O governo Trump acusa a China de ter criado o vírus em laboratório, e a extrema direita mundial, fomentada pelos radicais dos Estados Unidos, também se utiliza dessa teoria da conspiração para detonar a economia chinesa, isso em um momento em que a economia chinesa está muito próxima de superar a dos Estados Unidos.
Mas você reparou como tem reagido a extrema direita mundial em relação ao covid-19, com exceção à de Israel? Costumam falar que é apenas uma gripe, não usam máscaras, não evitam aglomerações, e se opõem a tudo o que a ciência está revelando a nós sobre essa pandemia. Podemos ver isso bem de perto nos Estados Unidos de Trump, com o maior número de mortos e de contaminados, e no Brasil de Bolsonaro, com o segundo maior número de mortos e o terceiro maior número de contaminados de todo o mundo. A Índia do radical Narendra Modi ocupa o segundo lugar de contaminados.
Particularmente creio que o número de contaminados no Brasil está muito subestimado. Basta uma conversa com conhecidos e amigos para se deparar com um número assustador de pessoas que já tiveram covid-19 e que já perderam vida em decorrência desse vírus. Por qual motivo a Índia têm tantos casos confirmados e um número de mortos tão inferior?Dobrar o número dos infectados no Brasil seria pouco para atingir o número real, na minha particular opinião. Afinal, os exames de farmácia são computados? E os assintomáticos? E aqueles que têm sintomas e se recusam a sair para ir a hospitais e fazer exames?
Mas voltemos ao tema.
A extrema direita não é liberal no comércio, adota um discurso contra a globalização, contra o estrangeiro e contra a imigração. E a covid-19 tem ocasionado justamente pequenas dificuldades no comércio internacional, desemprego e discursos nacionalistas e uma diminuição na imigração, forçada ou voluntária.
Os Estados Unidos acusam a China de ter criado o vírus em laboratório, certo? E esse é o discurso adotado pela extrema direita que odeia a globalização e os chineses.
O que se pode afirmar, com certeza, é que o primeiro surto mundial foi em Wuhan, na China. Porém, o vírus já estava presente nos Estados Unidos, na Itália e até no Brasil muito tempo antes (vide as reportagens do uol e da revista exame). As dúvidas que restam, portanto, dizem respeito a quando surgiu esse vírus e aonde. Não é possível afirmar que tenha surgido na China, nos Estados Unidos ou no Brasil. O que se sabe é apenas o local do primeiro surto: China. E outra coisa que se pode afirmar é que os Estados Unidos de Trump, Brasil de Bolsonaro e Índia de Modi, todos de extrema direita, têm dado pouca importância a essa pandemia.
Pode soar como teoria da conspiração, mas não se pode ignorar que o vírus estava presente no Brasil e nos Estados Unidos antes da China alertar o mundo e que a pandemia serviu de mote para a extrema direita radicalizar os discursos anti-china, anti-vacinação, anti-globalização, anti-refugiados e anti-imigração.
O surgimento da pandemia em um instante como esse pode ter sido só uma mera coincidência, ou não! Mas uma pergunta pode nos indicar uma resposta, certeira ou não. Quem ganharia com essa pandemia, a extrema direita estadunidense e mundial, liderada por Trump, ou a China, que já vinha com crescimento altíssimo e estava prestes a ocupar a liderança econômica mundial?
Outra coisa que liga a pandemia à extrema direita é que ela ataca de forma cruel aqueles que são mais frágeis e têm doenças preexistentes, numa espécie de eugenia do século XXI. Para os que não sabem, a eugenia foi criada, estudada e aprofundada pelos estadunidenses há pouco mais de 100 anos. A eugenia visava criar uma raça superior, sem doenças, genes sem "defeitos", e foi isso que levou o nazismo a adotá-la e implementá-la, gerando as experiências e atrocidades que todos sabemos e devemos, sempre, repelir.
Mas se os articuladores dessa pandemia foram Trump ou não, não saberemos tão cedo, mas o fato é que a vacina, se aplicada em massa, põe fim às pretensões da extrema direita. Com ela, e também graças à eleição de Biden, voltarão a globalização em peso, as imigrações e o crescimento da China.
Talvez seja por isso que o Bolsonaro tenha relutado tanto em adotar a vacina, e apenas agora, para evitar o protagonismo de um líder da direita não radical (Dória), ele esteja adotando, bem vagarosamente, a intenção de trazer as vacinas para o Brasil. Mas a OMS já alertou: a vacinação em peso no Brasil só ocorrerá em 2022.
A vacina não só salva vidas, mas salva a liberdade, e não me refiro apenas à de locomoção e de adoção dos velhos hábitos. Digo que ela traz a maior e mais significativa liberdade, que abarca também a de diversidade e de expressão. Ela terá o dom único de libertar o planeta da extrema direita mundial!
Quem diria que uma vacina derrotaria a extrema direita? Viva a vacina, maior símbolo atual da vida, da paz e da liberdade mundial!
Amo a vacina!