Bolsonaristas comemoram o surgimento de uma cratera na marginal
Tietê, em São Paulo. Para eles, isso traria evidentes prejuízos ao governador João
Dória, pré-candidato à presidência da República pelo PSDB.
Comemorar um acidente que põe em risco vidas humanas e
atrasa a entrega de uma obra socialmente tão importante como o metrô, revela mau-caratismo.
Como é evidente, a culpa não é do governador, embora “possa”
(em hipótese, sem efetivamente imputar culpa a alguém) haver responsabilidade
da empresa espanhola responsável pela construção da linha e de eventual
funcionário da administração pública responsável pela fiscalização.
O mau caratismo e oportunismo eleitoral de bolsonaristas
revela o jogo sujo que se transformou a política no Brasil.
Pouco importa o povo, as necessidades do povo e do Brasil,
bem como a verdade. O que importa para esses oportunistas é o discurso vazio,
repleto de ódio e imagens de propaganda, explorando ao máximo a boa fé do
eleitor e o ódio por aqueles fomentados.
A eleição, elemento maior da democracia, deve ser
protegida e preservada, pois ela é o alvo indireto dos inescrupulosos
defensores do bolsonarismo.
Aqueles que atacam candidatos, explorando eventos que não
se relacionam diretamente ao político em questão, atacam frontalmente a verdade
e a própria democracia, em um primeiro momento.
Essas pessoas, tão sedentas por poder, não se importam propriamente
com as eleições e os seus resultados, mas apenas com o objetivo tramado, qual
seja, a posse de seu candidato. Democracia para elas não é algo a comemorar,
mas um obstáculo àquilo que realmente querem, o poder e a perpetuação de seu
candidato no cargo. Assim, quanto mais inverdades (leia-se em português claro,
MENTIRAS) e ataques a candidatos adversários houver, melhor para o mito
político que criaram.
Democracia, ao contrário, não vive de inverdades,
enganações e manipulações, elementos essencialmente antidemocráticos, mas de discursos,
conversas, propostas, projetos e ideais.
As Cortes de Justiça, bem como a Eleitoral, devem estar
plenamente atentas. O ataque à democracia não é apenas direto, feito às suas
instituições, mas corrompendo o próprio sistema democrático e também o eleitoral.