Em 2005,
com o auxílio de uma amiga jornalista, produzi o documentário COCOROBÓ, sobre o
açude que inundou Canudos.
Em
2006/2007 criei um blog onde expunha pensamentos e escrevia crônicas e também
um canal no YouTube, voltado ao que denomino de vídeos poesias.
Em 2008
criei um blog informativo, chamado JP – JORNAL DA POMPÉIA, com o auxílio de
amigos das áreas do direito, medicina, geografia, jornalismo e educação.
A ideia
visava substituir um antigo projeto de um jornal popular gratuito que seria
entregue nas residências na periferia de São Paulo. Obviamente não consegui
conciliar o trabalho com a proposta, ainda que fosse publicado um artigo novo
por dia.
Em 2012
contribui para a produção de um documentário que retratava as dificuldades de um
pequeno empresário em Cuba.
De 2014
a 2015 participei de um grupo, chamado OLHARES HUMANOS, voltados à divulgação,
via textos, dos Direitos Humanos. Era um grupo super bacana, com pessoas muito
preparadas. Eu era o mais fraco, tecnicamente falando.
Em 2015
trouxe um filme italiano, Eu Estou com a Noiva, para o Brasil, em uma exibição
única no Cine Olido, seguido de um debate com um refugiado e um advogado
especializado em refúgio.
Em 2018
lancei o livro OS ANJOS, em um momento único na minha vida, extremamente
inspirado.
Depois,
em 2019, surgiu a ideia de criar um canal no formato de tevê, com diversidade
de programas, no YouTube, voltado ao ser humano, mas não consegui muitas
parcerias, que com o tempo minguaram, e hoje o canal VAMOS TV produz os
próprios programas, 3 por semana.
Será que
terei um novo projeto e será que esse vingará?
Ontem tratei da preguiça e da Era da Estupidez. Embora lute contra a estupidez e prime pela crítica, a começar pela autocrítica, não nego que ando cada vez com menos energia, menos produtivo, mais lento e preguiçoso.
Os Espiritualistas dizem que isso é um sintoma generalizado. Outros relatam que isso seria uma sequela de quem teve covid-19. Eu ouso dizer que isso é cansaço de ver esse mundo tão idiotizado. Cansa ver tanta comida e, ao mesmo tempo, tanta fome. Cansa ver de um lado o progresso científico e, de outro, pessoas largadas ao chão sedentas por fumar o último cachimbo de suas drogas ou presas ou abandonadas por possuírem problemas de ordem mental.
Um Estado presente poderia solucionar muitas das necessidades humanas. Não que o Estado tenha que ser provedor de absolutamente tudo, mas o Estado tem que ser o garantidor do mínimo para que o ser humano alcance o bem estar espiritual, mental e físico. O Estado tem que garantir uma paridade, um equilíbrio, sem adotar qualquer sistema econômico para si. Ele não pode se pautar por um sistema econômico. O Estado tem que se pautar pelas necessidades humanas. O Estado tem que garantir saúde e educação, bem como o direito à moradia. Mas não pode confundir moradia com sistema capitalista, de apropriação. O Estado não tem que ser garantidor de sistema econômico algum, mas cumprir o seu papel. O direito à moradia é um direito humano, mas isso não se confunde com propriedade. A moradia tem que ser garantida a todos, desde o morador de rua, a quem mora em uma favela até a quem tem posses.
Moradia é o direito de morar, não o de deter a propriedade do bem. Assim, o direito que tem que ser assegurado é o de morar. Fazendo assim, amplia-se o leque de casas para moradia.
Quando o Estado confunde moradia com propriedade passa a defender um sistema, em detrimento de suas responsabilidades, que é o de atender a todos e a todas. E, assim, acaba utilizando um direito constitucinal para o toma lá dá cá, ou seja, dá a propriedade de um bem a quem necessita de moradia, esperando o voto da família desse cidadão. E, quase que imperceptivelmente, faz incrustar nas pessoas a busca incessante da propriedade, como se fosse um direito natureal, e a defesa inconsequente de um sistema que já deveria ter ruído, por fazer mal à humanidade, se não for freado, como vemos.
Quando o Estado atua apenas com força policial para combater o tráfico, passa a perpetuar e ampliar a força do crime organizado, cada vez mais armado, privilegiando quem mais ganha com a mediocridade humana, a indústria das armas, que vende para os dois lados. Ganha-se do tráfico mostrando às pessoas o quanto maléfica é a droga, o que a dependência das drogas acarreta para o drogadito, para a família e à própria sociedade. Mas o sistema adotado pelo Estado o faz entrar no jogo do toma lá, dá cá. A indústria das armas ganha, os policiais e os políticos corruptos também e o crime organizado também.
A hiprocrisia humana, porém, não tem limites. Ao invés de solucionar os problemas, os amplia. Em plena era de vasta produção de alimentos, temos o aumento da fome. Na era do conhecimento, temos a ampliação dos que não sabem compreender um texto. Na era das grandes cidades, temos o aumento dos cortiços, das favelas e do número de jornais e cobertores que servem de colchões para os milhões que habitam as ruas das grandes cidades.
Não é possível achar que o caminho que trilhamos esteja correto.
Ver tudo isso dá uma preguiça enorme. Parece ser inevitável que os que buscam uma elevação mental e espiritual busquem o afastamento disso, rumo ao campo, seja da natureza quase impenetrável, seja ao campo místico, buscando a paz anda que em um mundo imaterial, ao campo do Espírito e das ideias.
Segundo o dicionário, estupidez significa a palavra, a ação, o procedimento de pessoa estúpida, sem discernimento ou senso, ou, em outras palavras, asneira.
Nessa Era da Estupidez, de um lado temos a infantilização dos jovens e adultos. De outro, o amadurecimento precoce das crianças.
De um lado temos a democracia que serve a quem detém o dinheiro e, ou ,o poder. Por outro, temos a criação humana que não privilegia o bem estar, mas a exaustão da natureza e das pessoas em prol do apossamento e destruição irresponsáveis, o capitalismo tão defendido inclusive por quem sofre os seus efeitos maléficos.
O conhecimento, para a grande maioria, se limita a frases pontuais trazidas pelos vídeos dos aplicativos e mídias sociais da internet. O conhecer pela observação, pela leitura atenta, pelas aulas recheadas de crítica não é bem visto por parte dos detentores do poder, que amam a manipulação pelas fake news, pelas frases de efeito e pela mentira descarada repetida incontáveis vezes.
O ser pode ser emancipado ou manipulado. Pode ser gado conduzido ao abate, vivendo pelo consumismo imediatista sem nada acrescer à alma ou inteligência, ou pela ruptura de padrões e arriscar-se a ser julgado por pequenos que nada sabem do mundo e da vida, pensando que são grandes por dividir o mundo segundo padrões que lhes impuseram e aceitam.
O ser é manipulável. Segundo alguns, é manipulável pelos detentores do capital e poder. Segundo outros, é manipulável por influência extraterrestre. Mas, para mim, o ser humano é manipulável simplesmente porque isso lhe soa mais fácil do que pensar e refletir. É manipulável porque gosta de tudo pronto, por ser extremamente preguiçoso, tendendo mais ao irracional do que à racionalidade que tanto apregoa. É manipulável por carregar uma estupidez latente.
O humano tem que lutar contra a preguiça, primeiro, para vencer o obstáculo da estupidez e da manipulação. Se não o fizer, será massa de manobra, uma voz, dentre tantas outras, que se julgam superiores não pelo alcance da visão que leva ao cérebro a oportunidade de ampliar o conhecimento, mas pela imensidão da pequeneza tão repleta de estupidez.
Vive-se sem compreender a si mesmo e transforma as ferramentas do conhecimento em armas para a economia ou lazer, e não para a autocrítica necessária.
A Era é da estupidez e temos o retrato disso estampado não só na política, mas na economia, nas relações com a natureza e com o próprio descaso com o ser humano, a começa por si mesmo.
Em tempos de selfies, tiktok e
bbb, as pessoas bonitas e com o corpo perfeito nos passam a falsa impressão de
equilíbrio, serenidade e paz. Não. Beleza não tem nada a ver com isso.
Esses aplicativos e essa forma de
viver atual nos levam a apreciar o superficial, e isso vale para tudo, desde as
próprias pessoas, as amizades, até as próprias notícias e fatos. Poucos são os
que se aprofundam.
As pessoas mais intensas são
muitas vezes taxadas de loucas e a elas é recomendado o uso de medicamentos.
Vivemos a era da aparência e da superficialidade e, justo na
Era da Informação, sedimentamos em nosso dia a dia e na própria sociedade a fuga
do conhecimento.
Intelectuais são raros hoje em dia. Quem faz sucesso é quem
tem frases prontas e faz o que se chama de humor, de muito mau gosto, por
sinal, com as pessoas, sentimentos e tudo o que é verdadeiro e aprofundado.
Mais do que superficialidade, nos rendemos à mediocridade.
Triste Era que talvez, por ser tão superficial, não tenha futuro.
A guerra do Iraque, em 1991, foi
a primeira a ser televisionada, com imagens e cobertura ao vivo.
A guerra, a partir de então,
passou a ser vista do ponto de vista dos ataques aéreos e de mísseis, longe das
crianças, mulheres, idosos e jovens atingidos.
Via-se o míssil sendo enviado,
mas não se viam as vítimas.
O ser humano, acostumado à frieza
da tevê, não compreendia as imagens fortes e pesadas que recebia e as via como
se tratasse de um jogo de vídeo game, desumanizando-a.
Duas grandes guerras mundiais não
foram suficientes a sensibilizar os governantes e as pessoas dos perigos e das
atrocidades de qualquer guerra, mesmo a mais rápida delas.
Não há apenas sangue nas guerras,
há fome, sede, perda de familiares e amigos. Há, acima de tudo, medo e terror!
Foi com a segunda guerra do
golfo, em 2003, com a cobertura da AlJazeera, que a guerra sob a ótica das
vítimas foi exposta ao vivo na tevê.
Na guerra da Ucrânia, cada parte
utiliza a mídia a seu favor, não só divulgando Fake News ou as notícias que
lhes sejam melhor, mas sob um enfoque que lhes agrade.
Enquanto a Rússia mostra a guerra
ao longe, do ponto de vista dos armamentos, como os Estados Unidos sempre
fizeram em suas guerras, o outro lado, da OTAN, Estados Unidos e potências
ocidentais, inauguram em suas coberturas o jornalismo humanista, mostrando as atrocidades
à população ucraniana. São as imagens que convêm às partes.
Os Estados Unidos, sempre frio em
suas coberturas, dessa vez tornou-se humanista. A Rússia, às vezes
condescendente com os Estados Unidos, às vezes crítica, mostra no conflito da
Ucrânia o lado profissional de suas forças, tentando apagar o humano que é alvo
dos ataques.
Nas guerras não há Santos nem heróis.
Há sangue e o pior que o ser humano pode ver ou sofrer. Há, em quaisquer delas,
vidas humanas em jogo, atordoadas e desesperadas pelos horrores provocados
pelos humanos.
Que as imagens, seja daquela
fotografia da pequena vietnamita Kim Phuc Phan Thi, correndo com grande parte do corpo queimado por bomba napalm,
seja do pequenino sírio que procurava refúgio, Aylan Kurdi, com o corpo
estirado em praia turca, seja do pai que tentava proteger seu filho dos tiros com o seu próprio
corpo na guerra da Palestina, seja dos ucranianos, quaisquer eles, possam
comover a humanidade para pedir o banimento das armas atômicas e das
organizações militares internacionais.
Parecemos distantes de um mundo
menos armamentista e belicista, mas não estamos.
O papel da ONU, desde a sua
criação, em 1945, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, é assegurar a paz
e somente ela deveria concentrar forças armadas, que iriam se desmilitarizando
com o passar dos anos.
Os países, assim como já ocorre com
a Costa Rica, deveriam ter apenas suas polícias, sejam civis ou militares, mas
não Forças Armadas, ou seja, Marinha, Exército e Aeronáutica.
Se, por um lado, nenhum país
poderia ter arsenal atômico, por outro, a fiscalização da ONU deveria ser
permanente e rigorosa, a fim de evitar uma possível burla a essa regra. O mesmo
vale para a questão das Forças Armadas.
Dessa forma, sem investir trilhões
de dólares em armas nucleares ou convencionais para segurança estratégica ou
combate, sobraria muito dinheiro para investir em coisas vitais, literalmente
(vital vem de vida) e seria assegurada uma diminuição drástica das guerras e
dos seus efeitos danosos à população civil e à economia mundial.
Com paz, os países conversariam
mais entre si, comercializariam mais e haveria mais consensos que dissensos,
rompendo paradigmas que trazemos de séculos atrás de divisão do mundo em
blocos, seja ocidental, oriental, capitalista, desenvolvido ou qualquer outra
denominação que se queira dar.
Mas para que os países
consentissem que apenas a ONU tivesse Forças Armadas e que elas somente
poderiam ser utilizadas, deve haver um número mínimo de países votantes, bem
como deve ser ampliando, de forma paritária ao universo de países e de sua
representatividade, o número de integrantes permanentes do Conselho de
Segurança da ONU.
Mas, obviamente, o fim das Forças
Armadas dos Países deve vir acompanhado do fim das organizações militares,
sejam elas quais forem.
É óbvio que uma ideia como a
presente encontraria óbices, principalmente das principais potências militares
e econômicas do globo. Mas é o que, no meu ponto de vista, se faz premente. A
discussão generalizada sobre a Guerra da Ucrânia nos fez perceber que acendeu a
luz vermelha para o risco de uma guerra nuclear e que a humanidade parece estar
milhares de anos atrasada por não resolver na via diplomática questões conflituosas
eventualmente existentes.
A paz imediata, hoje, é necessária, mas a
paz duradoura também o é para as gerações futuras.
Transcrevo
abaixo um texto - já traduzido pelo Google Traductor - publicado no site da RT sobre quem se beneficia com a crise na
Ucrânia. Vê-se que muitos países, além da Rússia, se prejudicam, dentre eles muitos
europeus. Quem mais ganha são os Estados Unidos, mas ouso dizer que esse
perigoso jogo estadunidense pode fazer crescer os movimentos nacionalistas e de
direita em todo o globo. Na Rússia, em especial, o alerta está em evitar uma
revolução colorida, como chamam a tentativa de golpe apoiada por países estrangeiros.
Os comunistas por lá podem crescer como nunca se viu desde o fim da União
Soviética já nas próximas eleições. O nacionalismo russo poderá fazer reviver o
sonho com a potência militar e econômica que foi a comunista União Soviética.
Uma China ilesa, êxodo de refugiados da UE e
vitória energética dos EUA: quais países se beneficiam e prejudicam com a crise
na Ucrânia?
O diretor de programa do clube de discussão Valdai, Ivan Timofeev,
esclarece esta questão em um artigo para o diário russo Kommersant.
O conflito entre a Rússia e a Ucrânia
já está tendo um impacto econômico de médio e longo alcance em ambos os
países. Desde que o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a operação
militar em 24 de fevereiro, as sanções ocidentais contra Moscou não cessaram,
cujas consequências prejudicam alguns e beneficiam outros.
Quem ganha e quem perde com o
conflito entre Moscou e Kiev? O diretor de programa do clube de discussão
Valdai, Ivan Timofeev , esclarece essa questão em
um artigo para o
diário russo Kommersant.
A UE, diante de um
processo "doloroso", mas "viável"
A União Européia, cujos amplos laços
comerciais e econômicos com a Rússia estão virtualmente rompidos, sofrerá o
impacto, acredita Timofeev. O principal desafio dos países do bloco
será substituir o fornecimento de petróleo, gás e outras
matérias-primas russas, como alumínio, níquel e paládio. No
entanto, embora esse processo seja “doloroso”, “é uma tarefa viável” que pode
ser alcançada “em poucos anos”, diz o especialista do fórum de discussão.
Outro problema que a UE já enfrenta é
a crise dos refugiados . De acordo com dados do ACNUR ,
mais de 3,3 milhões de pessoas deixaram a Ucrânia desde o
início da operação militar russa, a maioria das quais foi acolhida por países
vizinhos como Polônia, Romênia e Moldávia, cujos gastos sociais aumentarão
significativamente. No entanto, Timofeev aponta que, em comparação com as
ondas anteriores de migração de países islâmicos, os emigrantes da Ucrânia
estão "culturalmente mais próximos", "menos propensos a formar
diásporas fechadas e se adaptar e integrar mais rapidamente", de modo
que "a UE recebe uma rica injeção" , escreve o
especialista.
Estados Unidos mais
presentes na Europa
Nos Estados Unidos, os principais
problemas decorrentes do conflito se manifestarão em diferentes
áreas. Nesse sentido, Timofeev destaca que a escalada do confronto com a
Rússia desviará recursos da região Ásia-Pacífico. " Os EUA
terão que aumentar sua presença militar na Europa , o que significa
que a concentração de recursos na contenção da China é reduzida", diz o
especialista.
Por outro lado, porém, o conflito
beneficiará Washington, já que o confronto com Moscou “permite que a
disciplina interna da OTAN seja significativamente melhorada e os
países europeus contribuam mais para a segurança global”, escreve
Timofeev. Além disso, a possível adesão da Finlândia à aliança
significaria "uma projeção de poder para todo o noroeste russo".
Da mesma forma, ganhará o
setor de energia dos EUA , que "num futuro próximo" assumirá
uma parte importante do mercado europeu. Os EUA agora também acharão mais
fácil expulsar a Rússia dos mercados globais de armas.
Beneficiários e
"minimamente" afetados
A China , por sua
vez, sairá ilesa e se beneficiará ainda mais. Dada a natureza maciça das
sanções contra a Rússia, Pequim poderá reivindicar uma parte significativa do
mercado russo agora abandonado. Enquanto isso, os recursos energéticos
russos agora estarão mais disponíveis para o gigante asiático e seu preço
provavelmente será muito menor do que antes, ressalta Timofeev.
Enquanto isso, a perda do mercado
russo e a substituição de matérias-primas russas prejudicariam o Japão ,
embora, segundo o especialista, isso tenha consequências "críticas"
para Tóquio. Por outro lado, a deterioração das relações com Moscou será
para o país japonês “um importante incentivo para uma revisão final do
paradigma do pós-guerra” sobre o uso das forças armadas. "O Japão
seguirá com mais confiança o caminho para recuperar o status de potência
político-militar de pleno direito", diz ele.
A Índia está
"minimamente" afetada pela crise atual . Nova Délhi
permanece em contato com Moscou e "resistirá às tentativas de terceiros
países de influenciar a cooperação técnico-militar", escreve Timofeev.
Entre os que mais se beneficiarão da crise ucraniana estão alguns países
que atualmente estão sujeitos a pesadas sanções dos EUA, como Venezuela ou Irã ,
já que Washington poderia reduzir a pressão das sanções para compensar os prejuízos
causados pela proibição de importações de petróleo russo.
Os adultos querem parecer mais
novos e até infantis nos vídeos curtos do TikTok. São dancinhas, dublagens com
voz de criança e até efeitos visuais para rejuvenescer fisicamente.
Mas não é apenas nas redes
sociais que as pessoas se mostram mais infantis, não. Isso está ocorrendo
fortemente na política.
As fake News são verdadeiras
armas políticas, sim, mas daquelas de jogo sujo. As mentiras que detonam os
adversários ou que edificam o líder como o presidente mais popular do mundo ou
que está concorrendo ao Nobel da Paz, parecem argumentos infantis, quase que
como desejos, desprovidos de qualquer elementos fáticos ou concretos.
Os nomes utilizados pelos
candidatos a vereadores, deputados e senadores também assusta. Vão de palavrões
a personagens da tevê.
A infantilidade, porém, não está
limitada a esses grupos, alcançando também os próprios eleitores, que não votam
nas propostas, mas contra um candidato ou partido que odeiam, como se fosse
birra, sem pensar no futuro do país.
O Brasil, com 522 anos, seria
pela idade um senhor adulto, porém, parece mais uma ex-colônia, onde muitos se
aproveitam para explorar a terra e a mão de obra. Os escravos são a grande
maioria da população, muitos deles infantilizados e sem noção exata da realidade.
Ou você acha que não?
Todo evento pode ser ceifador, a começar pela doença que leva a óbito um dado indivíduo. Mas os ceifadores tratados por diversas Entidades seriam eventos mundiais, ou seja, que ocorreriam em praticamente todo o planeta e que levariam a óbito milhões ou bilhões de pessoas.
Mas ceifador não precisa estar ligado ao evento morte, necessariamente. Ceifar significa cortar, separar, assim como Jesus falava em separar o joio do trigo. Assim, no plano da Espiritualidade, evento ceifador pode significar o que desperta de imediato a humanidade para a necessidade de sua elevação individual e coletiva, sendo capaz de separar, de modo mais claro, os elevados espiritualmente daqueles que ainda estão presos a necessidades primárias materiais.
Uma crise econômica, como a que parece se avizinhar globalmente com essa guerra na Ucrânia e as fortes sanções impostas à Bielorússia e Rússia podem mudar os hábitos e a visão de muitos humanos, levando-os a ações mais humanistas e solidárias, e, assim, esse evento poderia ser considerado ceifador.
A crise econômica promete ser a mais grave da história humana, provocando quebras de grandes grupos ocidentais, e não apenas russos. Todo o conforto que vivíamos pode ser diminuído bruscamente por conta de um remodelamento da sociedade humana, que implicará em nova forma de viver, mas integrativa e solidária. Essa é uma grande possibilidade.
No início de vida deste blog eu citava ou
transcrevia artigos que esclareciam questões polêmicas, normalmente de mídias
alternativas, que nos permitiam perceber um outro olhar sobre um fato a que o
ocidente dava uma única perspectiva. Com o passar do tempo, passei a me dedicar
unicamente a escritos próprios. Com a questão do conflito na Ucrânia, entendo
importante observar que não há heróis, mas muitas vítimas e manipulação. Se a
mídia ocidental nos faz ver o drama dos refugiados ucranianos e nos sensibilizar
com eles, por outro, transforma os russos e a população ucraniana de etnia
russa em vilões. Não é bem assim. Vilões não são as populações, e sim os atos
de extremistas que agem em prol de interesses obscuros. Para permitir um
outro olhar, transcrevo abaixo, na íntegra, um texto da russo-ucraniana Olga
Sukharevskaya, ex diplomata e escritora, publicado originalmente no site da RT
em
inglês (https://www.rt.com/russia/551975-nazi-influence-ukrainian-politics/),
necessário para a compreensão do outro lado, do radicalismo de extrema direita
na Ucrânia e do que ocorre nas províncias ucranianas reconhecidas como
independentes pela Rússia. Abaixo está o texto integral já traduzido para o
português pelo Google Traductor. Boa leitura!
MATÉRIA RT
Sob o Wolfsangel: A verdade desconfortável sobre
ideologias radicais na Ucrânia
A influência nazista na política ucraniana moderna é clara, tangível e deliberadamente ignorada por seus apoiadores ocidentais
Uma rápida olhada nos documentos sobre a fundação do Estado ucraniano faria com que parecesse bastante europeu e democrático, e é exatamente a razão pela qual muitos podem ter descartado a fala de Vladimir Putin sobre neonazistas na Ucrânia como retórica e propaganda. A verdade, no entanto, é muito mais complicada e não pode ser resumida dizendo que "o presidente ucraniano é judeu e, portanto, todas as alegações são falsas".
Diga-me quem são seus heróis, e eu lhe direi quem você é
Uma figura histórica que emergiu como herói na Ucrânia pós-Maidan é Stepan Bandera, líder e ideólogo da ala militante da Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN), de extrema direita. Hoje, há ruas com seu nome, as pessoas cantam canções em sua homenagem e carregam seu retrato.
Nascido na Galícia (na época parte da Áustria-Hungria) em 1º de janeiro de 1909, Stepan Bandera foi julgado por acusações de terrorismo na Polônia em várias ocasiões. Em 1934, ele foi condenado à morte, mas a sentença foi comutada para prisão perpétua. Ele cumpriu sua sentença até 1939, quando foi libertado após a invasão alemã da Polônia.
Bandera passou seus anos de juventude construindo uma carreira em organizações nacionalistas. Em 1928, ele se juntou à Organização Militar Ucraniana e, em 1929, tornou-se membro da Organização dos Nacionalistas Ucranianos, onde rapidamente ganhou influência. Ele foi fundamental na divisão da organização em duas facções em fevereiro de 1940. Bandera tornou-se o líder do OUN-B mais radical, enquanto membros mais moderados apoiaram o OUN-M de Andriy Melnyk.
Ambas as facções apoiaram o Terceiro Reich de Hitler e colaboraram com os alemães durante a Segunda Guerra Mundial. Bandera negociou pessoalmente a criação da "Legião Ucraniana" sob o comando alemão, que finalmente foi organizada em duas unidades. Um, comandado por Roman Shukhevych, ficou conhecido como Batalhão Nachtigall, e o outro, comandado por Richard Yary, era o Batalhão Roland. Ambos eram as subunidades sob o comando da unidade de operações especiais Abwehr (o serviço de inteligência militar alemão) Brandenburgers.
A 1ª Divisão Galega das SS também foi composta predominantemente por voluntários de origem étnica ucraniana com vínculos com a OUN. Um dos batalhões da Divisão foi comandado por um membro da OUN, Major Yevgeny Pobigushchy. A propaganda ucraniana atual descreve esta Divisão como o Exército Insurgente Ucraniano, mas era mais uma organização paramilitar nacionalista estabelecida pela OUN que colaborou com os nazistas e foi dirigida pelos líderes da OUN Dmytro Klyachkivsky e Roman Shukhevych. Na realidade, a 1ª Divisão Galega da SS começou como a Divisão SS-Freiwilligen "Galizien" , mas foi renomeada depois de 1944 como a 14ª Waffen Grenadier Division der SS e deveria ser composta apenas por galegos, que eram considerados pelos nazistas para ser "mais ariano” do que os ucranianos. No entanto, OUN-B se infiltrou com sucesso na divisão e assumiu algumas posições de liderança nela.
A essência nazista de Bandera é destacada pelas decisões da organização, o parágrafo 16 da instrução 'Luta e Atividades da OUN em Tempo de Guerra' de 1941 afirma :
“As minorias nacionais são divididas em:
a) amigável conosco, isto é, membros de todos os povos escravizados;
b) hostil a nós – moscovitas, poloneses, judeus.
a) com os mesmos direitos que os ucranianos, que podem retornar à sua terra natal;
b) que são destruídos na luta, exceto aqueles que defendem o regime: o reassentamento em suas terras, a destruição, em primeiro lugar, da intelectualidade, o que não deve ser permitido em nenhuma instituição governamental, e geralmente impossibilita o surgir a intelectualidade, ou seja, acesso a escolas, etc. Por exemplo, os chamados aldeões poloneses precisam ser assimilados, informando-os, especialmente neste tempo quente e fanático, que são ucranianos, apenas de rito latino, à força assimilado. Destrua os líderes. Isole os Yids, remova-os das instituições governamentais para evitar sabotagem, especialmente moscovitas e poloneses. Se houver uma necessidade insuperável de deixar um Yid no aparato econômico, coloque nosso policial sobre ele e liquide-o pela menor ofensa.
Os líderes de certas áreas da vida só podem ser ucranianos, e não inimigos estrangeiros. A assimilação de Yids está fora de questão.”
Bandera, como chefe desta organização, recebeu o título de Herói da Ucrânia pelo ex-presidente da Ucrânia Viktor Yushchenko em 20 de janeiro de 2010. Em 17 de fevereiro de 2010, os eurodeputados pediram ao recém-eleito presidente Viktor Yanukovych que reconsiderasse as ações de Yushchenko, e o Centro Simon Wiesenthal expressou “profundo desgosto” pela veneração “vergonhosa” de Bandera.
Após o golpe de 2014, as novas autoridades ucranianas adotaram uma abordagem mais sistemática para glorificar os colaboradores de Hitler. Em abril de 2015, foi adotada a lei 'Sobre o Estatuto Jurídico e a Perpetuação da Memória dos Combatentes pela Independência da Ucrânia no Século XX', na qual se glorifica a OUN e a UPA. Essa perpetuação da memória refere-se à construção de complexos memoriais, renomeando lugares significativos após os colaboradores, propaganda em arte etc. Em 2019, a Verkhovna Rada da Ucrânia adotou uma resolução sobre a celebração de datas e aniversários memoráveis. A lista inclui o aniversário de Stepan Bandera. Em 1º de janeiro, procissões de tochas em homenagem a Bandera são realizadas anualmente nas cidades ucranianas, e uma avenida Stepan Banderaapareceu em Kiev.
Nada na lei impede a realização de marchas e a construção de monumentos em homenagem à divisão SS da Galiza. De acordo com a legislação ucraniana, nenhum monumento pode ser criado sem a permissão das autoridades municipais.
Mitos históricos na escola e a Juventude Hitlerista
Educar as crianças no espírito do nazismo ucraniano começa na escola. Em particular, um livro de história escrito por Mykola Galichants se refere diretamente à "origem ariana" da nação ucraniana, cuja existência ele remonta diretamente à era paleolítica. Este livro foi publicado em 2005.
Todas as referências à 'Segunda Guerra Mundial' desapareceram completamente dos livros didáticos ucranianos. Nos tópicos do exame para 2020, apenas uma certa 'guerra soviético-alemã' é mencionada e qualquer referência a Hitler, Bandera, o Holocausto etc. No entanto, existem algumas exceções. Uma versão de um livro didático da 5ª série observa que, em 1º de abril de 1939, Hitler teria declarado: “ A alma dói quando vemos o sofrimento do nobre povo ucraniano… Chegou a hora de criar um estado ucraniano comum. ” Alguns livros expressam orgulho de que os jovens ucranianos defenderam as cidades alemãs de ataques a bomba, enquanto outros declaram que os regimes de Hitler e Stalin eram igualmente hostis aos ucranianos.
Essas discrepâncias não surpreendem porque não há um único livro de história para as escolas na Ucrânia. Enquanto os autores tentam cumprir uma lei intitulada 'Sobre a condenação dos regimes comunista e nacional-socialista e a proibição da propaganda de seus símbolos', ao se referir à cooperação da OUN e da Igreja Greco-Católica da Ucrânia com os nazistas, seria parecem que nem sempre são bem sucedidas.
Por exemplo, um livro da 10ª série de autoria de V. Vlasov e S. Kulchitsky fala sobre como o arcebispo metropolitano Andrei Sheptytsky salvou os judeus, para os quais as pessoas normalmente recebem o título de 'Justos entre as nações do mundo'. No entanto, o Centro Mundial de Memória do Holocausto de Israel, Yad Vashem, negou a Sheptytsky essa honra, e está bem claro o porquê. No início da Segunda Guerra Mundial, Sheptytsky enviou uma carta a Hitler expressando apoio à "libertação" de Kiev. O livro também nomeia Bandera como o iniciador do 'Ato de Restauração do Estado Ucraniano'. Enquanto os educadores não têm pressa em informar os alunos sobre o seu conteúdo, você pode ver cartazes festivosnas ruas da Ucrânia em homenagem a este documento. Deve-se notar que a terceira página desta lei diz o seguinte: “ Uma vez restaurado, o Estado ucraniano cooperará estreitamente com a Alemanha Nacional Socialista, que está criando um novo sistema na Europa e no mundo sob a liderança de Adolf Hitler e ajudando o povo ucraniano para se libertar da ocupação de Moscou. O Exército Revolucionário Nacional Ucraniano, que está sendo formado em solo ucraniano, lutará junto com o exército alemão aliado contra Moscou por um estado ucraniano soberano e unido e um novo sistema em todo o mundo ”.
Mas o que as escolas não ensinam é compensado por organizações neonazistas ucranianas que estão ativas em todo o país. Os mais comuns são os acampamentos militares Azovets organizados pelo Batalhão Azov, onde crianças a partir dos 7 anos são ensinadas a se envolver em guerra e sabotagem. Todo o sistema de treinamento está repleto de símbolos e slogans nazistas . Em particular, o canto ucraniano 'Ucrânia acima de tudo' é derivado diretamente de 'Deutschland über alles'.
Enquanto os nacionalistas ucranianos desempenharam um papel importante na mudança de poder durante o Euromaidan em 2013-2014, a educação dos jovens no espírito nazista começou muito antes de 2014. Por exemplo, em 2006, o treinamento de terrorismo e sabotagem foi realizado na Estônia sob o orientação de curadores dos países da OTAN. Em 2013, a UNA-UNSO também informou que havia realizado esses exercícios. Esta última organização é uma das mais antigas e seus membros participaram das guerras contra o exército russo na Geórgia e na Chechênia. O treinamentode militantes e a organização Patriota da Ucrânia são amplamente conhecidas, e esses processos são apoiados no mais alto nível estadual. Por exemplo, um campo neonazista organizado pela organização Stepan Bandera All-ucraniana Tryzub foi homenageado pela presença de Valentin Nalivaichenko, chefe do Serviço de Segurança Ucraniano.
O lado nazista de Maidan e atrocidades no Donbass
Enquanto a mídia global mostrava o Euromaidan da Ucrânia com os líderes de partidos políticos pró-ocidentais bem conhecidos no exterior, um grupo de organizações de extrema direita estava se formando nos bastidores – o Setor Direita. Tryzub, Bely Molot ( “Martelo Branco ”), Patriota da Ucrânia, a Assembleia Social-Nacional, torcedores radicais de futebol e outros estavam sob seu guarda-chuva.
Cada uma dessas organizações tem suas raízes ideológicas na Organização dos Nacionalistas Ucranianos da era da Segunda Guerra Mundial. A Tryzub foi fundada por Yaroslava Stetsko, esposa do autor da Lei de Renovação do Estado Ucraniano e membro do Parlamento ucraniano. Yuri Shukhevich, filho de Roman Shukhevich, o notório comandante do Exército Insurgente Ucraniano e vice-comandante do Batalhão Nachtigall, chefiou a Assembleia Nacional Ucraniana – Autodefesa do Povo Ucraniano. Ele também foi deputado. Os nacionalistas “respeitáveis” do partido Svoboda escolheram o nome Partido Nacional-Social (soa familiar?) quando foi fundado em 1991. O grupo radical Patriota da Ucrânia veio desse partido e, no início, seu chefe era Andriy Parubiy , ex-presidente da Verkhovna Rada.
As declarações dos líderes dão uma ideia do que esses “patriotas” acreditam. O vice-comandante de Azov, Oleg Odnorozhenko, que também ocupa cargos de liderança na Assembleia Social-Nacional e foi um dos ideólogos por trás do Patriota da Ucrânia, acha que é necessário restaurar o domínio branco em países com “população não temporária”. E Andriy Biletsky, co-fundador da Assembleia Social-Nacional, que foi deputado e agora dirige o Corpo Nacional (a ala política do Batalhão Azov), está convencido de que a missão histórica da nação ucraniana é “lidere a cruzada branca contra os sub-humanos liderada pelos semitas.” Oleg Tyagnibok, o “respeitável”fundador do Patriot of Ukraine, também deixou suas opiniões sobre a “questão judaica” muito claras em 2004.
O antissemitismo também está se espalhando na Ucrânia, junto com a ideologia nazista. De acordo com o relatório de 2020 publicado pela Comunidade Judaica Unida da Ucrânia, 56% dos judeus que vivem na Ucrânia sentem que o antissemitismo está crescendo no país. O documento também contém inúmeras fotos que demonstram tendências antissemitas entre os ucranianos.
Estas foram as pessoas que formaram um grupo central altamente motivado da chamada operação antiterrorista no Donbass após o início da guerra civil na Ucrânia. O presidente interino Oleksandr Turchynov deu a ordem para estabelecer esses batalhões paramilitares. O primeiro vice-primeiro-ministro da Ucrânia, Vitaly Yarema, disse: “Convidaremos os ativistas e esquadrões de Maidan que ajudam a manter a ordem nacional para a Guarda Nacional. Esses militares podem ser implantados no leste e no sul.”
Trazer seguidores da ideologia de Stepan Bandera para a DPR e LPR levou a inúmeros crimes contra civis, que as organizações internacionais não podiam ignorar. Em setembro de 2015, foi publicado um relatório do Relator Especial sobre execuções extrajudiciais, afirmando que “resta um pequeno número de grupos de milícias potencialmente violentos, como o Setor Direito, que agem aparentemente por sua própria autoridade, graças a uma alta nível de tolerância oficial e com total impunidade” no Donbass e no resto da Ucrânia.
A Anistia Internacional também publicou um relatório sobre os crimes cometidos pelo Batalhão de Voluntários de Aidar, bem como um relatório sobre como o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) manteve pessoas em detenção não reconhecida por longos períodos (às vezes até quinze meses) sem a devida processo em andamento e negando-lhes o acesso a advogados e parentes. O último documento fornece detalhes macabros sobre a tortura de um morador de Mariupol, Artem, (cujo nome verdadeiro foi omitido) pelo Batalhão Azov (que surgiu da organização neonazista Patriota da Ucrânia). Ele foi torturado com choques elétricos, privação de sono e afogamento.
O Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos cita vários casos de membros do Batalhão Azov e soldados do exército ucraniano saqueando e violando civis. Em um ato de violência ultrajante, um homem com deficiência mental foi submetido a tratamento cruel e estupro nas mãos de membros dos Batalhões Azov e Donbas. A saúde da vítima se deteriorou posteriormente, e ele foi colocado em um hospital psiquiátrico.
Em Mariupol, o Batalhão Azov teria tido um centro de detenção secreto onde várias pessoas foram torturadas. Foi dito que a SBU da Ucrânia forneceu a cobertura para a operação, o que significa que esta atividade foi apoiada pelo governo oficial da Ucrânia. Que mais provas precisamos, se o ex-vice-comandante do Batalhão Azov, Vadym Troyan, passou a ser nomeado Vice-Ministro do Interior da Ucrânia, e o próprio Batalhão Azov é agora uma unidade da Guarda Nacional da Ucrânia que serve o Ministério da Administração Interna? Troyan estava encarregado das reformas policiais que envolveram uma mudança completa de pessoal. Sob suas ordens, os oficiais que trabalhavam com o governo anterior de Viktor Yanukovych foram dispensados e substituídos.
O fato é que as autoridades de Kiev nem mesmo escondem sua afeição pelos símbolos do Terceiro Reich. Por exemplo, as insígnias do Batalhão Azov incluem o símbolo Wolfsangel (Armadilha do Lobo) que era muito popular entre várias unidades alemãs da Wehrmacht e SS. Foi transportado pela 2ª Divisão SS Panzer Das Reich, entre outros. Os membros do Azov também foram fotografados usando o Schwarze Sonne (Sol Negro), outro conhecido símbolo neonazista. O mesmo vale para a insígnia do Batalhão Donbass, que apresenta a Águia Nazista em um ataque de mergulho.
Além disso, o parlamento ucraniano adotou uma resolução “Ao partir de algumas obrigações consagradas no Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos” já em maio de 2015. Esta resolução forneceu uma base legal para os crimes de guerra cometidos pelo regime contra a população que vive em a Zona de Operação Antiterrorista (ATO), sendo a ATO o que a Ucrânia chamou oficialmente de sua guerra contra o Donbass.
A Internacional Nazista
Desde os primeiros dias da guerra de Kiev contra o Donbass, as tropas ucranianas se juntaram a mercenários internacionais, principalmente de uma variedade neonazista, ultradireita e racista. O Batalhão Azov, junto com a Divisão Misantrópica de extrema direita, desempenhou um papel fundamental na organização dessa rede internacional de guerrilha neonazista.
Os mercenários internacionais começaram a treinar para a Divisão Misantrópica já em 2015 em Portugal, e cidadãos da França, Itália, Bielorrússia, Canadá, Suécia, Eslovênia e EUA já haviam participado da guerra no Donbass antes disso. Por exemplo, houve relatos de Mikael Skillt, um franco-atirador neonazista sueco que se juntou ao Batalhão Azov. O jornal português Publico informou que Francesco Saverio Fontana, um neofascista italiano ligado à CasaPound Italia lutou no Donbass e recrutou combatentes internacionais para a operação ATO da Ucrânia do Reino Unido, França e Brasil. Michael Colborne, um jornalista canadense que trabalha com a Balkan Investigative Reporting Network (BIRN) relatou que em 2014 e 2015 o Batalhão Azov foi acompanhado por pelo menos trinta mercenários da Croácia.
Mas não são apenas mercenários. O Batalhão Azov também vem fortalecendo os laços com organizações de extrema direita e nazistas nos EUA e na Europa. Está em contacto não só com os neonazistas e racistas croatas, mas também com os da Estónia (EKRE), França (Bastion Social), Polónia (Szturmowcy), EUA (Movimento Rise Above), Suécia (Movimento de Resistência Nórdica), e Itália (CasaPound). No ano passado, o chefe do Movimento Rise Above, Greg Johnson, veio a Kiev para se encontrar com pessoas que pensam da mesma forma, enquanto o Movimento Sueco de Resistência Nórdica publica com prazer entrevistas com membros do Batalhão Azov.
A mídia alemã informou sobre os laços estreitos do Batalhão Azov com o Partido Nacional Democrático da Alemanha e Der III. Weg (O Terceiro Caminho). Esses laços também se estendem à Noruega, pois o prédio que abriga a sede do Partido Democrático Nacional pertence a um nacionalista norueguês. O Die Zeit investigou como os nacionalistas locais estão ligados ao Batalhão Azov e descobriu vários projetos conjuntos. A investigação destacou o papel ativo desempenhado por Elena Semenyaka, da Azov, que visitou a Alemanha oito vezes. Entre outros casos, ela foi convidada pela extrema-direita Die Rechte para falar a um grupo do Movimento Identitário (Identitäre Bewegung Deutschland). Em um festival organizado pelo partido neonazista Der III. Weg perto de Erfurt em 2018, ela promoveu um festival de rock de direita na Ucrânia chamado Asgardsrei. Asgardsrei é um dos maiores eventos nacionalistas do gênero, permitindo que extremistas de direita da Noruega, Itália, Alemanha, Estados Unidos e outros lugares se encontrem e troquem ideias. Às vezes é até possível ver as bandeiras da Divisão Atomwaffen na platéia.
Os neonazistas têm laços internacionais estreitos e extensos, o que levou a um número crescente de ataques terroristas, bem como crimes de ódio e religião, como o tiroteio na mesquita da Nova Zelândia ou o tiroteio na sinagoga da Califórnia. Quando a Itália estava investigando o assassinato do jornalista Andrea Rocchelli, veio à tona que havia cinco italianos lutando no Donbass do lado da Ucrânia – especificamente, como parte do Batalhão Azov. Eles encontraram um esconderijo onde os neonazistas mantinham mais de 100 armas e até um míssil ar-ar. Matteo Salvini, vice-primeiro-ministro da Itália na época, disse que os nacionalistas ucranianos estavam planejando uma tentativa de assassinato contra ele.
De acordo com o Comitê de Combate ao Terrorismo do Conselho de Segurança da ONU, em 2015-2020, o mundo viu um aumento de 320% nos ataques terroristas afiliados a ideologias de extrema-direita.
Em grande medida, temos de "agradecer" à Ucrânia por isso. Hatebook – um relatório investigativo publicado pelo Centre for Countering Digital Hate (CCDH), com sede em Londres, em seu site – destaca o uso das mídias sociais para coordenar as atividades neonazistas internacionalmente. É o que diz o relatório sobre o Batalhão Azov e a Divisão Misantrópica: “Ambos os grupos procuraram exportar sua ideologia para os países ocidentais, ganhar seguidores e incitar a violência. O Batalhão Azov, uma força paramilitar neonazista, se ofereceu para receber e treinar membros americanos do violento Movimento Rise Above. A Divisão Misantrópica – estreitamente afiliada a Azov – influenciou extremistas domésticos nos EUA e no Reino Unido que foram acusados de crimes terroristas.”
Apesar das inúmeras tentativas de designar o Batalhão Azov como organização terrorista, os países ocidentais ainda não conseguiram fazer isso. Então, aqui vai uma pergunta – quem se beneficia de apoiar o nazismo na Ucrânia?
Por Olga Sukharevskaya, ex-diplomata, legista e autora ucraniana nascida em Moscou
Para viver, sinta, sonhe e ame. Não deseje apenas coisas materiais. Deseje o bem e multiplique as boas ações. Sorria, sim. Mas ame mais. Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante. Ame quem errou e quem acertou. Não diferencie. O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita. Pense nisso e aceite a vida.
Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948
Artigo I Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade. Artigo II Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. Artigo III Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Artigo IV Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas. Artigo V Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. Artigo VI Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei. Artigo VII Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação. Artigo VIII Toda pessoa tem direito a receber dos tributos nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei. Artigo IX Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado. Artigo X Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele. Artigo XI 1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa. 2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso. Artigo XII Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques. Artigo XIII 1. Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado. 2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar. Artigo XIV 1.Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países. 2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos propósitos e princípios das Nações Unidas. Artigo XV 1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade. 2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade. Artigo XVI 1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer retrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução. 2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes. Artigo XVII 1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. 2.Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade. Artigo XVIII Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular. Artigo XIX Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras. Artigo XX 1. Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas. 2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação. Artigo XXI 1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de sue país, diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos. 2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país. 3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto. Artigo XXII Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade. Artigo XXIII 1.Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. 2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho. 3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social. 4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar para proteção de seus interesses. Artigo XXIV Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e férias periódicas remuneradas. Artigo XXV 1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu controle. 2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social. Artigo XXVI 1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito. 2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. 3. Os pais têm prioridade de direito n escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos. Artigo XXVII 1. Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do processo científico e de seus benefícios. 2. Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica, literária ou artística da qual seja autor. Artigo XVIII Toda pessoa tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados. Artigo XXIX 1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, em que o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível. 2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará sujeita apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática. 3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos propósitos e princípios das Nações Unidas. Artigo XXX Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.