foto: internet
Mais do que preocupado com as
necessidades, o ser humano ainda volta-se às futilidades e os prazeres, falsos ou
não.
O ser humano olha-se no espelho
moderno, virtual, e se envaidece. Pouco importa a tristeza interior. Necessita
demonstrar uma falsa alegria a quem sequer conhece. Quer estar nas fotos, nas
festas e pouco se importa com o resto. Resto que abarca tudo, a começar pela
vida.
Quer beber, usar drogas, estar
com grupos grandes de conhecidos ou não e festejar tudo o que pode.
Em tempos de pandemia, essa pseudo
alegria esconde a desconsideração, a começar por si e a terminar pelos outros.
Afinal, que alegria é essa que
volta-se a uma falsa aparência e, em momento tão grave de mortes pelo covid-19,
desconsidera o núcleo de amigos e familiar e as dores que pode causar?
O uso de máscara e o
distanciamento social são comportamentos minimamente necessários, não para
privar qualquer liberdade, mas para proteger a vida, própria e alheia, em sinal
de consideração e respeito do indivíduo e do coletivo.
Ademais, que alegria é essa que
pouco se importa com a vida alheia, seja dos parentes idosos ou enfermos, seja
de um desconhecido que nada lhe fez em um momento tão triste e dolorido para
tantos?
Mais. Que alegria é essa que
esconde uma infelicidade doida e profunda naquele mesmo que desrespeita as
regras mínimas de comportamento na pandemia?
A alegria falsa e inconsequente
não será capaz de amenizar a dor interna. Mais. Essa alegria falsa e
inconsequente agravará a tristeza interior, pelas próprias consequências do ato
inconsequente.
Pelo o que sei, os Espiritas não
estão tratando da questão, mas o pouco caso com a prevenção e o comportamento
nesta pandemia que já causou milhões de mortes é um ato reprovável
espiritualmente porque a irresponsabilidade com a vida significa um potencial
suicídio e, ao mesmo tempo, também pode significar a tentativa de homicídio do
outro ou outros em razão do comportamento, para dizer o mínimo, negligente.
Esse hedonismo inconsequente afetará
profundamente o espírito e seus caminhos, e infelizmente o Brasil será um dos
países que mais sofrerá, não apenas com o alto número de infectados, doentes e
mortos, mas de espíritos que arcarão com as graves consequências do desrespeito
pela vida humana, o bem maior não só para os que estão vivos, mas para tudo o
que vive, materializado ou não.
O hedonismo que vivenciamos não é
apenas doentio, mas é revelador de uma sociedade que vivencia a dor, uma dor
que somente será curada pelo Amor. Mas os atos inconsequentes, ao contrário,
destroem o pouco amor que resta e que está a se multiplicar no planeta. O amor
está em uns simples gestos: uso de máscara, distanciamento social e preocupação
verdadeira com o outro. O amor escondido por esses simples gestos pode curar a
dor de muitos.
Uma máscara não apenas salva
vidas, evitando o contágio, mas cura a dor daqueles que sentem que não são
amados e não podem amar e que falseiam sentimentos procurando a apatia de uma
festa em meio a tantas dores provocadas por comportamentos inconsequentes.
Usando máscaras, você demonstra
amor próprio, curando dores e protegendo a sua vida. Mais. Usando máscaras,
você demonstra amor aos outros, curando suas próprias dores e emanando amor,
além de proteger a vida alheia.
Afinal, por qual motivo não se usa máscaras? Não há motivos para isso, mas há todo motivos para que as usemos!