imagem: ReserchG/ate
Quando o Brasil caminha rumo à soberania, ou o presidente da República se afasta, ou é afastado ou perde a vida.
Assim foi com Getúlio Vargas, com João Goulart e com Dilma Roussef.
Bastou Getúlio Vargas proibir a venda para o exterior de tório e urânio para meses depois perder a vida. Logo em seguida, em 1955, o seu sucessor fez negociações secretas com o governo dos Estados Unidos para permitir a exploração de tório e urânio, em parceria, entre Brasil e Estados Unidos, com prioridade de compra pelos Estados Unidos e a preços muito módicos.
Àquela época, Estados Unidos e a então União Soviética disputavam a hegemonia nuclear.
Hoje, o Brasil enfrenta forte pressão dos Estados Unidos em relação às nossas terras raras, sendo o Brasil o detentor da segunda maior reserva de todo o globo.
Os Estados Unidos ameaçam invadir a Venezuela, sob o pretexto de combate ao narcotráfico. Muitos analistas citam o petróleo como causa principal das ameaças e pretensa invasão. Porém, além de ter as maiores reservas de petróleo do mundo, a Venezuela também possui uma importante reserva de tório, como se vê no mapa em destaque.
Considerando-se o histórico de pressão estadunidense, o povo brasileiro deve ficar alerta e, nas eleições a ocorrerem em 2026, prestigiar candidaturas que priorizem os interesses do Brasil e do povo brasileiro.
O Brasil perdeu, legal e também ilegalmente, muito tório desde final do século XIX, quando franceses, britânicos e estadunidenses usavam esse elemento radioativo para iluminar as ruas de suas cidades. Navios aportavam nos estados da Bahia e do Espírito Santo levando legal e ilegalmente toneladas de areias com tório.
Posteriormente, descobriu-se que tório era um elemento radioativo potente. Muitos países, então, começaram a preparar armamentos nucleares com base no tório, e não no urânio. Hoje, o único país que utiliza o tório para armamentos atômicos é a Índia.
Em março deste ano, a China descobriu uma reserva enorme de tório na Mongólia interior, região chinesa, capaz de suprir as necessidades energéticas da China por até 500 mil anos. Sim, quinhentos mil anos. A China já utiliza usinas nucleares a base de sal de tório para a produção de energia. Com essa descoberta, a China deve ter ultrapassado o Brasil na liderança de reservas desse elementos radioativo.
Daí a importância do tório para a China, mas também para o Brasil.
Tório é um elemento radioativo mais potente, menos poluente e mais abundante na natureza. O Brasil possui as maiores reservas estimadas de Tório, encontradas principalmente em Minas Gerais, Amapá, Paraíba, Espírito Santo e Bahia.
Considerando-se a necessidade energética, o Brasil não pode abrir mão da exploração de petróleo, mas como há finitude nessa exploração, além da questão ambiental e do aquecimento global, o Brasil já deve começar - e com urgência - a desenvolver o enriquecimento de tório para a produção de energia elétrica.
Quanto à questão de desenvolvimento de armas nucleares, há uma limitação constitucional. Creio que a questão deva ser devidamente discutida e posteriormente submetida ao voto popular. O Brasil não precisa usar armas nucleares, mas precisa conhecer todo o procedimento de enriquecimento de urânio e também de tório, e possuir um número suficiente de artefatos a dissuadir qualquer país de ameaçar ou tentar invadir ou praticar atos contra o país.
Ainda que optemos por não termos armas nucleares, o desenvolvimento energético pelo tório é questão estratégica e vital para o Brasil ser competitivo e liderar o hemisfério sul nessa tecnologia.
Tório, seja como elemento energético ou de artefato nuclear, é hoje um elemento de soberania nacional para o Brasil e os brasileiros.
