estadunidenses, franceses e britânicos, além de russos, na frente de batalha. Cada país apoia um grupo nessa guerra insana.
[2] Art. 32 - Expulsão
1. Os Estados Contratantes não expulsarão um refugiado que se encontre regularmente no seu território senão por motivos de segurança nacional ou de ordem pública.
2. A expulsão desse refugiado somente ocorrerá em virtude de decisão proferida conforme o processo previsto por lei. A não ser que a isso se oponham razões imperiosas de segurança nacional, o refugiado deverá ter permissão de fornecer provas que o justifiquem, de apresentar um recurso e de se fazer representar para esse fim perante uma autoridade competente ou perante uma ou várias pessoas especialmente designadas pela autoridade competente.
3. Os Estados Contratantes concederão a tal refugiado um prazo razoável para procurar obter admissão legal em outro país. Os Estados Contratantes podem aplicar, durante esse prazo, a medida de ordem interna que julgarem oportuna.
Art. 33 - Proibição de expulsão ou de rechaço
1. Nenhum dos Estados Contratantes expulsará ou rechaçará, de maneira alguma, um refugiado para as fronteiras dos territórios em que a sua vida ou a sua liberdade seja ameaçada em virtude da sua raça, da sua religião, da sua nacionalidade, do grupo social a que pertence ou das suas opiniões políticas.
2. O benefício da presente disposição não poderá, todavia, ser invocado por um refugiado que por motivos sérios seja considerado um perigo para a segurança do país no qual ele se encontre ou que, tendo sido condenado definitivamente por crime ou delito particularmente grave, constitui ameaça para a comunidade do referido país.
[3] Daesh, termo árabe para designar o conhecido grupo autoproclamado Estado Islâmico no ocidente, e milícias de turcomanos sírios.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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