O Brasil ainda não se libertou da opressão econômica e social que o período Brasil-Colônia lhe impôs.
Ainda há os que se veem como estrangeiros em pleno Brasil, que só querem sugar a economia e nada fazem pelo nosso país e seu povo. A maior parte desses sanguessugas não é de estrangeiros, mas de brasileiros, de brasileiros que não se identificam com o seu povo e com a história do país. E são esses poucos brasileiros perversos que têm ajudado a afundar, apagar e prejudicar o país.
Muitos falam no petismo como libertador, mas ele está mais para uma social democracia burguesa, com pensamentos e promessas, sem qualquer ação efetiva que permita ao Brasil libertar-se das amarras que o próprio PT, talvez sem perceber, ajudou a fortalecer.
O PT pode ser de esquerda no aspecto social, mas na perspectiva econômica o PT é neoliberal e privilegia os bancos em detrimento de quem investe na produção e de quem trabalha.
É certo que a política econômica do Bolsonaro não se difere muito da petista, com exceção a alguns pontos relevantes, como a privatização inconsequente e a liberdade abusiva que leva ao aumento injusto e imoral dos combustíveis.
Ciro, porém, tem projeto e mostra que irá além. Suas prioridades são promover e permitir a reindustrialização massiva e investimentos pesados em tecnologia e em educação. Visa transformar o Brasil numa economia espanhola, em valores "per capita" em pouquíssimo tempo, com melhoria de salarios devido à reindustrialização e aos setores de tecnologia, com a valorização do trabalho qualificado e a ampliação de vagas de emprego nas indústrias e, por consequência, no comércio.
Ciro resgata, na economia, a história do trabalhismo, aquele de Vargas e de Jango, caracterizado pelo crescimento exponencial do Brasil. Foi com o trabalhismo que o Brasil se industrializou e passou a ser a economia que mais crescia no globo dos anos 30 aos 60.
Mas o sucesso do trabalhismo não foi apenas na economia, mas também na esfera social e cultural. Foi com o trabalhismo que o Brasil passou a assumir a forma de Nação. Foi com o trabalhismo que os direitos dos trabalhadores surgiram, com a aprovação da CLT. Foi com o trabalhismo que foi criada a previdência social. Também foi com o trabalhismo que foram criadas as grandes universidades federais e os primeiros parques nacionais. Foi com o trabalhismo que as mulheres puderam votar. Foi com o trabalhismo que foi criado o sistema de concurso público, democratizando o acesso aos cargos públicos. Foi com o trabalhismo que o Brasil começou a brilhar no cenário internacional. Foi graças ao sucesso e importância do Brasil no cenário internacional que foi criado o personagem Zé Carioca, de Walt Disney. Foi no trabalhismo que surgiu a Bossa Nova, o Cinema Novo, o Teatro de Vanguarda. A produção cultural do Brasil fazia sucesso dentro e fora do país àquela época.
Depois do trabalhismo veio o Golpe de 1964 e a cultura perdia o seu fervor, onde podemos ver hoje o resultado disso na baixa qualidade dos textos, dos roteiros e da grande parte das músicas brasileiras. O ensino passou a não ser prioridade e a industrialização continuou acelerada apenas por mais alguns poucos anos, sofrendo paralisia ainda durante a ditadura militar, até iniciar a derrocada do setor industrial a partir de Collor, acentuando-se com Fernando Henrique, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro. Itamar Franco, em seu curto mandato, tentou voltar a incentivar o parque industrial brasileiro. O seu ministro da economia era justamente Ciro Gomes.
Collor estava perdido na economia e FHC, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro se renderam ao neoliberalismo na economia, promovendo o desmonte do parque industrial brasileiro. Grandes indústrias foram vendidas e outras deixaram o país, como recentemente vimos com a Ford, a Sony, a Mercedes e a Suzuki, dentre tantas outras. Bolsonaro ainda teve a petulância de fechar a única fábrica de microchips do hemisfério sul, situada no Rio Grande do Sul, a estatal CEITEC, em um momento em que o mundo e principalmente o Brasil sofrem com a falta desse importantíssimo e caro ítem (seja para computadores, aviões, televisores e automóveis, dentre outros). A falta desse item ajuda a provocar a escassez de alguns produtos, provocando o aumento do preço deles devido à menor oferta, agravando assim a inflação brasileira.
Esses últimos presidentes do Brasil amarraram a economia brasileira apenas ao agronegócio e exportação de minério, valorizando o rentismo em detrimento da produção e dos empregos. O resultado não poderia ser outro. O Brasil despencou da posição de 6ª maior economia do mundo para a 13ª posição. Bolsonaro e o seu ministro Guedes agravaram muito a crise brasileira, por absoluta falta de projeto para o país e com a falsa impressão de que o mercado, sem regras, fomentaria o desenvolvimento do país. Ledo engano. O mercado quer lucro e juros altos, não se importando com a produção e a criação de empregos. O centrão da política, famoso pela corrupção e que sustenta o governo Bolsonaro, simboliza bem o retrato traçado de alguns brasileiros no início desse texto. O centrão não existe só na política, mas em muitas esferas, inclusive na economia. Pouco se importam com o país e o seu povo. Só querem lucrar, e para isso não há freios éticos ou morais.
Ciro Gomes, assim, significa a libertação do Brasil. Libertação econômica, social, política, educacional e cultural. Ciro Gomes é necessário. Necessário para que o Brasil volte a florescer na cultura, brilhar na educaçao, ser socialmente mais justo, ser ético na política e voar na economia.
Ciro poderia ganhar muito se mostrasse o histórico do trabalhismo, o trabalhismo ligado ao PDT e o seu legado ao Brasil que vemos até hoje, mesmo com toda a força reacionária de Bolsonaro, que rasga a CLT, que mina a aposentadoria dos brasileiros, e praticamente anula a necessidade do concurso público para o preenchimento de vagas no serviço público ao utlizar serviços "terceirizados" (onde indica amigos) e o preenchimento direto, sem concurso ou prova de eficiência, com 8 mil militares e afilhados.
Lula é um democrata, mas não libertará o Brasil das amarras. Ciro é a única esperança na atualidade para libertar o Brasil de tudo que o prende ao atraso e de propiciar que o antagonismo Lula e Bolsonaro, e todo o mal que tem produzido ao país, tenha fim. O Brasil precisa libertar-se e ser verdadeiramente independente! O Brasil precisa crescer, ser ético, educar-se, investir em tecnologia e propiciar orgulho a cada um dos brasileiros e brasileiras que aqui nasce e vive! À Pátria Livre, Ciro!