segunda-feira, 17 de julho de 2017

VOLTAMOS Á ERA VARGAS, COM UMA DIREITA E UMA ESQUERDA QUE NÃO APONTAM PARA AS SOLUÇÕES QUE O PAÍS PRECISA

Parece que vivemos em plena era Vargas, onde a esquerda e a direita, radicais, sem apresentar propostas efetivas, se digladiavam contra o governo que implementava avanços sociais e econômicos. Hoje, a esquerda representada pelo PT e PC do B, e a direita representada pelo PMDB, PSDB e aliados, não discutem questões centrais, como o pagamento de juros e remessa de lucro.
Os governos trabalhistas de Vargas e João Goulart mexeram nessas questões centrais e fomentaram a industrialização e o desenvolvimento do país, além de propiciarem garantias trabalhistas, previdenciárias e sociais e, por isso, pagaram um preço alto. O primeiro praticou suicídio e o segundo foi destituído do poder à força. 
Falta ao Brasil, hoje, a visão ao mesmo tempo nacionalista e de planejamento de um Brasil social e economicamente mais avançado traçado pelos governos trabalhistas de Vargas e de Jango.
Hoje o Brasil se desindustrializa e empobrece. Há absurdos ocorrendo há anos e ninguém teve coragem de mudar.
Soa como mentira, mas é verdade. E os dados são divulgados pela FIESP em seu site http://www.jurometro.com.br/

Só nesse ano, 2017, até o dia 17 de julho, o Brasil gastou 212 bilhões de reais no pagamento de juros da dívida. É muito dinheiro.  E em 2016 foram pagos R$ 407 bilhões de juros, sem abater o principal da dívida, segundo o site do Nexo Jornal.

O que isso significa? Que o governo tem que arrecadar mais impostos e, ao mesmo tempo, reduzir investimentos em áreas essenciais, como educação e saúde, e cortar gastos com benefícios sociais e com o pagamento de folha de servidores.

Não é por outro motivo que o governo pretende aprovar, a todo custo, a reforma da previdência social. Para ele isso é muito mais fácil, pois não precisa lidar com os todos poderosos donos das instituições financeiras. Basta negociar com o Congresso Nacional. E como se dá essa negociação? Você já sabe bem, e não tem nada de ético nisso.

Para pagar juros que beneficiam as instituições financeiras internacionais e nacionais, além dos rentistas, aqueles que lucram muito com os juros pagos pelos bancos, o governo não quer mudar as regras do pagamento de juros, nem negociar. E, ao contrário, continua beneficiando essas poderosas instituições, até perdoando dívidas, como fez recentemente com o Itaú e o Bradesco.

Um governo sério em qualquer outro país do mundo negociaria com as instituições para rever esses juros exorbitantes, baixando-os a todo custo.

Com esses valores altíssimo de juros, o povo empobrece, as indústrias recrudescem e o Brasil fica economicamente mais frágil a cada dia.

O governo brasileiro, para dar conta de pagar os juros da dívida que ele criou, prefere mexer na carne do brasileiro e na estrutura do próprio país, cortando em educação, saúde, serviço público e benefícios sociais. Ou seja, o país está ficando cada vez mais pobre e endividado, e sem fazer o investimento básico na educação dos seus jovens.

Mas não são só as taxas de juros e os valores exorbitantes que o governo paga diariamente que tornam a 8ª economia do planeta mais pobre a cada dia. A remessa de lucros também colabora no empobrecimento do país. De uma forma ou de outra, seja com o pagamento dessas altas taxas de juros ou com a remessa de lucros ao exterior, o dinheiro não fica no Brasil e não é investido na industrialização e na produção. Daí tem-se menos empregos, uma economia mais frágil, menos investimento em tecnologia, educação e saúde de pior qualidade e nos tornamos, cada dia mais.

E ainda tem gente que defende o capitalismo que o Brasil adotou, que em nada beneficia a produção, o consumo ou as pessoas.

Passou da hora de revermos esse modelo de capitalismo e voltarmos a produzir e a investir na produção e também na formação laboral, educacional e cultural de cada brasileiro. Foi isso o que Vargas fez há quase 90 anos e a direita e a esquerda continuam a radicalizar sem uma proposta efetiva para o Brasil de amanhã.

Daqui a pouco teremos que vender territórios, seja a Amazônia, o sudeste ou até o Brasil inteiro, para pagar os juros da dívida. É isso o que a direita está admitindo nas entrelinhas e o que a esquerda ainda não foi capaz de enxergar.

Isso não é apenas vergonhoso, injusto ou kafkiano. É absurdo e criminoso, pois corrói a economia do país, atinge direitos sociais consagrados pela Constituição Federal e, por culpa ou omissão, conta com a conivência de agentes políticos.


Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



Postagens populares

__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
NOTÍCIAS, OPINIÕES, ARTIGOS E MEROS ESCRITOS, POR CYRO SAADEH
um blog cheio de prosa e com muitos pingos nos "is"

___________________________________________________________________________________