quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

NETANYAHU ESTÁ A DINAMITAR A ECONOMIA ISRAELENSE, ENFRAQUECER O APOIO DOS ESTADOS UNIDOS, FORTALECER A INFLUÊNCIA DO IRÃ NA REGIÃO E POSSIBILITANDO ATÉ MESMO O FIM DA PRETENSÃO SIONISTA DE UM ESTADO SÓ PARA JUDEUS


Netanyahu, apoiado por seus pares de extrema direita belicista, expansionista e colonialista israelense, está travando uma cruzada não apenas contra o Hamas, o povo palestino, governos orientais e ocidentais, mas contra o mundo, aparentemente ansiando por se tornar imperador perpétuo da humanidade! Netanyahu, ao mesmo tempo em que é investigado pela Justiça por corrupção, almeja calar e reduzir os poderes da Suprema Corte de Israel. Em sua busca louca e desmedida pelo poder, Netanyahu está a mudar todo o panorama na região.

Quem enfrenta Netanyahu não sofre apenas difamações, mas a busca incessante deste pela redução dos poderes do seu oponente, seja ele quem for. Vide o que o ainda todo poderoso Netanyahu pretende fazer com o Judiciário de Israel.

Lula ser chamado de "persona non grata" por Netanyahu não é uma tragédia. Com tantos oponentes a este no mundo, inclusive ocidental, não ser amigo próximo de Netanyahu soa como uma bênção. Até os Estados Unidos não estão mais aguentando a matança indiscriminada de palestinos em Gaza e, de forma inédita, o presidente Joe Biden está divergindo de Israel e exigindo que as cidades fronteiriças de Gaza com o Egito, que estão a abrigar grande parte da população civil palestina, sejam respeitadas, não admitindo bombardeios naquela parte. Além da volumosa matança de civis, a preocupação de Biden é que Netanyahu esteja intencionalmente forçando os palestinos a fugirem desesperadamente para o Egito, podendo romper à força barreiras militares egípcias, com o risco de aumentar ainda mais o número de mortos.

Enquanto os países discutem a forma da guerra que Israel deve adotar, os palestinos estão presos em um território minúsculo, sem ter para onde fugir ou buscar refúgio. Estão sofrendo com a falta de insumos hospitalares, remédios, alimentos e de água potável. São alvos frágeis e fáceis do todo poderoso Netanyahu. Os últimos cristãos da Terra Santa são palestinos e eles ou estão sendo acuados, mortos ou expulsos. Mulheres estão sendo assassinadas. Crianças estão sendo mutiladas. Hospitais estão sendo bombardeados. Médicos estão sendo presos. Jornalistas estão sendo executados. Igrejas e Mesquitas estão sofrendo bombardeios. Fiéis fazem suas orações e preces a Deus, esperando que o Amor Divino amenize o sofrimento palestino.

Enquanto isso, em Israel, a popularidade do atual primeiro ministro está minando a cada dia e a guerra é a saída que o quase eterno primeiro ministro encontrou para sobreviver no campo político. O custo da guerra é altíssimo, seja aos reféns e seus parentes, aos soldados e suas famílias, ao emprego para os jovens e à economia israelenses.

Se, por um lado, a guerra prolonga a permanência de Netanyahu no poder, por outro ela parece enfraquecer como um todo o Estado de Israel e os planos sionistas de expansão territorial. A sede sem fim de Netanyahu pelo poder e pela grande Israel podem por em risco o próprio Estado judeu. Explico.

Netanyahu sempre incentivou os colonos a ocuparem a Cisjordânia palestina, sempre foi contrário à criação do Estado palestino e sempre foi cruel no trato com os que julga serem inimigos, a começar pelos palestinos.

Ao invadir e bombardear a Faixa de Gaza, além do incentivo aos colonos judeus para ocuparem áreas da Cisjordânia, Netanyahu está tornando cada vez mais distante e até impossível a criação de um Estado palestino minamente viável, seja territorial, seja economicamente. Ao mesmo tempo, a guerra está começando a criar problemas em Israel, com o desemprego crescente. A continuidade da beligerância contra os palestinos e contra os governos que se opõem à matança indiscriminada de civis, poderá dinamitar a indústria bélica e de inteligência israelenses. Israel, que era visto como um porta-aviões geopolítico dos Estados Unidos no Oriente Médio, agora é retratado como um "aliado" problemático que tem afastado importantes governos islâmicos e árabes dos estadunidenses, atrapalhando suas pretensões econômicas.

Netanyahu está criando problemas aos israelenses e ao seu maior aliado, os Estados Unidos.

Enquanto Netanyahu guerreia contra tudo e todos, o maior inimigo de Israel, o Irã, está ampliando parcerias econômicas e militares e aumentando a sua influência geopolítica e militar na região.

Por outro lado, ao inviabilizar a criação de um Estado palestino, concretizando as promessas de Netanyahu aos sionistas de extrema direita, Israel não terá alternativa, a não ser receber a população palestina, tornando-os cidadãos de seu país, que perderia assim a sua característica de um Estado essencialmente judeu, ainda que este povo constitua uma pequena maioria, se comparada aos árabes (e palestinos) israelenses. Isso, para os sionistas, soaria como uma blasfêmia.

E não há espaço, hoje em dia, para que Israel mantenha os árabes israelenses e também os palestinos que vierem a incorporar a população do país, como cidadãos de segunda classe. Com a sensibilização mundial decorrente do massacre dos palestinos, o mundo todo está e estará voltado para a região, não havendo espaço para a continuação do apartheid naquelas terras. E todos, não importando a origem ou religião, como soa óbvio, evidente e justo, devem ser tratados como cidadãos com os mesmos direitos e deveres.

O todo poderoso Netanyahu está conseguindo dinamitar a economia israelense, provocar rachaduras no apoio irrestrito dos Estados Unidos, fortalecer os interesses e a influência do Irã no Oriente Médio e possibilitando o fim da pretensão sionista de um Estado só para judeus. Quem imaginaria isso?

Mas será que Netanyahu havia pensado nas consequências de suas ações ou a ele importava apenas o poder pelo poder?

Assim como a tão alardeada inteligência israelense falhou ao não agir preventivamente contra o ataque de 7 de outubro de 2023 e o todo poderoso exército israelense demonstrou não ser imbatível ao sofrer pesadas baixas e derrotas pontuais contra a guerra de guerrilha do Hamas, Netanyahu está a revelar que não está a proteger verdadeiramente os civis e militares israelenses.

A extrema direita israelense, assim como a extrema direita mundial, revela que não tem nada de nacionalista, mas só discursos virulentos, recheados de arrogância e que servem para esconder os verdadeiros interesses mesquinhos de busca de poder pelos seus líderes. E Israel e seu povo estão começando a pagar a conta.

Ao que parece, a saída para a Israel como Estado sionista que conhecemos é a destituição imediata de Netanyahu e a posse de um líder de direita moderada, esquerda ou de centro que cesse os bombardeios e discuta a criação efetiva e imediata de um Estado Palestino, repassando a este as áreas ocupadas ilegalmente pelo Estado e pelos colonos.

Este é o panorama atual...

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



Postagens populares

__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
NOTÍCIAS, OPINIÕES, ARTIGOS E MEROS ESCRITOS, POR CYRO SAADEH
um blog cheio de prosa e com muitos pingos nos "is"

___________________________________________________________________________________