terça-feira, 27 de março de 2018

PARA VIAJAR AO SOM DE YANN TIERSEN

A vida nos reserva pequenas e importantes oportunidades.

Que tal dar valor ao que realmente importa?

Que tal imaginar, ao som dessa música mágica de Yann Tiersen, as pessoas que você ama de verdade e que você divide com elas momentos de felicidade em lugares que trazem paz?

Isso se eterniza, se multiplicará pelo Universo e jamais se apagará, pode ter certeza!

quinta-feira, 22 de março de 2018

DA DESCONSTRUÇÃO DE NOSSAS BRASILIDADES

imagem extraída da internet

Para refletir no início da manhã desta quinta feira!

Vivenciamos no Brasil o que alguns chamam de retrocesso, alguns outros de golpe, muitos de virada para a direita, mas que para mim pode ser definido como a de desconstrução das brasilidades.

O país que vivemos, certamente, já sofreu explorações deploráveis. Foi assim na época da colonização, do Império e de nossa conturbada República, onde, sempre após períodos de entreguismo e também de ditaduras, tivemos momentos de explosão cultural, intelectual e de reflexão sobre o país e o seu futuro.

O Brasil já vivenciou momentos maravilhosos e sublimes de brasilidade!

Antes do golpe de 1964 o Brasil explodia em brasilidades. Era o cinema, o teatro e a música expandindo o nome do Brasil para o mundo. E foi após o golpe que brasileiros críticos e sensíveis à causa do país ingressaram ou voltaram à política para tornar o Brasil menos repugnante. Com eles veio a Constituição cidadã de 1988 e com ela um Brasil remodelado para uma visão mais progressista, desenvolvimentista e humanista.

Hoje, após a histeria coletiva contra um partido politico e alguns de seus integrantes, muitos voltaram ao equilíbrio emocional e viram que o que emergiu no país nesses dois últimos anos certamente é pior do que existia à época dos panelaços. Oportunistas cínicos e vaidosos dominam o cenário político nacional e até econômico. Houve, sem dúvida, erro partidário e de políticos anos atrás, mas de dois anos para cá o erro do eleitor raivoso, que tem votado contra o que existia sem enxergar quem está colocando em seu lugar, tem dado oportunidade à desconstrução das brasilidades e à tomada do poder pelos oportunistas sem qualquer plano para o coletivo e o próprio Brasil. Os oportunistas que aí estão preocupam-se apenas na permanência e ocupação do espaço de poder, e só! Não há preocupação alguma com empregos, com saúde, com educação, com cultura, com o que se lê, com o que se ouve, com o que se sonha. Para eles o mundo se reduz à oportunidade de um discurso simplista que seja capaz de seduzir uma grande massa não reflexiva.

Não temos mais a figura do empresário preocupado em criar empregos e fazer o Brasil se desenvolver. Hà apenas a figura do empresário por oportunidade de investimento, que visa tão somente o maior lucro possível, e só! Não temos mais o politico que se condói com os problemas vivenciados pelos brasileiros. Também já não temos a música que nos faz amar e sonhar, a literatura que nos faz ver a intelectualidade e a grandeza do nosso povo ou o cinema que nos revela com uma visão crítica aguda da política, da sociedade e dos acontecimentos globais. Temos um cinema bobo que nos faz rir do ridículo, e só. Temos uma música sem conteúdo, refletindo o eu do brasileiro nesse instante. A literatura tem se resumido a textos absurdamente insanos sobre política, assim como nós temos agido em relação a ela. O Brasil está perdendo a sua essência, a sua brasilidade e a culpa é de todos, inclusive e principalmente nossa!

Sem perceber, estamos tornando o Brasil mais superficial, mais raivoso e mais distante daquilo com o que sonhamos. Afundamos e levamos o Brasil junto, colocando na política oportunistas preocupados apenas com sucesso, fama, contatos e sem qualquer responsabilidade com o país, sua cultura e o seu futuro e os próprios brasileiros.

Sem a nossa responsabilidade e conscientização, as brasilidades tão intensas, não sobreviverão a essa onda de desconstrução de nossa cultura e de nossa imagem.

A crise do Brasil não é só política. Os reflexos são muito severos nos aspectos sociais e da economia, mas mais ainda naquilo que somos únicos, nas nossas brasilidades!

domingo, 18 de março de 2018

DA MAGIA DO SER HUMANO E DA FUNCIONALIDADE ASSEMELHADA AO UNIVERSO


O ser humano, às vezes cruel, pode ser magnífico muitas vezes.

Com o seu olhar, pode cativar.

Com a magnitude do seu coração, pode estender as mãos e ajudar pessoas em situações difíceis.
Com o seu abraço, pode acolher e dar conforto a quem dele precisa.

Com o seu olfato e criatividade, pode ser capaz de criar combinações incríveis na culinária.

Com sua inteligência, pode promover o avanço científico e da medicina e alavancar a descoberta que ajuda na cura de doenças.

Com o poder de sua fé e a força do pensamento pode conseguir pequenos milagres e transformações na realidade.

Com suas palavras pode emocionar e fazer com que as pessoas enxerguem a realidade de uma forma diferenciada.

Com a pureza intrínseca, pode ser canalizador de energias que fluem pelo seu corpo e direcioná-las para harmonizar pessoas que precisam de ajuda.

O ser humano pode ser mágico e surprendente, desde que seja verdadeiro e intenso.

Hoje a humanidade vive a dicotomia entre o bem e o mal. Este disfarçado pelas palavras ligadas a uma racionalidade desprovida de qualquer sentido, razão ou alma. É o ódio ao outro, à diversidade e à humanidade, representativa da diversidade de sentido, cores e formas.

Talvez a humanidade funcione que nem o Universo. A expansão e evolução se dá com a harmonia ou a desarmonia não desagregadora, que promove choques e avanços. A desarmonia que desagrega, o ódio ou a energia absolutamente negativa criam pequenos espaços para a absorção do progresso e da evolução, nos levando não a uma paralisação no processo evolutivo, mas à própria desintegração.

quinta-feira, 15 de março de 2018

BRASIL. SENSIBILIZAÇÃO. POSTURA INTERNA E EXTERNA. ELEVAÇÃO MORAL. PODER PARA EXIGIR

Não sei o que mais precisa acontecer no mundo para que as pessoas se sensibilizem. Aliás, a começar pelo Brasil.

 

Nós brasileiros não conseguimos enxergar ou sentir o que acontece bem aqui na nossa terra, imagine então a milhares de quilômetros de distância.

 

Antes dos europeus chegarem aqui, nessa vasta terra, havia humanos indígenas que retiravam recursos da natureza, mas sem esgotá-la, que não poluíam as águas que bebiam e que não escravizavam outros seres simplesmente porque tinham cor, religião ou etnia diferentes. Eles conviviam em harmonia com o meio ambiente.

 

Com a chegada dos europeus, os índios foram dizimados e escravizados. As águas começaram a ficar poluídas e as matas a serem derrubadas. Muitas espécies animais daquela época hoje já não existem mais. Foram extintas. Não bastasse o caos que estavam a criar nessa terra, ainda escravizaram pessoas na África e as trouxeram acorrentadas para cá, aonde muitos de seus descendentes até hoje não tiveram acesso a uma boa escola e a um bom hospital e sequer são cidadãos em seu sentido Constitucional.

 

Nós brasileiros, temos os lados bons e ruins dos índios, dos negros e dos europeus. Somos um povo verdadeiramente bipolar, que desde os tempos da colônia oscila entre a mestiçagem e a visão europeia de mundo. Um povo que se julga povinho, que aceita a corrupção, que permite que os governos não resolvam o problema das pessoas em situação de rua, dos dependentes de drogas e dos enfermos, dentre outros.

 

Somos um povo violento no falar, que agride verbalmente o outro por detrás, mas que se cala perante os abusos que são cometidos pelos que detêm o poder.

 

Somos um país gigante e rico, mas que permite que apequenar perante as injustiças praticadas dentro e fora do Brasil.

 

Se não somos capazes de nos indignar e fazer resolver os problemas internos, como poderemos nos sensibilizar e pretender que se mude as injustiças que vemos no mundo afora, em particular na guerra da Síria, por exemplo?

Teremos a coragem de exigir que países parem de financiar os grupos terroristas e radicais que ainda lutam na Síria? Teremos coragem de apontar quem são e de exigir que parem de financiar, armar e treinar?

 

Teremos coragem de agir em prol do povo da Síria, que sofre há sete anos os efeitos de uma das guerras mais cruéis do mundo?

 

Se mal somos capazes de exigir providências para os miseráveis que vemos a todo instante ao nosso redor, teremos condições de exigir algo que vai contra interesses de grandes e médias potências?

 

Para resolvermos os problemas internos e para atuarmos com firmeza no plano internacional, primeiramente teremos que ser sérios na solução das nossas vergonhas e misérias. Depois, teremos elevação moral para pontuar com seriedade o que deve ser respeitado acima de tudo no plano internacional.

 

Essa mudança, para o bem do futuro dos nossos descendentes e para o mundo em geral, precisa começar agora!

 

quinta-feira, 8 de março de 2018

A MAGIA DO SORRISO DAS CRIANÇAS



Queria tanto ter sido um escritor do período pré Cristo.

Teria visto tantas mudanças, tantas evoluções e também maldades. Escreveria tantas coisas sobre a humanidade. Não faltaria sobre o que escrever.

Embora a raça humana esqueça o que leu e até sobre o que já se escreveu, os escritos, ainda que feitos por um não grego, não filósofo, não renomado, são capazes de eternizar um olhar sobre os fatos.

Adoraria ter escrito, à época, sobre uma questão específica, os sorrisos das crianças.

Para mim eles são mágicos, nos conquistam, nos confortam, nos fazem abstrair dos problemas que criamos, daqueles que nos martirizam e que não passam de frutos de uma abstração humana - provavelmente doentia. 

As crianças nos levam para outro tempo, próximo ou distante. Nos transportam para outro espaço, mais cheio de cores brilhantes e marcantes. E ainda nos fazem perceber a graça da vida, ainda que por um breve instante. 

Os sorrisos das crianças encantam e criam uma mágica peculiar que nos fazem voltar no tempo, avançar no espaço e recriar em nós aquele espírito humano capaz de superar qualquer limite. Qualquer um!

São a fonte mais pura de luz, de sabedoria e da mágica do auto conhecimento que temos e que relativizam tudo aquilo em que acreditamos, incluindo o tempo e o espaço.

Ao vermos ou sentirmos o sorriso das crianças, nos encantamos e nos aproximamos da sensação própria daquela que julgamos ser a mais característica do Criador.

Para mim esses sorrisos não são uma janela da alma humana, mas a verdadeira janela da alma divina e que nos permitem, ainda que de forma diminuta, perceber, sentir e imaginar o Criador não como julgador, mas como amor puro, lá presente, onipresente.

De certo, o futuro da raça humana está nas crianças, e cabe a nós permitir que elas percebam um mundo mais puro, mais justo, mais humano, mais solidário e mais feliz! Cabe a nós preservar essa mágica do olhar e do sorriso mágicos. Elas, tão puras, são capazes de transformar muitos de nós em pequenos anjos, ainda que não percebamos. E percebemos, pelo simples sorriso dessas crianças, que o reino dos Céus não está em outro tempo ou espaço, mas em nós mesmos!

sábado, 3 de março de 2018

O INDIVIDUALISMO, A EXCLUSÃO E O RISCO À SOBREVIVÊNCIA DE NOSSA ESPÉCIE. DA MUDANÇA NECESSÁRIA.

desenho extraído da internet, sem autoria apontada





















Quando não acreditamos no sistema, tudo fica difícil.

Hoje, eu acho mais difícil fazer coisas tão ousadas como fazia até 10 anos atrás.

Antes, eu achava possível mudar o mundo com a educação e a informação. Cria que a tecnologia ajudaria a humanidade nesse processo. E fiz pequenas ousadias. Alguns sonhos, no entanto, não se concretizaram, mas bem que, em tese, poderia colocar em prática, ao menos no âmbito da tentativa.

Hoje, porém, talvez cansado pela idade, eu considero tudo difícil e não me empolgo mais com a tecnologia. Para mim, nesse momento de descrença, tudo que vejo serve apenas para manter a mentalidade consumista ou voltada para a exclusão e, em decorrência, em razão da suposta superioridade ou da nomeação de um suposto inimigo, ao belicismo histórico.

A extrema direita está aí, espalhada e fortalecida no mundo afora e dentro do Brasil nos dando claros exemplos disso. Para eles os denominados "outros" são inimigos a serem excluídos, combatidos e exterminados.

Chegamos a um nível de individualismo e de exclusão doentios. Estamos, dia a dia, a perder um pouco mais da nossa capacidade de sensibilização. Vemos tudo de longe e julgamos segundo uma falsa, imprecisa e destoante lógica que nos apresentaram.

O que precisamos é passar um tempo com os excluídos. Poder-se-ia passar um tempo com as pessoas em situação de rua; com os drogaditos que perambulam como zumbis; com os idosos nas longas filas do INSS ou dos hospitais públicos; com os refugiados no seu difícil dia a dia; com os desempregados e o seu desespero para colocar comida em casa; com os presos, a fim de perceber a falta de perspectiva; com as crianças que não vão às escolas; e tantos outros.

Ao nos colocarmos no lugar do outro, perceberemos que não há inimigos, mas apenas diferenças substanciais através das quais a vida nos é apresentada.

Antes, acreditava na sensibilização pelas palavras, mas cada vez mais entendo que a verdadeira capacidade de se tocar vem pela percepção "in loco" da realidade. É óbvio que as palavras muitas vezes nos comovem, mas sentir a realidade ao vivo mexe com sentidos importantes, cujas palavras, por si só, não alcançam.

Todos, sempre, deveriam se colocar no lugar dos outros. E veríamos que não há melhores ou escolhidos, mas apenas uma luta individual e coletiva, constante, pela sobrevivência.

E todos, ainda hoje, queiramos ou não, lutamos, em maior ou menor grau, pela sobrevivência.

E, para mim, fica mais evidente, a cada dia que passa, que se perdurar esse individualismo excessivo e a luta individual, com exclusão do outro, a humanidade não sobreviverá a um eventual nova catástrofe que se apresente, já que, historicamente, a luta nesse âmbito sempre foi basicamente coletiva e não meramente individual.

A mudança do comportamento de nossa sociedade pode não decorrer mais de uma livre escolha, mas de uma necessidade premente!

Cabe a nós a mudança. Sendo mais sensíveis, tolerantes e solidários, não apenas seremos mais Justos, mas poderemos garantir a luta coletiva conjunta e harmônica pela sobrevivência da nossa espécie.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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