segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O BRASIL E O MUNDO OPTAM POR MATAR

O mundo é violento, e não é de hoje.

Nos primórdios usávamos armas para caçar e posteriormente para guerrear.
Quantos não usaram armas para matar pessoas odiadas e também entes que, em princípio, seriam ou deveriam ser minimamente amados, como irmãos, pais, filhos, amantes.

Com o tempo fomos aprimorando os armamentos. Criamos a pólvora, as armas automáticas, os mísseis e chegamos às armas nucleares.
Avanço tecnológico? Creio que não. Pode-se afirmar que se trata de irracionalidade extrema, pois descobrimos a forma mais rápida de acabar com a vida na Terra e o próprio planeta. Segundo dizem, os arsenais atômicos (apenas os declarados) permitiriam acabar com 7 planetas Terras, no mínimo.

As indústrias armamentistas e muitos países ricos nunca faturaram como agora. Vendem armamentos de todos os tipos para países ricos e pobres.
O Brasil, que não é rico, é um dos maiores produtores de armamentos, mas leves, principalmente pistolas. Temos diversas indústrias, onde se destaca a Taurus, mas também existe a Imbel, Indústria de Material Bélico  do Brasil, estatal que desenvolve, fabrica e exporta essas armas.

As guerras odiosas e as atrocidades praticadas por alguns exércitos ou grupos armados se deve, em grande parte, ao amplo poder de fogo que possuem, muitas vezes fornecido de graça por algumas pretensas potências regionais ou globais.
Resta evidente que, com menos armas, a necessidade de diálogo seria maior. Não parece óbvio também que uma limitação ao armamento deveria ser prioridade da ONU? E não digo apenas no desarme nuclear, mas também e principalmente dessas armas ditas "convencionais".

Não se deve esquecer, entretanto, que as indústrias bélicas não fomentam apenas guerras civis ou internacionais. Elas também incentivam os países a comprarem armamentos pesados visando à segurança pública interna. O Brasil gasta uma verdadeira fortuna com esses armamentos e, enquanto isso, a Saúde e a Educação ficam relegadas a planos posteriores. Seria essa a nossa prioridade? Certamente não coincide com o que entendo ser prioritário.

Enquanto não priorizarmos educação e saúde, principalmente a primeira, continuaremos a ser um País que se entende composto por selvagens, necessitando de armas moderníssimas para conter manifestações muitas vezes pacíficas.

Ou seja, as armas muitas vezes são utilizadas contra o próprio povo.

Sempre achei que a melhor arma da polícia é a inteligência, o que dá trabalho e quase nenhuma visibilidade imediata. A força bruta, que faz barulho e repercute, deveria ser usada como última opção, já que a vida é o bem maior assegurado pela nossa Constituição Federal.

Mas os políticos brasileiros preferem investir em armamentos, em verdadeiros pequenos exércitos, que em grandes bibliotecas ou em escolas que poderiam ser grandiosas (no sentido de ensinar) e repletas de alunos interessados na leitura e no conhecimento.

Sim. Armamos com o que há de mais potente, no aspecto bélico, pessoas que nunca puderam desenvolver minimamente a sua potencialidade artística, cultural ou educacional.

Contrassenso? Sim. É o Brasil que vivenciamos, que tem optado pelas armas e não pelo ensino de qualidade. Um Brasil que opta pela possibilidade de matar e não pela possibilidade de salvar vidas.

A culpa é apenas dos políticos? Não. É nossa por não elegermos quem defende as questões realmente prioritárias ao País.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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