terça-feira, 16 de julho de 2019

A HISTÓRIA, AS OPÇÕES COLETIVAS E INDIVIDUAIS E O DEGRAU DE NOSSA JORNADA.


A história nunca foi ou é em vão. Sempre nos mostra os avanços após os retrocessos da humanidade e os subsequentes retrocessos e assim sucessivamente, num ciclo aparentemente sem fim.
A vida que conhecemos, porém, ao contrário da história, por mais que tenha altos e baixos, tem o seu curto limite temporal.
Se compararmos com a existência da terra ou da nossa galáxia, a vida será um mero instante de sopro, como já dizia um dos maiores intelectuais brasileiros, Oscar Niemeyer.
Hoje vivemos o momento mais perigoso da humanidade e que muitos não percebem.
O ódio se espalha e o narcisismo e o materialismo recebem a justificativa cega do egoísmo. A polarização direita e esquerda nada mais é que um instrumento de controle, manipulação e de centralização de poder.
Nessa sociedade idiotizada pelas fake news e pela propaganda incessante na internet, rádios e tevês, o que importa é o bem estar proporcionado pelo consumo, pelo conforto material e pelos planos de viagens que se faz.
A gentileza sincera, conhecida como gratidão, e o amor incondicional deixaram de ser preocupações do dia a dia.
Estrangeiros não são vistos com curiosidade, mas como inimigos. Diferentes não são vistos como seres humanos iguais a nós, mas como subcategoria. E a energia do ódio se espalha, contaminando mentes fracas ou cansadas e as almas menos maduras.
Vivemos a mesma eugenia tão divulgada nos Estados Unidos e copiada pelos nazistas no início do século passado e que aterrorizou gerações, povos e o nosso inconsciente.
As consequências hoje, porém, face aos avanços tecnológicos e aos armamentos nucleares, poderá ser infinitamente superior e ainda mais degradante.
Não são grupos, mais, que correm riscos, mas a própria humanidade e a sua própria existência.
Apenas a consciência individual, multiplicada por grandes grupos, terá a capacidade de barrar o mal que se espalha e que gera um desconforto aos mais sensíveis, médiuns ou o nome que se queira dar.
A vida é uma dádiva a que alguns chamam de milagre e se a recebemos temos uma responsabilidade não apenas conosco, mas com o Universo que acolhe todas as vidas que surgem e ressurgem, com o amor próprio de uma mãe e de seu amor incondicional.
Diz uma profecia de Chico Xavier que estamos próximos de grandes revelações e de surpreendentes descobertas. Estamos a um degrau de nossa elevação moral e energética, assim como estamos a um degrau do nosso colapso como ser, como vida e como humanidade.
O passo é somente nosso, individual e coletivamente, assim como a responsabilidade pela graça (vida) recebida.
Estamos próximos do degrau que mudará a história e nos revelará quem e como realmente somos.
Há quem prefira o conforto temporário da ignorância, um analgésico que vicia, mas que não muda o rumo e as consequências de nossas ações, omissões e opções.
Assim como nos foi revelado que Deus era Amor, por Paulo, o que deveria ser o propósito do cristianismo e de todas as religiões, hoje estamos no caminho entre escolher a vingança e o ódio próprios de um Deus que já não faz mais sentido, mas que contaminou a muitos ao longo da história pela sensação de poder que revela, ou o do amor incondicional próprios de uma mãe ou do Deus revelado, que acolheu a humanidade, ainda que esta tenha errado muito em sua longa jornada.
O Deus nos foi revelado como amor há mais de dois mil anos e nos foi dado todo esse tempo para tentarmos viver com esse propósito.
A revolução interna e coletiva ainda é possível, a cada segundo da vida que nos foi concedida.
Só a revolução interna e consciente nos fará grandes para o degrau que nos espera para a elevação moral.

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Tempos em que falta a acidez e sobra a podridão!

O Pensador - escultura de Rodin

Vivemos tempos difíceis e recheados de hipocrisia!

A meditação, a religiosidade e o altruísmo viraram propaganda para egos sem limites.

Discussões políticas entre esquerda e direita servem para defender pensamentos ou a falta deles e o ego de quem levanta a bandeira partidária ou discussões onde a última coisa que importa para os radicais, não importando o lado em que esteja, é o ser humano.

Vivemos em tempos onde não há mais o abraço, o desabafo, a leitura, a poesia, a arte, o olhar e o sensibilizar. Tudo o que revela sensibilidade foi trocado por fotos, sorrisos, viagens e a propaganda de si mesmo em páginas sociais.

O abraço foi trocado por uma mensagem de whatsapp.

Cartas já não existem mais e até os nem tão velhos emails seguem o mesmo caminho.

O humor não visa engrandecer o pensamento e o raciocínio do receptor da mensagem, que envolve o que chamamos de inteligência, mas dar vazão ao pior sentimento que se pode ter: o ódio e o menosprezo com palavras de baixo calão e a desconsideração da pessoa humana.

A diversão não é mais estar presente a um nascer ou por do sol, mas o postar, o mostrar que se está, quando na verdade a alma e o espírito estão presentes vivenciando a repercussão na página social.

O jornalismo já não é jornalismo. É assessoria de imprensa.

Os jornalistas, sempre críticos, que estudavam e investigavam o tema, foram substituídos por youtubers que amam falar e revelar não só falta de conhecimento, mas de civilidade, tudo em prol da fama em decorrência da polêmica que se cria. E a sociedade como um todo, imitando esses famosos, está a levar o Brasil e o mundo ao caos.

Até políticos, não só no Brasil, mas em diversos cantos do mundo, se elegeram graças às páginas sociais, ao youtube e à polêmica que lhes deu popularidade e votos.

O ser humano inverteu os valores passados pelos nossos ancestrais e revela insensatez, idiotice ou, o que é pior, a insensibilidade com o passado, o presente e o futuro e a insensibilidade com o outro ser humano, próximo ou distante.

O ser humano já não se preocupa mais com a história que será escrita, mas com o que poderá usufruir no momento.

Retrocedemos como civilização e colocamos em risco as características que nos permitiram chamar de humanos.

Não são os robôs que nos desumanizarão. É a idiotice, a insensibilidade e a insensatez.

Que haja o milagre do avanço dos tempos, para que este momento da história jamais seja recordado e que "esse agora" se torne um risco a ser apagado da história da humanidade, em prol dos nossos ancestrais e daqueles que virão a ocupar o nosso lugar no espaço e no tempo.

E pensar que escrevi isso pensando no Mestre e jornalista Paulo Henrique Amorim, de baixa estatura física, mas de alta envergadura moral, um dos jornalistas mais ácidos e afiados do nosso tempo e cuja crítica bem humorada e inteligente fará muita falta. Ele, como tantos outros intelectuais e de espíritos críticos, não suportou viver em tempos de tanta mediocridade.

Que venha a nós o futuro!

sábado, 6 de julho de 2019

A LUTA DO BEM CONTRA O MAL. A VIDA CONTRA A MORTE. A HUMANIDADE CONTRA O SEU FIM.


Vivemos tempos difíceis no mundo.

As guerras produzem cada vez mais refugiados e vítimas na natureza e entre os humanos. Por outro lado, as indústrias armamentistas continuam a lucrar cada vez mais e sedimentam o poder de poucas Nações.

O sistema financeiro lucra mais do que nunca, em detrimento daqueles pequenos produtores, que há milênios fizeram surgir o comércio que conhecemos até hoje. A consequência visível será o fim do pequeno comerciante, do pequeno produtor, do empreendedorismo e da agilidade da movimentação e da criação, em favor de gigantes que passarão a controlar o modus vivendi e, ao passar dos anos, o próprio Estado, com a centralização do poder naqueles que detêm o poder econômico.

A sistemática de ganhar dinheiro investindo em empresas acarreta, hoje, a necessidade de se aumentar os lucros desses conglomerados empresariais, incluindo a redução de custos com o corte de salário dos funcionários e de benefícios. O labor do ser humano, essencial aos empreendimentos, é cada vez mais desvalorizado.

O mundo desumaniza a produção e a razão de viver. O lucro e a rentabilidade, o sustentáculo do consumo insano e desproporcional, impera.

A insensatez ultrapassa fronteiras e cria desumanidades.

A valorização do lucro permite que empresas e negócios explorem a natureza desrespeitando-a, degradando o meio ambiente e facilitando o aquecimento global. O aquecimento global atinge países periféricos que veem a sua economia agonizante e aumenta o número de refugiados.

Os refugiados procuram os países ricos que sempre colonizaram regiões pobres, mas repletas de minério, petróleo ou agricultura farta. Os antigos colonizadores, pequenas ou grandes potências, hoje, proíbem a entrada dos explorados. Erguem-se muros, separando não apenas pessoas, mas Nações.

Países com viés imperialistas invadem fronteiras, expandem seus territórios, sufocando pequenas Nações e levantam muros e criam ilhas artificiais.

O Oceano se aquece. Os rios e lagos também se aquecem. O ar também se aquece. E até o solo se aquece. O gelo dos polos começa a derreter. E o mundo sofre transformações e enfrenta o extermínio de espécies tanto na terra quanto nos rios, lagos e mares. A área cultivável diminui. Cidades correm o risco de serem submergidas. A humanidade e a natureza correm risco, assim como o próprio planeta.

Mas o consumo não para. Tudo é descartável e jogado fora. Guardanapos de papel, canudos e palitos de dente são envoltos individualmente em papel ou plástico, produzindo um descarte tão desnecessário quanto devastador e assustador.

O ser humano tão racional passou a preocupar-se apenas com o momento, o prazer imediato e abstraiu a sua responsabilidade com os outros homens, a humanidade, as futuras gerações e a própria natureza e o lar que habita, o planeta Terra.

O Anticristo não é aquele que prega o mal e usa vestes assustadoras, mas o que prega o ódio, gera o desencontro, pratica e propicia o mal, o que negligencia, o que destrói e o que pouco se interessa pela vida humana ou de qualquer ser que habita o espaço nesse e em outros tempos.

A falta de zelo, de preocupação e de cuidado, se potencializadas e causadores de riscos à humanidade e à natureza, desde que ultrapassem a perspectiva individual, são atitudes que deveriam preocupar a todos, pois põem em risco a essência da humanidade.

Os ensinamentos das antigas civilizações e das antigas religiões nos obrigam a refletir sobre esse momento crítico.

O respeito pela humanidade e o amor são ensinamentos que ainda não colocamos totalmente em prática como deveríamos, embora tenhamos tentado implementar um ou outro ato de cuidado e de discernimento no decorrer da larga existência humana.

Ou ousamos exigir respeito, respeito pela vida, pela ciência, pelo saber, pela humanidade e pela natureza, ou nos submeteremos a uma força seduzida pela riqueza e poder cada vez maior que aniquilará a razão, a crítica, a percepção e a própria sensibilidade, características humanas que deram ensejo à criação do comércio, da arte, da filosofia.

Estamos a limitar não apenas a vida humana e na natureza, mas a grandiosidade de nossas Almas e o próprio sentido de humanidade.

A luta do bem contra o mal nada mais representa que a vida contra a sua ausência, a morte.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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