Muitos intelectuais, artistas e até missionários sofrem de depressão.
A causa é biológica, química, mas também decorre do estilo de vida da sociedade, desalinhada tanto da compaixão como do desapego.
No exercício de um papel que não é humano, mas que nos foi imposto por aqueles que ditam os rumos da sociedade, ou seja, sem direito ao silêncio interior e sempre à procura de dinheiro, com trabalhos estafantes e estresses nos espaços públicos, a sociedade humana não poderia dar certo. A consequência é a potencialização do estresse e da depressão a níveis alarmantes, além da ruína ao espaço em volta, atingindo sem qualquer limite a natureza.
O cuidado com outros seres humanos é não só a base do convívio social, mas também um remédio e alívio à alma, tão sedenta por um espaço em que possa se libertar das amarras impostas.
Liberdade, compaixão e cuidado são aliados importantes no trato da depressão, que ainda depende de elementos químicos para o seu controle.
Enquanto o ser humano é capaz de perceber o mal que causou à natureza com o aquecimento global, desmatamento e matança generalizada de espécies, é incapaz de perceber os males que potencializa e cria no próprio seio social.