terça-feira, 30 de abril de 2013

AS TELAS DE ARTE DO MUNDO JURÍDICO

O trabalho jurídico equipara-se às telas de arte. Ou reproduzimos tudo o que há, repetitivamente, e a vida torna-se um marasmo, sem brilho e sem novas perspectivas, ou criamos algo novo, ousado e com a marca de novidade e, portanto, de humanidade. Penso que o direito e a arte não são estáticos e dependem, para um resultado primoroso, do amor com que se vê a alma do seu personagem.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

A LUZ QUE ATRAI OS MONSTROS SUGADORES

Eu sei que o título está ridículo. Fiz de propósito, para dar a ideia de algo trash.

Numa noite estava numa típica conversa de botequim com um amigo e seu colega de trabalho. Fiquei surpreso com as divagações do sujeito que não conhecia, principalmente quando, ao confirmar que era budista, disse que "a luz precisa da escuridão para dar o equilíbrio necessário à vida". Não foi dito com essas palavras, mas o sentido foi exatamente esse.

É a mais pura verdade, ao menos soa assim para mim. O mais engraçado é que horas antes havia dito algo muito assemelhado a uma colega de trabalho: "aqueles que têm luz atraem os que, nas trevas, precisam sugar a luminosidade alheia".

Quando digo luz, não me refiro a inteligência, mas a brilho, a uma força interior. E você, será que nunca percebeu isso?

sábado, 27 de abril de 2013

MILITARES RESISTENTES E HEROIS

 Estão equivocados os que dizem que todos os militares estiveram ao lado dos golpistas. Não. E foram muitos os que morreram, foram assassinados, foram aposentados compulsoriamente ou foram perseguidos e obrigados a abandonar os postos. Este é o Brasil desconhecido pela maioria. O primeiro ato de resistência ao golpe foi formado por sargentos, em ação encabeçada por Leonel Brizola, na Serra de Caparaó, poucos anos após o golpe. Foi o tempo necessário para armar uma certa resistência. Resistência nacionalista com militares que honraram os uniformes e que são os nossos herois. Herois militares. Herois nacionalistas. Herois que serviram até o último instante aos interesses exclusivamente brasileiros.

Veja abaixo a matéria publicada no site REDE BRASIL ATUAL.

Veterano da 2ª Guerra, brigadeiro contrário à ditadura vai de morto-vivo a cassado


'Em uma ditadura, qualquer ato de resistência é um ato heroico', afirma filho de Rui Moreira Lima, militar que se recusou a entregar base aérea para o regime

Daniella Cambaúva

Rio de Janeiro – O crime de Rui Moreira Lima foi resistir ao golpe. Em 1964, o brigadeiro da Aeronáutica, veterano da Segunda Guerra Mundial, se recusou a entregar a base aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, da qual era comandante.

Atualmente, aos 93 anos, ele se recupera, com sucesso, de um acidente vascular cerebral (AVC) sofrido recentemente. Quem conta a história é seu filho, o economista Pedro Luiz Moreira Lima. Ele recebe a reportagem rodeado de documentos referentes à história de seu pai e de outros oficiais da Aeronáutica. Com a ajuda da museóloga Elisa Colepicolo, sua meta no momento é organizar o material que possui.

Pedro é capaz de sintetizar o que lhe ocorreu no período pós-1964 com uma palavra apenas: terror. Com o golpe, Rui foi preso e levado para o transatlântico Princesa Leopoldina. Ficou 51 dias, 20 dos quais esteve incomunicável. “Lá eles eram chamados a qualquer hora do dia ou da noite para prestar depoimento”, conta o filho. Quatro meses depois, foi preso novamente. Na segunda vez, o tratamento foi melhor do que na primeira. Ficou 156 dias detido, respondendo inquérito dentro de uma Delegacia de Investigações Gerais.

“Havia pedido de expulsar o pai da Força Aérea. Um pedido para ele se tornar um 'morto-vivo'. As mulheres dos oficias recebiam pensão como se eles estivessem mortos, mas os oficiais estavam vivos. O Castelo Branco se recusou a assinar a expulsão do pai. Ele disse 'esse oficial eu conheço'. Vou reformar ele. Agora, reformou contrariando as leis militares, reformou como um coronel. Com tempo de serviço, com a Guerra, já podia ser major-brigadeiro”.

Rui foi o piloto de combate da esquadrilha verde no 1° Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira durante a Segunda Guerra. No combate, executou 94 missões. O brigadeiro narra sua experiência nos livros Senta a Pua! e O Diário de Guerra. Quando ele saiu do Brasil para servir na Itália, a mãe de Pedro estava grávida da primeira filha, aos 18 anos.

Sua mãe não trabalhava fora de casa. Com o afastamento da Aeronáutica, o pai começou a fazer bicos, trabalhou por um tempo em supermercado arrumando produtos na estante, exemplificou Pedro. Ele conta que não houve envolvimento com partidos políticos, nem com a luta armada. Foi sempre contrário à ditadura e sua atividade na clandestinidade consistia em proteger sua vida e de sua família. “Ele estava pensando em sobreviver em sua vida civil. Porque era perseguida a vida civil”. À época, uma portaria cassou algumas licenças de voo de oficiais da Aeronáutica, entre eles a de Rui. Sua carteira de voo foi recuperada apenas em 1979, quando, por conta da idade, não tinha mais condições de executar essa tarefa.

Além das passagens pela prisão e do afastamento da Aeronáutica, a família sofria constantes ameaças. “Tinham umas coisas engraçadas. No inverno a gente via uns caras lendo jornal, na esquina, observando nosso prédio. Aí minha mãe chegava e levava uma tigela com chá quente, biscoito. E aí substituíam os caras”, lembra.

Pedro Luiz também não se envolveu com o Partido Comunista, nem com organizações de resistência. Em 1964, sabendo da situação do pai, buscava outras formas de resistência, pichava muros, ia a passeatas, distribuía panfletos. “Eu recebia o jornal do VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), transcrevia à mão e colava no elevador de vários edifícios. Eu tinha um medo...É uma coisa simples, mas também era uma questão de vida ou morte.”

Começou a saber o que era a luta armada quando o Departamento de Ordem Política e Social (Dops) quis entrar dentro do seu colégio e a diretora impediu. Pouco tempo depois, estava andando por Ipanema, viu um anúncio de busca por um amigo, Aldo. “Não sei se foi vontade de vê-lo, mas tenho impressão de ter passado pelo Aldo. E ele fez um sinal de 'não fala comigo'. Uma semana depois ele foi morto pela tortura em Minas. Botaram ele na 'coroa de Cristo'. Tinha 22 anos”. Recorda-se também do dia em que encontrou Carlos Eduardo Fayal de Lira, militante procurado pela ditadura. “Eu disse: vai embora do Brasil, você vai ser morto. Não quero ver você morto. Eu sabia, aquele era o destino dele: ser morto ou torturado. Uma semana depois ele caiu, foi torturadíssimo.”

O 'crime' de Rui foi se recusar a entregar a base de Santa Cruz aos militares“Para mim, todos os combatentes – armados ou não armados – são heróis. O mínimo ato de resistência é um ato heroico. Não precisa necessariamente pegar em armas para combater. Para isso precisa ter muita coragem. Eu vaiei”, diz.

Em 1968, com o Ato Institucional número 5, o cenário se agravou. Pedro já trabalhava e fazia faculdade quando foi sequestrado. Ele não era o alvo, mas o caminho que levaria os militares a seu pai. “Chegando em casa, quatro caras me seguram e me puseram dentro de um carro. Meu grande pavor era colocar um capuz. Eu com alergia e um capuz. E perguntavam onde estava meu pai”. Pedro conta que seu pai não estava escondido, mas trabalhando na empresa de mercado de capitais que havia fundado, Jacel Jambock. Aquela foi a terceira e última prisão de seu pai, que durou por três dias.

“Ele foi jogado em uma cela, com chão de terra, uma cama de três pés para ele não dormir, colchão fino, percevejo em quantidade”, conta. Pedro acredita que seu pai não foi morto por conta de sua trajetória dentro das Forças Armadas. Conta ainda que foi informado de que o nome, não apenas dele, mas de todos de sua família estavam marcados para morrer em uma lista do brigadeiro da Aeronáutica João Paulo Burnier. “Ele [Rui] achava que a intenção era matá-lo. Mas ele seria um cadáver muito 'pesado'”.

Pedro seguiu a carreira de economista na extinta Telemig. Não tinha uma vida sindical, mas participava do sindicato e de movimentos pró-anistia. “Isso sempre prejudicou minha carreira. Nunca fui promovido”, queixou-se.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

NÃO É MENTIRA. DOCUMENTOS DA DITADURA ESTÃO DISPONÍVEIS NA INTERNET DESDE O DIA 1º DE ABRIL

Documentos da ditadura estarão disponíveis na internet

IVAN RICHARD AGÊNCIA BRASIL

Brasília - Os arquivos e prontuários do extinto Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops), órgão de repressão do país no período da ditadura, poderão ser acessados na internet a partir da próxima segunda-feira (1º). Ao todo, cerca de 1 milhão de páginas de documentação foram digitalizadas.

O trabalho é resultado da parceria entre a Associação dos Amigos do Arquivo Público de São Paulo e o projeto Marcas da Memória da Comissão de Anistia, do Ministério da Justiça, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

De acordo com o Ministério da Justiça, as informações, além de serem um importante registro histórico, poderão facilitar o trabalho de reparação feito pela Comissão de Anistia, uma vez que poderão ser usadas como ferramenta para que perseguidos políticos consigam comprovar parte das agressões sofridas.

A digitalização dos documentos foi feita em dois anos e deve continuar até 2014. Para a realização do trabalho, a Comissão de Anistia transferiu mais de R$ 400 mil à Associação de Amigos do Arquivo. Em dezembro de 2012, o Ministério da Justiça autorizou novo repasse, de mais R$ 370 mil, para digitalização de outros acervos.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

COSMONAUTA OU ASTRONAUTA: SONHO DE CRIANÇA

Para as crianças se apaixonarem pela astronomia ou cosmos, a Agência Espacial Brasileira lança um site bem interessante. Pai, Mãe e Professor, deem uma olhada:



quarta-feira, 24 de abril de 2013

UM RECANTO PARA OS FÃS DE CINEMA

Em São Paulo ainda há salas de cinema de rua. Poucas, é verdade, mas esses pequenos oásis ainda sobrevivem ao neoliberalismo cultural que impõe centros de compra, os famosos shopping centers, como pontos de prazer, descanso e diversão. Bobagem, pois na verdade são locais de puro comércio. Os cinemas e teatros lá localizados perderam o glamour cultural das antigas salas de rua, para aderirem ao planejamento estético e comercial dos shoppings. Mesmice pura.
Um dos recantos, oásis, para os cinéfilos, é a Cinemateca brasileira, um orgulho para os paulistanos. Ocupa um quarteirão inteiro e possui duas ótimas salas de cinema. Uma das mais charmosas de S. Paulo, na minha opinião, se encontra lá. Nesse local você encontrará um café bem simples, uma biblioteca, espaço para exibição de cinema ao ar livre e um jardim maravilhoso. Um ótimo local para curtir um bom filme e também um local maravilhoso para uma festa. Vá lá e diga se estou equivocado.
A Cinemateca Brasileira é um órgão do Ministério da Cultura e ocupa um prédio cedido pela Prefeitura de São Paulo, na Vila Clementino.
O endereço é Largo Senador Raul Cardoso, 207 - Vila Clementino - 04021-070 - São Paulo. O telefone é (11) 3512-6111 e o email é: contato@cinemateca.org.br.
Vá à página oficial e saiba mais, inclusive a história da Cinemateca Brasileira. www.cinemateca.gov.br

terça-feira, 23 de abril de 2013

domingo, 21 de abril de 2013

Peru: “Ollanta Humala passou de uma proclamação nacionalista a uma posição de direita”

Mário Hernández

No Peru verifica-se um importante crescimento económico. Mas é necessário ver que realidade social e ambiental se revela por detrás dos números da exploração mineira e da economia informal, num país em que a pobreza atinge 60% da população.

Mário Hernandez (MH): Já está connosco Ricardo Napurí. Há algum tempo que queria conversar contigo porque no início de Dezembro uma nota publicada em Clarín assinada pelo analista internacional Jorge Castro dá conta de uma serie de dados relativos ao Peru, tema que nós temos abordado em mais de uma ocasião.

Aponta que o investimento estrangeiro directo aumentou 60% nos primeiros 6 meses de 2012, arrastado por uma percentagem maior na indústria mineira, onde cresceu 75%. O Peru cresceria 6.5% em 2012 depois de uma expansão de 6.9% em 2011, crescendo sustentadamente por 35 meses consecutivos com uma tendência para a subida, sem inflação.

Fala de uma nova classe media assente nos 500.000 empreendedores que surgiram nos últimos 20 anos, sobretudo na economia informal. É o segundo produtor de cobre a seguir ao Chile mas os custos de produção são 30% menores do que nesse país e a taxa de lucro é o dobro, daí que o investimento das transnacionais mineiras, que são cerca de 330 companhias, ascenda a U$S 50.000 milhões a executar nos próximos 10 anos, o que implica que a exportação de cobre se multiplicará por quatro na próxima década convertendo o Peru em primeiro exportador mundial.

Uma situação económica florescente aquela que descreve Jorge Castro - que recordarás foi assessor do ex presidente Carlos Menem - que contrasta com comentários que temos feito nestes microfones sobre a realidade peruana em mais de uma ocasião.

Gostaria que pudesses esclarecer os nossos ouvintes sobre a leitura destes números.

Ricardo Napurí (RN): Os números são reais, o que não quer dizer que a análise política seja correcta, porque o que Jorge Castro faz é econometria uma vez que mede a realidade de um país apenas através do crescimento económico.

O Peru é talvez o terceiro mais importante país mineiro do mundo. 80% das suas exportações são de minerais, alguns de ponta como o cobre, a prata e o ouro. A produção mineira é muito diversificada. Isso é totalmente certo. O que não menciona é que na concepção liberal estes investimentos milionários não produzem nenhuma multiplicação. A exploração mineira é feita a céu aberto, quer dizer, não é de tunelização, faz-se com pouca gente e a deterioração da natureza é muito grande.

Por detrás destes números de crescimento há uma depredação humana e da Natureza

MH: Tema de que falas com o conhecimento que te dá teres sido mineiro na tua juventude.

RN: Não só fui minero como também organizador no sul do país, através da mina de Cuajone, de um movimento de resistência contra o acordo que o governo militar tinha realizado com uma empresa multinacional para fazer uma exploração estratégica da zona.

Na zona de Moquegua foi tudo destruído. A água secou, a agricultura desapareceu, de tal maneira que a luta ecologista no Peru é muito antiga. Agora em Conga, tema que abordaste em varias oportunidades, os nativos estão protestando, e inclusivamente as entidades regionais, porque o investimento é mineiro mas o que não dizem é que atrás dele vem a desolação.

No Peru não existem regulamentos no sentido de exigir determinadas condições técnicas, de tal forma que as companhias mineras vêm para depredar. O Peru é visto como uma zona de depredação da natureza pelas mineiras que retiram disso altos rendimentos.

Há 30 mortos por resistência à mineração e cerca de 60 feridos graves nos 3 ou 4 confrontos que se verificaram em defesa do meio ambiente. Essa é a realidade.

Tão pouco se diz, porque não interessa às classes dirigentes, que no Peru 60% das pessoas são pobres. Esses 10 anos de crescimento de 8/9% do PIB e o investimento mineiro não tiveram efeito multiplicador nem produziram bem-estar social. Há 20 anos que não aumentam as reformas. O salario no fundamental não se alterou e é a quarta parte do valor calculado do cabaz familiar. Dos 60% de pobres, metade vive abaixo da linha de pobreza. A sua situação não variou um milímetro e devemos ter em conta que o governo actual ergueu como bandeira, proclamando-se nacionalista, chavista, nos primeiros momentos da sua gestão política, a luta contra o neoliberalismo e a exploração mineira de tipo genocida. Também ergueu outras bandeiras reformistas importantes mas, ¿por que será que estes governos ou personagens que têm consciência da depredação que produz o investimento mineiro abandonam esses princípios para capitular perante as companhias?

Em outras entrevistas que me fizeste disse-te que Ollanta Humala assentava praticamente todo o seu programa de governo numa política assistencialista fundamentada na ideia de resgatar entre 3000/5000 milhões de dólares das companhias mineras pelos contratos de carácter depredador assinados pelos seus antecessores, Fujimori e Alan Garcia. Comprometeu-se a obter esse dinheiro e disso dependia grande parte da sua gestão de governo assistencialista. Chegado à presidência, as transnacionais puseram-no em sentido e disseram-lhe que não havia garantia nenhuma de que os preços não baixassem, que o mais importante era manter o Peru como país mineiro e que o investimento mineiro não podia ser rejeitado, e então Ollanta capitulou converteu-se num governo que de um proclamado nacionalismo passou a uma posição de direita, alinhando-se com os governos do Chile, Colômbia, Panamá e México na Frente do Pacífico com os EUA, e abandonando o seu programa eleitoral.

As análises económicas não podem ser feitas fora da realidade social e política de um país, muito mais se é andino e mineiro como o Peru, e daí há que perguntar se a mineração é ou não favorável às grandes maiorias populares.

A classe media cresceu de forma exponencial porque beneficiou, tal como na Argentina e em outros países, do boom económico, mineiro no caso do Peru, mas os sectores excluídos estão mais pobres e marginalizados do que nunca. Mas a eles a realidade social não lhes interessa, apenas o crescimento económico, por isso temos que alertar que detrás dos números que colocam o Peru como um país de ponta no crescimento, seguramente garantido por muitos anos, há uma depredação humana e da natureza de tal magnitude que a resistência popular já é muito forte e tudo anuncia uma maior radicalização face à exclusão das grandes maiorias populares de qualquer projecto de bem-estar.

Ollanta Humala e Keiko Fujimori são dois personagens estranhos à política

MH: Estava a ler que no que diz respeito às futuras eleições de 2016, e embora me pareça um pouco prematuro, as duas personalidades que encabeçam as sondagens são mulheres: Keiko Fujimori e a esposa de Ollanta Humala, Nadine Heredia.

RN: Ollanta não pode ser reeleito e prepara a sua mulher para que lhe suceda, assessorada por Favre, um analista político, irmão do argentino Jorge Altamira, que trabalha para o Brasil, preparando-a pacientemente para que seja una espécie de nova Evita ou Cristina na realidade peruana, a fim de poder derrotar Keiko Fujimori, que surpreendentemente tem uns 25% de votos cativos. O seu pai fez um governo depredador, assassino e entreguista mas ocupou-se muito bem de fazer um populismo que, num país miserável como o Peru onde as pessoas não têm nada, se lhes dás um pouco de água, comida e alguma coisita mais é uma novidade. Ele fê-lo e por isso a sua filha tem uns 25% de votos cativos, sobretudo em Lima.

Ollanta Humala trata de construir a figura da sua esposa para lhe ganhar. O pano de fundo é a realidade peruana, a crise política brutal, social, o retrocesso das esquerdas, depois da derrota de Sendero Luminoso e da esquerda institucional parlamentar, que determinou o aparecimento personagens como Humala, um obscuro major do exército inclusivamente suspeito de crimes de lesa humanidade, ou de Keiko, que é a filha de um presidente corrupto e assassino, que se chegam à frente e são votados. No caso de Keiko porque pode apoiar-se nos votos cativos do seu pai e no de Ollanta porque prometeu aos pobres e às províncias uma posição nacionalista e de resgate da soberania do povo em matéria dos direitos fundamentais. Estes dois personagens são estranhos do ponto de vista do que poderia ser uma análise culta da política, mas são a expressão da realidade presente.

No Peru houve uma derrota histórica importante depois do grande ascenso de massas dos anos‘70/80, que permitiu que se instalem estes personagens. Tudo indica que os de baixo não têm muitas opções e se apoiam em quem lhes prometa algo. O resto dos candidatos são oligarcas confessos e terríveis. Há um divórcio entre a consciência popular mínima e esses liberais de ultradireita, por isso apoiam-se nestes dois personagens que fazem populismo, como lhe chamam agora, demagogia, e lhes prometem o maná do céu a fim de capturar os seus votos. Por isso estamos presenciando a possibilidade da disputa entre estes dois candidatos. O problema da esposa de Ollanta é que a Constituição não lhe permite candidatar-se por ser parente do actual presidente, por isso movimentam-se no sentido de um pacto político com o APRA e o fujimorismo para modificar a Constituição e poder ser candidata.

Esse é outro capítulo da obscuridade da vida política do país que se tornou, como em outros casos em América Latina, numa ética política de baixo estofo por via da qual um pacto permitiría a reforma constitucional para que a mulher de Ollanta possa aspirar à presidência.

Ollanta está a calcular com lápis e papel fino o momento para indultar Fujimori

MH: ¿Seria moeda de troca o indulto a Fujimori?

RN: Naturalmente, é garantido. Tentaram-no várias vezes, o que acontece é que estão a negociar o momento e o calendário para não pagar um custo político muito alto. Têm que o fazer no momento oportuno, e estão a calculá-lo com lápis e papel fino, mas para os analistas políticos está perfeitamente determinado que estes acordos já existem sobretudo no Parlamento e que culminariam no momento de definir a reforma constitucional.

Seria um indulto sem sanções para que Fujimori tenha a possibilidade de participar na contenda política, ele que é um ladrão, assassino e genocida. Voltaria como já o fez Banzer na Bolívia, que de ditador passou a ser presidente por via democrática.

Bachelet foi una administradora da herança pinochetista

MH: É indubitável que nos últimos tempos a América Latina, a partir dos seus governos progressistas, populistas ou neo-desenvolvimentistas, tem estado na vanguarda política mundial. Entretanto, começa a haver certas turbulências, uma zona perigosa onde poderia desperdiçar-se uma vez mais esta situação favorável que se tem configurado nos últimos anos. ¿Qual é a tua opinião a esse respeito?

RN: A tua pregunta é boa porque há uma tendência para aceitar da realidade só o que nos é mais conveniente. Todo o mundo repete “governos progressistas” como papagaios, mas não clarificam que problemas enfrentam estes governos numa realidade em evolução e qual é o futuro.

Por exemplo, dizem que Bachelet pode ser presidente, mas já o foi, reprimiu os estudantes e foi uma administradora da herança pinochetista, nunca se integrou no Mercosul e o Chile continuou a pertencer ao Bloco do Pacífico. Não há nada de progressivo, a não ser que fizesse uma mudança revolucionária se viesse a ser novamente presidente.

Na Argentina não se sabe o que pode ocorrer porque a direita está muito activa. No Uruguai, Pepe Mujica e o Frente Amplio administraram sem mudar pouco mais do que um tímido assistencialismo e a direita pode voltar ao poder. Evo Morales está sempre em cheque face à possibilidade de golpes diversos e à própria limitação de um país interior. No Equador a figura nacionalista de Correa não pode sair da dolarização da economia que se baseava na venda de petróleo e nas remessas do exterior que eram a segunda fonte de rendimentos. Em consequência da crise europeia as remessas praticamente desapareceram e o petróleo não é garantia, por isso está procurando desesperadamente investimento mineiro, mas já se deparou com a resistência dos defensores do meio ambiente e os movimentos sociais questionam-no.

Todos estes governos têm problemas no quadro de uma realidade económica em que quase todos os analistas coincidem em considerar que a crise mundial vai durar ainda por muito tempo. Não há para nenhuma economia a garantia de um período de crescimento. Nesse quadro os problemas nacionais vão ser múltiplos. Não podemos analisar estes governos progressistas fora do contexto da realidade mundial e das relações de classe porque se vão deparar com resistências dos de abaixo porque em casos como os de Peru ou do Chile a repartição da riqueza é totalmente desigual. Vão a ser uma sandwich entre a pressão da direita, os mercados e o imperialismo e os sectores populares. Não há nenhuma garantia de que estes governos possam manter-se.

O caso da Venezuela é notável porque tem mantido com uma política de reformas avançadas mas é um país que recebeu 70.000 milhões de dólares pelo petróleo. Também a sua economia depende dos jogos do mercado mundial. Se há uma baixa nos preços isso vai repercutir-se internamente.

O outro facto, que custou praticamente a vida a Chávez, foi ganhar uma eleição, porque a direita tem quase a metade de los votos, ou seja que por essa via da reacção democrática, na medida em que estes governos reformistas não mudam as instituições, podem recapturar democraticamente o poder, tal como o perdeu Daniel Ortega na Nicarágua às mãos de Violeta Chamorro em outra ocasião.

Não há que pormo-nos todos contentes dizendo ¡que lindo que há governos progressistas que fazem frente aos liberais! Há sim que ter em conta que a realidade complexa do mundo indica que vêm aí momentos graves e que há que analisar que futuro têm e se serão ou não capazes satisfazer as reivindicações populares cada vez mais urgentes num mundo capitalista em derrocada.

La Haine

sábado, 20 de abril de 2013

EUA: PRESERVATIVOS COMO PROVA DE PROSTITUIÇÃO


EE. UU.: Prácticas policiales fomentan epidemia de VIH entre trabajadores sexuales

La confiscación de preservativos para sustentar cargos de prostitución reduce su uso entre grupos de alto riesgo

(Washington, DC) – Los policías de Nueva York, Los Ángeles, Washington, DC y San Francisco están confiscando preservativos de trabajadores sexuales y mujeres transgénero, lo que menoscaba las campañas del Departamento de Salud para reducir el contagio del virus de la inmunodeficiencia humana (VIH), Human Rights Watch señaló en un informe publicado hoy.

El informe de 112 páginas, “Sex Workers at Risk: Condoms as Evidence of Prostitution in Four US Cities” (Trabajadores sexuales en riesgo: Los preservativos como prueba de prostitución en cuatro ciudades de Estados Unidos), documenta cómo, en cada una de estas ciudades, la policía y los fiscales usan los condones para sustentar cargos de prostitución. La práctica hace que los trabajadores sexuales y las mujeres transgénero tengan reticencia a llevar consigo preservativos por temor al arresto, provoca que practiquen el sexo sin protección y los expone al riesgo de contraer el VIH y otras enfermedades de transmisión sexual. El informe se publicó con vistas a la XIX Conferencia Internacional sobre el Sida, que se celebrará en Washington, DC a partir del 22 de julio de 2012. La respuesta estadounidense a la epidemia centrará la atención de los 20,000 delegados procedentes de todas partes del mundo. Las cuatro ciudades investigadas son algunas de las más afectadas en Estados Unidos, con más de 200,000 residentes con VIH.

“En cada ciudad, trabajadores sexuales nos preguntaron cuántos preservativos podían llevar legalmente”, dijo Megan McLemore, investigadora sénior sobre salud de Human Rights Watch. “En Los Ángeles, una mujer nos dijo que tenía miedo de llevar preservativos y a veces tenía que usar en su lugar una bolsa de plástico con clientes para intentar protegerse del VIH”.

Human Rights Watch entrevistó a más de 300 personas para el informe, entre ellas 200 trabajadores y ex trabajadores sexuales, así como trabajadores comunitarios, activistas, fiscales, abogados de oficio, policías y funcionarios del Departamento de Salud.

El informe incluye testimonios de trabajadores sexuales y mujeres transgénero que dijeron que la policía los hostiga, amenaza y detiene por llevar preservativos. En Nueva York, Los Ángeles y San Francisco, los fiscales introducen los condones como pruebas en los juicios, y piden a los tribunales que los consideren un indicio de actividad criminal. En el caso de los inmigrantes, el arresto por ejercer la prostitución puede conllevar la detención o la expulsión de Estados Unidos. Algunas mujeres dijeron a Human Rights Watch que seguían llevando preservativos a pesar de las posibles duras consecuencias, pero muchas no los llevaban.

Una trabajadora sexual de Washington, DC dijo: “La policía siempre pregunta: ‘¿por qué tienes tanto condones?’ Por eso nadie anda con muchos condones”.

Nueva York, Los Ángeles, Washington, DC y San Francisco han registrado altos niveles de VIH entre los trabajadores sexuales y las mujeres transgénero, y han otorgado una gran prioridad a la prevención del VIH entre estos grupos. El Gobierno de Estados Unidos aporta millones de dólares a cada una de estas ciudades para la prevención del VIH entre grupos de alto riesgo, como las trabajadoras sexuales y las mujeres transgénero. Sin embargo, las trabajadoras sexuales dijeron a Human Rights Watch que rechazaron ofrecimientos de preservativos de trabajadores comunitarios.

“En estas ciudades se entregaron 50 millones de preservativos el año pasado”, dijo McLemore. “Sin embargo, la policía se los está quitando de las manos a quienes más los necesitan”.
La policía y los fiscales defendieron el uso de preservativos como prueba, y dijeron que la práctica era necesaria para aplicar las leyes contra la prostitución y que los condones son una herramienta para poder obtener condenas contra las prostitutas, sus clientes y los que participan en la trata de personas con fines sexuales.

Sin embargo, las iniciativas de aplicación de la ley no deben interferir con el derecho de todas las personas, incluidas las trabajadoras del sexo, a proteger su salud, señaló Human Rights Watch. Los gobiernos estatales o municipales deben prohibir el uso de preservativos como evidencia de prostitución. Recientemente, un proyecto de ley que proponía esta prohibición no fue aprobado por la Asamblea Legislativa del Estado de Nueva York.

La prohibición del uso de ciertos tipos de pruebas en los procedimientos penales no es inusual cuando existen distintos intereses públicos. Por ejemplo, en cada una de las ciudades que se analizan en el informe, los consumidores de drogas tienen acceso a jeringuillas limpias para reducir el contagio de VIH y hepatitis C; y las fuerzas policiales municipales y los funcionarios de salud pública colaboran para garantizar que estos programas puedan atender a los que corren más riesgo. En los 50 estados, las leyes de protección en caso de violación prohíben el uso de la historia sexual de una víctima en el juicio, incluso cuando tenga valor probatorio en ciertos casos, porque el daño que puede producir generalmente la admisión de dicha prueba es sencillamente demasiado grande.

“En los sistemas jurídicos de todo el mundo se excluyen pruebas porque se consideran que pueden ser más perjudiciales que beneficiosas”, dijo McLemore. “La eliminación del contagio del VIH es una prioridad nacional y para ello es esencial garantizar que los que corren mayor riesgo tengan acceso a preservativos”.

Human Rights Watch observó que las paradas y los registros policiales en busca de condones suelen ser en función de criterios selectivos: escogiendo a los sospechosos según su apariencia, la ropa que llevan o dónde se encuentran, en lugar de la constatación de alguna actividad ilegal.

En Nueva York, Washington, DC y Los Ángeles, muchas personas, especialmente los miembros de la comunidad transgénero, contaron a Human Rights Watch que los habían interceptado y registrado en busca de condones cuando iba de casa a la escuela, iban a comprar comida o esperaban el autobús. Las amplias leyes sobre el merodeo de estas ciudades promueven la aplicación de criterios selectivos y la discriminación, y deben reformarse o anularse, señaló Human Rights Watch.

Las trabajadoras sexuales de Nueva York, Washington, DC y Los Ángeles también describieron la conducta abusiva e ilegal de la policía. En ocasiones, la policía trató a las mujeres transgénero con insulto vulgares, burlas y falta de respeto. Las mujeres transgénero dijeron que la policía las había “desfigurado” quitándole las pelucas y otras prendas —en un caso arrojaron a una mujer transgénero al suelo y la pisotearon. En Nueva York y Los Ángeles, las mujeres denunciaron que algunos policías les habían exigido practicar sexo con ellos a cambio de retirarles los cargos.

Muy pocas de estas mujeres presentaron denuncias, tanto por miedo a nuevos abusos como por no tener fe en que la policía fuera a responder con imparcialidad e integridad. El Departamento de Justicia de Estados Unidos debe investigar el trato policial a las trabajadoras sexuales y las personas transgénero en Nueva York, Los Ángeles y Washington, DC, señaló Human Rights Watch.

En el informe también se insta a los dirigentes locales, estatales y federales a que pongan fin al uso de los condones como prueba de prostitución. El gobierno de Obama ha subrayado la necesidad de reducir el VIH entre las mujeres y las niñas, un objetivo que sigue fuera del alcance de muchas trabajadoras del sexo y mujeres transgénero.

“La Conferencia sobre el Sida es una oportunidad perfecta para que Washington, DC y otras ciudades anuncien su intención de poner fin al uso de los preservativos como prueba de prostitución”, dijo McLemore. “La criminalización de la prevención del VIH socava los derechos humanos y pone en riesgo la salud pública”.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

ARÁBIA SAUDITA: BARBÁRIES DESCONSIDERADAS

Enquanto a Arábia Saudita, que discrimina mulheres e fuzila crianças que praticam delitos, é a queridinha do Ocidente, o Irã, que abriga o maior número de refugiados do mundo, e que desde 1979 adota uma posição de independência contra as potências imperialistas Soviética (hoje Rússia) e Estados Unidos, é tido como vilão e componente do eixo do Mal, como dizia Bush II. Dois pesos e duas medidas. Essa é a geopolítica que domina o quadro mundial.

Veja esta interessante matéria sobre a Arábia Saudita no site Rebelión.Org. Abaixo você terá a introdução. O texto, na íntegra, está na página http://www.rebelion.org/noticia.php?id=165073 (é de autoria de Olga Rodriguez e foi publicado originalmente em El Diário)

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Lecciones de democracia

Arabia Saudí es un gran aliado de la comunidad occidental, con el que Estados Unidos coopera en operaciones militares en Yemen y al que ha vendido el mayor paquete de armas de la historia. España también mantiene excelentes relaciones políticas y comerciales con Arabia Saudí. Poco importa su amplio historial de represión y de violaciones de derechos humanos.

(...) Arabia Saudí mantiene en pie la pena de muerte para siete personas acusadas de haber cometido robos siendo aún menores de edad. Si nada lo impide, serán fusilados, y uno, el presunto líder de la banda, será crucificado. Amnistía Internacional ha lanzado una campaña para intentar paralizar las condenas, que teme se ejecuten en cualquier momento.

Este tipo de castigos no es un hecho aislado. La monarquía absolutista saudí se caracteriza por gobernar con mano dura y mantener castigos propios de la época medieval para asegurar su control e imponer sus intereses dentro y fuera del país.

De hecho, este mismo fin de semana otros dos activistas defensores de los derechos humanos han sido condenados a diez años de prisión, acusados de sedición y de ofrecer a medios de comunicación extranjeros información incorrecta.

La represión dentro

En 2011, con el estallido de las revueltas árabes, las autoridades saudíes no dudaron en reprimir un pequeño conato de rebelión en el sur del país, donde se concentra la población chií y donde se encuentran los mayores yacimientos petrolíferos de la nación. Desde entonces ha intensificado la represión de los activistas defensores de los derechos humanos.

En Arabia Saudí los tribunales imponen penas corporales, como pueden ser la amputación de las manos o los pies en caso de robo y el azote como castigo por determinadas prácticas sexuales. El número de latigazos lo establece la corte y varía entre docenas y hasta miles, aplicados en periodos de semanas o meses.

No hay libertad de expresión, ni de reunión o asociación. Las leyes discriminan a las mujeres, que carecen de los derechos más básicos y a las que se les prohíbe hasta conducir. Una policía religiosa vigila sus vestimentas y castiga manifestaciones religiosas no musulmanas.

(continua - http://www.rebelion.org/noticia.php?id=165073)

quinta-feira, 18 de abril de 2013

OS EUA COMBATEM A SUPOSTA AMEAÇA DA TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

Desde a segunda guerra contra o Iraque eu já afirmava que os Estados Unidos se voltariam contra os movimentos populares e as associações civis que lutassem pelos direitos sociais. Passados 11 anos, aí está. A Igreja Católica, a de esquerda, a que defende a Teologia da Libertação, é considerada ameaça pelo governo estadunidense. Mas não só ela. Leia o texto em espanhol, do site Rebelión.

EE.UU. sigue combatiendo la “amenaza” de la Teología de la Liberación




CounterPunch
Daniel Kovalik


El 15 de septiembre de 2011, escribí al Reverendo Monseñor Kuriakose Bharanikulangara, Primer Consejero de la Misión Permanente Observadora de la Santa Sede en las Naciones Unidas. En esa carta, instigada por el asesinato del septuagésimo noveno sacerdote en Colombia desde 1984, expresé mi preocupación por los continuos asesinatos de sacerdotes católicos y de otros religiosos en el país. Hice valer mi opinión “de que este ataque contra la Iglesia en Colombia es una política estatal, tanto de Colombia como de EE.UU., que apoya a los militares con miles de millones de dólares de ayuda y que considera que los movimientos organizados por la justicia social en Latinoamérica constituyen un amenaza para su dominación económica de la región. No soy el único que sostiene esta opinión ya que otros sacerdotes en Colombia, notablemente el Padre Javier Giraldo, S.J., han expresado este punto de vista durante muchos años”.

Envié una copia de dicha carta al Padre Giraldo y me respondió con una breve nota en la que simplemente me agradeció la carta y declaró: “Su interpretación de lo que pienso es correcta”. En cuanto a la Santa Sede, nunca respondió a mi carta, presumiblemente porque no comparte mi preocupación por esos sacerdotes.

Otra persona que ha hablado y ha escrito de este tema es Noam Chomsky, amigo y partidario del Padre Giraldo. En respuesta a mi último artículo sobre el continuo ataque a la Iglesia en Colombia, el profesor Chomsky me escribió: “Pocos son conscientes de la guerra que EE.UU. libró contra la Iglesia después de la herejía del Vaticano II, buscando devolver la Iglesia a los Evangelios por primera vez desde el Emperador Constantino. Probablemente sabe que escribo sobre este asunto desde hace mucho tiempo. Para oídos sordos, sobre todo”. ¡Qué pena! Fue un vídeo de una conferencia de Chomsky en 2009 lo que realmente me despertó a la realidad de esa guerra y su verdadera naturaleza.

De esa manera, en diciembre de 2009, el profesor Noam Chomsky pronunció un fascinante discurso en la Universidad Columbia que resumía sucesos conocidos por pocas personas en el mundo desarrollado: En 1962 el Papa Juan XXIII, a través del Concilio Vaticano II, intentó reclamar las tempranas raíces de la Iglesia; la Iglesia de los primeros 300 años cuando fue la “Iglesia perseguida”, la Iglesia de los mártires. La naturaleza de la Iglesia había cambiado con la declaración en 324 d.C. de que la Iglesia Católica sería la Iglesia oficial del Imperio Romano, convirtiéndola en la “Iglesia perseguidora”, con las Cruzadas, la Inquisición española y la complicidad con el nazismo entre los numerosos crímenes que resultaron de esto.

Con el Concilio Vaticano II de 1962, la Iglesia en todo el mundo comenzó a revalorizarse. En Latinoamérica, esto tomó la forma de la “Teología de la Liberación”, una filosofía que propugnó un “tratamiento preferencial para los pobres” y que llamó al apoyo activo para los movimientos de justicia social por cuenta de los trabajadores, los campesinos sin tierras y los pueblos indígenas y la oposición activa a los regímenes militares y a la dominación corporativa.

Esta filosofía, que combinó el cristianismo con el marxismo, se formuló por primera vez en una reunión de teólogos latinoamericano encabezada por Gustavo Gutiérrez, en Río de Janeiro, Brasil, en 1964. Brasil se convirtió en la zona cero del nuevo movimiento y las “comunidades de base” cristianas dedicadas a la Teología de la Liberación comenzaron a aparecer en ese país y a extenderse por toda Latinoamérica y se celebraron reuniones teológicas para desarrollar la Teología de la Liberación en La Habana, Cuba; Bogotá, Colombia y Cuernavaca, México, en junio y julio de 1965.

Como explica Noam Chomsky, EE.UU., no satisfecho con cruzarse de brazos y contemplar cómo arraigaba una teología abiertamente marxista en Latinoamérica –una teología que amenazaba la dominación económica y militar estadounidense en la región– actuó rápidamente para eliminar mediante la violencia ese movimiento emergente. Por su parte el Vaticano, después de la muerte de Juan XXIII, también actuó para eliminarla mediante la censura, la remoción e incluso la exclusión de sacerdotes y obispos de la Liberación.

El primer golpe contra la Teología de la Liberación por parte de EE.UU., relata Chomsky, tuvo lugar en su cuna, Brasil. Por lo tanto, en 1964, EE.UU. patrocinó el derrocamiento del presidente democráticamente elegido de Brasil, Joao Goulart, estableciendo una dictadura militar que gobernó hasta 1985 y que, gracias a la continua ayuda militar de EE.UU., atacó violentamente a los sacerdotes de la Liberación, comunidades religiosas y de base, removiendo así el nuevo movimiento radical teológico en sus raíces.

EE.UU. siguió realizando operaciones militares activas para eliminar la Teología de la Liberación, dejando una terrible estela de cadáveres de sacerdotes, hermanos y hermanas, e incluso el del Arzobispo de San Salvador, Óscar Romero. Teniendo en cuenta todo lo dicho, más de 100 religiosos fueron asesinados en Latinoamérica entre 1964 y 1985, y el derramamiento de sangre no había terminado.

Como subraya Chomsky, incluso después de la caída del Muro de Berlín en 1989, que marcó el final oficial de la Guerra Fría, EE.UU. prosiguió su ataque a la Iglesia de la Teología de la Liberación. El caso más tristemente célebre fue su apoyo al asesinato por los militares de 6 sacerdotes jesuitas, junto con su ama de llaves y su hijo, en noviembre de 1989. Como sabemos gracias al informe de la Comisión de la Verdad de las Naciones Unidas de 1993, los autores intelectuales del asesinato de esos jesuitas fueron el coronel Inocente Orlando Montano Morales y el coronel René Emilio Ponce, ambos graduados de la Escuela de las Américas (SOA) de EE.UU., en Fort Benning, Georgia. Y esto corresponde a la norma, porque como señala Jack Nelson-Pallmeyer en su libro, School for Assassins (Orbis Books, 1999), en un 75% de los ejercicios de entrenamiento en la SOA, el sacerdote u otro personaje religioso (usualmente representado por un capellán del ejército de EE.UU.) terminaba muerto o herido.

Cables de Wikileaks

Recientemente, sentí que debía hacer una investigación en Wikileaks de la “Teología de la Liberación” para ver qué podría revelarse respecto a la actual posición de EE.UU. hacia esa filosofía y los individuos que viven según ella. En total la búsqueda sacó a la luz 31 cables que tenían que ver con numerosos países, incluidos El Salvador, Cuba, Ecuador, Paraguay, Corea del Sur, las Filipinas, Haití, Brasil, Venezuela, Líbano y el propio Vaticano. Esos cables revelaron la continua obsesión del Departamento de Estado de EE.UU. con la Teología de la Liberación y la hostilidad compartida de EE.UU. y el Vaticano hacia esa doctrina.

Por ejemplo, la embajada de EE.UU. en el Vaticano –en un cable titulado “Socios por el Progreso", en un trabajo con las Agencias de Desarrollo del Vaticano y fechado 24 de enero de 2003, dejaba claro que EE.UU. y el Vaticano estaban en plena sintonía cuando se trata de su oposición a la Teología de la Liberación y su desafío a las injustas estructuras del mercado que perpetúan la pobreza (1). Por lo tanto, la embajada declara:

La propia Santa Sede parece haber hecho un cambio filosófico en los últimos años respecto a su enfoque hacia el desarrollo. Mientras muchas declaraciones de postura oficial todavía incluyen más de un indicio de mensaje de desarrollo en los días maravillosos de la Teología de la Liberación y la teoría internacional de desarrollo de finales de los años 60, declaraciones recientes –en la cumbre de Johannesburgo por el desarrollo sostenible, por ejemplo– reflejan una posición más cercana a la del USG [gobierno de EE.UU.]. Se pide a los receptores de ayuda al desarrollo que se conviertan en protagonistas y socios de su propio desarrollo. Conceptos como transparencia, buen gobierno, rendición de cuentas y liberalización del mercado ahora suministran un contrapeso al achacar la culpa de los males del mundo a “estructuras injustas” o “capitalismo desenfrenado”. El Papa ha reforzado esos conceptos en recientes mensajes y declaraciones, lo que sugiere que la nueva perspectiva se filtrará de los dicasterios a las agencias de desarrollo para conformar sus políticas y estrategias. En vista de la importancia de la voz del Vaticano en todo el mundo en desarrollo, la Embajada cree que las agencias de desarrollo del USG deben tratar de ampliar los contactos con la Santa Sede para aumentar el apoyo a nuestras políticas e iniciativas de desarrollo y desarrollar sinergias con las numerosas agencias de desarrollo relacionadas con el Vaticano. Fin del comentario.

En un cable de la embajada del 6 de mayo de 2007 relacionado con la visita del Papa Benedicto XVI a Brasil, la embajada de EE.UU. en ese país discute extensivamente el tema (2). Por ejemplo, bajo el encabezamiento “La ‘amenaza’ de la Teología de la Liberación”, la embajada escribe:

Otro importante problema contextual de la visita es el desafío a la Iglesia tradicional representado por la Teología de la Liberación. El Papa Juan Pablo (con la ayuda del actual Papa cuando era el Cardenal Ratzinger, hizo grandes esfuerzos para acabar con este análisis marxista de la lucha de clases. Había llegado a ser promovido por una cantidad significativos de clérigos y gente común católica, quienes en un compromiso político aprobaban a veces la violencia “por cuenta del pueblo”. La forma más ortodoxa de la Teología de la Liberación que se ponía de parte de los pobres y oprimidos había experimentado una lectura reduccionista que el Vaticano quería corregir. En gran medida, el Papa Juan Pablo II desanimó la “Teología de la Liberación”, pero en los últimos años ésta ha presenciado un resurgimiento en diversas partes de Latinoamérica.

Este mismo cable apunta sin querer a los resultados del ataque de EE.UU. y el Vaticano contra esta filosofía, la continuación de la mala distribución de la riqueza en Latinoamérica. Por lo tanto, en este cable, la embajada explica que en una conferencia de prensa después de la visita papal a Brasil, “los obispos se quejaron de la ‘injusta distribución de la riqueza y de las profundas diferencias en la distribución de los recursos’ en su región. Preguntaron cómo podía ocurrir esto si la mayoría de los presidentes, empresarios y profesionales de Latinoamérica afirman que son católicos”.

Desde luego, esta pregunta se responde por sí misma. El continuo estado de cosas injusto en Latinoamérica se debe en gran parte a las propias acciones del Vaticano, con ayuda de las fuerzas represivas de EE.UU. en la promoción de una variedad de catolicismo que permite que los ricos y poderosos de Latinoamérica se sientan bien con su riqueza, es decir, que crean que tienen más posibilidades de entrar en el Reino de los cielos que un camello pase por el ojo de una aguja, como advirtió Jesús, y de “acabar con” los teólogos de la liberación que emprendían pasos activos en el mundo real para cuestionar el injusto control de los ricos y poderosos sobre los recursos y la tierra de sus naciones. En resumen, la continuación de la injusticia, de una manera natural, previsible e intencional, es el resultado de las acciones del Vaticano y de EE.UU.

La Embajada de EE.UU. en el Vaticano, en un cable del 14 de enero de 2008, analiza los puntos de vista del Papa Benedicto sobre una serie de temas, incluso respecto a varios países latinoamericanos (3). Hay que subrayar que la embajada reconoce que “Para la Santa Sede, los católicos en Cuba gozan de un cierto nivel de libertad religiosa”. Citando a un miembro de un movimiento laico internacional en Roma, la embajada señala que “las relaciones entre la Iglesia y el gobierno cubano no eran ‘estupendas, pero tampoco malas’” (Por cierto, hay que destacar que el clero católico en Cuba nunca ha sufrido el tipo de violencia infligido al clero en Estados clientes de EE.UU. en la región.)

A la luz de su propia obsesión por el tema, la embajada continúa expresándose largo y tendido sobre los puntos de vista del Papa sobre la Teología de la Liberación:

También importante –e inquietante– para la Santa Sede es la resiliencia de la Teología de la Liberación latinoamericana. Durante su tiempo como poderoso Prefecto de la Congregación para la Doctrina de la Fe en los años ochenta y noventa, el Cardenal Joseph Ratzinger se opuso a la Teología de la Liberación por su abierta simpatía hacia los movimientos revolucionarios. Algunos seguidores de la Teología –incluidos antiguos clérigos– ocupan ahora destacadas posiciones políticas en países como Bolivia y Paraguay, un fenómeno que un comentarista ha descrito como la reencarnación secular de la Teología de la Liberación. Para la Santa Sede, el Magisterio de la Iglesia (las doctrinas de la Iglesia Católica) sobre temas sociales ya defiende con fuerza los derechos de los desamparados. Esta defensa, frecuentemente descrita como la “opción preferencial por los pobres” de la Iglesia, no debería incluir que los clérigos asuman posiciones gubernamentales de alto nivel o se presenten como candidatos. Al llamar a una reducción de las tensiones interiores en Latinoamérica, la Santa Sede espera impedir un clima fértil para que los clérigos activistas, progresistas, se unifiquen con gobiernos populistas, autoritarios.

En un cable del 27 de septiembre de 2005 procedente de la Embajada de EE.UU. en San Salvador, titulado “El Salvador: La influencia en decadencia de la Iglesia Católica Romana”, EE.UU. presenta un interesado, aunque inadvertidamente revelador, análisis de lo que ha ocurrido en ese país en las últimas décadas (4). La embajada señala que:

En 1977 el ex Arzobispo Óscar Arnulfo Romero adoptó una posición explícita a favor de la “Teología de la Liberación” que enajenó a muchos de los miembros más influyentes de la iglesia. El Arzobispo Arturo Rivera y Damas siguió el ejemplo de Romero durante su mandato entre 1983 y 1994. Con la elección de Fernando Sáenz Lacalle como Arzobispo de San Salvador en 1995, la Iglesia Católica entró a una nueva era en la cual retiró su apoyo a la Teología de la Liberación; Sáenz Lacalle renovó el énfasis en la salvación individual y la moralidad. Sin embargo sigue subyaciendo una división en la Iglesia Católica salvadoreña respecto a temas políticos semejantes.

La embajada explica posteriormente que, con su retirada de la Teología de la Liberación, “la Iglesia Católica salvadoreña ha sido efectivamente ‘re-romanizada’…”

Como sucede tan a menudo, lo que no se dice en el pasaje mencionado es lo más revelador. La embajada se refiere a Óscar Romero como “ex Arzobispo” que apoyó la Teología de la Liberación. Por cierto, como todos sabemos, en realidad Óscar Romero murió, más fuerte aún, fue asesinado por las fuerzas entrenadas, financiadas y armadas por EE.UU. mientras oficiaba la Santa Misa. La embajada, para evitar la mención de esos hechos inconvenientes, simplemente lo convierte en “ex Arzobispo”, como si simplemente se hubiera jubilado. Y, lo que no se menciona es que fue el asesinato de gente de buen corazón como el Arzobispo Romero lo que condujo a la “re-romanización” de la Iglesia, una expresión de doble sentido, ya que puede significar apropiadamente que la Iglesia vuelve a estar en línea con el Vaticano de Roma (el significado deseado), o que ha vuelto a la posición favorable al Imperio que la Iglesia ha mantenido (con una interrupción limitada después del Concilio Vaticano II de 1962) desde el año 324 d.C. En otras palabras, misión cumplida tanto para el Vaticano como para EE.UU.

Avanzamos unos años hasta el 27 de febrero de 2009 y la Embajada de EE.UU. en San Salvador vuelve a retorcerse las manos sobre un nuevo y “más explícito Arzobispo” del que la embajada sospecha que simpatiza con la Teología de la Liberación (5). Por ello, el cable contiene toda una sección sobre el nuevo Arzobispo que dice: “SIMPATIZA PERO NO ESTÁ COMPROMETIDO CON LA TEOLOGÍA DE LA LIBERACIÓN”. Como explica la embajada, “las declaraciones públicas del [Arzobispo] Escobar sugieren que podría tener puntos de vista cercanos a la Teología de la Liberación, un movimiento de la Iglesia Católica que pone el acento en la liberación de los pobres y oprimidos y que condujo a algunos adherirse y a apoyar la actividad revolucionaria en Latinoamérica, incluyendo la insurgencia del FMLN (1980-1992)”, una insurgencia a la que por supuesto EE.UU. se opuso vigorosamente a través de su apoyo a las fuerzas militares represivas en El Salvador, las cuales aplastaron a la insurgencia y mataron a decenas de miles de civiles inocentes.

Como explica este cable, algunas declaraciones del Arzobispo Escobar que llevan a EE.UU. a sospechar de su simpatía por la Teología de la Liberación son sus pronunciamientos contra operaciones mineras en El Salvador, incluyendo la actividad minera de Pacific Rim, una “compañía canadiense con inversionistas estadounidenses”, explica el cable. El cable explica que también revela sus simpatías por la Teología de la Liberación el hecho de que “en su primera homilía, Escobar afirmó que quiere estar con los débiles y pobres porque es el deber de la Iglesia y pidió que se otorgue prioridad al abastecimiento de los pobres”. El cable prosigue que “Escobar también ha declarado… que admira al Padre Ignacio Ellacuria, un cura jesuita y colaborador de la Teología de la Liberación que fue asesinado por las fuerzas salvadoreñas en 1989, y al Arzobispo Óscar Arnulfo Romero, asesinado por los escuadrones de la muerte en 1981 [sic]”. Otra vez la devoción del nuevo Arzobispo por los religiosos asesinados lo convierte en sospechoso en cuanto a su verdadera fidelidad.

En otro cable de San Salvador, del 24 de junio de 2008, que pretende presentar una visión histórica del FMLN, la embajada afirma: “Durante los 12 años de guerra civil salvadoreña (1880-1992), el FMLN intentó derrocar el gobierno utilizando una estrategia que incluía la lucha armada, el terrorismo y el adoctrinamiento político socialista/comunista. El movimiento de la Teología de la Liberación de la Iglesia Católica y los sindicatos apoyó en considerable medida esos esfuerzos. El grupo recibió apoyo monetario y armas del Bloque Soviético y de Cuba” (6). Esta declaración, repleta de información bastante engañosa, es muy reveladora de la antipatía de la embajada hacia la Teología de la Liberación.

De esa manera, en ese breve pasaje la embajada muestra a gran parte del movimiento de la Teología de la Liberación como un apoyo al supuesto terrorismo del FMLN, en conjunto con la Unión Soviética y Cuba. Por cierto, esto ignora intencionalmente el hecho de que fueron los escuadrones de la muerte militares y paramilitares respaldados por EE.UU. en El Salvador los que cometieron la mayor parte de los actos terroristas contra la población civil; que gran parte del movimiento de la Teología de la Liberación, como lo ilustra el propio Arzobispo Romero, condenó la violencia cometida por las dos partes del conflicto y que las afirmaciones de apoyo soviético y cubano al FMLN fueron siempre exageradas. Pero lo significativo es que EE.UU. considera que el movimiento de la Teología de la Liberación está coludido con el terrorismo y con el comunismo internacional, es decir, con los dos principales objetivos (o por lo menos objetivos ostensibles) de la violencia de EE.UU. desde la Segunda Guerra Mundial.

Numerosos cables tratan del asunto, pero basta con decir que son consistentes en el vilipendio de dirigentes religiosos y políticos que están, o EE.UU. cree que están, vinculados con la Teología de la Liberación. La lista incluye a Fernando Lugo, el exobispo católico, que fue derrocado por un golpe “legal” en Paraguay que fue instantáneamente ratificado por EE.UU. (7); Jean Bertrand Aristide, el presidente de Haití enviado al exilio por los esfuerzos conjuntos de EE.UU., Canadá y Francia (8); e incluso un líder chií en el Líbano, el Jeque Ahmed Taleb, que "durante su juventud descarriada, según afirma EE.UU. enseñó una versión chií libanesa de la Teología de La liberación, con una retórica repleta de insultos a EE.UU. e Israel” (11).

En pocas palabras, EE.UU. ve en gran medida a la Teología de la Liberación, y a los que la apoyan, como enemigos. Y se considera alineado con el Vaticano en sus esfuerzos mutuos para destruir esta filosofía. Por cierto, esto tiene consecuencias prácticas.

Solo un ejemplo: un cable de la embajada del 9 de junio de 2009 explica que el antiguo equivalente del FBI en Colombia, el DAS, espió y "neutralizó” (un eufemismo que puede incluir acciones que llegan al asesinato) a grupos por los derechos humanos, la Comisión Intereclesial de Justicia y Paz, (CIJP o “Justicia y Paz”) del Padre Giraldo,(12). Este cable señala que el propio presidente de Colombia, Álvaro Uribe, había ordenado la vigilancia. El cable señala que la “vigilancia incluye el control físico de individuos y sus familias (incluidos los niños), interceptación telefónica y de correos electrónicos y recolección de datos financieros de importancia. También parece que la unidad ha tomado medidas activas para desestabilizar eventos de la oposición e intimidar a activistas por los derechos humanos… Los periodistas y activistas por los derechos humanos afirman que la vigilancia [que comenzó en 2004-2005 continúa.” (énfasis agregado).

Por cierto, hay que preguntarse seriamente si esa política estatal de “neutralizar” al CIJP continúa en la actualidad y si el reciente intento de asesinato del Padre Alberto Franco del CIJP el 13 de febrero de 2013, se llevó a cabo siguiendo dicha política. Yo mismo digo para que conste que si al Padre Franco o a algún otro sacerdote asociado con el CIJP les ocurriera algún mal, habrá que pedir responsabilidades al Estado colombiano y a su patrocinador estadounidense.

Daniel Kovalik es un abogado sindical y de derechos humanos que vive en Pittsburgh. Actualmente enseña Derechos Humanos Internacionales en la Escuela de Derecho de la Universidad de Pittsburgh.

Fuente: http://www.counterpunch.org/2013/03/05/us-still-fighting-threat-of-liberation-theology/
Traducido del inglés para Rebelión por Germán Leyens

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Projeto transmite a cultura brasileira a crianças no Líbano


Assim como na Bélgica, em Cingapura e na Holanda, os encontros em Baalbeck, no Vale do Bekaa, reúnem os pequenos e seus pais para um contato com a cultura brasileira através de canções e tradições.

Utilizando jogos e música, o projeto desperta nas crianças o interesse pela Língua Portuguesa e pelas datas históricas do Brasil. “É importante para a criança brasileira falar a língua do seu país, senão ela vai se sentir estrangeira, ou melhor dizendo, um peixinho fora da água quando voltar ao Brasil. Raramente encontramos uma criança falando português aqui no Líbano, somente aquelas que nasceram no Brasil continuam a falá-lo. Aprender uma língua estrangeira é difícil, ainda mais se a criança não escuta alguém falando esta língua”, explica Katcha Donida Osório, coordenadora internacional do projeto.

O Alecrim busca, de forma lúdica, diminuir a rejeição de escutar o português e aos poucos as crianças passam a cantar e brincar em português. “Além da interação entre os filhos, as mães lembram de fazer uma comida brasileira, relembram a infância, as datas comemorativas, fazem novas amizades e, sem perceber, aumentam o interesse da criança sobre o Brasil. As famílias que têm um interesse comum sobre o Brasil se unem e se encontram informalmente, para mostrar para os seus filhos um pouco da nossa cultura.”

Katcha conta que nos encontros há muitas crianças descendentes de brasileiros que não conhecem o Brasil e nunca saíram do Líbano. “Já recebemos crianças desde poucos meses de vida até 13 anos. A reação delas é muita divertida. Elas riem muito, pois acham o que é diferente engraçado. Acabam descobrindo um pouco sobre o Brasil pelo Alecrim e pela própria família, que se sente estimulada em falar sobre o nosso país para seus filhos. Organizamos uma festa junina com mais de 100 participantes.”

A oportunidade de conhecer as culturas libanesa e brasileira e suas diferentes tradições e brincadeiras ajuda os pequenos a se desenvolver, não só culturalmente como em seu relacionamento com outras crianças e familiares. “Meu filho de 8 anos sempre falou português e sempre participou do Alecrim. Ele aumentou seu vocabulário escutando estórias e outras pessoas e ajuda os colegas a brincar em português. Ele tem muito orgulho do Brasil, mostra filmes em português e apresentar pratos e bebidas brasileiras aos amiguinhos libaneses, como o chá mate. É bonito ver a troca de informação: outro dia um amigo pediu para sua mãe fazer um prato libanês e convidou meu filho para almoçar. É interessante saber que eles têm noção das diferenças culturais e que cada um pode enriquecer o outro.”

Para conhecer mais sobre o Projeto Alecrim, acesse a página no Facebook http://www.facebook.com/projeto.alecriminternacional
ou o site http://www.alecrimbrasil.org

terça-feira, 16 de abril de 2013

Espanhóis saem às ruas de Madri para pedir o fim da monarquia

Aniversário da II República foi celebrado com um público muito maior do que nos últimos anos
Dezenas de milhares de pessoas saíram neste domingo pelas ruas de Madri em comemoração ao 82º aniversario da II República (1931-1939), uma marcha que simboliza oposição ao regime monárquico. O público, que andou por um percurso da praça Cibeles até a praça Sol e ostentava bandeiras tricolores (vermelha, amarela e roxa) da época republicana foi o maior registrado nos último anos, em um momento em que a coroa espanhola atravessa um mau momento. As informações são do jornal El Mundo.

A manifestação, em tom muito festivo e sem nenhuma ocorrência de confronto, foi convocada por cerca de vinte coletivos, que clamavam os espanhóis a saírem às ruas para reivindicar o fim da monarquia e a instauração da III República. Muitos também pedem um referendo para que a população possa decidir entre a República e a Monarquia, além da nacionalização dos bancos, uma reforma fiscal progressiva, proteção aos desempregados, reforma política, punição contra os crimes do franquismo e o não pagamento da dívida.

Os manifestantes entoavam cânticos como "Abaixo um Alteza com tantas baixezas!", "Amanhã, a Espanha será republicana", "Essa bandeira é a verdadeira” e "O próximo desempregado será o chefe de Estado (o rei Juan Carlos II)".

Também alguns lembravam o caso de corrupção conhecido como "Operação Babel", que envolveu o ex-jogador de handebol Iñaki Urdangarin, esposo da princesa infanta Cristina (oficialmente a Duquesa de Palma de Mallorca). Ele está sendo investigado pela polícia por uma suspeita de desvio de fundos públicos, fraude e lavagem de dinheiro através do Instituto Nóos, uma ONG de incentivo ao esporte. Para ele, os manifestantes gritavam: "Urdangarin, Urdangarin, vai trabalhar no Burger King". Ainda nesta semana, a princesa Cristina também foi formalmente acusada no escândalo.

Além do escândalo envolvendo Urdangarin, a família real também se desgastou com uma recente viagem do rei Juan Carlos para caçar elefantes na Bostuana quando a crise das dívidas públicas europeias atingiu o país e um suposto escândalo amoroso do rei com uma empresária alemã. O rei também tem parecido pouco em público, pois enfrenta problemas de saúde.

"O rei e Urdangarin se converteram em uma fábrica de republicanos", disse Antonio Romero, coordenador da Rede Municipal pela III República e membro da direção nacional da IU (Esquerda Unida). Segundo ele, o bipartidarismo monárquico está esgotado. "A monarquia se converteu em um peso para a saída da crise. O estado não pode ser herdado como se fosse uma fazenda", afirmou.

Muitos manifestantes temem que o rei renuncie em razão dos problemas de saúde em agosto, durante o verão, quando quase todos os espanhóis estarão de férias e “imponha” seu filho, o príncipe Felipe.

Recente pesquisa publicada em novembro de 2012 pelo jornal ABC indicava que apenas 45,8% dos espanhóis acreditavam que a manutenção da monarquia contribuia para a democracia, enquanto o apoio ao rei era de 55%. Há cinco dias, o El País publicou uma pesquisa com resultados ainda piores para a democracia: 53% dos entrevistados desaprovam a monarquia, contra 42% de apoiadores.
A avaliação anual dos espanhóis sobre a monarquia parou de ser realizada pelo CIS (Centro de Investigações Sociológicas) em 2011, quando a famílai real recebeu a nota pífia de 4,89.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Venezuela, futuro e memória


GILBERTO MARINGONI

A batalha da Venezuela é pelo futuro, solidamente ancorada na construção da memória dos anos recentes

Oito milhões de habitantes da Venezuela têm entre 15 e 24 anos, numa população total de 30 milhões. Os números são das projeções do Censo de 2011 para este ano. Outros 8,5 milhões têm entre 0 e 14 anos. Isso quer dizer que metade da população não era nascida ou era criança quando Hugo Chávez se elegeu presidente, em 1998. Parte não viveu e parte não teve exata percepção do que foram as duas décadas de crise que o país viveu, fruto da queda dos precçs do petróleo e do experimento neoliberal num país em que toda a economia sempre foi extremamente dependente do Estado (que, por sua vez, depende da renda petroleira).

Para essas parcelas, as conquistas sociais do governo de Hugo Chávez já são parte da paisagem. Quando elas chegaram a idade de maior discernimento, não sentiram a tensão política que o país viveu para que se materializassem os seguintes indicadores:

1) Em 1999, a Venezuela tinha 49% da sua população urbana em situação de pobreza e indigência. Em 2010, este percentual foi reduzido para 28%.

2) Entre 26 cidades selecionadas no continente, o menor índice de Gini entre seus habitantes é o de Caracas, que é inferior a 0,40. No Brasil, é 0,5. Este índice mede a desigualdade de renda.

3) Nas cidades da Venezuela, mais de 80% das residências são ocupadas por seus proprietários. Na Colômbia, este número é inferior a 50%. A Venezuela é a melhor neste quesito; a Colômbia, a pior.

4) Na América Latina e no Caribe, a proporção de população urbana que tem saneamento está entre 80 e 85%. Na Venezuela, está próxima de 95%. Na Venezuela, 90% da população urbana recebem água encanada.
5) De 21 países selecionados, a maior cobertura de coleta de lixo urbana ocorre na Venezuela. A pior está no Paraguai.
6) Em 21 cidades selecionadas, mostra-se que o gasto médio mensal de um usuário regular de ônibus; em Caracas, é de 6% do salário mínimo. Em Buenos Aires, se gasta 5% e, em São Paulo e no Rio de Janeiro, 12%.
Tais dados não fazem parte de nenhum panfleto de Nicolás Maduro. Fazem parte de uma publicação da ONU denominada "Habitat", lançada em agosto de 2012, que avalia condições de vida urbana em toda a América Latina. A compilação acima foi feita pelo economista Joao Sicsú, da UFRJ.
Mesmo com tais conquistas, ainda há muito a ser feito na Venezuela. A inflação está por volta de 27% ao ano, o país precisa romper a extrema dependência do petróleo e a violência está muito alta. Apesar de graves, são problemas muito menores que os dos países da periferia da Europa, que vivem uma crise sem fim.

Sem ter sentido na pele a situação anterior, parte da juventude venezuelana quer mais. São esses pontos que a campanha do opositor Henrique Capriles elegeu como principais, tentando atingir esse eleitorado jovem. Para isso, conta também com o esquecimento de um fato distante: sua ativa participação no golpe de 2002.

(*) Gilberto Maringoni é cartunista e jornalista.

domingo, 14 de abril de 2013

ELEIÇÕES NA VENEZUELA

Após a morte do Comandante Chàvez, hoje a Venezuela escolhe o seu novo presidente, que poderá ser líder ou liderado. O povo bolivariano dirá em alto e bom som o que prefere.
Os bolivarianos choraram pela morte do seu mais novo libertador e hoje gritarão o nome do novo líder.
Que a Venezuela continue a lutar contra as desigualdades sociais e a vencer no plano econômico, trazendo à América do Sul o sonho de maior liberdade.

sábado, 13 de abril de 2013

Brasil: Remoções forçadas para Copa e Olimpiadas

Claudia Favaro - Francisco Carneiro - André Lima

Aconteceu no dia 4 de março, a 22ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça. A Relatora Especial da ONU sobre Direito à Moradia Adequada, a brasileira Raquel Rolnik, apresentou seu novo relatório, que tem como tema a segurança da posse como componente do direito à moradia. O estudo de Rolnik foi produzido em meio à crise mundial de insegurança da posse, que se manifesta de muitas maneiras e em contextos distintos: despejos forçados, deslocamentos causados por grandes projetos, catástrofes naturais e conflitos relacionados à terra.

Giselle Tanaka, da Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (ANCOP), fez uma breve exposição sobre as remoções forçadas no contexto da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil. A intervenção da ANCOP - que será publicada na íntegra após o evento - pedirá que o Conselho diga ao governo brasileiro que pare imediatamente as remoções forçadas e, em parceria com as comunidades afetadas, crie um plano nacional de reparações e um protocolo que garanta os direitos humanos em caso de despejos causadas por grandes eventos e projetos.

As remoções forçadas têm sido o grande drama das famílias brasileiras desde o início das obras para a Copa do Mundo e às Olimpíadas. Estima-se que pelo menos 170 mil pessoas estejam passando por despejos relacionados aos eventos, o que corresponde a quase um em cada mil brasileiros. A ANCOP já submeteu denúncias para a Relatoria Especial e para a Revisão Periódica Universal da ONU em outras ocasiões, que serviram de base para a Resolução 13/2010 sobre megaeventos e direito à moradia, para duas cartas sobre o tema (em 2011 e 2012) da Relatoria Especial da ONU para o governo brasileiro, e gerou recomendações específicas do Conselho da ONU ao Brasil durante seu encontro em maio de 2012.

Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa

A ANCOP reúne movimentos sociais, organizações, representantes de comunidades, pesquisadores e outras entidades e pessoas críticas à forma como estão sendo feitas as transformações urbanas para a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Em dezembro de 2011, o grupo lançou o dossiê Megaeventos e Violações de Direitos Humanos no Brasil, que reúne dados e informações sobre impactos de obras e transformações urbanas realizadas para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016. Os Comitês Populares estão nas 12 cidades-sede da Copa: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. O site pode ser acessado no endereço http://portalpopulardacopa.org.br/.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

SEGUNDA GUERRA DAS CORÉIAS PODE SER INEVITÁVEL

OPERA MUNDI

* Com informações de Agência Brasil, KCNA e The Guardian


Segunda Guerra da Coreia é inevitável, afirma governo norte-coreano

Declaração foi apresentada um dia depois de o Conselho de Segurança aprovar novas sanções contra a nação comunista.
 
A Coreia do Norte considera inevitável uma Segunda Guerra da Coreia, de acordo com nota da agência estatal KCNA. O país adotou essa portura após a manutenção das atividades militares entre EUA e Coreia do Sul e a renovação das sanções que o Conselho de Segurança impôs à nação comunista nesta quinta-feira (07/03).

Um porta-voz do Ministério do Exterior emitiu declaração dizendo que os EUA estão se esforçando para provocar uma guerra nuclear ao reprimir a Coreia do Norte – para assim “controlar a península coreana inteira e assegurar um porto seguro enquanto avança na Eurásia“. Um comício foi organizado na Praça Kim Il-Sung com cidadãos, militares e oficias do governo, chegando a 100 mil pessoas, segundo a agência.

A resolução atinge diplomatas norte-coreanos, transferências de dinheiro e acesso a bens de luxo. As sanções também incluem congelamento de ativos e proibição de viagens internacionais envolvendo três indivíduos e duas companhias ligadas às Forças Armadas norte-coreanas.
A ação punitiva da ONU se deu em resposta a um teste nuclear feito pelos norte-coreanos em 12 de fevereiro deste ano.

 A Coreia do Norte informou também que os exercícios militares conjuntos feitos pelos Estados Unidos representam uma preparação para um ataque nuclear preventivo contra o país.

As manobras militares conjuntas de Coreia do Sul e Estados Unidos, chamadas de “Foal Eagle”, foram iniciadas na região em 1º de março e irão até 30 de abril, com 10 mil tropas dos EUA e 200 mil da Coreia do Sul. A próxima ação militar, chamada de “Key Resolve”, envolverá 10 mil tropas sul-coreanas e 3.500 norte-americanas e treinará prontidão de defesa.

Apesar de Seul creditar as operações como anuais e defensivas, Pyongyang as denuncia como “uma ação irresponsável e perigosa” que desestabilizará ainda mais a situação. Em nota da KCNA, um trabalhador dos correios, Pak Um Gyong, diz que “os inimigos nunca conseguem esconder a verdade de um ato criminal imperdoável de trazer o perigo de uma guerra nuclear”.

O apoio da China às últimas decisões do Conselho de Segurança são vistas com ceticismo por alguns especialistas. Marcus Noland, do Instituto Peterson para Economia Internacional, disse a The Guardian que “se o governo chinês realmente escolhesse forçar a resolução 2094, poderia interromper, se não finalizar, as atividades de proliferação nuclear da Coreia do Norte. Infelizmente, porém, se comportamentos anteriores servem de guia, isso é improvável de acontecer“. O embaixador chinês na ONU, Li Baodong, disse a repórteres que Pequim desejava “completa implementação“ da resolução.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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