sexta-feira, 31 de maio de 2013

OLHARES

Os olhares podem ser direcionados à frente, para trás, para os lados, para cima ou para baixo.

Quando se olha para baixo, há um medo de enxergar o presente, o que se está à frente.

Quando se olha para trás, quase sempre, há uma espécie de ligação que nos prende àquilo que vivenciamos um tempo atrás.

Quando se olha para cima, há uma tendência a tentar ignorar parte da realidade que nos avizinha.

Quando se olha para os lados, há uma intenção clara de compreender, ainda que em parte, o que está à nossa volta.

Contudo, em quaisquer dessas direções, para cima, para baixo, para os lados, pra frente e para trás, os olhares podem ser mais ou menos limitados. Significa que vemos mais ou menos de acordo com o alcance e a vontade que temos de enxergar.

Quando se olha para a frente, ao contrário do que muitos pensam, nem sempre há a intenção de alcançar o que realmente está diante de nós. Muitos só são capazes de enxergar o que os outros querem que seja visto. Alguns, porém, enxergam além, talvez por uma sensibilidade própria ou uma vontade de conhecer a verdade real e não somente aquela aparente.

Contudo, duvido que exista algum ser humano que veja o todo em quaisquer dessas direções, ainda que para a diminuta visão do olhar para baixo ou para cima.

Quando olhamos para baixo, podemos refletir sobre nós, sobre os medos, incluindo vergonhas, e também sobre ausência. Isso não significa que o alcance do olhar seja mais facilmente ampliado. Como sempre, depende da nossa vontade.

Quando olhamos para cima, podemos não ver nada ou ver algo que nos surpreende, também dependendo da nossa vontade e da nossa coragem de como enxergar o inesperado.

O que importa, então, é o olhar com a sensibilidade da alma, para compreender o registro daquilo que nos é apresentado pelos mais aguçados sentidos.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Ligações perigosas: a DEA e as operações ilegais do governo brasileiro

DA AGÊNCIA PÚBLICA
por MARINA AMARAL

foto publicada no apublica.org
Documentos mostram que o ex-diretor da PF, general Caneppa, tido como um dos primeiros líderes da Condor, efetuou prisões e extradições ilegais a pedido do departamento anti-drogas americano

No dia 17 de outubro de 1973, o embaixador americano no Brasil, John Crimmins, escreveu um telegrama confidencial urgente ao Departamento de Estado chefiado por Henry Kissinger. A aflição do embaixador é evidente ao se referir à inesperada chegada ao país de uma equipe de inspeção do GAO (US Government Accountability Office) – agência ligada ao Congresso americano, criada em 1921 e ainda em atividade – com a missão de investigar a adequação e legalidade das atividades das agências federais financiadas pelo contribuinte americano. Inicialmente marcada para o dia 3 de novembro, a antecipação da visita – que desembarcaria na noite do mesmo dia 17 no Brasil – deixou o embaixador em polvorosa. O objetivo da missão era auditar o programa anti-drogas desenvolvido pela DEA – Drug Enforcement Administration – no país.

(...)

Para continuar a ler, acesse o site apublica.org ou clique aqui.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

JP, O JORNAL DA POMPÉIA

Um jornal que nunca sai do ar: JP, o JORNAL DA POMPÉIA.

Não tem mais colunistas, mas tem as principais manchetes do principais jornais do mundo e também do Brasil, de órgãos ligados à Cidadania e aos Direitos Humanos. Nesse link você tem tudo para estar bem informado. Não deixe de visitá-lo!

E esse ano promete ter mais notícias e mais novidades. Há surpresas no ar!

terça-feira, 28 de maio de 2013

QUANDO FALTAM AS PALAVRAS

Q W E R T Y U I O P
 A S D F G H J K L Ç
   Z X C V B N M       


Quando faltam as palavras, sobra ausência.

Ausência de pensamentos, de sentimentos e de reflexões.

Quando faltam as palavras, sobram as excrecências.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

7 ANOS DE VIDA NO YOUTUBE

Já são 7 longos anos de vida no youtube, repletos de vídeos. Ao todo são mais de 90 vídeos disponibilizados. Alguns com um número de acessos surpreendente, mas nem todos com tanta qualidade, já que a alma humana do seu produtor nem sempre está tão inspirada quanto deveria. Vá e confira: www.youtube.com/cyrodesa

domingo, 26 de maio de 2013

PROGRAMA NACIONAL DE ATIVIDADES ESPACIAIS

Você conhece o Programa Nacional de Atividades Espaciais?
Não? Então, clique aqui, leia e fique a vontade.
Da Agência Espacial Brasileira
Obs: o arquivo é relativamente pesado, com 39,12 MB

sábado, 25 de maio de 2013

ESTADO PALESTINO DEPENDE DE RECONCILIAÇÃO POLÍTICA

CENTRO DE INFORMAÇÃO ALTERNATIVA
http://www.alternativenews.org

"La reconciliación interna palestina ha de ser un hecho. Sin una Palestina unida faltará credibilidad."

Medhat K. El –Meligy, casi que recién acaba de llegar como embajador de Egipto a la capital de Ecuador.

Antes trabajó con el mismo cargo diplomático en Elliat (Israel). Recibe al AIC en su embajada de la que dice ser de las más antiguas de Ecuador, con más de 60 años. "Egipto tiene un papel fundamental tanto en América del Sur como en Centro América, con más de 20 embajadas en la región. El aumento de las relaciones bilaterales se dio durante la era de Nasser, en los años 60, mostrando de este modo Egipto su apoyo a los proceso de liberación de los pueblos latinoamericanos y apoyando los procesos revolucionarios".

-¿Tras la revolución de "Tahir Square", cree que ha cambiado el rol de Egipto en el conflicto palestino-israelí?

Seguimos teniendo una relación estratégica. Los intereses son los mismos que durante la era Mubarak. Aunque, eso sí, ahora el juego es diferente. La primavera árabe ha cambiado el modo de pensar en la región. Ahora la gente se puede hacer escuchar, puede decir lo que piensa.

En cuanto a su pregunta, con los palestinos seguimos teniendo, como siempre, un fuerte lazo por la estabilidad de la región.

-Habla de una posición estratégica de Egipto en la zona y de una necesidad de estabilidad...Tras la caída de Hosni Mubarak, ¿Han modificado las relaciones con el gobierno israelí?

Tenemos un pacto y lo seguimos implementado, aunque las relaciones han cambiado, como también ha cambiado la Administración americana y su juego con Obama, con nuevos puntos de vista. Para nosotros el problema sigue siendo el mismo por lo tanto el objetivo también: una paz justa y duradera para la región. La solución de los 2 estados enfrenta varios problemas (Jerusalén, refugiados) que tienen que ser solucionados antes de sentarse a la mesa de negociación. Pero la estrategia de Israel es que cuando se sienten a la mesa...no haya nada para negociar. Y si hablamos de dos estados hay que unir Gaza y West Bank, y para eso habrá que definir fronteras algo que Israel aun no ha hecho. Si Israel quiere vivir en paz con sus vecinos debe devolver todo lo que tomo en guerra, según la ley internacional.

-¿Cuál es la posición de Egipto en cuanto a la reconciliación interna palestina?

La reconciliación interna palestina ha de ser un hecho. Sin una Palestina unida faltará credibilidad. Los palestinos lo saben y por eso seguimos intentándolo porque es estratégico. Somos vecinos y no podemos olvidarlo. También, sabemos y los palestinos saben, quién no tiene interés en la reconciliación. Hay muchos actores involucrados en esto. Ahora más que nuca debe darse el proceso de reconciliación, con todo esto de la primavera árabe: El papel de Egipto en esto será el de facilitador que no el de negociador.

-Egipto comparte una frontera muy delicada como es el paso de Gaza, donde existe una grave crisis humanitaria, ¿Cómo gestiona la nueva junta militar esto?

Son fronteras internacionales, la situación es la misma. Hay acuerdos. No se debe prohibir a los palestinos ir a Egipto para cualquier necesidad o cualquier motivo, pero deben existir leyes de regulación. Egipto no está en contra de que se logre otro acuerdo, eso sí, cuando se trata de una emergencia abrimos el paso. Tenemos que ser pragmáticos. Hamas controla Gaza y Egipto ha reconocido a la Autoridad Palestina, por eso es más necesaria que nunca la reconciliación, para tener una sola fuerza con la que abordar el tema. Estamos seguros de que si los palestinos se esfuerzan en lograr la unidad lo harán y serán fuertes contra el enemigo común que es la ocupación israelí.

-¿Visos de solución?

Todos los actores involucrados debemos presionar a Israel para que los palestinos vuelvan a creer. Muchos de ellos han perdido la esperanza. Por este motivo Israel no puede seguir confiscando tierras, no puede seguir sin definir fronteras. Por otra parte, el número de gente que ansia la paz en Israel sigue creciendo. Por eso se necesita una rápida solución.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

LUIS ROBERTO BARROSO É INDICADO AO STF

foto: wikipedia
O professor de Direito Constitucional e procurador do Estado do Rio de Janeiro, Luis Roberto Barroso, filho de pai católico, promotor de justiça, e de mãe judia e advogada (falecida), foi indicado nesta quinta feira, pela presidenta Dilma Roussef, a ocupar a vaga no Supremo Tribunal Federal (a maior e principal Corte de Justiça do País) que era do ministro Carlos Ayres Brito (também brilhante), já aposentado.

Nascido em Vassouras, no Estado do Rio de Janeiro, formou-se em Direito pela UERJ - Universidade Estadual do Rio de Janeiro, onde leciona, e morou em várias cidades dos Estados Unidos (Saginaw, New Haven, Cambridge e Washington). É mestre pela Yale Law School e livre docente pela UERJ. Tem 55 anos de idade.

Sua indicação foi bem recebida pelos defensores dos Direitos Humanos. Com toda a carga humanista e preocupação social, certamente brilhará e ajudará a engrandecer ainda mais a Corte Suprema do nosso país, colaborando no fortalecimento da Democracia e da Cidadania.

Dados biográficos obtidos em sua página pessoal (www.luisrobertobarroso.com.br)

quinta-feira, 23 de maio de 2013

REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL? QUE TAL REDUÇÃO DA FALTA DE EDUCAÇÃO, DA INSEGURANÇA, DE SAÚDE E DE CIDADANIA?

Quando a quase unanimidade, com o perdão da palavra, é burra, pois é baseada numa histeria coletiva, precisamos repensar muitas coisas, inclusive o sentimento de nacionalidade.
Uma medida pura e simples como a redução da maioridade penal não irá acabar com o problema da criminalidade. 
Por parte do Estado, é preciso um punhado de medidas, dentre elas inteligência, planejamento, ações sociais e repressão.
Por parte da Sociedade Civil, é necessário sentimento de comunidade e comunicar à polícia qualquer ação estranha que possa induzir criminalidade. Temos que participar!
No entanto, o Brasil é um país de faz de contas. As pessoas gostam de palavras fortes, mas de ações pífias.
Ao lado de usuários de cracks não ficam assistentes sociais e psicólogos para promover internações. Ficam policiais militares!.
Esse policiais militares poderiam ser utilizados para repreender ações criminosas, enquanto para os dependentes, bastaria um punhado de servidores públicos incumbidos da nobre tarefa de tratar da saúde dos dependentes químicos.
E isso não ocorre só em São Paulo. O Brasil precisa mudar, urgentemente, sob pena de perdermos o mínimo que temos de noção de cidadania e até mesmo de Nação!

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Documentário sobre Darcy Ribeiro estreia na tevê


O filme “Darcy – um brasileiro”, dirigido por Maria Maia, estreia na programação da TV Senado.


O documentário conta a história do antropólogo, político e ativista que foi chefe da Casa Civil de João Goulart, lutou contra a ditadura, defendeu os índios, fundou a Universidade de Brasília e lançou a Lei de Diretrizes Básicas da Educação.

Um homem de causas, assim pode ser definido Darcy Ribeiro. No documentário “Darcy – um brasileiro”, dirigido por Maria Maia, o telespectador vai conhecer um pouco desta personalidade, visto por ele mesmo e pela ótica de amigos e colaboradores.

O documentário conta a história do pensador Darcy, das suas inquietações e da sua busca por soluções para o Brasil. Mineiro de Montes Claro, Darcy dedicou a sua vida aos menos favorecidos.

Na pele de antropólogo, defendeu os índios, fundou o Museu do Índio, ajudou na Criação do Parque Nacional do Xingu, documentou várias etnias em livros e fotografias; na de educador e professor criou a Universidade de Brasília, a Lei de Diretrizes Básicas da Educação e os CIEPS e na de político, foi chefe da Casa Civil de João Goulart, lutou contra a ditadura, foi exilado, foi vice-governador do Brizola, senador da República.

Mesmo vencido, como costumava afirmar, Darcy assumiu preferir o lado dos derrotados do que ter contribuído com os vencedores, neste caso, com aqueles que limitaram a democracia. Para quem perder a estreia, a TV Senado prevê reprises em 25/5 (13h30) e 2/6 (12h30).

Veja o trailler abaixo

terça-feira, 21 de maio de 2013

BASES MILITARES COM ARMAMENTO ATÔMICO NA AMÉRICA DO SUL

O DIÁRIO,INFO

A Colômbia avança na integração militar na estratégia da OTAN. A determinação imperialista de manter na América Latina uma situação de dominação colonial ou neocolonial inclui a crescente presença e ameaça militar, incluindo a instalação de armamento nuclear.

Enquanto o governo da presidente argentina Cristina Fernández de Kirchner vem denunciando perante a comunidade internacional que a Grã-Bretanha - com o decidido apoio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) - estabeleceu uma importante base militar nas Ilhas Malvinas (Mount Pleasent) com o propósito de amedrontar o sul do continente, base a partir da qual operam aviões de caça supersónicos, submarinos atómicos, e onde foi instalado um arsenal de armas atómicas, a Colômbia une-se a esta associação militar europeia, que está sob a autoridade e o controlo dos Estados Unidos, como único país latino-americano seu aliado.

Com efeito, o governo colombiano enviou a sua vice-ministra da Defesa, Diana Quintero, à reunião da OTAN realizada na cidade de Monterrey no Estado da Califórnia entre 28 de Fevereiro e 1 de Março.

Segundo as informações à imprensa, a Colômbia é a única nação latino-americana que marcou presença nesta reunião da OTAN. Ao fim e ao cabo este país andino cumpre fielmente as orientações de Washington e segue sem falhas o guião dos estrategas do Pentágono e do Departamento de Estado, que lhe atribuíram a função de se consolidar como o Israel da América do Sul, como bem assinalou o politólogo argentino Atilio Boron.

Merece a pena referir que os relatos oficiais colocam a ênfase na “honra” que constitui para a Colômbia ter sido o único país da América Latina convidado a participar neste encontro, denominado “Construindo Integridade”, que reuniu representantes militares de 138 países.

O convite a Colômbia, segundo o governo de Juan Manuel Santos, surgiu “graças ao reconhecimento dos seus progressos na boa utilização dos recursos do sector Defesa”.

ENCLAVE MILITAR COLONIALISTA

O objectivo da OTAN, com a acumulação de armamentos e tropas na América do Sul, é converter os mares del sul num enclave militar colonialista sob o absurdo pretexto de se tratar de um “santuário ecológico”. Trata-se, sem dúvida, de uma escalada da política imperialista e colonialista da Grã-Bretanha e dos seus aliados da OTAN que, como se sabe, estabeleceram uma importante base militar nas Ilhas Malvinas (Mount Pleasent), a partir da qual operam aviões de caça supersónicos e submarinos atómicos.

O Ministério de Relações Exteriores da Argentina acusou o Reino Unido de, em cumplicidade com a OTAN, instalar armas nucleares próximo das disputadas Ilhas Malvinas e de militarizar o Atlântico Sul.

Adicionalmente, o governo argentino denunciou a precária implementação do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares na América Latina face à desproporcionada e injustificada presença militar do Reino Unido no Atlântico Sul, presença que inclui a deslocação de submarinos nucleares com capacidade de transportar armamento desse tipo. Tudo isso com o apoio da OTAN e dos Estados Unidos.

Para alguns organismos de direitos humanos é evidente que a inexistência de um poder militar antagónico equivalente no Atlântico Sul faz com que a presença armada de um país membro da OTAN nessa zona apenas possa ter um carácter agressivo. É uma clara ameaça do uso da força para preservar o estatuto colonial dos arquipélagos do Sul, por parte de um país que, é necessário não o esquecer, é uma potência nuclear e conta com o aval e a cumplicidade dos Estados Unidos.

A esta agressão une-se de forma cúmplice o governo colombiano de Juan Manuel Santos.

NOTAS DE REBELIÓN:

- Contabilizam-se até este momento meia centena (47) de bases militares estrangeiras na América Latina. Dado o seu interesse, recomendamos a leitura do inventário realizado pelo Movimento pela Paz, a Soberania e a Solidariedade entre os Povos e publicado por Rebelion.org em 18 de Maio passado: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=149829 do
qual extraímos a seguinte informação e anexamos os mapas publicados por http://www.dossiergeopolitico.com/2012/05/47-bases-extranjeras-en-latinoamerica.html

- No arquipélago das Malvinas, ocupado colonialmente pela Grã-Bretanha, destaca-se a fortaleza da OTAN em Mount Pleasent, Isla Soledad, cuja pista maior tem um comprimento de 2.600 metros. A actual dinamização da militarização do Atlântico Sul posiciona a Fortaleza Malvinas como a força mais importante da OTAN nessa região.

Fonte: http://cronicon.net/paginas/edicanter/Ediciones82/NOTA001.htm

segunda-feira, 20 de maio de 2013

RUSSIA MANDA ARMAMENTO À SÍRIA

 
Rusia insiste en que las armas que proporciona a Siria son defensivas y están permitidas, pero no niega haber suministrado sofisticado armamento que permite al régimen de Bachar el Asad incrementar su capacidad para rechazar una intervención internacional. Citando una fuente oficial estadounidense, el diario The New York Times afirma que Moscú ha enviado a Damasco una partida de misiles de crucero antibuques de un nuevo modelo. “Rusia no suministra a Siria equipo prohibido y no oculta la información sobre sus suministros de acuerdo con los contratos firmados”, dijo el ministro de Exteriores, Serguéi Lavrov, al comentar la información. Desde Sochi, en el mar Negro, Lavrov aseguró que Moscú no viola ningún tratado internacional ni su propia legislación.

Las armas suministradas no proporcionan “superioridad” a Damasco en su enfrentamiento con los rebeldes ni “afectan al equilibrio de fuerzas en la región”, según el jefe de la diplomacia del Kremlin. “Rusia no ha firmado nuevos contratos de suministro de armamento con Siria, pero cumple todos los contratos antiguos por los que suministra sobre todo medios de defensa antiaérea”, agregó Lavrov, según el cual su país “no quiere perder su fama de proveedor fiable”.

Los sistemas de defensa antiaérea que Siria está recibiendo en virtud de contratos de 2010 dificultan la posibilidad de establecer —como quieren la oposición, Turquía e Israel-- una zona de exclusión aérea en Siria como la que se declaró en Libia para provocar la caída del régimen de Gadafi. “Los que no planean una acción agresiva contra el Estado soberano no tienen por qué preocuparse”, afirmó Lavrov.

(...)

Para hablar sobre Siria, y siguiendo los pasos del británico David Cameron y del israelí Netanyahu, el secretario general de la ONU, Ban Ki-moon, viajó este viernes a Sochi, ciudad turística que Putin ha convertido en la segunda capital del país, porque pasa largos periodos en ella y convoca allí a sus interlocutores. Ban reconoció que aún no hay fecha para la conferencia internacional sobre Siria —una iniciativa de Rusia y EE UU—, aunque consideró deseable que se celebre lo antes posible. Medios rusos indican, sin embargo, que el evento difícilmente podrá ser en mayo, como deseaban sus patrocinadores. Lavrov insistió en que la conferencia debe convocarse “cuanto antes mejor”, aunque admitió la existencia de muchos problemas de organización. Moscú quiere invitar a todos los Estados vecinos de Siria y también a Irán y Arabia Saudí, que no estuvieron en la conferencia anterior. Las conclusiones de aquel evento, celebrado en Ginebra en junio de 2012, fueron interpretadas de modo distinto por los participantes, que hoy como entonces mantienen sus divergencias sobre un telón de fondo de violencia cada vez más encarnizada.

Mientras los países occidentales insisten en que El Asad debe abandonar el poder, Rusia reitera que las partes deben llegar a un acuerdo por sí mismas, sin injerencia exterior, y que Siria debe mantener su soberanía. El régimen no acepta debatir sobre el destino de El Asad, la forma de poder y la Constitución.

Rusia tiene una base naval en Siria (Tartus) y una de las varias razones por las que contribuye a la supervivencia de El Asad podría ser el intento de ganar tiempo y de posponer otros problemas que podrían afectarla en mayor medida. En febrero, en una reunión con interlocutores franceses, el político populista Vladímir Zhirinovski dijo que Rusia no defiende al régimen pero trata de alejar la “resolución militar” del problema de Irán y la desestabilización que un ataque supondría para una amplia región colindante con Rusia y en la misma Rusia. Zhirinovski citó un previsible flujo de refugiados a Turquía y a los países del Cáucaso y Asia Central. Entre los sectores más radicales de la oposición que lucha contra El Asad hay oriundos del Cáucaso ruso que, concluida la guerra que les ocupa, podrían aplicar la experiencia adquirida en su patria de origen, señalan medios familiarizados con el Cáucaso.

domingo, 19 de maio de 2013

CURSO ORIENTALISMO E SEUS REFLEXOS NO PRESENTE

CURSO DO ICARABE

de 21 de maio a 25 de junho

1ª aula: 21/05 (3ª) – Orientalismo, Edward Said e Orientalismo na imprensa- Isabelle Somma (FFLCH – USP)

1ª parte – Introdução ao Orientalismo. Notas biográficas do autor. Introdução ao Orientalismo. As principais questões do Orientalismo. Crítica ao Orientalismo

2ª parte – Orientalismo na Imprensa. Estereótipos, estigmas e preconceito. Mecanismos de difusão. Exemplos em jornais brasileiros

Isabelle Somma - graduada em Comunicação Social pela PUC-SP e mestre em Letras pelo Programa de Língua, Literatura e Cultura Árabes da FFLCH-USP, com a tese “O Orientalismo na Imprensa Brasileira. Como árabes e muçulmanos foram retratados nos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo antes e depois de 11 de setembro de 2001“. Doutoranda no Departamento de História Social da USP Realizou pesquisas na Bodleian Library, Universidade de Oxford, e nos National Archives, em Londres e estágio doutoral na Faculty of Asian and Middle Eastern Studies, Universidade de Cambridge.

2ª aula: 28/05 (3ª) - O que sabemos sobre os antigos egípcios? O Egito antigo entre a Egiptomania e a Egiptologia – Thais Rocha (FFLCH – USP)

O Egito antigo, terra dos faraós ou dos diretores de Hollywood? O nascimento da Egiptologia como disciplina: os museus, o imaginário popular e a pesquisa acadêmica. Os diversos orientalismos envolvidos na conquista do Egito no século XIX. O Egito feminilizado e os estudos de gênero.

Thais Rocha - bacharel em História (2001) e mestranda pela FFLCH-USP. Seu trabalho concentra-se nas relações de gênero no Egito helenístico com ênfase nas cartas do período, tendo realizado parte de sua pesquisa de Mestrado na Inglaterra.

3ª aula: 05/06 (4ª) – Projeção do filme Reel Bad árabes: Como Hollywood vilipendia um Povo. Documentário dirigido por Sut Jhally e produzido pela Media Education Foundation, em 2006. Após a projeção, Isabelle Somma coordena uma discussão sobre orientalismo e cinema

4ª aula: 11/06 (3ª) - Imagens oscilantes sobre os muçulmanos no período medieval e no Renascimento - Marina Soares (FFLCH – USP)

Apresentação dos principais eventos relativos à formação do império árabe-islâmico (período clássico). Panorama sobre a apreensão da sexualidade no Islã. Representações textuais sobre o profeta Muḥammad, no período medieval. As viagens europeias no início da modernidade: intenções, locais visitados, representações sobre os muçulmanos. Percepções empíricas sobre os muçulmanos nas narrativas de viagem de Nicolas de Nicolay (1567).

Marina Soares – graduada em História (2004) e mestre pelo Programa de “Língua, Literatura e Cultura Árabe” (2009) pela FFLCH-USP. Doutoranda em “História Social”, na USP. Seus estudos têm se concentrado nas representações europeias sobre o harém, a partir de narrativas de viagem escritas nos séculos XVII e XVIII. Publicou o livro “Erótica sem véu”, em 2011.

5ª aula: 18/06 (3ª) - Mulheres árabes como “odaliscas”: uma imagem construída pelo Orientalismo através da pintura – Marcia Dib (FFLCH – USP)

O contexto do colonialismo no século XIX. O material das colônias e as exposições etnográficas. O Oriente visto como “O Outro”, exótico e primitivo. A representação da mulher árabe como símbolo de fartura, passividade e disponibilidade. A pintura como discurso: a fantasia dos haréns. Odaliscas: vistas ou imaginadas? A dança do ventre, a odalisca dançarina e o discurso orientalista.

Marcia Dib - mestre em Cultura Árabe pela FFLCH-USP, com a dissertação: "A diversidade cultural da Síria através da música e da dança". Autora do livro Música árabe: expressividade e sutileza. Pesquis danças e músicas árabes no Brasil, na Síria e nos EUA. Diretora do Mabruk! Companhia de danças folclóricas árabes.

6ª aula: 25/06 (3ª) – Orientalismo no mundo contemporâneo - Apresentação e análise e exemplos. Discussão interativa entre as docentes e os participantes, com coordenação do Diretor Cultural do Icarabe, Geraldo Godoy de Campos (ESPM)

Serviço:
Horário: 19h30 às 22h, às 3ª feiras, exceto a aula 3, em 05/06, que será na 4ª feira.
Local: Espaço Câmara Árabe - Av. Paulista, 326 - 11º andar - Metrô Brigadeiro, São Paulo

Investimento:
Público em geral: R$ 300,00
Membros do ICArabe, estudantes e aposentados: R$ 230,00
Estudantes devem apresentar carteirinha no primeiro dia de aula.

Formas de pagamento:
Integral: através de transferência bancária ou depósito bancário identificado, com comprovante encaminhado por email para curso@icarabe.org
Duas parcelas: a primeira através de transferência bancária ou depósito bancário identificado, na data da inscrição e com comprovante encaminhado por email para curso@icarabe.org e a segunda mediante cheque pré-datado para 31/05, entregue no primeiro dia de aula.
Instituto da Cultura Árabe: Banco do Brasil, ag. 1898-8, c/c 26000-2, CNPJ 07283643/0001-39
Certificado: Para participantes que tiverem presença em, no mínimo, cinco aulas.
Informações e inscrições:
Período: 26 de abril a 20 de maio
Através do preenchimento do cadastro eletrônico
no link http://icarabe.org/inscricao-para-o-curso-orientalismo-e-seus-reflexos-n...
ou pelo e-mail curso@icarabe.org (nome e telefone) ou pelo telefone (11) 5084-5131, de 2ª a 6ª feira, das 9h às 17h, com Christina.
Vagas limitadas.
Presidente de Honra ICArabe: Prof. Aziz Ab’Saber (i.m.)
Presidente: Salem Hikmat Nasser
Vice-Presidente: Michel Sleiman
Diretor Cultural: Geraldo Godoy de Campos
Coordenação do Núcleo de Cursos: Heloisa Abreu Dib Julien

sábado, 18 de maio de 2013

RÚSSIA EM CUBA

RÚSSIA EM CUBA

Inicio esse artigo ressaltando que não estamos mais no período da guerra fria, até porque não há mais duas superpotências militares. Há apenas uma, hegemônica, os Estados Unidos da América do Norte.

Fazendo parênteses, talvez em breve surjam os Estados Unidos da América do Sul, com a união de Brasil e todos os demais países sul americanos, que ao pouco vão integrando os blocos econômicos e políticos da área. Se depender de Chavez, o seu norte será o sul. Se depender dos demais, será necessário muito trabalho, principalmente por parte da Venezuela, Brasil e Argentina, os mais interessados em uma América do Sul unida econômica e até militarmente.

Voltando ao tema Rússia em Cuba, o fato é que os russos invadiram Cuba. Espere, não militarmente, mas em turismo. E o que há de mais bonito nisso são as russas que vão em férias para aquele país da América Central. Que lindas! E bota lindas nisso! As russas, em sua grande maioria, são esbeltas e com pernas de deixar qualquer homem babando. Além disso, têm os olhos e os narizes mais lindos do mundo. E gostam de usar roupas bem sensuais. Mulheres assim bronzeadas de sol são um show único que acontece especialmente em Cuba. Que paraíso!

Vão muitos casais jovens de russos e muitas russas em dupla ou em pequeno grupo de mulheres para as praias cubanas. Os russos mais velhos não têm bom gosto e usam maiôs (acreditem) que parecem fio dental.  Alguns senhores praticamente mostram a sua bunda em público, algo que não é muito comum no resto do mundo, inclusive em Cuba.

As mulheres usam biquínis relativamente comportados, mas sabem usá-los com sensualidade.

Os cubanos dizem que as russas adoram os latinos. Talvez isso explique o porquê de ter sido assediado por algumas mulheres lindíssimas e jovens. Sim, o meu ego ultrapassou tudo o que conhecemos e creio que tenha alcançado o céu.

Vou contar sobre o assédio da mais linda delas, a Júlia, uma jovem russa de 23 anos, moradora de Moscou e bancária, uma das mulheres mais lindas que já vi. Com um nariz e corpo perfeitos, me paquerou descaradamente por diversas vezes, até que tomei coragem e fui conhecê-la. Um amigo colombiano ficou alucinado e olhava fixamente tentando entender o que uma moça jovem e linda como ela via em um quarentão como o que aqui escreve. No hotel havia muitíssimos jovens russos da idade dela, mas a linda escolheu a fera. Muitos desses rapazes pareciam ser neonazistas, pois além de terem cabeças raspadas, não se relacionavam com mulheres e viviam juntos. Sinceramente, não simpatizava muito com eles, mas não os vi provocando qualquer pessoa. Havia muitos negros no hotel e não houve incidente com os jovens que pareciam ser de extrema direita.

Quanto ao que aconteceu ou deixou de acontecer com Júlia, permito-me permanecer em silêncio. Só posso dizer que nunca esquecerei da importância da Rússia e das russas em um mundo melhor.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

CONTRA A OPRESSÃO E SUBMISSÃO, A LUZ DIFUNDIDA PELAS MULHERES

As mulheres têm conquistado muitos direitos no ocidente. Foi com Getúlio Vargas que as mulheres puderam exercer o direito ao voto. E hoje, passado mais de setenta anos, temos uma presidenta mulher. Hoje as mulheres apresentam jornais, são editoras, são líderes partidárias e comandam as forças armadas (presidenta Dilma). 
No Oriente Médio, porém, a coisa é diferente. Em alguns países há maior ou menor liberdade aos membros do sexo feminino. E tudo depende da vinculação da política à religião e da interpretação que se dá ao Alcorão. Para os talebans as mulheres não podem sair às ruas nem estudar. Recebem chibatadas, pedradas e muitas vezes são proibidas de ter contato com os filhos. É o radicalismo religioso impondo visão deturpada e perigosa a uma parcela mais fragilizada (mulheres). No Líbano, Síria, Egito, Jordânia e Tunísia as mulheres ainda podem ir em muitos lugares sem lenços protegendo a cabeça. Em outros países daquela mesma regiaõ, porém, as mulheres não podem sequer dirigir (Arábia Saudita). É a Arábia Saudita que detém uma visão mais retrógada em relação aos direitos das mulheres.
Com tanta opressão e submissão, não me causaria estranheza se o próximo Messias, em que muitas religiões acreditam, viesse do Oriente Médio e sob o sexo feminino. E é nessas condições de submissão e opressão que surgem os Messias. Foi assim com Jesus Cristo e tantos outros Messias para tantas religiões.
Seria engraçado ver a reação de algumas pessoas. Afinal, o que achariam as religiões disso? Poderá ser uma mulher em carne e osso a libertadora das almas dos homens e que será capaz de trazer a harmonia e a paz a todos os cantos? Estarão, os homens, preparados para isso?

quinta-feira, 16 de maio de 2013

SUBMARINOS BRASILEIROS

DO BLOG DO MAURO SANTAYANA

A presidenta Dilma Roussef, inaugurou em março o estaleiro que produzirá os nossos submarinos. A primeira encomenda é de quatro belonaves convencionais e uma nuclear, cujo casco será construído com a parceria da estatal francesa DNCS, com o reator a cargo da Marinha. O Brasil talvez pudesse poderia chegar ao mesmo resultado – o submarino atômico só irá ao mar em 2023 – com menos dinheiro, se contratasse técnicos aposentados com o fim da URSS - e ainda disponíveis, às centenas, na Rússia e na Ucrânia. Isso poderia ter sido feito desde o início do projeto, há quase 20 anos, coincidindo com a crise do socialismo, mas, infelizmente, o Brasil tem tido, a partir do governo Fernando Henrique, dificuldade para pensar e coordenar seus projetos de longo prazo. Esse é o caso, por exemplo, das duas licitações da VALEC para a compra de 250 mil toneladas de trilhos, destinados à Ferrovia Norte-Sul e à FIOL – Ferrovia de Integração Oeste-Leste - suspensas, depois de intervenção do TCU, neste início de ano. Um só consórcio se apresentou para as duas concorrências, o que espanta, diante da dimensão do negócio. É estarrecedor que só agora, na etapa da conclusão das obras, os trilhos estejam sendo encomendados à China. Não é possível entender que se comece uma ferrovia sem saber de onde virão suas peças mais óbvias, como são os trilhos. E, menos ainda no país que é o maior produtor de minério de ferro do mundo, e com capacidade ociosa em sua indústria de aço. É inadmissível que - com um grande empresário da área, o Sr. Jorge Gerdau, atuando como articulador do governo com o setor privado – o Brasil não seja capaz de produzir seus próprios trilhos. Se nossas usinas siderúrgicas estatais – com sua importância estratégica, como vemos agora - não tivessem sido irresponsavelmente privatizadas, até o ponto de não sobrar nem uma sequer, bastaria, como ocorre na China, que o Governo convocasse uma delas e determinasse a execução da tarefa. Como isso não é possível – até mesmo pela resistência cada vez maior do governo em defender qualquer medida que possa ser interpretada como estatizante – o problema poderia ser resolvido, apesar da proverbial chiadeira, dentro das “regras” do mercado. O BNDES, em vez de ficar financiando multinacionais que mandam bilhões para fora todos os anos, poderia ir às compras no Bovespa, para fortalecer o controle do Estado em áreas estratégicas, recomprando, por exemplo, as ações que pertenciam à Previ, na Embraer, e que foram vendidas no governo Lula. O preço das ações – por obra da campanha de sabotagem da imprensa econômica internacional contra o governo – está em baixa. A aquisição de papéis da Petrobras e da Vale ajudaria a recuperar seu valor, e eles poderiam ser vendidos, com lucro, no futuro.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

O MUNDO PREVISTO PELA CIA

CARTA MAIOR
Ignacio Ramonet


Algumas previsões para os próximos anos contidas num documento sigiloso da CIA entregue ao presidente Barack Obama, no início do segundo mandato:

1) ainda que os EUA continuem a ser uma das principais potências planetárias, perderão a sua hegemonia econômica para a China. Simultaneamente tornar-se-á impossível exercer sua 'hegemonia militar de forma unilateral como ocorreu desde o fim da Guerra Fria;

2)caminha-se para um mundo multipolar no qual novos atores, como os Brics, tendem a constituir sólidos polos continentais;

3) a parte dos países ocidentais na economia mundial vai passar dos atuais 56%, para cerca de 25% em 2030;

4) crise na Europa durará pelo menos um decênio, isto é até 2023; não é seguro que a União Europeia consiga manter a sua coesão;

5) algumas das maiores coletividades do mundo já não serão países, mas comunidades congregadas e vinculadas entre si pela Internet e pelas redes sociais. Por exemplo, a ‘Facebooklândia', terá mais de um bilhão de usuários; na ‘Twitterlândia', mais de 800 milhões;

6) o controle de toda essa massa de dados por um restrito grupo de empresas privadas poderia condicionar o comportamento em grande escala da população mundial e inclusive de entidades governamentais.

terça-feira, 14 de maio de 2013

ELENA

ELENA é um documentário brasileiro elogiadíssimo que dá um show de imagens, roteirização, edição e poesia.
É um documentário que não se amolda ao padrão quadradinho de história contada com entrevistas.
Para quem acha que os documentários são mornos, taí um bom exemplo de que esse tipo de cinema pode ser  incendiário.
Há uma frase que acho marcante: "a morte primeiro se transforma em água, depois em memória. E pode virar poesia" (pode haver alguma diferença de palavras).
Para quem acredita em amor, em família, em liberdade e em humanidade, esse filme é imperdível.
Para quem gosta de cinema, esse filme é imperdível.
Para quem gosta de arte esse filme também é imperdível.
Para quem não se perdeu ou se perdeu, encontre-se, procure-se. É o exemplo do filme Elena.
Vou assistir novamente essa obra de arte. Recomendo. É um orgulho termos um filme brasileiro tão denso.
Veja o trailler aqui:

segunda-feira, 13 de maio de 2013

ESCRAVOS ONTEM E HOJE

Dia da libertação dos escravos. Há o que se lembrar, mas não há o que se festejar. Ainda somos escravos, sejamos negros, brancos, amarelos ou vermelhos.
Não temos escolas de qualidade nem um ensino adequado.
Não temos conhecimento verdadeiro de nossa história pessoal, familiar e de nação. Não sabemos o que somos e onde realmente estamos.
Não temos dignidade verdadeira. Apenas somos levados ao consumo, mas não ao conhecimento.

Continuamos escravos. Escravos de um sistema que nos dá pão e diversão, apenas isso.

domingo, 12 de maio de 2013

Violência, a marca do poder masculino

Imagem: AntoonVan Dyck, Sansão e Dalila (1630)
OUTRAS PALAVRAS
Por Henrique Carneiro, do Blog Convergência

A masculinidade, como todas as identidades, é social e historicamente construída em cada sociedade. Em quase todas, entretanto, há uma especialização masculina na violência.

Partilhamos de uma herança ocidental que traz nos étimos da própria língua os traços arcaicos, mas presentes, de formas de pensamento de longa duração. O radical latino que identifica o masculino, vir, é o mesmo que formará a palavra virtude, definindo a própria noção de virtude como algo masculino e, portanto, guerreiro. A violência viril é um emblema da masculinidade que nasce com as primeiras civilizações e permanece como essência do próprio conceito de civilização, uma civitas apenas de homens, mesmo quando concebida na forma republicana ilustrada moderna[1], onde mesmo o direito de voto feminino foi mais que tardio.

Tal situação nem sempre ocorreu. Mesmo que a ideia de um matriarcado historicamente anterior ao advento das civilizações patriarcais não seja algo demonstrável de forma generalizada, inúmeros autores admitem que “os namoros, dos quais dizem que Zeus teria cultivado com Metis, Themis, Eurinome, Demeter, Leto, Hera, Semele, Alkmena, etc., não são apenas expressões de antigas relações sexuais patriarcais, mas também ressonância de uma vitória de grande amplitude, que, no espaço do Mediterrâneo, tribos patriarcais haviam conquistado sobre tribos organizadas por matriarcado”[2]. A literatura antropológica também é rica de relatos de sociedades indígenas mais igualitárias e com papéis sexuais de gênero muito diversificados[3].

Apesar de referências antigas às deusas mães e a existência de descendências predominantemente matrilineares em certas culturas, o domínio patriarcal sobre a narrativa da história foi universal, atingindo até a pré-história.

O debate arqueológico também foi um campo no qual se construiu uma visão idealizada da supremacia masculina a partir da força física e da prática da caça da megafauna, praticada por homens, quando outros estudos vêm apontando, pelo contrário, o papel central da mulher e da sociabilidade feminina ligada ao parto assistido e à presença crescente do hormônio oxitocina, e à ideia da cooperatividade como padrão cultural bem sucedido na história da humanidade[4]. A “revolução criativa” de cerca de 40 mil anos atrás foi o resultado de uma sociotropia baseada no interacionismo cooperativo que levou aos utensílios complexos, à imagística e à arquitetura e não uma suposta “corrida armamentista do Paleolítico superior” de machos caçadores.

Foi o guerreiro masculino, entretanto, que despontou como o grande agente da história das civilizações. Briseida, como cativa de guerra de Aquiles, no relato da Ilíada, de Homero, é um exemplo prototípico do papel de prendas sexuais, de botim humano, que as mulheres foram submetidas ao longo de boa parte da história da humanidade[5]. Uma formulação explícita dessa ideia se encontra em Adolf Hitler, que escreveu em Mein Kampf que “as mulheres (…) assim também as massas gostam mais dos que mandam do que dos que pedem”.

Essa condição de uma atribuição guerreira ao homem e de pilhagem para a predação sexual à mulher acompanhou as sociedades humanas das primeiras civilizações ao século XX. Na segunda guerra mundial, a violência sexual contra mulheres alcançou dimensões quase sistemáticas, especialmente na vingança contra a população alemã desencadeada pelos exércitos vitoriosos, especialmente o soviético no front oriental[6]. No final do século XX, o uso do estupro como arma de guerra continuou a ocorrer em massa, da ex-Iugoslávia ao Congo.

Os homens são responsáveis, mesmo em “tempos de paz”, por 90% de todos os assassinatos cometidos na atualidade no mundo e por praticamente 100% dos estupros. Isso não deve, entretanto, nos levar a aceitar a tese do senso-comum de que o homem é naturalmente (“biologicamente”) mais propenso à violência do que a mulher. No artigo “Why Are Men So Violent?”[7], por exemplo, Jesse J. Prinz argumenta contra os que vêm determinações biológicas na maior propensão masculina à violência refutando a tese do “macho guerreiro” por natureza. As formações sociais surgidas após o Neolítico tenderam a reforçar o poder patriarcal e as condições históricas das representações da masculinidade como violência reforçaram as formas materiais da desigualdade no trabalho, na reprodução e na família.

A menor incidência feminina nos crimes violentos não impediu que muitas mulheres também cometessem assassinatos, mas no panorama europeu do final do século XIX, poucas eram as condenadas por esses crimes, especialmente se fossem mulheres de classes sociais mais abastadas. A tendência dos tribunais naquela época, sobretudo na França, sempre foi de absolvição dos crimes passionais femininos, sob o argumento da maior fragilidade emocional e mental feminina e sua maior suscetibilidade aos rompantes de passionalidade.

Os homens tinham o direito público à expressão da violência, não só como soldados nas guerras, mas por meio da ritualização masculina da ofensa à honra e sua reparação por meio do desafio ao duelo. Às mulheres, vetado seu espaço no teatro masculino da violência “honrada” em conflitos bélicos ou em duelos pessoais, restava um uso de violência por meios espetaculares emblemáticos, como os ataques com ácido sulfúrico, conhecido como vitríolo, que fez da mulher “vitriólica” uma expressão particular de uma violência vista como especificamente feminina: a da “criminosa passional”. Com a emoção excessiva, a mulher era vista sempre como uma histérica em potencial, e na visão médica oficial, a “superficialidade, infantilismo, imprevisibilidade e sugestionabilidade” eram as características femininas[8]. Isso, que também era chamado de “caráter mercurial”, opunha-se ao ideal de masculinidade do absoluto “sangue frio” diante do risco, da dor e da morte. Nesse aspecto, o duelo foi um emblema dessa identidade masculina e proibido às mulheres. Ao resenhar três livros sobre o assunto em “The Duel in the History of Masculinity” W. Scott Haine resume o enfoque historiográfico europeu sobre o tema[9].

A noção de “código de honra” com origem medieval evoluiu na época moderna para contemplar a burguesia em um novo padrão de conduta e num novo ideal de masculinidade que buscava disciplinar três atividades correlatas ligadas à agressividade e à competitividade que definiam o modelo de comportamento ético masculino: a guerra, o duelo e o esporte.

O código de honra masculino que regeu os duelos era um código costumeiro que subsistiu mesmo diante da proibição formal dos duelos, feita na França por Richelieu, assim como em outros países nos quais o estado moderno absolutista buscou um monopólio da violência.

Com a publicação de um novo código dos duelos na França em 1836 pelo conde de Chatauvillard, o Essai sur le duel, estabeleceu-se a primazia do duelo por esgrima até o “primeiro sangue”, o que fazia ser mínimo o número de mortes. Na Inglaterra, após 1850 também declinou a moda dos duelos. Mas na França ela se manteve numa média de 200 por ano subindo quando havia crises políticas como o caso Dreyfus. Na Alemanha, um padrão mais aristocrático militar prevaleceu fazendo da pistola a arma por excelência dos duelos, o que causava falecimentos em ao menos um quinto deles. Havia menos duelos na Alemanha, mas com resultados muito mais mortíferos. Até mesmo uma figura como o líder socialista F. Lassalle envolveu-se em um duelo, morrendo por isso em 1864. Embora formalmente proibido, até mesmo o chanceler Bismarck desafiou em 1865 o político e cientista Virchow a um duelo que não se realizou.

Na Itália moderna e contemporânea os duelos teriam perdurado mais tempo do que em qualquer outro país europeu e o próprio Mussolini teria participado ao menos de cinco quando jovem[10]. O modelo de identidade hipermasculina da Itália teria, dessa forma, muito a ver com a exaltação da violência agonística ritualizada.

No Brasil, o duelo sempre foi proibido, mas mesmo assim realizado. Como escreve J. R. M. Remedi, “em razão da proibição vigente desde os tempos coloniais das práticas de duelos, era considerado um crime lesa-majestade, ou seja, contra a honra do próprio imperador”, mas, “apesar de proibido pela lei brasileira, os duelos eram mais frequentes que imaginamos e, raramente, produziam condenações maiores aos praticantes”[11]. O caso mais célebre talvez seja o que envolveu o general Bento Gonçalves que, em 1844, considerando-se insultado desafiou seu camarada de armas, o coronel Onofre Pires, ambos líderes da revolução Farroupilha, e este último, ferido, acabou morrendo após alguns dias.

Esse duelo é emblemático, pois ambos os contendores eram primos-irmãos e amigos e camaradas de armas havia trinta anos. Bento, general dos Farrapos, começou a ser questionado pela facção liderada por David Canabarro, à qual se passou Onofre Pires. Após intrigas e acusações, Bento escreve uma carta pedindo confirmação das acusações e Onofre escreve outra confirmando, o que leva Bento a desafiá-lo ao duelo de espadas. Na manhã de 27 de fevereiro de 1844, vão a cavalo para um local onde lutam e, mesmo sendo mais jovem que Bento em 11 anos e de imensa estatura, Onofre é ferido no antebraço direito. O duelo acaba, o próprio Bento o socorre, mas a ferida gangrena e ele morre em poucos dias. Esse duelo, que foi tema de vasta literatura[12] e é encenado até hoje em comemorações de tradições gaúchas, sintetiza a tragédia da violência por honra que irrompe entre homens que se amavam como irmãos, mas chegam a se ferir de morte duelando.

A honra era ferida por palavras proferidas em público sem que tivesse havido posteriores desculpas também públicas, o que trazia ao ofendido, caso não buscasse uma reparação, a pior das vergonhas. A ofensa podia ser também a uma mulher, por palavras ou atos, o que levaria imediatamente aos seus parentes diretos a necessidade de restaurá-la por meio do sangue. Nesse caso, a escolha das armas cabia ao ofendido, sendo tradicional também no Brasil a opção entre a espada e a pistola. No caso gaúcho, especialmente na cultura da fronteira, uma modalidade de duelo comum era com o uso de facas.

Da mesma forma que no código francês de 1836, também no Brasil eram “frequentes os relatos dos duelos cavalheirescos em que os tiros são disparados para o alto, sem intenção de ferir o oponente. Tal situação se dava devido ao entendimento de que bastava entre homens de honra colocar-se de peito aberto frente a uma pistola para provar a sua coragem e resolução. Assim como muitos duelos acabavam nos primeiros ferimentos que vertessem sangue, quase sempre com a enunciação da conhecida sentença: um gota de sangue de um homem honrado é suficiente para retirar as nódoas da ofensa”.[13]

O estado mental da violência é assemelhado às vezes ao da fúria e, na busca dessa condição, os homens usaram, muitas vezes em condições de monopólio de gênero, drogas psicoativas capazes de alterar a consciência e aumentar a predisposição para a violência. A mais comum dessas drogas sempre foi o álcool, proibido ou censurado para as mulheres em muitas sociedades.

No livro Selvagens bebedeiras, João Azevedo Fernandes mostra como o uso das bebidas alcoólicas para fins de agonismo masculino, ou seja, de disputa e combate, foi uma característica marcante das sociedades ameríndias, servindo para a construção do “ethos guerreiro”.

Esse beber viril continuou a existir na cultura masculina dos bares, em que a quantidade de bebida ingerida equivalia à suposta masculinidade que se buscava demonstrar. Como escreve Jack London, em suas Memórias alcoólicas, “quando moço, graças à taverna escapei às limitações da influência feminina e me lancei no vasto e livre mundo dos homens” (p.14).

No Brasil, a cultura da aguardente foi fundamental para o desempenho da mão de obra escrava, especialmente no âmbito da mineração. Mais tarde, a vida urbana nacional também conheceu um uso de bebidas que eram servidas em estabelecimentos específicos, de frequência majoritariamente masculina.

O beber como “macho” toma também uma forma de duelo, em que se disputa a capacidade de ingerir maiores quantidades em menor tempo. O ambiente do bar se constitui como o espaço de socialização prioritário do trabalhador masculino, em contraposição ao ambiente doméstico governado pelos princípios femininos da vida familiar.

Em contraposição a essa vida pública masculina nos espaços da alcoolização, emergiu desde o século XIX um discurso médico, de matriz eugenista, que condenava as bebidas alcoólicas sob o argumento de que elas comprometem a masculinidade tanto organicamente, por provocarem impotência, atrofia dos testículos e até mesmo a morte, como do ponto de vista moral, por afastarem os homens da família e do trabalho[14].

O declínio da prática dos duelos no mundo ocidental foi acompanhado da institucionalização cada vez maior dos esportes como arena das disputas masculinas, onde a própria esgrima e as artes marciais em geral assumiram cada vez mais a condição de uma prática esportiva do que de uma luta. Por essa razão, a participação feminina nos esportes foi muito limitada até o final do século XX. Mesmo em maratonas, mulheres não eram admitidas até os anos de 1970. A elevação do duelo esportivo à condição emblemática da disputa viril ritualizada com violência atenuada pode se verificar numa pesquisa da ocorrência da palavra “duelo” num programa de busca na Internet, em que praticamente todas as menções vão tratar de esportes.

O exercício da violência como prerrogativa masculina extravasou a esfera direta do conflito militar para investir toda a representação da masculinidade com os seus atributos: códigos de honra como “códigos de cavalheiros” na ritualização da agressividade e no seu direcionamento a formas atenuadas de disputa, tanto no âmbito dos esportes, como nos duelos e nas práticas de ingestão alcoólicas, todas codificadas como exercícios de masculinidade. A virilidade assim se constitui como um conjunto de hábitos e símbolos, como vícios da violência codificada e protocolada em que o lutar, o jogar, o beber, o brigar são socialmente moldados como representações do duelo, de forma a inscrever a diferença dos sexos num teatro social em que o protagonismo da violência literal e simbólica é estabelecida como a virtude por excelência dos homens, mesmo que estes cenários venham sendo, nas últimas décadas, alterados pela emergência dos movimentos feministas e de igualdade de direitos que conquistaram para as mulheres espaços crescentes na vida pública, nos esportes, no consumo alcoólico e mesmo nas atividades militares.

Henrique Carneiro é historiador, bacharel, mestre e doutor em História Social pela USP. Professor na cadeira de História Moderna no Departamento de História da USP (Universidade de São Paulo), é também pesquisador do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (NEIP). Publicou seis livros e diversos artigos para jornais e revistas acadêmicas (ver aqui). Sua linha de pesquisa atual aborda a história da alimentação, das drogas e das bebidas alcoólicas.

sábado, 11 de maio de 2013

FOTO: O MAIOR SORVETE DO MUNDO, NO IRÃ

Não. Não é Carnaval no Irã, mas há festa. Tudo devido ao maior sorvete do mundo, dividido entre a população.

fonte: PRAVDA

sexta-feira, 10 de maio de 2013

10 ANOS DE GUERRA NO IRAQUE

PRAVDA

10 anos da Guerra no Iraque


Há 10 anos, em março de 2003, começava a Guerra do Iraque, na época governado por Saddam Hussein.

Sob a alegação, nunca aceita pela ONU , de que o país possuía armas nucleares e de destruição em massa, o então presidente americano George W. Bush deu início ao conflito que se estenderia por anos. Uma década após o primeiro ataque, e com milhares de vidas perdidas, feridos e desabrigados, a maioria dos americanos acredita que a invasão foi um erro.

Veja as fotos publicadas no PRAVDA on line clicando aqui.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

UMA BRASILEIRA NA PALESTINA


No Dia Internacional da Mulher, o ICArabe contou a história da linguista Sandra Guimarães, de Natal (RN), que abandonou um mestrado em Paris depois de conhecer e se apaixonar pela Palestina. Criadora do blog Papacapim Veg (http://papacapimveg.com), de culinária vegetal, a ativista dedica-se a diversos projetos no campo de refugiados de Aida, em Belém. Organiza aulas de culinária regional e orienta crianças e adultos sobre higiene e saúde. Sandra começou a trabalhar nos campos de refugiados assim que chegou à Palestina. Embora já tivesse feito projetos em outros campos, hoje só trabalha em Aida, onde morou durante a maior parte do seu primeiro ano na região. “A população desse campo é de 5 mil habitantes, espremidos em uma área de 710m² (sim, menos de 1km²). 60% da população tem menos de 15 anos e a taxa de desemprego é de quase 70%. A vida nos campos é extremamente difícil e o meu projeto é tentar melhorar um pouco a situação econômica de algumas famílias, criando uma fonte de renda alternativa”, explica.

Noor (que significa “luz” em Árabe) é um projeto independente criado por e para mulheres refugiadas que têm um filho deficiente. “Depois de conversar com o diretor do campo, um bom amigo meu, ele explicou como a vida dessas mulheres era difícil, mais ainda do que as outras. Como o projeto é independente, todos trabalham de maneira voluntária (sem remuneração) e organizo aulas de culinária palestina para patrocinar nossas atividades. Também organizo hospedagem no campo, na casa das famílias, para estrangeiros que queiram fazer uma imersão total na cultura palestina e aprender árabe.”

A ativista deixou o Brasil aos vinte anos. Ela conta que foi na França, onde estudava e trabalhava, que, ao ter contato com as informações sobre a situação dos palestinos, sua consciência adormecida começou a despertar. “Estava plantado o sentimento que me traria para cá. Em 2007, abandonei o mestrado em Linguística para visitar a Palestina pela primeira vez. Duas semanas foram suficientes pra me convencer de que o meu lugar era aqui. No início de 2008 me mudei pra Belém e comecei a trabalhar no campo de refugiados de Aida”.

A solidariedade fez com que Sandra permanecesse na Palestina. E o desejo de testemunhar a realidade e contá-la ao maior número possível de pessoas a ajuda a prosseguir em seu trabalho. “Sei que sozinha não posso acabar com as injustiças das quais o povo palestino é vítima há mais de 60 anos, mas estou fazendo o que posso para ajudar. Não acabei com a ocupação, mas acredito que meu trabalho nos campos melhorou a vida de muita gente e graças às palestras que dei no Brasil várias pessoas ficaram sabendo da verdade sobre o conflito. Sei que minha contribuição é modesta, mas fazer pouco é melhor que não fazer nada.

Para acessar o blog Papacapim Veg clique em http://papacapimveg.com

Para conhecer a página do Papacapim no Facebook http://www.facebook.com/pages/Papacapim/297862846934648?ref=ts&fref=ts

quarta-feira, 8 de maio de 2013

ELEIÇÕES NO IRÃ: EM JUNHO

No mês de junho haverá eleições presidenciais no Irã, um país no centro geopolítico da Ásia, bem ao lado da China, Rússia e Índia, grande produtor de gás e de petróleo e com avançada tecnologia aeroespacial. Não bastasse isso para demonstrar a sua importância estratégica, ele ainda é acusado por Estados Unidos e Israel de investir no processamento de urânio para a produção de armamento nuclear, o que é desmentido pelas autoridades iranianas.
O Irã é um país almejado pelos serviços de inteligência de Israel e Estados Unidos, tanto que drones estadunidenses são constantemente interceptados pela força aérea e pelo exército do Irã em seu território. Além disso, há financiamento a células terroristas e o Ministro da Inteligência iraniana diz aind que a oposição estaria recebendo dinheiro vindo dos inimigos iranianos, leia-se Estados Unidos.
A oposição não tem muitas chances e pretende unir forças para convencer Mohammad Khatami, considerado reformista, a candidatar-se, com certa probabilidade de vencer as eleições. De certo, a classe média alta e as mulheres das grandes cidades votarão em Khatami. O atual presidente Mahmoud Ahmadinejad  tem mais simpatizantes nas pequenas cidades e dentre a classe média baixa e baixa e apoio quase que total dentre os militares. Como se sabe, os conservadores no Irã se dividem enter os conservadores, normalmente do grupo militar ou tecnocrata, e o dos mais conservadores, geralmente mais próximos dos chefes religiosos tradicionais.

fotos: site iranelectionwatch e wikipedia

terça-feira, 7 de maio de 2013

Documentos apontam que CIA via em Brizola a principal ameaça à ditadura

ZERO HORA Guilherme Mazui e Klécio Santos

Nos primeiros anos do regime militar (1964-1985), os focos de insurgência armada haviam sido sufocados e a maioria dos líderes políticos de esquerda estava presa ou vivia no exílio. Nesse clima de aparente legalidade, a população se inclinava a apoiar os militares, instigada pelo discurso oficial de combate à ameaça subversiva. Um nome, contudo, era temido nos bastidores do poder: Leonel de Moura Brizola.

Enquanto respirava a brisa do Rio da Prata, no Uruguai, Brizola comandava operações, treinava guerrilheiros e recebia auxílio financeiro de Cuba e de ultranacionalistas brasileiros com objetivo de derrubar a ditadura. A versão sobre as atividades do trabalhista e o papel de Cuba no apoio de grupos extremistas na América Latina estão descritos em um calhamaço de papeis da CIA — a agência de inteligência americana — enviados ao governo brasileiro, ao qual ZH teve acesso.

Intitulado Intelligence Handbook, o dossiê da agência se detém em descrever em dezenas de páginas a ação dos grupos contrários ao regime, com foco sobre o Movimento Nacional Revolucionário (MNR) de Brizola, considerado como o mais "ativo" grupo de oposição ao regime. A documentação é datada de fevereiro de 1968.

A teia de relações de Brizola é descrita em minúcias, bem como os homens que formavam o seu establishment: Paulo Shilling — um dos fundadores do Movimento dos Agricultores Sem Terra (Master), uma organização precursora do MST —, o ex-deputado Neiva Moreira e o coronel do Exército Dagoberto Rodrigues, ex-diretor do Departamento de Correios e Telégrafos no governo João Goulart. Os tentáculos de Brizola se estenderiam pela Europa, onde seu contato era o ex-deputado Max da Costa Santos, que se encontrava exilado em Paris. Era ele quem viajava para Cuba através de uma conexão por Praga em busca de suporte para ações guerrilheiras. Para a CIA, a indicação mais clara do envolvimento de Cuba é seu apoio ao grupo de exilados de Leonel Brizola. "Os couriers (mensageiros) cubanos contataram e financiaram insurgentes brasileiros no Uruguai e financiaram sua viagem a Cuba para treinamento em campos de guerrilha", aponta o relatório.

Um estilo centralizador

Ainda segundo os documentos, Brizola arranjou um grau de proteção para ele próprio e sua organização no Uruguai desenvolvendo relações próximas com vários políticos e oficiais, bem como com grupos revolucionários daquele país, entre eles o Movimento Revolucionário Oriental e a Frente de Esquerda de Libertação (Fidel), ambos ligados ao regime cubano. Àquela altura, Brizola já sofria com escassez de homens dispostos a "encarar os perigos e dificuldades encontradas pelas guerrilhas" e os relatos apontam o recrutamento de possíveis combatentes até no Paraguai. Embora fosse financiado pelos revolucionários de Sierra Maestra e que membros do MNR eram constantemente treinados na ilha, Brizola se recusava a aceitar cubanos como integrantes do seu grupo, segundo a CIA, "provavelmente temendo perder o controle de sua organização".

— Não resta dúvida que toda a pressão e carga era sobre o Brizola. Ele era o perigo — atesta Jair Krischke, do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, que considera fundamental que toda documentação venha à tona, mesmo que sob a ótica americana dos fatos.

Para a CIA, a "insistência" de Brizola em ser o único comandante de qualquer operação o teria colocado em desacordo com outros grupos brasileiros e contribuído para o seu "fracasso" em obter apoio unânime até entre os exilados no Uruguai. Centralizador, o gaúcho em 1968 estaria cedendo espaço para outras agremiações guerrilheiras, como a Resistência Armada Nacionalista (RAN), sob a liderança do ex-almirante Cândido de Assis Aragão e que reunia antigos oficiais do Exército e da FAB. O grupo contaria, conforme os dados da CIA, com uma rede de escape e uma base guerrilheira de apoio na Bolívia, onde foram encontrados contatos e nomes e endereços em Porto Alegre.

Até mesmo o suporte de Cuba Brizola estaria perdendo, em detrimento de outras lideranças como Carlos Marighella. Diante do suposto isolamento, o ex-governador estaria buscando outras fontes de financiamento através do governo da Argélia, onde Miguel Arraes estava exilado. A atuação de Arraes é tida pela CIA como mais voltada para esfera política, sem ação "proeminente nos círculos revolucionários". Já Brizola era mais temido, principalmente por, dois anos antes, ter posicionado um grupo paramilitar na serra do Caparaó, divisa entre Espírito Santo e Minas Gerais, naquela que é tida como a primeira guerrilha da ditadura. "O grupo foi recrutado, organizado, treinado, financiado e dirigido por Leonel Brizola", enfatiza o relatório da CIA.

— Caparaó era a menina dos olhos do Brizola, mas foi um grande fracasso. Era um grupo muito bem preparado militarmente, mas que acabou se isolando da população e ficou sem condições psicológicas de resistir — relata o jornalista Flávio Tavares, que questiona a maioria dos informes da CIA já que eram baseados em dados do regime que nem sempre traduziam a verdade.

A documentação, contudo, não surpreende a família de Brizola. O filho João Otávio, 60 anos, afirma que se soube mais tarde que havia infiltrados da CIA no Uruguai monitorando seu pai e que foi a partir de 1968 que Brizola parou de arquitetar contra a ditadura.

— Antes disso, ele era uma máquina de conspirar e não tenho a menor dúvida de que tinha apoio de Cuba.

(...)

O foco embrionário de guerrilha tinha origem em Leonel Brizola. O mais sofisticado esforço teria ocorrido em 1966, na Serra do Caparaó, quando um grupo de cerca de 20 homens apoiados do exílio pelo gaúcho tentou recriar na região uma insurreição nos moldes cubanos. Sem apoio dos camponeses enquanto aguardava instruções de Brizola, os guerrilheiros foram capturados no final de março de 1967. A unidade contava com apoio logístico de Bayard Demaria Boiteux, ex-presidente do PSB. Junto aos guerrilheiros, a ponte de Boiteux era o ex-sargento Amadeu Rocha, a quem repassava dinheiro e remédios. "Amadeu depôs em interrogatório que Brizola gastou US$ 30 mil providenciado por Cuba no esforço em Caparaó", aponta o dossiê da CIA.

Alguns integrantes dessa insurgência, segundo a CIA, teriam participado em 1965 de um incidente no Rio Grande do Sul em um destacamento militar em Três Passos. Eles eram liderados por Jefferson Cardim, que fazia parte do grupo de exilados no Uruguai sob o guarda-chuva de Brizola. O relatório aponta que o levante teve inspiração brizolista, mas sua influência foi nula.

— Cardim estava brigado na época com Brizola. Ele agiu por conta própria quando cruzou a fronteira — assegura Jair Krischke, do MJDH.

A documentação também faz menção à prisão de um grupo de terroristas em Uberlândia (MG), em 1967, com "quantidades de explosivos químicos incendiários e armas". O interrogatório dos presos incluiu o jornalista Flávio Tavares.

— O Grupo de Uberlândia nunca chegou a funcionar. Quis implantar um foco de guerrilha, mas foi infiltrado pela polícia. Se tornou apenas uma isca para levar à minha prisão — lembra Tavares, que nega que o grupo possuía armamentos.

Segundo o dossiê, Tavares teria sido recrutado por um membro do bando para contatar Brizola, com quem se encontrou duas vezes em janeiro daquele ano e teria intermediado para um instrutor de guerrilha viajar a Minas Gerais. O grupo foi desmantelado em julho.

— Na época, fiz um contato com Brizola, mas desconhecíamos que o grupo tinha se transformado em uma armadilha. Tudo o que o grupo fazia a polícia tomava conhecimento. O grupo não tinha relação com o Brizola — afirma o jornalista.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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