O mundo está em alerta.
A Rússia ataca a
infraestrutura militar ucraniana e diz ter reduzido a zero a defesa antiaérea
do país.
A ordem de ataque partiu
do líder supremo das Forças Armadas da Rússia, o presidente Vladimir Putin, sob o argumento de que as
ações russas visavam desmilitarizar e “desnazificar” a Ucrânia.
A Rússia tinha e tem medo da seguida expansão da OTAN, organismo criado
durante a guerra fria e que visava conter a União Soviética, se alastrando
agora para países fronteiriços da atual Rússia.
A Ucrânia faz fronteira com a Rússia e a colocação de mísseis em seu
território permitiria dizimar a Rússia como um todo em questão de minutos.
Se, por um lado, a ação
russa deve ser criticada, por outro, um organismo anacrônico como a OTAN visa
manter a hegemonia das economias europeia e americana contra todo o resto do
mundo, venha ele de que lugar seja, incluindo aí a Rússia, vizinha das
potências integrantes desse bloco militar ocidental.
O fim da guerra e o recuo
russo poderiam ser conseguidos com o fim da OTAN, mas isso não interessa aos
Estados Unidos, que lideram o organismo e, com isso, consegue manter guerras sem
o fluxo de capital necessário para manter uma guerra isoladamente.
A guerra tende a não se
alastrar e ser pontual, mas os seus efeitos podem abalar as economias do globo,
além de modificar as estratégias estadunidenses e europeias.
A Europa tem direito a um
grande exército unificado, que atenda aos seus interesses, mas um organismo
como a OTAN, que extrapola a Europa e que visa atender principalmente a fins
geopolíticos e econômicos dos Estados Unidos, põe em risco principalmente
pequenos países, como a história já nos revelou: Líbia, Iraque e outros. Irã,
que assiste a tudo silentemente, deve agradecer à Rússia por sua ação de inibir
o expansionismo da OTAN para próximo de seu território.
O revés russo, porém, se mostra evidente. Se, por um lado, a Ucrânia sairá territorialmente dividida, satisfazendo aos interesses militares russos, por outro, o ataque e as ações russas fortalecem as forças políticas ligadas ao ocidente, que veem a Rússia não como parceira, mas como inimiga a ser contida.
A solução rápida e eficaz para o fim desses conflitos seria o fim da OTAN, mas isso está longe de acontecer, ainda mais com os altos custos das guerras que não pode hoje ser financiado unilateralmente pelos Estados Unidos, com uma economia decadente, se comparada à gigante China.
Rússia e OTAN deveriam pedir desculpas à Ucrânia, utilizada pelos dois lados como escudo de seus próprios interesses.