segunda-feira, 30 de abril de 2012

1340 POSTAGENS!

Já são cerca de 1.340 postagens! Um número incrível para um blog de um desconhecido no mundo da mídia, política e jornalismo. Temos que comemorar. Uma forma será mudar o layout desse blog, para torná-lo mais atraente. Estamos estudando o que mudar e como mudar.

sábado, 28 de abril de 2012

DIA DA SOGRA

Hoje é dia de comemorar, e pode ser com ou sem língua de sogra.
Calma, não é dia de festa de criança, mas de pessoas mais vividas e experientes, digamos assim. Hummm... que dia é esse, você deve estar se perguntando... É dia das sogras, daqueles seres tão amáveis e que nos deixam tão calmos e calmas.
Ah, quem não teve problemas com sogros e sogras, mas logo depois deu um abraço, um aperto de mão ou um beijo no rosto, em claro sinal de confraternização? Acho que todos, né? Mas sem querer adentrar nos problemas familiares, vai aqui um recado. A politica da boa vizinhança recomenda que esse dia seja lembrado e, de preferência, comemorado com um buquet de flores, uma caixa de chocolate ou outra coisa que deixe a sogra feliz!
Boas festas, a vocês, noras e genros caras de pau!

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Anistia denuncia discriminação contra muçulmanos na Europa


O relatório que a Anistia Internacional acaba de publicar sobre a discriminação da qual são objeto os muçulmanos na Europa é uma radiografia límpida de um processo de exclusão que se amplia com a influência crescente dos partidos de extrema-direita populistas que pululam no Velho Continente. A prova mais delirante dessa política é o famoso referendo organizado na Suíça em 2009 (foi aprovado por 57% dos votantes), mediante o qual se aprovou a proibição de construir novas mesquitas no país.

Paris - Chamar-se Ahmed, Muhhamad, Amel ou Fátima é como estar condenado. Discriminação para obter um trabalho ou moradia, desconfiança dos olhares nas lojas, reprovação em todos os níveis. O relatório que a Anistia Internacional acaba de publicar sobre a discriminação da qual são objeto os muçulmanos na Europa é uma radiografia límpida de um processo de exclusão que se amplia com a influência crescente dos partidos de extrema-direita populistas que pululam no Velho Continente. O relatório intitulado “Eleição e preconceito, as discriminações contra os muçulmanos na Europa” é o primeiro deste tipo por sua amplitude continental.

O trabalho analisa a situação em países como a Espanha, Bélgica, França, Holanda e Suíça e tira uma conclusão imediata por cima das estatísticas discriminatórias: “os partidos políticos alimentam o medo ao Islã na Europa”, diz John Dalhuisen, diretor do programa Europa-Ásia Central na Anistia Internacional. A segunda conclusão radica em que as práticas discriminatórias motivadas pela pertinência cultural religiosa têm vigência “inclusive nos países onde a discriminação fundada sobre a religião ou as convicções é ilegal”.

Esta exaustiva investigação de terreno demonstra como “os estereótipos ligados às práticas religiosas e culturais muçulmanas acarretaram a aparição de discriminações no mercado de trabalho e nas escolas contra as pessoas que trazem signos ou roupa associados ao Islã”. No concreto, uma mulher muçulmana hiper qualificada, com diplomas prestigiosos e um currículo ideal, não será contratada se usa um véu na cabeça.

A Anistia cita numerosos casos. Um deles, o de Ahmed, um suíço natural da África do Norte que trabalhou durante 15 anos na mesma empresa. Segundo ele mesmo relata, nunca exibiu sua prática religiosa. Sempre foi discreto e jamais pediu folga em dias das festas muçulmanas. Quando deixou crescer a barba, seus colegas começaram a dizer que se parecia com Bin Laden. Seu destino ficou selado no momento que ingressou à empresa uma mulher que detestava os árabes e os muçulmanos. Apesar de uma folha de serviços excepcional, foi despedido sem motivo.

Amel viveu uma situação inversa na França: não a despediram, mas não a contrataram porque levava um lenço na cabeça. Em pleno Século XXI, com sociedades impregnadas de multiculturalismo e mega conectadas mediante a informação e as redes, os árabes e os muçulmanos continuam despertando medo e repulsa, como se fossem de outra espécie. O relatório da Anistia dá conta de numerosos casos nos quais as pessoas perderam um trabalho por causa do lenço que cobre a cabeça ou qualquer outro signo “desgosta aos clientes” ou “estraga a imagem da empresa”.

A incompreensão é imensa, tanto como a rude e suja campanha que a extrema direita europeia vem fazendo contra os muçulmanos, inclusive quando tem a nacionalidade do país no qual residem, porque são a segunda ou terceira geração e nasceram ali. A Anistia também questiona o princípio adotado na França em 2004 – ampliado depois a outros campos - e depois na Espanha, Bélgica, Suíça, Holanda e Turquia, que proíbe o uso de “signos religiosos distintivos” nas escolas públicas e nos lugares públicos.

Essas “proibições” constituem para a ONG “discriminações contra os alunos muçulmanos, que não podem exercer o direito à liberdade de expressão, à liberdade religiosa ou à liberdade das convicções”. A caça ao muçulmano é global. A Anistia cita muitos exemplos. Um, na Espanha: uma adolescente muçulmana de 16 anos foi impedida de comparecer aos cursos do liceu público Pozuelo de Alarcón, nos arredores de Madri, porque levava o véu. Dois, na Holanda: uma escola católica da cidade de Volendam proibiu o uso do véu. Com essa medida se impediu que um aluno muçulmano seguisse os cursos.

Neste contexto, a Anistia questiona o argumento francês que justifica essas medidas como meio de que se respeite a laicidade: “segundo o direito relativo aos direitos humanos, a laicidade não é um motivo legítimo para restringir a liberdade de expressão, a liberdade religiosa ou de convicção”. Cabe lembrar que sob o mandato do presidente Nicolas Sarkozy se proibiu igualmente o uso da “burka”, o véu integral. As milionárias das monarquias do Golfo que vinham fazer suas compras em Paris agora o fazem em Londres. A Bélgica também adotou uma medida similar.

A perseguição se faz extensiva à construção ou implantação de lugares de culto muçulmano. A prova mais delirante dessa política é o famoso referendo organizado na Suíça em 2009 (foi aprovado por 57% dos votantes), mediante o qual se aprovou a proibição de construir novas mesquitas no país. Em toda a Confederação Helvética só existem quatro mesquitas. Nos demais países citados pelo relatório, ainda que não exista uma lei semelhante à suíça inscrita na Constituição, os muçulmanos têm grandes problemas para construir lugares de culto.

Na conclusão do relatório, a Anistia Internacional formula uma série de recomendações aos poderes públicos. A ONG chama os governos da Europa a “atuar mais para combater os estereótipos negativos contra os muçulmanos, estereótipos que alimentam as discriminações”. Aqui fica exposta a responsabilidade dos dirigentes políticos cujas ideologias, em vez de apaziguar, sopram sobre as brasas.

A Anistia lembra que “em vez de combater os preconceitos, os partidos e os responsáveis públicos vão seguidamente em direção dos preconceitos com a meta de esperar benefícios eleitorais”. Não precisa desenvolver nenhum extenso argumento para verificar a validade da recomendação. O partido de extrema direita francês Frente Nacional obteve quase 18% dos votos no primeiro turno das eleições presidenciais do dia 22 de abril. Seu principal recurso é o racismo global e seu inimigo central são os muçulmanos. Os benefícios do ódio, do medo, dos preconceitos e a propaganda política são perfeitamente quantificáveis.

Tradução: Libório Junior

quarta-feira, 25 de abril de 2012

PÁSCOA, por Frei Betto


PÁSCOA, A VIDA COMO DOM MAIOR

Celebrar a Páscoa é reafirmar a nossa fé na ressurreição de Cristo e na própria ressurreição de todos os nossos projetos de justiça. A morte é a nossa única certeza de futuro. A postura que temos diante da morte traduz o sentido que damos à vida. Temem a morte aqueles que não conseguiram ainda imprimir à vida uma direção, uma razão de ser. Ou se apegaram demasiadamente a bens e prazeres que lhes adornam o ego.

Outrora, a morte incorporava-se ao nosso cotidiano: morria-se em casa, cercado de parentes e amigos. Em Minas, havia velório com pão de queijo e cachaça, carpideiras e proclama em postes, missa de corpo presente e despedidas no cemitério, celebração de 7º dia e luto. Em suma, celebrava-se o rito de passagem.

Hoje, o enterro tornou-se mais um produto de consumo. Morre-se clandestinamente, num leito anônimo de hospital ou em gavetas de um necrotério, como se o falecido fosse uma presença tão incômoda quanto gato em loja de cristais. Não há choro nem vela, nem fita amarela.

Em tudo, há começo, meio e fim. No entanto, nossa racionalidade, tão equipada de conceitos, esvai-se nos limites da vida. Só a fé tem algo a dizer a respeito desta fatalidade. Se Cristo não houvesse ressuscitado, afirma São Paulo, nossa fé seria vã. Mas a vitória da vida sobre a morte arranca da injustiça o troféu da última palavra. No ocaso da existência — lá onde toda palavra humana é inútil alquimia — Deus irrompe como um teimoso posseiro. E, como no amor, não há nada a dizer, só desfrutar.

Na América Latina, morre-se antes do tempo. De cada 1.000 crianças brasileiras nascidas vivas, 27 morrem antes de completar um ano. Aqui, a morte não é uma possibilidade remota. Ela nutre o sistema econômico. Sem privar milhares de brasileiros de possibilidades reais de vida, não seria possível entregar aos credores da dívida pública R$ 600 milhões por dia!

Tira-se tudo isso dos minguados salários dos trabalhadores, através de cirurgias assassinas eufemisticamente denominadas “ajustes fiscais”. Mata-se à prestação, lenta e cruelmente, como se o direito à vida fosse um luxo.

A morte é, pois, uma questão política, assim como a esperança, centrada no mistério pascal, move a nossa luta pela vida, dom maior de Deus. Ora, a ressurreição de Cristo não significa apenas que do outro lado desta vida encontraremos a inefável comunhão de Amor. Diz respeito também à vida nesta Terra. “Vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (João, 10, 10).

Não haverá vida em abundância senão pela via das mediações políticas, como a distribuição de renda, a reforma agrária, o investimento em educação e saúde. Minha generosidade pode oferecer, hoje, um prato de comida ao faminto. Amanhã ele terá fome. Só a política é capaz de acabar com o que ela também cria: a fome e a miséria. Nesse sentido, eleger candidatos empenhados “para que todos tenham vida” é um gesto pascal, ressurrecional.

Vivemos num mundo em busca de equilíbrio. Dos dois lados, Ocidente e Oriente, convivemos com fundamentalismos religiosos. Mata-se em nome de Deus. E enquanto o Ocidente sente-se no direito de ridicularizar o que o Oriente considera sagrado, o Oriente julga-se no dever de calar os profanadores pela violência. A Páscoa deve servir de momento de reflexão: que outro mundo almejamos? É possível alcançar a paz se 2/3 da humanidade vivem abaixo da linha da pobreza? O caminho da paz é a imposição das armas ou a conquista da justiça?

A Páscoa nos convida à interiorização, a meditar de olhos bem abertos. Não é lá no túmulo de Jerusalém que, agora, Jesus ressuscita. É em nosso coração, em nossa solidariedade, em nossa capacidade de enxergá-lo no próximo, em especial nos mais pobres, com quem ele se identificou (Mateus 25, 31-46). A pedra a ser retirada, para que a vida floresça, é a que pesa em nossa subjetividade, amarra-nos ao egoísmo e nos imobiliza frente aos desafios de solidariedade.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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