Os Estados Unidos dizem se verem ameaçados com o
poderio dos mísseis de cruzeiro e hipersônicos chineses e russos e que tentaram
negociar com a Rússia a questão do uso dos armamentos atômicos, inclusive após
o início da guerra da Ucrânia. Quanto à China, os Estados Unidos perceberam
haver uma intensificação da construção de silos nucleares na região noroeste do
país asiático e o desenvolvimento de novas ogivas e lançadores. Em razão disso,
o Congresso dos Estados Unidos está discutindo a modernização do que chama de
tríade nuclear (uso do armamento atômico por terra, ar e mar) e vê um sério
perigo na hipótese de um duplo enfrentamento nuclear à Rússia e China ao mesmo
tempo.
Já a Rússia diz que a questão é importante, mas
deve ser considerada diante das realidades militares e políticas e que o país
apenas utilizaria o armamento nuclear em duas situações, ou como resposta a
ataque nuclear em território russo ou a uma ameaça militar não nuclear que
coloque em risco a existência do território russo.
A China tem pouco mais de 500 ogivas
nucleares, mas os Estados Unidos e a Rússia têm, cada um, mais de 5.000 ogivas, segundo
a rede independente e sem fins lucrativos NPR.