quarta-feira, 3 de agosto de 2016

MUITOS CAMINHOS PARA A PAZ


Há muitas soluções possíveis para a estancar a ruína crescente da paz, da história, dos valores, da cultura, da riqueza e do humanismo em todo o Oriente Médio, Ásia e África.

A mente criativa permite acreditar na paz possível.

A mais lógica, porém utópica, seria a proibição de fabrico, uso e comercialização de quaisquer tipos de armas nas citadas regiões. Sem exércitos e sem armas, sejam atômicas ou simples arco e flecha, não haveria combate nem o uso da força, mas possivelmente o debate, tão benéfico ao entendimento e ao fortalecimento das saudáveis democracias. Israelenses e palestinos poderiam começar a dialogar. O mesmo ocorreria com a Arábia Saudita e Irã. E a paz dominaria a região. Não se pode esquecer que a instabilidade política apenas favorece poucas potências regionais como Israel, Arábia Saudita, Turquia e Irã.

Outra solução seria o islamismo e as demais religiões envolvidas, incluindo-se o judaísmo, posicionarem-se veementemente contra os grupos terroristas e Estados nacionais que chacinam crianças e inocentes.

No entanto, creio que a solução mais palpável no momento e eficaz para o fortalecimento da paz em toda a região do norte da África, Oriente Médio e parte da Ásia seria a efetiva criação do Estado da Palestina com as fronteiras anteriores a 1967, fato que criaria um Estado Árabe democrático na região e propiciaria não meras primaveras, mas modificações substanciais nos regimes que governam diversos países na região, sejam árabes ou islâmicos. A Palestina como Estado livre funcionaria, de certo, como um Farol a guiar todo o povo árabe, enfraquecendo regimes déspotas que utilizam a situação da Palestina de forma demagógica em benefício de uma pequena elite.

Mas mais do que isso, uma Palestina livre, independente e sem a ocupação israelense, propiciaria a sensação ao povo árabe e islâmico de que o Ocidente posiciona-se pela Justiça, acalmando os ânimos de muitos pretensos radicais que utilizam o posicionamento - no mínimo equivocado de diversos países - como pretexto para a loucura que eles próprios praticam contra o povo árabe e islâmico e outros civis inocentes na Europa e no mundo afora.

Muitos oportunistas utilizam o sofrimento do povo palestino como pretexto para o terror, mas nada fazem, de efetivo, em prol dessa população que sofre uma cruel ocupação israelense há 50 anos, desde 1967.

A solução mais palpável para a região, hoje, não é a invasão dos países. Já vimos isso ocorrer há pouco na Líbia, no Afeganistão e no Iraque, o que acarretou tão somente o fortalecimento de grupos extremistas e terroristas, e a difusão radical do islamismo. Ao invés de criar a paz, a invasão gera a sensação de ocupação, o que faz fortalecer uma espécie de união contrária não pelo nacionalismo, mas pela visão de uma religião mais radical que exclui minorias étnicas, religiosas e fomenta um machismo arcaico.

O uso da força apenas acarreta o fortalecimento da crueldade em todos os lados. Será que ninguém percebeu isso?

A solução mais viável está concentrada na criação efetiva de um Estado Palestino livre de qualquer ocupação, com fronteiras pré ocupação de 1967. Mas não só. Há que haver fortes sanções a qualquer financiamento a grupos extremistas como o Estado Islâmico e a proibição de venda de armas a pessoas e grupos, com planos concretos de diminuição de efetivo militar e de armamentos atômicos, químicos e convencionais em toda a região.

Não é preciso sonhar para buscar a paz. É preciso de vontade política, apenas isso. Mas será que países como os Estados Unidos, França, Rússia, China e Inglaterra, que compõem o Conselho de Segurança da ONU, e tantos outros que também ganham com o fabrico e o fornecimento de armas, querem realmente a paz na região ou pretendem continuar a lucrar, sem qualquer tipo de crise, com a exportação de armamentos?

O Brasil, a Índia, a África do Sul e alguns países europeus como a Espanha e Suécia poderiam ocupar papel de destaque na pacificação, mas para isso é preciso coragem e determinação a enfrentar os grandes grupos armamentistas que se ramificam em outros poderosos setores da economia global.

Mas há caminhos, muitos caminhos, para a paz.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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