terça-feira, 18 de dezembro de 2012

CRIMES. ESCOLAS. ENSINO DE QUALIDADE. PARTICIPAÇÃO POPULAR. ALGO A VER?

CIEPS - Rio de Janeiro
Os crimes bárbaros praticados em escolas, com assassinato de crianças, e também os sequestros, as mortes de policiais, as atrocidades praticadas contra os amantes (sejam homens ou mulheres) e outros crimes chocam a população mundial, como não poderia ser diferente.
Um local que deveria ser quase sagrado, como o ambiente escolar, é alvo frequente de assassinatos em massa nos Estados Unidos. Como se sabe e é dedutível, a maior parte dos assassinos tem problemas psiquiátricos graves. Já no Brasil, o assassinato em série nos colégios não é tão rotineiro, mas outros crimes são frequentes, como o tráfico nas escolas ou próximo delas, o porte de armas em salas de aula, e a falta de seriedade no trato da educação. Esta despreocupação do poder público, segundo interpretação da Constituição Federal, poderia implicar até no impeachment do governante. Todos os crimes citados são frequentes, sem dúvida alguma. Mas será que há pretensão de elidir tais práticas delitivas?
O que me preocupa é que o ambiente escolar tenha sido o alvo predileto de malucos e de inconsequentes, aqui e lá. Educação deveria ser levada a sério e o respeito pelas crianças e adolescentes também. Nos Estados Unidos, há a pretensão de alterar a Constituição Federal deles para não ser permitido que qualquer pessoa tenha uma ou quantas armas quiser, justamente para evitar que inconsequentes atirem em outra pessoa. Aqui, se houver alteração, provavelmente seja para retirar a responsabilidade do governante pelo ensino de baixa qualidade (na verdade, desconheço qualquer pretensão neste sentido).
O que me choca é ver crianças mortas, sem dúvida, mas também, e o que é um indício preocupante, é que isso ocorra em escolas.
Será que os ambientes escolares andam desvalorizados aqui e nos EUA?
Que no Brasil não se respeitam as escolas e os professores (além dos alunos), não tenho dúvida alguma. O Poder Público não tem sido devidamente compelido pelo Judiciário ou pelo Ministério Público para que propicie um ensino de qualidade. Para alguns, bastariam os recursos. Nisso eu ouso discordar, face à existência constitucional do princípio da eficiência, que exige não apenas investimento, mas ação pontual suficiente, ou seja, ensino de qualidade.
Enquanto o Poder Público não for compelido a prestar um serviço educacional de qualidade, não se mudará muita coisa nas escolas. No "status quo" do sistema educacional, os alunos tenderão a ir ás escolas apenas para preencher o tempo, totalmente desmotivados e sem enxergar na escola o lugar mais apropriado para superarem as desigualdades existentes. Os pais, não vendo resultados, não respeitam as escolas e os professores, como se estes fossem os responsáveis pelas mazelas do ensino. Aos professores resta a agressão física e verbal dos alunos. Ou seja, uma inversão de valores. E perante isso a sociedade fecha os olhos.
Cabe à sociedade exigir uma ação efetiva nas escolas, em todos os sentidos, como ensino de qualidade; ensino em período integral; melhor remuneração dos professores; melhor preparo dos docentes, contando com cursos de atualização; segurança escolar; participação da família no ensino dos seus filhos etc... Isso é apenas o início. Com maior participação, os crimes (praticado contra a sociedade - ensino sem qualidade; os professores - agressão verbal e física; o tráfico e o porte de armas nas escolas) em âmbito escolar tenderão a diminuir. O reflexo disso será um ensino melhor e uma escola mais segura e adequada ao seu propósito de ensinar.
Fora isso, a criminalidade deve ser combatida com mais policiais na rua, melhoria e aperfeiçoamento dos setores de inteligência policiais (com melhora na obtenção de dados) e efetiva participação popular. O combate à criminalidade não se faz apenas por ação do governo, cabe à sociedade fazer a sua parte, sim fingir que não vê o que acontece. A maior participação pode ser tanto pela denúncia dos crimes, delação dos atores, como pela cobrança de ação na região em que mora ou trabalha. Hoje, muitos fingem não ver o assalto que ocorre ao motorista que está próximo. Essa falta de vínculo do cidadão com a cidade em que mora é a ruína de qualquer sensação de integração ou segurança. Parece ser crível que a efetiva ação e participação da sociedade darão uma sensação de maior segurança efetiva, pois qualquer vítima poderia contar com outro popular próximo. Não que o popular devesse portar arma ou reagir. Nada disso. Mas participação no sentido de chamar a polícia, seguir à distância os criminosos e também exigir ação do poder público, ou seja, exercer a cidadania. E exigir faticamente, indo à imprensa, perante o Poder Legislativo, o Ministério Público e até ao Executivo. É assim que funciona a democracia: através de pressão popular, algo que o brasileiro, ao contrário dos nossos vizinhos latino americanos, não está muito acostumado.
Para ter educação de qualidade e segurança não há mistério. O que precisa é sermos sérios. O povo deve fazer a sua parte, ou seja, participar e denunciar, e o governante executar suas obrigações de forma eficiente, sem pestanejar.

ET: Os CIEPS (da foto), criados por Darcy Ribeiro e com desenho arquitetônico de Oscar Niemeyer, foram grandes escolas revolucionárias no Rio de Janeiro, com educação em período integral e de qualidade. Contudo, devido ao alto custo, governantes pós Brizola, deixaram de aplicar os recursos na área educacional, optando por obras com retorno eleitoral.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

DIA MÍSTICO

Para quem acredita em numerologia, hoje é um dia para lá de especial. 9?? Número de sorte para muitas fés.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

VIVER NA LUA

foto: internet/com edição
Viver na lua não significa, necessariamente, viajar na maionese.
É voar alto demais, pra lá das nuvens e próximo dos sonhos!

domingo, 25 de novembro de 2012

DIA DE DOAR SANGUE

Hoje é o dia nacional do doador de sangue. Por falar nisso, você já doou sangue neste semestre? Se não o fez, vá lá e faça uma boa ação, pois muitas vidas podem estar a depender desse ato tão simples e tão generoso de nossa parte.

domingo, 18 de novembro de 2012

ADVOGADOS, CINEASTAS E JORNALISTAS. ALGO EM COMUM?

Há coisas nas profissões que me irritam e vejo mais de perto três delas.

Como jornalista e leitor de revistas e jornais, posso criticar a forma como os jornalistas abordam as matérias. Há uma extrema superficialidade e ausência crítica nos textos escritos e televisivos. Isso não informa, mas dá a falsa impressão, ao leitor ou espectador desatento, de que está a par do que acontece.

Como estudante, posso criticar os colegas que se preocupam apenas com as imagens, pensando que a beleza delas dará um filme por si só. Quem não gosta de belas imagens? Eu também adoro, e as aprecio nas telonas de cinema. Mas cinema não é feito só disso. Há a necessidade de haver massa crítica e de que o que vemos nos toque.

E como advogado posso criticar os meus colegas. No direito às vezes esquece-se das pessoas e pensa-se mais no abstrato ou no dinheiro.

Em qualquer uma dessas três profissões, como deve ocorrer com muitas outras, para não dizer de todas, o ser humano é normalmente esquecido, a poesia é rarefeita e o sentido do que é feito é quase nulo. A sensibilidade fica para poucos profissionias, corajosos.
Como mudar isso, fico a pensar. Difícil. Em um país que não investe no sistema educacional de forma adequada e pouco se importa com a cidadania, as coisas vão acontecendo de qualquer jeito. E assim a vida caminha para nós brasileiros. Sorte que há pessoas que pensam no hoje e principalmente no amanhã, propondo-se a diferenciar-se. Sorte de nós!

domingo, 11 de novembro de 2012

DESEJOS DE UMA VIDA FELIZ

Queria ver um sorriso, não pela metade, mas inteiro.

Queria sentir a própria felicidade, própria dos que ousam viver.

Queria perceber que as crianças continuam a sorrir e que os velhos alcançaram a felicidade.

Queria tatear todos os caminhos das vidas, para certificar-me de que propiciarão alegrias constantes.

Queria sonhar que a vida não seria apenas por um instante, mas que duraria pela eternidade condizente à intensidade de um sorriso plenamente verdadeiro.

domingo, 4 de novembro de 2012

SENTIDOS DECRÉPITOS

Os meus olhos já não veem como antes.
O meu tato já não é tão aguçado.
O que ouço é tão pouco perto do que teria a ouvir.
Os meus beijos não refletem tantos sonhos ou desejos.
O que falo e escrevo decorre desses sentidos debilitados, mas que continuam a existir.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

EXÍLIOS

Recentemente assisti um filme franco-argelino chamado EXÍLIOS. É um filme musical ou, como prefiro dizer ao me referir a uma película repleta de musicas, musicado.
Imperdível.
Aos islamofóbicos é interessante perceber como o islamismo místico, no caso o sufismo (embora o filme não o diga verbalmente, mas apenas nas imagens), tem ligações diretas com o candomblé e a umbanda. Veja e confira na parte final do filme ganhador de festivais no ano de 2004 mais abaixo, logo após a página do trailer.


CENA DO TRANSE

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O HOMEM SÁDICO SE MATARÁ

Recentemente liguei a televisão e vi cenas horrendas com cães que sofreram maus tratos. Eram cachorros sem uma das patas, cegos, de todos os tipos.
O homem é o mais cruel dos animais, que não mata apenas para se defender ou se alimentar, mas por um prazer sádico. E quando não mata, fere desprositadamente, apenas pelo prazer de ferir, também sádico.
Se estamos no topo da cadeia alimentar, coitada da natureza. E já estamos colhendo os próprios frutos com o aquecimento global, a falta de alimentos, as guerras que nos matam...

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

DIA DAS CRIANÇAS, NÃO IMPORTA DE QUAL PAÍS OU LUGAR, NÃO É?

Homenagem às crianças palestinas, quase destituídas de sua infância. Veja o vídeo abaixo.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

QUANDO HÁ AUSÊNCIA DE LEALDADE

Se há algo que me incomoda nas relações humanas é a perceptível ausência de lealdade em sua grande parte.
As relações tornam-se superficiais, objeto de mero uso e prazer e não de divisão, de atenção e verdadeira preocupação. Não há lealdade. Sequer há o que se poderia chamar de companheirismo.
Utilizamos o outro como se ele fosse um sujeito menor, problemático, e nós, os bondosos, fazemos crer que "doamo-nos" ao criticá-lo ferozmente e ao querermos igualá-lo à massa. Não o ajudamos com fraternidade, com luminosidade ou com a verdade. Não enxergamos o outro, mas o modelo padrão que temos em mente, tentando assim livrarmo-nos do peso do nosso caráter doentio de ter prazer em estar em matilha ao avistar um cadáver à frente. De estar sedento em devorar os fracos e mutilar os diferentes. É uma espécie de prazer sádico que domina grande parte das pessoas e dos relacionamentos.
Quando ocorre um problema verdadeiro, os pseudo amigos fogem, e são muitos. Grandes oportunistas. Raros são os que ficam, inclusive em relacionamentos amorosos. Quando ficam, não são valorizados pela vitima também oportunista, que mais tarde demonstrará o seu caráter. Poucos são os que veem e realmente apreciam essa qualidade tão ímpar e básica de qualquer relacionamento, seja familiar, de amizade ou de relacionamento afetivo. 
Se o ser humano sobreviveu até hoje é porque nas relações houve lealdade, seja na caça, na guerra, nas relações familiares.
Afinal, uma pergunta, quanto tempo durará essa sociedade sem o sentimento de lealdade?

sábado, 29 de setembro de 2012

FATOS. CIÊNCIA OU ESOTERISMO?

Os fatos derivam de ações ou omissões do sujeito e de terceiros, normalmente em grande número. Simploriamente seria isso. Porém, os fatos podem ser mais complexos, já que envolvem a energia dos personagens que neles intervêm. Essa energia interfere nas próprias atitudes ou omissões dos protagonistas, seja em sua forma, seja em seu conteúdo. A psicanálise, a psicologia e a psiquiatria tentam entender as ações ou omissões e, de certa forma, parte da energia aqui relatada, mas a energia, num sentido amplo, ainda é desconhecida da ciência, sendo mais próxima dos estudos esotéricos.

sábado, 15 de setembro de 2012

VOTOS UTEIS OU INUTEIS?

Abaixo o texto escrito por uma socióloga portuguesa e eurodeputada e que serve às eleições brasileiras.

Em democracia não há ideias nem votos inúteis, há opções. Façamo-las sem amarras e por pura convicção.

Por Marisa Matias
Como sempre acontece a cada eleição, discute-se sem fim a utilidade do voto. Aparentemente, há uns votos que são mais úteis do que os outros e o papel de cada um e cada uma de nós é estar à altura dessa utilidade que nos é pedida.

Sempre tive muita dificuldade em perceber esta classificação. Primeiro, porque um voto numa eleição é um exercício de um direito, é a manifestação de uma vontade, é o fazer parte de um projecto colectivo, é um acto individual, é muitas coisas e, acima de tudo, é uma prática de cidadania. Por outro lado, se fosse apenas para ser útil, no mínimo deveria perguntar-se: útil para quem? Para quem vota? Para quem "recebe" o voto? Quando um pensionista pobre vota numa proposta para um governo que tem como medida uma redução ainda maior da sua pensão está a ser útil a quem? Quando uma funcionária do Estado vota num programa que lhe destina um corte no salário ou mesmo o despedimento está a ser útil a quem?
Nos termos em que é colocada a pressão do voto útil, quem menos conta é quem vota. Para além do sentido de responsabilidade individual em que, obviamente, se funda a democracia, é exigido aos eleitores um “sentido de utilidade” com uma definição prévia do que é o “voto aceitável”. É como dizer: faça o favor de sacrificar o seu direito a bem do “interesse comum” ou de uma alegada “estabilidade governativa”. Mas quem define esse interesse comum? E que benefícios temos tido desta suposta estabilidade que a cultura do voto útil tem promovido nas sucessivas eleições? O que nos propõem de diferente hoje os partidos que desde sempre apelaram ao voto útil e dele beneficiaram, PS e PSD? Atendendo ao estado actual da economia portuguesa, às crescentes desigualdades sociais, ao desemprego galopante, ao aumento da precariedade, ao desmantelamento do Estado social, e usando os mesmos termos, é fácil concluir quão inúteis têm sido os sucessivos votos de confiança nos defensores do voto útil.
Estreita visão da democracia esta, que em vez de promover a livre escolha dos cidadãos adopta a postura do “peso na consciência”, do “mexa-se, mas só um bocadinho” e do “cuidado com o que pode perder”. Uma visão que ainda por cima é perigosa porque reduz dramaticamente a escolha e a pluralidade democráticas.

Quando a maioria dos eleitores que irá exercer o seu direito de voto já pouco ou nada tem a perder, o mínimo que nos é devido é recusar esta chantagem. Em democracia não há ideias nem votos inúteis, há opções. Façamo-las sem amarras e por pura convicção.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O BRASIL, A GEOPOLÍTICA E OS REFUGIADOS SÍRIOS

O Brasil pode dar um exemplo ao mundo de um novo modelo de ação geopolítica e, ao mesmo tempo, de ação humanitária.


O novo exemplo de ação geopolítica seria agir em defesa dos direitos humanos de milhares ou milhões de pessoas na Síria. Como se daria isso? Respondo abaixo.

Para isso, o Brasil deve poupar a vida de centenas de milhares de pessoas, garantindo a elas o direito ao refúgio, ainda que não integralmente em seu território. Assim, consolidaria o direito moral de ocupar uma das vagas permanentes do Conselho de Segurança da ONU.

A ação brasileira descrita abaixo, poderia ser considerada ousada, mas correta, sobretudo no aspecto moral.

E digo isso não apenas porque tenho ascendência síria, mas porque não podemos cruzar os braços quando vemos centenas de milhares de pessoas desesperadas buscando salvar a única coisa que lhes resta, a vida. E é bom recordar que a comunidade síria no País é significativa em aspectos numéricos.

Para essa ação geopolítica, o Brasil não precisaria intervir belicamente ou fazer boicotes econômicos. E prescindiria de bases militares no exterior ou de parceria bélica com países em outros continentes.

A ação brasileira, necessariamente com fins humanitários e pacíficos, necessita, para a sua implementação, de prévia conversação com a oposição armada síria e o governo de Assad, inclusive com a garantia de não intervenção militar (a Constituição Federal veda intervenções militares em assuntos de outros países - art. 4º, IV, da C.F.). E o Brasil, por seu lado, deve exigir e fazer garantir que os dois grupos envolvidos na luta armada na Síria (oposição armada e governo) permitam a retirada pacífica de todos os civis que desejem buscar refúgio em outro país, levando-os a um país vizinho.

Seria uma ação firme, ousada e estratégica, não tenho dúvida alguma, e que exigiria acima de tudo prévias ações de inteligência, inclusive com análise territorial da Síria, com a busca dos melhores pontos para a retirada da população com a segurança necessária. Para isso seria necessário não só dialogar com os grupos sírios, mas sobretudo com os governos de países vizinhos.

Essa ação deve envolver a força de Paz da ONU, integrada inclusive por militares brasileiros (que não intervirá militarmente), a fim de garantir a retirada de civis e também a própria integridade física de todos aqueles que desejem abandonar a Síria em busca de um refúgio.

A legislação nacional, uma das mais avançadas do mundo, respaldaria essa eventual ação do governo brasileiro.

A legislação brasileira prevê a concessão de refúgio na hipótese de grave e generalizada violação de direitos humanos, como vem ocorrendo na Síria em razão da guerra civil (art. 1º, inciso III, da Lei 9.474/1997). E o solicitante de refúgio pode, inclusive, estar em seu território de origem. Não há a necessidade de que o refugiado esteja fora do seu país.

Ademais, a Constituição brasileira é expressa ao dispor que a prevalência dos direitos humanos, a defesa da paz, a solução pacífica dos conflitos e a concessão de asilo político, dentre outros, são princípios que regem as relações internacionais brasileiras (art. 4º da Constituição Federal).

Esta é uma mera proposta que não foi profundamente analisada e estudada, confesso. Contudo, verifica-se de plano que é possível de ser implementada, ainda que com modificações e ajustes, como se percebe pela citação da legislação nacional. Porém, para tanto, depende de vontade política da Presidência da República.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

VAMOS PARA OS FINALMENTES?

Vivemos uma época muita cômica, das profundas contradições. As notícias não se aprofundam, mas alcançam uma síntese conclusiva com uma rapidez absurda. Os boatos não passam mais de boca em boca e se proliferam em questão de segundos com a mídia eletrônica. O sucesso e o prazer não se conquistam, passaram a ser instantâneos. Veja o resultado dos programas ao estilo "Big Brother". Aparecer na televisão já torna um até então anônimo famoso. Até as drogas passaram a produzir prazeres mais rapidamente. E os relacionamentos afetivos não fogem disso. Veja a crônica abaixo.


HOMENS E MULHERES

As mulheres estão galgando espaço e lutando pelos seus direitos. Os homens machistas, que só queriam sexo, eram condenados no início do feminismo. Porém, hoje, com a conquista de direitos pela mulher, a realidade é outra. Se o homem não manifestar o desejo sexual no primeiro encontro, corre o sério risco de ser considerado limítrofe entre o homossexualismo e o bissexualismo. Ele deve ser atirado sexualmente. Se não o for, será alvo de comentários. O motivo disso? É que a mulher alcançou o mesmo direito ao sexo que o homem. Bem, a maioria dos homens aproveita-se do sexo fácil e torna-se ainda mais machista. Mas, e a mulher com isso tudo? No mínimo, aproveita a libertação sexual, mas não encontra com facilidade o homem romântico que procurava. Quando o encontra, julga-o... limítrofe sexualmente...
E, no máximo, a mulher sexualiza-se a ponto de perder noção dos limites. Mas que limites se o sucesso e o prazer não admitem barreiras?
Vai entender...
Sempre fui bom moço, cavalheiro, romântico. O tipo certo para casar, como já me disseram algumas vezes (mas tenho cá minhas dúvidas). Mas, de um tempo para cá, de tanto conhecer mulheres mais liberadas, estou mais cara de pau. Acho que estou exagerando, inclusive.
Esse negócio de ser romântico, de conquistar, seduzir, não é mais imprescindível... Será? Hoje, é possível realizar o desejo sem ter que passar pelas antigas provações e limitações. Para dar um beijo na boca era uma batalha. Para praticar os bons e velhos amassos, demandava-se ao menos semanas. Para o sexo, então, eram meses de lutas silenciosas... Bem, até uns 10 anos os relacionamentos funcionavam assim. Mas, e hoje?
Hoje, já é possível ter uma intimidade bem profunda logo na primeira noite de encontro. O sexo tornou-se mais fácil ou mais acessível, o que não deixa de ser um bom sinal para a sociedade atual.
No entanto, esse sexo fácil tem causado alguns distúrbios de comportamento nos homens e nas mulheres. Ou você acha que não?
Não acho que a facilidade em se fazer sexo seja prejudicial, não é isso. Eu só acho que as pessoas estão usando umas as outras de forma descarada. É o sinal do individualismo do sistema adotado pela nossa sociedade, do consumo individual, do ter, do prazer imediato...
Isso, inevitável e infelizmente, levará a um neoconservadorismo sexual da sociedade em pouco tempo, prejudicando muitas das conquistas no campo sexual.
Mas, voltemos ao tema, sem tantas análises críticas e proféticas.
Eu também adotei esse ritmo da sociedade do imediatismo. E me assustei.
Por mais que prezemos as pessoas, praticamos alguns atos instintivamente.
Imagine você que ao sair pela segunda vez com uma menina bem bacana que me interessou bastante, logo ao pegá-la em casa, já me virei a ela e perguntei: "vamos sair ou já vamos direto aos finalmentes?". Ela olhou para mim e respondeu: "vamos aos finalmentes, sim".
Na verdade ela tomou um susto com a minha proposta, como confessou a mim, horas depois. E eu não nego que me assustei com a resposta rápida e consciente dela.
É, são os tempos modernos... Primeiro o prazer. Quando muito, pensa-se a respeito momentos depois da consumação do desejo.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

PALAVRAS QUE MATERIALIZAM O UNIVERSO

As palavras não surgem do nada, mas advêm de um determinado estado de espírito que nos permite ver e sentir o Universo de determinada forma.
As palavras e apenas elas materializam o que foge da nossa capacidade de compreensão, dando sentido à vida e à nossa racionalidade.
As palavras da vida, pode não parecer, mas são aquelas oriundas da alma.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

MAIS DE MIL E QUATROCENTAS POSTAGENS

Já são mais de 1.400 postagens, o que para mim significa muito. Foram praticamente 1.400 dias diretos com a sua companhia, um prazer e tanto. Continue por aqui. Abraços.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

DIVAGAÇÕES APÓS VISITAR UM LUGAR DIFERENCIADO

Não sei. Parecia um sonho. Via um local repleto de casebres miseráveis na cidade de São Paulo e lá estava eu com outras pessoas.
Após o massacre de cerca de 6 milhões de indígenas, escravização de outro milhão e dominação da terra de diversos povos, muitos dizimados, a cultura dos vitoriosos foi imposta a toda a gente. Formava-se o Brasil, o chamado país tolerante.
Tolerante, sim, com o seu passado imperialista, escravagista e ditatorial.
Quanta vergonha e quanto esquecimento!
Mas, voltando, quem seria esse povo ao qual estava eu unido? Quem seria eu e o que seria isso aqui?
Um povo estranho e que me faz imaginar estar no Paraguai, num país pós-guerra. Lembra um campo de refugiados pobres.
Paraguai, África, Palestina? Onde estarei?
Que língua é essa que falam? Que mundo será esse?
Não entendo. Não, não entendo. Não compreendo o que vejo, o que ouço e o que sinto.
É tudo tão diferente.
O tempo é diferente. Os sentidos são diferentes.
Parece que me transformo num ser mais próximo da natureza. Serei um bicho? E a minha alma de gente?
E aquela necessidade que tinha de conquistar, de ter e de impor os meus prazeres e as minhas vontades?
Me transformei em que, em quem?
Quem sou eu e quem é essa gente?
É um povo? Isso é uma tribo?
São índios? Isso aqui é Brasil? São Paulo?
Não. Não compreendo.
Me diga o que isso representa, qual o sentido desse canto aqui nessa cidade grande.
Não. Não me desafricanizei e pouco menos me deseuropeizei.
Tinha o meu lado europeu, chique, elegante, branco, imponente. E hoje estou aqui, com pele da cor de barro, num lugar com cores pouco vivas.
Não. Não tenho mais a alma dos europeus. Mas não me conheço.
Serei membro de alguma etnia indígena? Terei alma? Pensarei a respeito do que é certo e errado?
Serei digno de ir ao céu após a morte?
Terei vontade de comer carne humana? Afinal, quem sou eu?
Desindianizei-me? No que me tornei?
Em que acredito? E o meu Deus barbudo que, mais que compreensivo, era vingativo?
Ah, e a superioridade que sentia?
Não. Não entendo mais nada...
Dizem que sou Guarani e estou numa tribo no Jaraguá numa cidade chamada São Paulo, no Brasil.
Mas porque moro assim, vocês sabem? Eu não sei...
E porquê estou num campo pobre desses? Serei brasileiro?
Brasileiro? Mas você sabe o que é ser brasileiro? Eu não sei.
FIM

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

MUDANÇAS NO BLOG

Amiga(o), a partir de agora o blog não terá atualizações diárias. E para ser sincero, não sei qual será a periodicidade de atualizações.
Sempre quis deixar o blog novinho a cada dia que surgia, a fim de que você pudesse ter a sensação e a certeza de que o cuidado contigo era permanente, como ainda é, pode confiar.
Não que o cuidado tenha deixado de ser permanente, mas não conseguirei fazer com que a demonstração seja diária, apenas isso.
Continue acompanhando o blog. Mesmo após 4 anos ele está no ar, algo raro no mundo virtual, mas agora com certas modificações.
O trabalho que me dá o ganha pão está exaustivo e não tem propiciado o mínimo tempo para que eu possa me dedicar diariamente ao blog. Ele não morreu nem morrerá tão cedo. Houve apenas algumas alterações no tocante à periodicidade de publicações, nada mais. A preocupação com o mundo e cada uma das pessoas continua igual. Isso é imutável.
Continue por aqui. Obrigado e um forte abraço!

terça-feira, 31 de julho de 2012

ANIVERSÁRIO DE NAMORADA A GENTE NUNCA ESQUECE...

SERÁ?
Veja o vídeo, produzido pela TV mexicana e divulgado pela TAL, clicando aqui.

Cedido por: Canal 22
Emisora de televisión del Consejo Nacional para la Cultura y las Artes del Gobierno de México, realizó sus primeras transmisiones en junio de 1993 como televisora pública de carácter cultural. Es una institución dependiente de la Secretaría de Educación Pública y del CNCA que transmite en toda la República.
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Título: AMO EN EL D.F. - EPISODIO 11
País: México
Duração: 00:27:30
Diretor: Rafael Santamaría
Sinopse
O episódio traz um problema tão antigo quanto o próprio namoro: ele esqueceu a data do aniversário dela. E agora? Haverá perdão para o nosso herói?

segunda-feira, 30 de julho de 2012

SEGUINDO O CAMINHO

Caminho bem no meio do caminho.


No início? Bem, lá no início da empreitada eu deixava a vida me levar.

Percebi que no fim da vida não era bem a vida que me levaria, por isso eu optei por eu mesmo me levar, aos trancos e barrancos. E no fim eu tropeço, saio rolando, e chego mais rápido... Hummmm... Mas chegar mais rápido nessa altura do campeonato?

domingo, 29 de julho de 2012

O CRACK DA SOCIEDADE

Os Estados Unidos e o mundo sofreram com o “crack” das bolsas em 1929. E, hoje, o mundo volta a sofrer com o “crack” das economias européias e estadunidense e, mais, com a desesperança da humanidade.

A cracolândia, em S. Paulo, no Brasil, é um pequeno reduto de desesperados neste oceano de sem rumos . Grande parte da população do nosso planeta é o reflexo transparente da nossa sociedade fútil e consumista, sem rumo nesse Universo repleto de possibilidades.

Hoje, campeia a ausência de preocupação com o outro ser humano, bem como com a natureza e com o próprio futuro da humanidade. A preocupação é tão somente com o prazer imediato, o “status” e a compulsão por consumir o que é absolutamente desnecessário. É a ausência do amor e dos por quês.

A nossa sociedade faliu, quebrou. É o “crack” da nossa sociedade.

sábado, 28 de julho de 2012

OS SETE CANTOS

Às vezes eu me pego pensando na hipótese do mundo ter 7 cantos. E que o ser humano, individualmente, e a própria humanidade caminham por cada um desses cantos e opta por permanecer em ou outro. Nisso se consistiria o que conhecemos por livre arbítrio, de viver como se quiser, pelo frágil caminho da vida na Terra.

Sim, eu sei que a Terra é redonda, mas o canto aqui não é no sentido geométrico ou literal, mas num sentido figurativo ou, como prefiro chamar, poético.

O primeiro canto seria o da paz, harmonia e aconchego, onde todos se sentiriam acolhidos, e bem. Seria o canto básico e inicial da vivência humana. Seria o canto verdadeiro da igualdade.

Em seguida viria o canto do amor, onde todos se respeitariam e se amariam, sem pretender serem superiores uns aos outros. Seria o local onde surgiriam as paixões pelas pessoas, pelas almas gêmeas e pelos ideais. É o que motivaria a vida num sentido mais próprio, onde o ser humano vivenciaria a fraternidade absoluta.

O terceiro canto seria o da felicidade, onde todos estariam num êxtase profundo de felicidade suprema, com sorrisos reais e não apenas figurados. Seria a vida ainda como reflexo do que alguns chamam de Paraíso, aquele perdido por Adão e Eva, o reflexo da liberdade.

No quarto canto, todas as pessoas levariam os seus segredos. Seria o lugar do sigilo, do segredo, mas que serviria para refletir e adquirir o conhecimento, inclusive o autoconhecimento. Mais que sigilo, seria o canto da reflexão, do pensar sobre si, sobre seus atos, o mundo e o universo, inclusive. Aqui não seria o local para pensar no outro ser humano de forma a criticá-lo negativamente. Ao contrário do que nos trariam as fofocas sobre terceiros, esse espaço serviria tão somente para o crescimento individual. Aqui o ser humano se preocuparia com as terapias, a filosofia, a religiosidade e o humanismo. É o canto que representa a necessidade da reflexão, como se estivéssemos reafirmando a necessidade de preservarmos o Paraíso.

O quinto canto seria o local em que a primazia seria a saúde. Corresponderia a um local onde todos os seres estariam saudáveis ou se reabilitando, preocupados com a saúde individual, coletiva e do próprio planeta. Seria o espaço da fraternidade. Caracterizar-se-ia como o recanto da sustentabilidade, ou seja, que primaria pelas substâncias necessárias à conservação da vida, como a nutrição, a alimentação e o sustento (Houaiss). A preocupação com o bem estar individual e coletivo, além da própria natureza, estariam caracterizadas neste canto. Corresponde faticamente ao canto em que a humanidade deveria se encontrar presente, hoje em dia, ao que o marketing denomina sustentabilidade.
O sexto canto seria o da ausência de todos os outros recantos, onde imperaria o individualismo, o consumismo desenfreado, o materialismo absoluto, a falsidade, a inveja, a ausência de preocupação com o outro, as doenças como pragas, a morte não natural e as guerras. Corresponderia a uma sucursal daquilo que chamamos de inferno. Grande parte da humanidade vivencia este canto por toda a sua vida. Basta ligar a tevê, o rádio e abrir as revistas e os jornais para constatarmos onde a humanidade, com suas almas doloridas, está presente.

O sétimo canto corresponderia ao elo de ligação desse nada absoluto, que é o sexto canto, aos demais. Seria o recanto silencioso, sem reflexão, mas de absorção de que não somos donos absolutos de nossas vidas e que nos submetemos à natureza ou outro nome que se queira dar a essa energia superior. Seria o difícil elo de ligação dos 5 cantos do Paraíso ao inferno, correspondendo à síntese do mundo e da própria vida, inclusive da dicotomia entre o bem e o mal apregoado pelas grandes religiões ocidentais.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

CINEMA NO NORDESTE, UMA DIVERSÃO!

O Nordeste é dono de uma cultura riquíssima e de muitas festas. Mesmo assim, o cinema naquela terra é uma diversão à parte.
Não faz muito tempo fui ao cinema numa capital nordestina. Um puxa conversa daqui, outro dali, e vemos o tempo passar rápido. Sim, rápido na fila que se forma uma hora antes da sessão de um filme comercial. É, como nem tudo é perfeito, eu confesso que eventualmente também vejo filmes comerciais.
Já fazia uns 50 minutos que estava na fila quando vi uma multidão sair correndo das salas de cinema. Juro que me assustei na hora. Mas devido aos xingamentos logo percebi que a projeção do filme (justo daquele que pretendia ver) da sessão anterior havia tido problema.
Depois de uns quinze minutos de muita confusão, um funcionário apresentou-se e disse que o filme (da nossa sessão)começaria com 20 minutos de atraso. Tudo bem, não reclamei, afinal estava em férias e não seria isso que iria me estressar. O único incômodo é que estava com muita dor no pé direito, e isso trazia incômodos ao permanecer em pé por tanto tempo.
Logo nos deixaram entrar e o filme começou. Mas era um falatório geral. Comentários não faltavam, o que fazia com que entendessemos justamente aquela parte na qual não haviamos prestado atenção.
Pois é, no finzinho, justo quando a adrenalina estava nas alturas, a imagem divide-se ao meio, sendo que a superior correspondia à parte inferior do filme e vice-versa. Uma leve inversão. Foi uma vaia geral, até que a tela ficou preta de vez. Aí foram gritos e quase todos saíram, menos eu e uma nordestina linda que estava ao meu lado, para a minha sorte. Em seguida entrou um funcionário do cinema que disse que em 4 minutos o filme voltaria a ser projetado. Aí não perdi oportunidade e comecei a conversar com a nordestina. Imagino que acidentalmente aquela bela mulher pisou com tudo no meu pé direito... Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii - gritei... Que dor. O falatório da sala parou e eu, tímido, não sabia para onde olhar e só ouvia aquela voz linda, com aquele sotaque maravilhoso, pedindo desculpas... Ah, só faltava receber uma massagem no pé, e pelo o que percebi, aquela beldade não sabia o que fazer para se redimir... Mas, para o meu azar, e bota azar, apareceu um sujeito na porta acenando a ela e que logo sentou-se ao lado dela. Bem, não demorou para que percebesse que o sortudo era o namorado ou noivo dela. Mas ela não saiu do meu lado. Ele é que sentou-se na ponta, do outro lado dela. Bem, não puxei mais papo e logo o filme recomeçou. Não passou 5 minutos e acabou. O casal quis sair rapidinho e o "sortudo", adivinhem... Sim, pisou no meu pé direito... Mas que dor... Ele pediu desculpas e saiu rapidinho...E ela, ria sem parar, meio constrangida. É, acho que ele quis se vingar de eu ter cantado a namorada dele...
Cinema no nordeste nos reserva risadas, aventuras e algumas "leves" dores. Sim, tudo isso. Uma diversão inesquecível!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

AMOR...

AMOR


Palavra simples.

4 letras que dizem muito mais do que se pode imaginar...

Sentimento aparentemente individual, mas que ultrapassa a barreira pessoal.

Na verdade não se é possível amar apenas uma pessoa, por mais narcisista que seja.

Amor... são tantas as definições, tantos os seus sentidos, tantas as suas expressões!

Uma coisa é verdade. É um sentimento sem barreiras, onde quando se ama o que realmente importa é quem se ama.

Quem ama passa a não ter tanta importância.

Eu, tu, ele, nós, vós, eles podemos amar. Pense. Na verdade, todos amam.

E todos são amados, ou deveriam.

Eu amo. Tu amas. Ele ama. Nós amamos. Vós amais. Eles amam.

Essa conjugação do amar no presente do indicativo é linda.

Linda, mas incompleta.

Quando realmente se ama, se ama a todos.

Tudo parece virar poesia. E a vida passa a ter sentido.

É simples!

Para amar, basta sentir e ter a alma livre.

Basta viver!

E para viver é necessário amar.

Ah, o amor!

terça-feira, 24 de julho de 2012

NÃO ADIANTA. EU NÃO DESISTO DESTE BLOG!

Em pensar que tinha postagens programadas para até 5 meses, e agora eu tenho para uma semana, tão somente.
Não me é possível ter tempo para escrever como eu gostaria, nem criatividade como eu já possuí.
Hoje, vivo de brechas, para escrever e inspirar-me. E assim vou tocando a vida e este blog. E não deixe de me acompanhar nessas trilhas deste mundo virtual.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

PROPAGANDA DA TELESP: MORTE DE ORELHÕES

Para mim este foi a melhor propaganda da televisão brasileira. Não há quem não se lembre dela.

sábado, 21 de julho de 2012

SÍRIA: É NECESSÁRIO QUESTIONAR OS NOTICIÁRIOS

Há muito que a Síria não é um país livre.
A Síria é um território relativamente grande para os padrões do Oriente Médio, com saída para o mar mediterrâneo, onde guarda a única base estrangeira da Rússia, com desertos, montanhas com neves e um povo receptivo e amistoso.
Ultimamente o povo amistoso deu lugar à beligerância. Muitos dizem que é por liberdade, algo que é cerceado daquele povo há mais de mil anos.´
A Síria já foi berço do importante império assírio, do califado muçulmano e do império bizantino. Já foi ocupado por diversos impérios, e até a primeira guerra mundial foi ocupado pelos turcos otomanos. Após, foi ocupado pelos ingleses e somente conseguiu sua libertação na década de 40 do século passado, ou seja, há 70 anos. E em boa parte desse período viveu sob a ditadura da família Assad.
De início, essa ditadura visou implantar um regime socialista no país, mas descambou para o totalitarismo.
Se por um lado as diversas religiões, hoje, têm um certo espaço garantido de existência no país sírio, por outro é certo que os sunitas, que representam a maioria dos muçulmanos no país, têm sido constantemente segregados dos cargos importantes. E são justamente os sunitas que rebelam-se contra o governo Assad.
Um país multicultural, onde preserva a língua aramaica em umas pequenas vilas, está em ruínas. Milhares de sírios foram mortos, mas o pior ainda está por vir. Há sérios riscos à liberdade religiosa se algum grupo extremista tomar o poder. Não se pode esquecer que muitos dos atentados terroristas que vêm sendo praticados no país têm o mesmo delineamento dos atentados da tão falada al qaeda.
Se o governo sírio ruir não haverá certeza de democracia, e também haverá riscos para a liberdade religiosa. Seria trocar uma ditadura por outra. O que deve haver é a garantia da democracia, mas para isso deve haver negociações.
Os Estados Unidos e alguns países europeus, além da Arábia Saudita têm fornecido dinheiro aos rebeldes, fomentando a guerra civil que mata inocentes. Por outro lado, sabedores da questão estratégica e geopolítica, Rússia e China vêm bloqueando sanções mais fortes à Síria. Há informações de que agentes da inteligência britânica estão em solo sírio colaborando com os rebeldes.
A Síria, que é uma potência em gás, atrai os interesses dos países imperialistas que sofrem com a crise econômica. A intervenção militar naquele país seria um erro grave, seja por causar a morte de civis, seja por não garantir a democracia, seja porque atenderia apenas aos interesses do grande capital internacional sedento por reconstruir um país e ganhar dinheiro com a exploração do seu gás.
Mais, Israel poderia se colocar em uma situação mais delicada, com governos ainda mais hostis por quase todos os lados. Se por um lado a queda de Assad enfraqueceria o poder regional do Irã, inclusive estratégico, além do econômico, o que poderia propiciar um ataque àquele país antes de agosto, quando teria início às atividades produtoras (e não apenas de pesquisa) de sua primeira usina nuclear, por outro lado a queda de Assad propiciaria a subida dos extremistas, mais hostis a qualquer negociação com o país sionista.
A questão síria é delicada e séria e é por isso que China e Rússia, quase que totalmente cercados por países tomados por exércitos dos Estados Unidos ou da OTAN, se opõem à intervenção daquele país que está à beira da Europa e que ocupa uma posição estratégica "privilegiada". Caso a Síria seja invadida pela OTAN ou pelos Estados Unidos, há a chance de haver uma guerra não apenas regional, mas mundial, envolvendo Irã, Israel, Rússia, China, Líbano, Estados Unidos e a própria Arábia Saudita, que parece estar financiando os rebeldes sírios e têm interesses claros na queda de todos os governos que lhe são hostis, em especial o Irã, especial aliado sírio.
O povo sírio merece respeito e democracia, mas sem que por detrás estejam tão somente interesses de países autoritários como a Arábia Saudita ou imperialistas, como Estados Unidos, Israel e a própria organização militar OTAN (órgão com viés imperialista).
O que deve haver é punição aos excessos praticados pelos dois lados, desmilitarização da oposição e pressão sobre o governo Assad para a realização de eleições totalmente livres com urgência. O resto com certeza esconde intenções escusas. Por isso questione os noticiários.
Uma saída também seria uma Constituição elaborada pela situação e oposição, como base jurídica de um Estado legal e que viria a tornar-se democrático.
Muitos que lutam pensando em liberdade acabam favorecendo os interesses escusos dos imperialistas.
Não se esqueça de que o maior aliado do cidadão é a sua capacidade de questionar e decodificar as informações trazidas como absolutamente verdadeiras, que escondem falsidades capazes de arruinar não só um país, mas famílias, dizimando pessoas às dezenas de milhares.
Que Deus proteja a Síria e o mundo de todos os que não querem a paz, o equilíbrio, a verdade, a justiça, a liberdade e a democracia!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

EUROPEUS MIGRAM ILEGALMENTE PARA A ÁFRICA

Não imaginava que um dia leria uma manchete dessas nos jornais. Mas veja abaixo o que notificou o site OPERA MUNDI. Isto está mais para o símbolo da Carta Maior, com o mundo invertido.

Guarda Costeira da Argélia interceptou barco com imigrantes espanhóis, diz jornalApós terem o visto argelino negado, os quatro jovens desempregados tentaram entrar irregularmente no país africano
Crise econômica, medidas de ajuste, desemprego. O atual cenário europeu parece fomentar, aos poucos a inversão do fluxo migratório do continente, até então considerado um “Eldorado” para africanos que buscam melhores condições de vida. De acordo com o jornal argelino Liberté, uma embarcação com espanhóis foi interceptada, em abril, ao tentar atracar irregularmente na Argélia.

Segundo a reportagem, quatro jovens imigrantes tinham perdido seus empregos na Espanha e se dirigiram a Orã, cidade no litoral mediterrâneo da Argélia, em busca de novas fontes de trabalho. Com o pedido de visto negado, o grupo foi interceptado pela guarda costeira argelina, durante uma tentativa de entrada irregular no país africano.

Ainda de acordo com o Liberté, a escolha dos jovens pela cidade de Orã se deve à presença de empresas espanholas instaladas na região. Desde o início deste ano, a imigração africana, de forma irregular, ao país europeu se reduziu de forma acentuada, segundo informou o embaixador espanhol na Argélia, Gabriel Busquets, durante uma mesa redonda sobre a relação bilateral entre os países.

O diplomata acredita que a queda do fluxo migratório se deve à "falta de emprego em Espanha, causada pela crise econômica, os esforços das autoridades argelinas e de cooperação entre os dois países para lutar contra este fenômeno", como registra o jornal do país africano.

Segundo ele, a crise afetou inclusive a oferta de trabalho sazonal em território espanhol, fazendo com que a cifra de entrada de africanos no país no início de 2012 chegasse à metade da registrada no mesmo período do ano anterior. Entre as medidas tomadas pelo governo espanhol para conter o ingresso de imigrantes irregulares no país está a hipótese de enquadrar a imigração como um crime sujeito à prisão. Os imigrantes espanhóis, no entanto, seriam repatriados, informa o Liberté.

Crise na Europa

Apesar de inusitada, a interceptação do bote espanhol não é a primeira mostra de que a crise européia vem gerando uma nova tendência na rota imigratória, com a fuga de mão de obra da zona do euro. No primeiro semestre de 2011, mais de 50 mil portugueses iniciaram trâmites para solicitar residência no Brasil.

Abalados pelas medidas de autoridade adotadas após o acordo português com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e a União Europeia para o resgate econômico do país, os portugueses também optam pela Angola como destino de imigração. Em fevereiro, um grupo de 20 portugueses foi interceptado no aeroporto de Luanda, capital do país, por autoridades alfandegárias, por não portar documentação regular para a imigração.

O número de vistos angolanos concedidos a portugueses saltou de 156 em 2006 a mais de 23 mil em 2011. Segundo estimações do governo português, o êxodo de mão de obra do país chegou a 150 mil pessoas, em 2011, equiparando-se somente aos índices registrados nos anos 1970.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Quando o cinema é arte

Para mim, cinema é arte pura. Cada imagem faz sentido. Cada música emociona. Cada fala emudece a minha alma. Cada início representa o nascimento de uma vida.

domingo, 15 de julho de 2012

Viva o cinema!

Amo cinema. Como tudo na vida, quem produz um filme deve fazê-lo com amor!
E como se fosse aquele amor especial, ao qual precisamos não apenas nos dedicar, mas nos emocionar a cada instante, pelo simples prazer de poder compartilhar aquele instante único.
Um filme deve ser produzido com encantamento, não bastando a mera técnica ou tratar-se de uma produção milionária. Na maioria das vezes o público quer emocionar-se ou rir. Dificilmente quer refletir.  O amor pode fazer tudo isso. E o diretor tem que saber o que deseja, que tipo de amor escolheu.
Viva o cinema!

sábado, 14 de julho de 2012

IMPRESSÕES PARA CLARA

Tive a oportunidade de participar da produção deste curta-metragem, quando fazia uma curso de produção cinematográfica no SENAC.
Músicas, fotos e atuações de primeira.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

FÉRIAS E AS COISAS COMUNS

Estamos em época de férias escolares. E onde você levou o seu filho ou sua filha? Ao shopping?
Que tal inovar e levar a um cinema de rua, a um parque público, a uma cachoeira, a uma aldeia indígena ou a qualquer outro lugar menos comum?

quinta-feira, 12 de julho de 2012

MAIS UM DOCUMENTÁRIO

Este ano você terá acesso a mais um documentário que produzirei no decorrer do ano, dessa vez com um grupo de colegas. Será um documentário a ser produzido em 2012 e que reservará boas surpresas. Até o final do ano você terá informações de como acessá-lo. 

quarta-feira, 11 de julho de 2012

POSTAGENS

Eu já tive postagens programadas para mais de 6 meses, acredite. Era um excesso de criatividade, embora alguns retratem isso como sinal de ansiedade...rs 
Hoje, porém, tenho postagens para poucos dias, pouquíssimos, por sinal. Não sei o que mudou em mim. Na verdade falta tempo, pessoal, justamente para o que mais gosto de fazer, que é escrever. Mas as coisas voltarão ao seu eixo, assim espero.

terça-feira, 10 de julho de 2012

OS HOMENS ESTÃO PERDENDO TERRENO

Se é verdade que um homem de 40 descasado namora duas de 20, hoje é fato que uma mulher descasada, e pouco importa a sua idade, se quiser, namora 40 homens, ou mais, de qualquer idade.
É, nós homens já estivemos numa condição melhor... Hoje nos sentimos impotentes perto de tanta eficiência das mulheres em todas as áreas, política, econômica, laboral, sexual...

segunda-feira, 9 de julho de 2012

REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA?

O brasileiro tem memória fraca, principalmente para assuntos ligados à política, economia, história e fatos sociais.
Afinal, pode ser legítimo que o golpe de 64 seja chamado de contrarrevolução por alguns militares? A militância paulista em 1932 pode ser caracterizada como revolução? E a guerra de Canudos foi uma guerra ou um massacre? São tantas as questões, tantos os questionamentos e tantas as dúvidas, que fica difícil para qualquer um afirmar isso ou aquilo. O fato é que o povo quase sempre se deu mal em todos os movimentos sociais aqui no Brasil. Quando algo mudou é porque a elite queria que mudasse.
O brasileiro é pacífico, sim, não luta pelos seus direitos e mal sabe quais são os direitos que podem ser exercidos diariamente contra todos.

domingo, 8 de julho de 2012

ADVOGADOS SÃO DE DIREITA?

Me causa espanto como muitos membros da classe jurídica são de direita ou de extrema direita e como poucos têm uma preocupação com as questões sociais e a própria democracia. É algo aviltante a qualquer membro da sociedade.
Advogado deve ser o primeiro militante dos direitos civis, políticos e humanos. Afinal, estudou para isso.
É certo que o direito lida com o "status quo" e há um certo glamour em alguns ramos da advocacia pública e privada, mas não se pode esquecer de que por trás de qualquer causa há não apenas uma pessoa, mas toda uma coletividade que depende de uma interpretação que se dá a um caso concreto. E é por isso que a responsabilidade social do exercício da função jurídica é extrema e por isso não se pode admitir posicionamentos extremados e direitistas, quase fascistas.
Infelizmente essa é a realidade nua e crua, e num país pobre, onde a cidadania está distante para a maior parte da população. Já passamos da hora de mudança e não me parece haver perspectiva de modificação fática sequer a médio prazo.
Cabe às faculdades dar um ensinamento mais humanista e aos meios de informação apresentar notícias com viés democrático e real, sem o jogo de manipulação fascista a que muitos meios de comunicação têm aderido.

sábado, 7 de julho de 2012

LOURDES

Em “Lourdes”, uma tetraplégica começa a andar. Este milagre indigna os outros doentes. Afinal, por que Deus não cura todos?

Por Bruno Carmelo, editor do blog Discurso-Imagem.

Lourdes é um filme sombrio, misterioso. Sua história se define silenciosamente, aos poucos, como se fosse apenas um detalhe da narrativa. O plano inicial explora bem esta impressão: uma grande imagem aberta de conjunto, no qual figuram num canto do quadro Christine, a protagonista ainda tetraplégica, sua acompanhante e outras pessoas que se tornarão fundamentais na narrativa, mas que por enquanto são ignoradas por este olhar superior, em plongée, como um olhar divino.

O primeiro choque é portanto estético. A diretora Jessica Hausner possui uma maneira muito particular de filmar, com seus planos sempre fixos, alguns zooms e tilts anacrônicos, artificiais, e uma fotografia tão dura e pontual que lembra os filmes do finlandês Aki Kaurismaki. Isto sem falar na preferência por evitar de vez em quando o som direto, deixando a uma boa metade dos personagens a tarefa de dublarem a si mesmos posteriormente, provocando uma estranheza que imerge o espectador num distanciamento crítico, fundamental à continuação do filme. Afinal, este está longe de ser um filme melodramático, usando a tal “graça divina” para cenas de beleza e de emoção. A religião e a fé nunca foram tratadas de maneira tão rigorosamente cerebral.

Chegamos a Christine, e à apresentação insistente do milagre esperado. Ela está em Lourdes, zona de peregrinação famosa na França, onde teriam ocorrido curas improváveis no passado. Todos os visitantes do local têm uma relação de amor e ódio com este Deus nada democrático: Por que outras pessoas foram curadas, e não eu? Quais são os critérios divinos? Com muita retórica e com as contradições lógicas indispensáveis a um discurso religioso, um padre encarrega-se de explicar que “as razões de Deus são misteriosas”, que a doença “não é uma punição, afinal, muitas pessoas se descobrem ainda mais felizes durante a enfermidade”. Ou seja, uma verdadeira afronta aos doentes que são obrigados a interpretarem seus calvários como um sinal da bênção divina. Tanto a ausência quanto a presença de milagre são interpretados pelos religiosos como prova da existência e do amor divinos: quando Deus cura os doentes, é porque os ama e está presente, quando não os cura, é porque os ama e quer que aprendam a valorizar a alma.

Curiosamente, a protagonista não é particularmente religiosa, carismática, bondosa. Ela não se destaca dentro os outros peregrinos, e entretanto é ela que, subitamente, levanta de sua cama, anda até o banheiro e escova seus cabelos. O milagre é mostrado como uma banalidade, sem música, sem iluminação particular, dividido apenas com o espectador. A direção prefere deixar as sonoridades de uma Ave Maria piedosa às cenas da esperança alheia, do espetáculo midiático e comercial em torno desta busca da graça. O milagre em si é mostrado como uma proeza puramente biológica e física, algo que já constitui uma afronta à ideia de transformação coroada por luz, amor e por uma presença divina – que aliás nunca aparece à agraciada.

O mais interessante em Lourdes é retirar a sacralização da discussão sobre a fé. As ajudantes dos enfermos são moças paqueradoras e sem vocação religiosa, as freiras são mulheres frustradas, as mães dos doentes são pessoas que invejam profundamente todos os outros ao redor, e odeiam qualquer melhora no quadro clínico alheio. A cena final, simples e excelente, reúne numa mesma festa todos os medos, olhares de desprezo, todas as pessoas que encaram Christine como um animal de circo desde do milagre. Trata-se de um momento duro, de hipocrisias, na qual ela ganha o “troféu de melhor peregrina”. E tantas expectativas, tantos olharem semeiam o medo dela: “E se a paralisia voltar?”.

Lourdes é um tratado de um pessimismo atroz, de uma intelectualidade rara à questão da fé e da religião, sem jamais insultar ou parodiar os religiosos. É um projeto voluntariamente estranho, frio, distante, em torno do tema central, bem resumido nos pôsteres: “Nada questiona mais a fé do que um milagre.” Nada provoca mais a ira, a raiva, a incompreensão e a indignação do que a seletiva e silenciosa graça divina.

Lourdes (2009)
Filme franco-austríaco dirigido por Jessica Hausner.
Com Sylvie Testud, Léa Seydoux, Bruno Todeschini, Elina Löwensohn

sexta-feira, 6 de julho de 2012

VIDAS E NÉVOAS

Um dia nublado nos reserva muitas coisas misteriosas. Um dia em casa com muita leitura. Uma cama confortável. Uma conversa com aquela pessoa que não víamos há anos. Coisas sutis, mas agradáveis e das quais necessitamos para mantermos o equilíbrio necessário.
O segredo do depois, daquilo que está por detrás das névoas e que só o tempo será capaz de desvendar.
Essa névoa é parte integrante da vida, sempre recheada de surpresas. Podemos dizer que a névoa está sempre nos caminhos da vida.
Só não podemos ter medo de enfrentá-las, vida e névoas.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

TELEJORNAIS

Quais os melhores telejornais do país? Você já tem opinião formada? Difícil, pois a programação das tevês está cada vez pior, e o jornalismo não se salva.
Ainda dá para assistir aos Jornal da Record e Jornal da Band, na minha opinião os melhores da tevê aberta.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

BLOGS POR QUASE 5 ANOS E O COMPANHEIRISMO DO LEITOR

Sou blogueiro há praticamente 5 anos... Já faz quase tudo isso de tempo que tento manter os blogs que, sucessivamente, fui criando e desfazendo. E faz quase tudo isso de tempo que tento manter postagens diárias... Não é fácil, e é por isso, por ausência de tempo para pensar e, principalmente escrever, que ouso transcrever matérias que julgo importantes para o conhecimento.
Fique comigo pelo tempo que resta, que não sabemos qual será.
Obrigadoooooo pelo companheirismo virtual!

terça-feira, 3 de julho de 2012

QUEM MUDARÁ A NÓS MESMOS E O MUNDO EM QUE VIVEMOS?

Dizem que Santos, seres fraternais ou iluminados são os que vivem para ajudar os outros.

Também falam que o Messias, o grande sábio, é o que mudará a humanidade.

Não é necessário crer em um Ser Superior para ter espiritualidade, bastando simplesmente respeitar a característica básica do ser humano, a imperfeição e a quase eterna necessidade de salvação, normalmente através de simples atos de caridade e de amor.

Eu me pergunto: nesta sociedade de consumo atual, com um individualismo exacerbado, será que as pessoas esperam algum tipo de compreensão, ajuda ou salvação, além do conforto, prazer e dinheiro? Viscejarão apenas o conforto material e o exoterismo moderno, repleto de dogmas?

Será que apenas as grandes crises humanitárias e econômicas serão capazes de nos fazer voltar à introspecção e consequente reflexão, não bastando vivenciarmos a maior crise espiritual e da natureza de todos os tempos?

Dependeremos de um Messias, de Santos, de dinheiro, de conforto, de dogmas ou inicialmente apenas de espiritualidade para começarmos a mudar a nós, à família, à comunidade, à sociedade e à humanidade?

segunda-feira, 2 de julho de 2012

DEMOCRACY NOW!

Sim, os Estados Unidos têm veículos de comunicação íntegros e independentes. Um deles é o Democracy Now. Vale a pena conferir o site e a para acessar  página no youtube, com diversos vídeos.

domingo, 1 de julho de 2012

PALAVRÕES E PALAVRINHAS

Um tempo atrás, os palavrões mais corriqueiros eram aqueles que diziam respeito à capacidade de discernimento das pessoas. Era comum xingar utilizando-se palavras como imbecil ou idiota. As expressões usadas eram fortes. Hoje, ao contrário, quase só se fala em filho disso, filho daquilo, vá tomar ali etc...

Quem poderia dizer que a nossa sociedade, até nos palavrões, se demonstraria tão insossa?

Em uma época de apagão intelectual, com uma mídia cada vez mais voltada à diversão do que à informação, nessa geração big brother e onde a educação e a cultura e aqueles que as promovem são relegados ao último degrau remuneratório, o que não falta é gente sem conteúdo. Sim, somos uma geração de... Hum! Seríamos idiotas?

Vamos aos significado da palavra. Segundo o dicionário Houaiss, idiota é aquele que “denota falta de inteligência, de discernimento; parado, estúpido, imbecilizado”.

Quer algo mais atual e que se encaixa perfeitamente à nossa sociedade?

E talvez esteja aí a razão de não usarmos mais essa palavra com tamanho significado. Melhor ficar com as palavrinhas, essas aparentemente pesadas, mas bem levinhas, já que não atingem o nosso cerne.


sábado, 30 de junho de 2012

DO OUTRO LADO DA JANELA

Quando abro a janela, vejo um mundo diferente do meu.
No mundo restrito à minha casa, os sonhos proliferam-se.
Lá fora, vejos pessoas chorando pelos pesadelos vivenciados.
No meu mundo há harmonia, lealdade e fraternidade.
Lá fora, vejo egoísmo explícito e uma vontade inexplicável das pessoas alcançarem o sucesso.
No meu mundo, o que importa é estar bem.
Lá fora, o que vale é o se dar bem.
Com tudo isso eu percebo que não há motivos para olhar para além da janela.
Não, não é preciso fechá-la para saber que o meu canto é o meu aconchego.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

VOCÊ SABE O QUE É NAKBA?

Nakba é chamada de o êxodo palestino de 1948, quando esse povo foi expulso de suas terras em razão da criação do Estado de Israel. Mas a Nakba vem de muito antes, desde o fim do século XIX, quando alguns militantes sionistas ingressavam na antiga Palestina e iniciavam atentados terroristas para afugentar as populações das vilas de palestinos, quando sequer havia o projeto de criação de Israel.
Há um site palestino em inglês que vale a pena ser visitado. Clique aqui para acessá-lo.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A arte da ...

Não estou pintado para a guerra. Chega disso.

Está na cara que estou apenas pintando o sete.

domingo, 24 de junho de 2012

QUANDO A NECESSIDADE DE ESCREVER ENFRENTA OBSTÁCULOS

Tenho tão pouco tempo para pensar, refletir, sonhar e escrever. O meu trabalho está a me consumir em demasia. Mais do que gostaria e do que poderia.
O meu lazer, tão necessário ao meu bem-estar mental, quase não é possível. Quando me sobram alguns minutos, já me direciono ao computador para escrever algo que está na minha mente, sem muita reflexão, mas pulsando com uma energia avassaladora. Preciso expor as idéias, os pensamentos e os desejos momentâneos.
Já recebi muitos elogios de amigos preciosos, de intelectuais e de autoridades políticas, inclusive. É bom saber que de vez em quando temos o dom da palavra. Tem momentos, porém, que sinto uma dificuldade em concatenar idéias e fatos, em achar a palavra adequada para uma simples frase. Bem, a verdade é que de 3 anos para cá estou mais debilitado na escrita. Talvez uma das causas seja o problema de saúde que tive em 2007, talvez!
Mas não paro de escrever. Quando posso, escrevo, nem que seja um texto bobo que nem este, mas que expressa o prazer que tenho e a alegria que sinto em saber que o blog é acessado por todos os cantos e recantos do Brasil, embora com um número modesto, ao redor de 30 ao dia, e também em muitos cantos do mundo. Vejo que tem muitos leitores fiéis, mesmo com a dificuldade de postar textos próprios diariamente. A solução que arranjei, desde muito tempo atrás, foi postar textos interessantes, que exponham o outro lado dos fatos e da notícias, aprofundando o conhecimento tão necessário para a dignidade humana e para o próprio exercício da cidadania.
A vocês, um pedido de paciência comigo e com o blog e um obrigado com a imensidão do universo e o eco do infinito.

sábado, 23 de junho de 2012

QUEM JÁ NÃO FOI EXILADO?

pintura de criança não identificada                                                  
obtida na internet            
Você já viajou e quando voltou perdeu o lugar de uma forma inesperada, como se fosse um golpe de Estado destituindo apenas o Rei?

Eu sei que a minha pergunta enseja um leve sorriso sarcástico, mas para mim significa a mais pura verdade, pois eu já vivi isso em carne e osso. E posso dizer uma coisa: dói muito, e na alma.

O engraçado é que o ex-monarca, destituído do seu cargo, vivencia o exílio como uma verdadeira reclusão. Ele perde aquilo que mais o inspirava, a ponto de passar a ter certeza de que aqueles que o golpearam, e antes estavam ao seu lado, nunca foram verdadeiros. E é a falta de verdade e a deslealdade que causam as maiores dores àquele que tinha um papel a exercer e o bem alheio a zelar, dores essas muito maiores que a delicada perda.

A perda do poder pode abalar os fracos, mas os fortes, que superam facilmente este tipo de ausência, sofrem com a falta de, digamos, caráter alheio.

Esse Monarca exilado não pensa em voltar para o reino ou constituir outro reinado. Não. Ele quer distância e chega a pensar em ser um ermitão. Ele passa a pensar como um filósofo. E são dessas dores que posso afirmar que saem as maiores decifrações da alma humana.

E é também desse sofrimento que aparecem traumas a qualquer sistema de governo e a qualquer Monarca, dando surgimento ao que se denomina de anarquia, propiciando que as pessoas vivam sem o regramento do Estado.

Hoje posso afirmar que sou um ermitão anarquista.

Acho que você já deve ter descoberto, pois não me julgo Napoleão Bonaparte nem sou louco, que esse reinado que perdi foi um relacionamento e o Estado a que me refiro no texto são os relacionamentos afetivos.

Após essa explicação, volto a perguntar: quem ainda não sofreu esse tipo de exílio?

sexta-feira, 22 de junho de 2012

DICA DE LIVROS


Livros de qualidade e alternativos, uma boa sugestão.
Vá ao site da editora Casa Amarela.
http://lojacarosamigos.com.br/Categorias.aspx?idCategoriaPai=15

quinta-feira, 21 de junho de 2012

UM MUNDO DE HIPOCRISIAS

Vivemos em uma época estranha ou vivemos em um mundo hipócrita, não sei!
Enquanto aumenta o número de ateus, paralelamente inflam as vendas de livros de auto-ajuda e de cds de músicas e cantos religiosos.
Enquanto temos as guerras proporcionalmente mais mortíferas de todos os tempos, podemos ver o banho de sangue  calmamente na tevê, no computador ou no celular, em casa ou no trabalho.
Enquanto os Direitos Humanos são propagados e são criadas ONGs e governos se comprometem com a questão, temos o maior número de refugiados de todos os tempos e das mais diversas ordens: de guerra, economicos, ambientais, por perseguição religiosa, política, sexual... Há refugiados em todos os continentes.
Apenas discutimos medidas contra o aquecimento global, enquanto catástrofes como maremotos, terremotos, enchentes, secas, dilúvios, desabamentos, incêndios desproporcionais e nevascas repentinas ocorrem todos os dias em vários cantos do planeta.
Os brasileiros se julgam mais importantes por terem sido inseridos nos BRICs, mas logo ao lado da nossa casa tem muitos moradores de rua, meninos cheirando cola, meninas se prostituindo, crianças faltando na escola e parte da população pobre procurando o serviço público como se o atendimento fosse um favor do servidor e não um direito do cidadão.
A maioria dos países já sente a falta de água potável. Enquanto isso, no Brasil, enche-se a maior parte das piscinas com água desse tipo. Em Fernando de Noronha, onde não há água potável e grande parte da água é armazenada das chuvas, quase todas as pousadas (em um ilha repleta de praias) têm piscinas.
Alguns radicais de religiões que pregam de certa forma a igualdade das pessoas, sejam eles cristãos, muçulmanos, judeus ou hindus, tentam justificar verdadeiros atos de chacina ou de segregação através de valores de superioridade, contrários aos próprios preceitos da religião que professam.
Este é o mundo hipócrita, onde mais se escreve, onde antes nunca foram lançados tantos livros, onde nunca houve tanto espaço para a publicação como a internet proporciona e onde, ao mesmo tempo, a leitura individual é pífia e há um número assombroso de analfabetos funcionais.
Mas não é só. O mais detestável é que, embora tenhamos vivenciado atos bárbaros e horrendos há 60 anos, com a segunda guerra mundial, onde notamos o perigo do fascismo e do nazismo, hoje partidários de extrema direita, com ideologia muito próxima desses regimes, dominam o cenário político de países importantes econômica e militarmente. 
Mas acho que o ser humano sempre foi assim. Afinal, para aqueles que acreditam que Jesus Cristo existiu, onde eu me incluo, a maior hipocrisia humana não foi a população ter escolhido pela crucificação do seu próprio Salvador e realizador de milagres e optado por conceder a liberdade a um pequeno roubador?
Seria falta de valores de todas as espécies o que nos tornaria hipócritas?

quarta-feira, 20 de junho de 2012

JANGO EM VÍDEO

Um documentário imperdível que ajuda a compreender a verdade oculta nos meandros políticos pré-golpe de 1964. Um documentário de Sílvio Tendler.

SINOPSE: rodado em 1984, Jango retrata a carreira política de João Belchior Marques Goulart, presidente deposto pelos militares em 1º de abril de 1964. Na obra, Tendler procurou mostrar a política brasileira da década de 60, desde a candidatura de Jânio Quadros, passando pelo golpe militar, as manifestações da UNE e os exílios. O filme é narrado pelo ator José Wilker e conta com depoimentos de Magalhães Pinto, Aldo Arantes, Raul Ryff, Afonso Arinos e Francisco Julião, entre outros.




terça-feira, 19 de junho de 2012

OS SERES QUE LUTAM CONTRA A HUMANIDADE

Quando caminhoneiros utilizam drogas ilegais para permanecerem acordados, quando canavieiros utilizam crack para aguentar a longa jornada de trabalho e quando jovens viciam-se em crack para amenizar o vazio da vida, há algo errado, não com o grupo, mas com a sociedade, a verdadeira causa desses problemas.
Não basta pretender extirpar a droga. É preciso resolver o problema que tem origem nessa sociedade perdida em que vivemos.
Precisamos mudar valores e posturas. Será que há pessoas que pretendem realmente mudar e pagar melhor o frete dos caminhoneiros, permitir uma jornada de trabalho mais justa aos canavieiros e uma vida mais cheia de arte e humanidades aos que denominamos crackeiros? O fato é que a droga alastra-se onde não há alegria e verdades suficientes.
Para que ir por um único caminho, o de combate às drogas, quando a causa sequer é tratada? Que mudemos a sociedade, já é chegada a hora.
Como mudar? Mudando valores. Deixando de lado o neoliberalismo e a frieza nas relações humanas, para dar a real valoração ao ser humano. Não podemos viver em um mundo dominado pela economia, coisa abstrata que apenas favorece pouquíssimos, em detrimento de uma vida digna a bilhões de pessoas. É necessário liberdade, igualdade, fraternidade, democracia, cultura e lazer. É necessário um mundo melhor e isso ainda é facilmente obtível, bastando ter vontade.
Será que ainda optaremos pelas bolsas de valores, guerras, tráfico e insegurança nas cidades em detrimento da própria essência da humanidade?
Não. Nós não precisamos da natureza para extirpar-nos. Basta meia dúzia de seres humanos mal intencionados. E esses líderes de países irresponsáveis e alguns políticos nacionais desinformados ou também mal intencionados estão conseguindo isso, o fim da humanidade nas pessoas.
Basta!

segunda-feira, 18 de junho de 2012

VOVÔ VIU O VÃO

Quando um senhor do interior vê um vão daquele, o que será que ele imagina?
Veja o vídeo. (Festival do Minuto)

domingo, 17 de junho de 2012

PERDA GRADATIVA DE UM DOM...

Amo escrever, mas estou perdendo o dom da escrita. Já não tenho memória e agora não possuo mais habilidades gramaticais. Faltam-me as palavras e estou redundante. Talvez seja o sinal do tempo, da idade e de que não tenho mais nada a expressar. Minha alma deve ter se calado ou perdido o rumo da pauta...

sábado, 16 de junho de 2012

sexta-feira, 15 de junho de 2012

A INTERVENÇÃO MAIS CONTUNDENTE NA SÍRIA PODE TER INÍCIO HOJE

Segundo o intelectual francês Thierry Meyssan*, a intervenção na Síria começaria hoje. Lei abaixo o texto estarrecedor, extraído da página VOLTAIRE.

VOLTAIRE

Dentro de poucos dias, talvez a partir de sexta-feira 15 de Junho ao meio dia, os sírios que pretenderem ver as cadeias de televisão nacionais terão estas substituídas nos écrans por televisões criadas pela CIA. Imagens realizadas em estúdio mostrarão cadáveres imputados ao governo, manifestações populares, ministros e generais apresentarão a sua demissão, o presidente el-Assad tratando de fugir, os rebeldes reunindo-se no coração das grandes cidades e um novo governo instalando-se no palácio presidencial. Esta operação, diretamente monitorizada a partir de Washington por Ben Rhodes, conselheiro adjunto da segurança nacional dos Estados Unidos, visa desmoralizar os sírios e preparar um golpe de Estado. A NATO, que esbarrou no duplo veto da Rússia e da China, conseguiria assim conquistar a Síria sem ter de a atacar ilegalmente. Qualquer que seja o julgamento sobre os atuais acontecimentos na Síria, um golpe de Estado poria fim a toda a esperança de democratização.
De maneira absolutamente formal, a Liga Árabe pediu aos operadores de satélite Arabsat e Nilesat para cortarem a transmissão dos media sírios, públicos e privados (Syria TV, Al-Ekbariya, Ad-Dounia, Cham TV, etc.). Existe um precedente, dado que a Liga Árabe tinha já procedido à censura de televisão líbia de forma a impedir os dirigentes da Jamahiriya de comunicarem com o seu povo. Não existe rede hertziana na Síria, onde as televisões são exclusivamente captadas por satélite. Mas este corte não deixaria os écrans apagados. De facto, esta decisão é apenas a parte emersa do iceberg. Segundo informações de que dispomos, diversas reuniões internacionais foram levadas a cabo na semana passada para coordenar a operação de intoxicação. As duas primeiras, de natureza técnica, tiveram lugar em Doha (Qatar), a terceira, política ocorreu em Riade (Arábia Saudita).
Uma primeira reunião juntou os oficiais de guerra psicológica “embedded” em certas cadeias de satélite, entre as quais Al-Arabiya, Al-Jazeera, BBC, CNN, Fox, France 24, Future TV, MTV. Sabe-se que desde 1998 os oficiais da United States Army’s Psychological Operations Unit (PSYOP) foram incorporados na redação da CNN; a partir daí, esta prática foi estendida pela NATO a outras estações estratégicas. Redigiram antecipadamente falsas informações, segundo um “storytelling” elaborado pela equipa de Ben Rhodes na Casa Branca. Um procedimento de validação recíproca foi posto em marcha, cada media devendo citar os outros de forma a contribuir para torná-los credíveis aos ouvidos dos telespectadores. Os participantes decidiram igualmente requisitar não apenas as cadeias da CIA para a Síria e o Líbano (Barada, Future TV, MTV, Orient News, Syria Chaab, Syria Alghad), mas também outras quarenta cadeias religiosas wahhabitas, as quais apelarão ao massacre confessional aos gritos de “Os cristãos para Beirute, os alauitas para o túmulo!
A segunda reunião juntou engenheiros e realizadores, visando planear a fabricação de imagens de ficção, misturando uma parte em estúdio a céu aberto e uma parte de imagens de síntese. Os estúdios foram arranjados durante as últimas semanas na Arábia Saudita, de modo a reconstituir aos dois palácios presidenciais sírios e os principais lugares de Damasco, Alepo e Homs. Já havia estúdios deste tipo em Doha, mas eram insuficientes.
A terceira reunião agrupou o general James B. Smith, embaixador do EUA, um representante do Reino Unido e o príncipe Bandar Bin Sultan (a quem o presidente George Bush pai designou como seu filho adotivo, ao ponto de a imprensa norte-americana o ter designado como “Bandar Bush”). Tratava-se de coordenar a ação dos media e a do “Exército Sírio Livre”, do qual os mercenários do príncipe Bandar formam o grosso dos efetivos.
A operação, em gestação desde há meses, foi precipitada pelo conselho de segurança nacional dos EUA, depois de o presidente Putin ter notificado a Casa Branca de que a Rússia se oporia pela força a toda a intervenção militar ilegal da NATO na Síria.
Essa operação compreende dois vetores simultâneos: por uma lado, diversificar as falsas contrainformações; por outro lado, censurar toda e qualquer a possibilidade de lhes responder.
A interdição das TVs por satélite como forma de conduzir uma guerra não é uma novidade. De facto, sob pressão de Israel, os EUA e a União Europeia impuseram sucessivas interdições a cadeias libanesas, palestinianas, iraquianas e líbias. Nenhuma censura foi imposta a cadeias de satélite provenientes de outras partes do mundo.
Tão-pouco a difusão de notícias falsas constitui uma estreia. Entretanto, quatro novos passos significativos foram dados na arte da propaganda durante o decurso das últimas décadas:
- Em 1994 uma estação de música Pop, a “Radio Libre des Mille Collines” (RTML) deu o sinal para o genocídio no Ruanda apelando a “Matar as baratas!”.
- Em 2001 a NATO utilizou os media para impor uma interpretação dos atentados de 11 de Setembro e justificar os ataques ao Afeganistão e ao Iraque. Nesta altura, já Ben Rhodes tinha sido encarregue pela administração Bush de redigir o relatório da Comissão Kean/Hamilton sobre os atentados.
- Em 2002 a CIA utilizou cinco cadeias, Televen, Globovision, Meridiano, ValeTV et CMT, para fazer crer que manifestações monstruosas tinham forçado o presidente eleito da Venezuela, Hugo Chávez, a demitir-se, dado que tinha sido vítima de um golpe de Estado.
- Em 2011, aquando a batalha de Trípoli, a NATO fez realizar em estúdio e difundir pela Al-Jazeera e pela Al-Arabiya imagens de rebeldes líbios entrando na praça central da capital enquanto eles realmente ainda se encontravam longe da cidade, de forma que os habitantes, persuadidos de que a guerra estava perdida, cessaram toda a resistência.
Doravante, os media já não se contentam em apoiar a guerra, eles praticam-na diretamente.
Este dispositivo viola os princípios básicos do direito internacional, a começar pelo artigo 19 de Declaração Universal dos Direitos do Homem relativo ao facto de “receber e difundir, sem consideração de fronteiras, as informações e as ideias por qualquer meio de informação”. Sobretudo, ele viola também as resoluções da Assembleia Geral da ONU, adotadas no final da Segunda Guerra Mundial, para evitar as guerras. As resoluções 110, 381 e 819 interdizem “os obstáculos à livre troca de informações e de ideias” (no caso vertente, o corte das cadeias sírias) e “a propaganda de natureza a provocar ou encorajar toda a ameaça à paz, rotura da paz ou outro ato de agressão”.
No direito, a propaganda da guerra é um crime contra a paz, o mais grave dos crimes, dado que ele torna possíveis os crimes de guerra e os genocídios.

* Intelectual francês, presidente fundador da Rede Voltaire e da conferência Axis for Peace. Publica análises de política estrangeira na imprensa árabe, latino-americana e russa. Último livro publicado: L’Effroyable imposture : Tome 2, Manipulations et désinformations (éd. JP Bertand, 2007).

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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