imagem: Pixabay
SOJA
HISTÓRICO
A
soja é um alimento milenar e já era cultivada na China há 5 mil anos como uma
importante proteína vegetal. Com ela os chineses faziam queijo, leite, pão e
óleo.
A soja era tão importante que servia até
como moeda de troca por outros itens.
A soja foi se modificando com o passar
dos tempos. Inicialmente selvagem e rasteira, sofreu cruzamentos naturais e foi
introduzida no Japão e Coreia há quase 2 mil anos e chegou à Europa no Século
XV.
Nas Américas, o seu cultivo comercial só
ocorre no século XX nos Estados Unidos. Embora tenha chegado ao Brasil no final
do século XIX, na Bahia, e a sua produção tenha se intensificado com o início
da imigração japonesa, a sua produção em larga escala se dá nos anos 1970 para
a produção de óleo e atendimento à demanda internacional do produto, se
tornando a principal cultura do agronegócio brasileiro. Graças aos ganhos de
produtividade e com o auxílio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, criada em 1972, em menos de 10 anos a produção havia
passado de 1,5 milhão de toneladas para 15 milhões por ano.
Com o auxílio da Embrapa, a soja deixou
de ficar restrita à região sul e foi introduzida em áreas mais quentes, como
centro oeste, nordeste e norte.
A partir de 2005 foi regulamentado o
plantio da soja transgênica, ou seja, que sofre um processo de alteração de
seus genes através da engenharia genética.
Como a soja é um importante componente
da ração animal, o Brasil, ao mesmo tempo em que via as plantações de soja
expandirem-se, via também o crescimento exponencial da pecuária.
IMPORTÂNCIA DA SOJA
Inicialmente restrita à China, a soja
foi expandindo-se ao mundo e é uma importante proteína vegetal de baixo custo
que, como farelo, serve também como ração na pecuária, garantindo o aumento da
produção de carnes, ovos e leite.
Muitos produtos industrializados, como
derivados de carne, alimentos para bebês, misturas para bebidas, sorvetes,
achocolatados, barras de cereais, temperos, bebidas prontas e massas congeladas
utilizam soja. A soja ainda produz óleo vegetal e margarinas, além do
biodiesel, maquiagens, tintas e até plásticos.
Há estudos que apontam que os
antioxidantes da soja protegem o organismo contra o envelhecimento precoce e é
um importante alimento para as mulheres, funcionando como repositor hormonal.
No Brasil, hoje, há mais de 240 mil
produtores que geram mais de 1,4 milhão de empregos, não só no centro oeste e
sul, mas também no norte e nordeste.
O Brasil é hoje o maior produtor e
exportador mundial de soja, com uma produção de 124,845 milhões de toneladas em
uma área de 36.950 hectares.
48,60% de toda a soja
exportada vem do Brasil.
A soja há alguns anos virou
“commodities”, que é um item básico de relativo valor no mercado internacional
e o Brasil um grande exportador de “commodities”, deixando de investir na
indústria e em tecnologia de ponta.
CHINA
A China sempre consumiu soja, desde o
início de sua civilização, sendo o primeiro país a cultivá-la. No entanto,
devido a limitações de terras agricultáveis, ela optou por dar prioridade a
importar o produto.
Hoje, com 1 bilhão e 400 milhões de
habitantes, é a maior importadora mundial de alimentos e também de soja. 90% da
soja que consome é importada, a maior parte do Brasil. Grande parte volta-se
para o alimento de humanos, mas outra parte muito significativa é usada para
alimentar animais como galinhas, cabras, bois e, principalmente porcos. A China
tem, hoje, metade do rebanho mundial de porcos, que são criados até em
verdadeiros prédios de apartamentos, de vários andares, só para eles.
Mas não é somente à restrição de terra
arável que a China optou por importar a soja. Envolve também questões hídricas.
Trataremos do tema mais à frente.
ÁGUA
A água é muito consumida pelo ser humano,
seja ao beber, ao tomar banho, ao lavar sua casa, seu carro, mas não só. O
consumo de água é enorme, e pouco percebido, na agropecuária.
O Brasil, como grande exportador de
commodities, é também um grande exportador da água virtual, ajudando os países
importadores, como a China, a economizarem um produto cada vez mais escasso no
planeta, a água, tão desvalorizada no Brasil.
Água virtual é um conceito criado nos
Estados Unidos e que é adotado desde os anos 1990, significando o volume de
água utilizado para a produção de determinado bem ou serviço.
No Brasil, o consumo de água pode ser
assim dividido: 70% para a agricultura, 20% para a indústria e 10% para o
consumo doméstico.
Um estudo de 2007 apontou que a soja
consome 2 mil metros cúbicos de água por tonelada, que à época equivaleria a 50
bilhões de metros cúbicos de água no total. O estudo considerou para isso toda
a cadeia de produção. Hoje, com o aumento vertiginoso da produção, esse consumo
deve ser ainda maior.
Quando o produtor invade áreas
amazônicas, não o faz apenas pelas terras agricultáveis. O faz, principalmente,
pela água da região, o que pode acarretar a escassez em pouco tempo,
considerando-se o consumo muito intenso.
Cientistas alertam que importar o
produto sai mais barato do que produzi-lo, considerando-se a quantidade de água
envolvida em todo o processo de produção.
Fonte: Fiocruz, Embrapa e outros
A soja era tão importante que servia até
como moeda de troca por outros itens.
A soja foi se modificando com o passar
dos tempos. Inicialmente selvagem e rasteira, sofreu cruzamentos naturais e foi
introduzida no Japão e Coreia há quase 2 mil anos e chegou à Europa no Século
XV.
Nas Américas, o seu cultivo comercial só
ocorre no século XX nos Estados Unidos. Embora tenha chegado ao Brasil no final
do século XIX, na Bahia, e a sua produção tenha se intensificado com o início
da imigração japonesa, a sua produção em larga escala se dá nos anos 1970 para
a produção de óleo e atendimento à demanda internacional do produto, se
tornando a principal cultura do agronegócio brasileiro. Graças aos ganhos de
produtividade e com o auxílio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, criada em 1972, em menos de 10 anos a produção havia
passado de 1,5 milhão de toneladas para 15 milhões por ano.
Com o auxílio da Embrapa, a soja deixou
de ficar restrita à região sul e foi introduzida em áreas mais quentes, como
centro oeste, nordeste e norte.
A partir de 2005 foi regulamentado o
plantio da soja transgênica, ou seja, que sofre um processo de alteração de
seus genes através da engenharia genética.
Como a soja é um importante componente
da ração animal, o Brasil, ao mesmo tempo em que via as plantações de soja
expandirem-se, via também o crescimento exponencial da pecuária.
IMPORTÂNCIA DA SOJA
Inicialmente restrita à China, a soja
foi expandindo-se ao mundo e é uma importante proteína vegetal de baixo custo
que, como farelo, serve também como ração na pecuária, garantindo o aumento da
produção de carnes, ovos e leite.
Muitos produtos industrializados, como
derivados de carne, alimentos para bebês, misturas para bebidas, sorvetes,
achocolatados, barras de cereais, temperos, bebidas prontas e massas congeladas
utilizam soja. A soja ainda produz óleo vegetal e margarinas, além do
biodiesel, maquiagens, tintas e até plásticos.
Há estudos que apontam que os
antioxidantes da soja protegem o organismo contra o envelhecimento precoce e é
um importante alimento para as mulheres, funcionando como repositor hormonal.
No Brasil, hoje, há mais de 240 mil
produtores que geram mais de 1,4 milhão de empregos, não só no centro oeste e
sul, mas também no norte e nordeste.
O Brasil é hoje o maior produtor e
exportador mundial de soja, com uma produção de 124,845 milhões de toneladas em
uma área de 36.950 hectares.
48,60% de toda a soja
exportada vem do Brasil.
A soja há alguns anos virou
“commodities”, que é um item básico de relativo valor no mercado internacional
e o Brasil um grande exportador de “commodities”, deixando de investir na
indústria e em tecnologia de ponta.
CHINA
A China sempre consumiu soja, desde o
início de sua civilização, sendo o primeiro país a cultivá-la. No entanto,
devido a limitações de terras agricultáveis, ela optou por dar prioridade a
importar o produto.
Hoje, com 1 bilhão e 400 milhões de
habitantes, é a maior importadora mundial de alimentos e também de soja. 90% da
soja que consome é importada, a maior parte do Brasil. Grande parte volta-se
para o alimento de humanos, mas outra parte muito significativa é usada para
alimentar animais como galinhas, cabras, bois e, principalmente porcos. A China
tem, hoje, metade do rebanho mundial de porcos, que são criados até em
verdadeiros prédios de apartamentos, de vários andares, só para eles.
Mas não é somente à restrição de terra
arável que a China optou por importar a soja. Envolve também questões hídricas.
Trataremos do tema mais à frente.
ÁGUA
A água é muito consumida pelo ser humano,
seja ao beber, ao tomar banho, ao lavar sua casa, seu carro, mas não só. O
consumo de água é enorme, e pouco percebido, na agropecuária.
O Brasil, como grande exportador de
commodities, é também um grande exportador da água virtual, ajudando os países
importadores, como a China, a economizarem um produto cada vez mais escasso no
planeta, a água, tão desvalorizada no Brasil.
Água virtual é um conceito criado nos
Estados Unidos e que é adotado desde os anos 1990, significando o volume de
água utilizado para a produção de determinado bem ou serviço.
No Brasil, o consumo de água pode ser
assim dividido: 70% para a agricultura, 20% para a indústria e 10% para o
consumo doméstico.
Um estudo de 2007 apontou que a soja
consome 2 mil metros cúbicos de água por tonelada, que à época equivaleria a 50
bilhões de metros cúbicos de água no total. O estudo considerou para isso toda
a cadeia de produção. Hoje, com o aumento vertiginoso da produção, esse consumo
deve ser ainda maior.
Quando o produtor invade áreas
amazônicas, não o faz apenas pelas terras agricultáveis. O faz, principalmente,
pela água da região, o que pode acarretar a escassez em pouco tempo,
considerando-se o consumo muito intenso.
Cientistas alertam que importar o
produto sai mais barato do que produzi-lo, considerando-se a quantidade de água
envolvida em todo o processo de produção.
Fonte: Fiocruz, Embrapa e outros