Gosto dos enigmas e, ao mesmo tempo, sou tímido. Ou seja, muitas vezes o que digo assume um duplo sentido proposital. Escrevo sobre algo que, em princípio, não me diz respeito, mas que muitas vezes esconde muito de mim.
Não gosto de me expor e o xadrez da escrita cria em mim a possibilidade de um desabafo com absoluta discrição, e por isso amo as palavras, a escrita e a magia de cada texto refletido ou escrito com a alma, o coração ou até mesmo o fígado. As entranhas, e não apenas a alma e o coração, expõem muito de nós e um leitor atento será capaz de decifrar a alma e até mesmo a condição psicológica do autor do texto.
Muitas vezes escrevi sobre um determinado tema que dizia respeito a uma dor ou a um sentimento pessoal, mas que transmutei em um texto crítico sobre política ou geopolítica, e que para mim continuava a fazer pleno sentido, tanto no campo pessoal, como no político.
Porém, peço que não analisem tão a fundo os meus textos, pois não quero restar nu na frente dos leitores desse blog, mas peço que nunca deixem de amar a brincadeira com as palavras, com o conhecimento e a mera troca de ideias.
O verbo, já dizia a Bíblia, cria realidades e mundos! Se uma Biblioteca pode ser reveladora dos denominados multiversos, ao mesmo tempo elas (realidades) e eles (mundos) podem ser mágicos e intensificar a paixão pelo viver em cada ser, sendo um hospital de almas.