sábado, 16 de janeiro de 2021

EXTREMA DIREITA BRASILEIRA: DIFERENTE DE TODAS AS OUTRAS, AINDA MAIS PERVERSA, ARMAMENTISTA E GENOCIDA


O que leva brasileiros a apoiarem um extremista, negacionista, despreparado e perverso que carrega com ele os maiores índices de desvalorização do real, maiores índices de inflação desde o plano Real, uma das maiores taxas de desemprego, alta dos alimentos, elevação assombrosa do gás e combustíveis, fechamento e saída de empresas do país, isolamento internacional e perda de prestígio para o país, além de um lamentável segundo lugar em mortes por covid-19 em todo o mundo?

 

Não podemos atacar a extrema direita dos Estados Unidos e fingir que no Brasil a extrema direita não existe. Ela está aí, firme e forte, se municiando de páginas de notícias, espalhando fake news e se armando (sim, de armas de fogo) como nunca.

 

A direita estadunidense acredita em um mito, o de que Trump seria um guerreiro contra comunistas e pedófilos, e o apoia.

 

A direita brasileira acredita também em um mito, o de que Bolsonaro é um predestinado e perseguido pela mídia tradicional e pelo sistema político, mas esse mito, ao contrário do que ocorreu nos Estados Unidos, foi criado pelo próprio Bolsonaro. Lá, Trump abraçou a extrema direita para ganhar espaço e independência em relação aos tradicionais eleitores do Partido Republicano. Aqui, Bolsonaro fomentou o extremismo, com discursos de ódio a comunistas, chineses, negros, indígenas, feministas, homossexuais, petistas, TV Globo, Folha de São Paulo, e assim foi ganhando a simpatia daqueles que não votaram por amor a uma ideia, mas por ódio àquilo que rechaçavam, no caso o que julgavam o que o PT representava.

 

A extrema direita estadunidense odeia latinos, negros, judeus, árabes e islâmicos. Rechaça a globalização e culturas diferentes. Quer a volta dos Estados Unidos ao topo do poder econômico mundial e dos valores que julga tradicionais, mesmo que datem de séculos e prega que o indivíduo é o herói da pátria que deve estar armado.

 

Bolsonaro tenta copiar essa ideia nada compatível com a realidade brasileira e deseja fomentar o armamentismo dos radicais que o idolatram e o apoio das policiais civil, militar e federal, além das Forças Armadas. Ele deseja assegurar o poder, ainda que ilegítimo, através da força das armas.

 

Hoje, mesmo com mais de 207 mil mortos por covid-19, grande parte em razão de uma política inexistente do governo federal no combate efetivo ao novo corona vírus, mas com a persistente proliferação do negacionismo, alardeando que máscaras não evitam a pandemia, que vacinas não são a solução e que pegar o sars-cov-2 é a melhor arma para sairmos da pandemia, muitos eleitores ainda continuam a dar crédito a tudo o que o seu mito diz e faz.

 

O ódio com que muitos votaram contra o PT criou o monstro que vemos hoje, que espalha o ódio condensado nos 60% de votos recebidos, pregando sempre o desvalor à vida humana, representado inclusive na forma de “combate” à pandemia.

 

Bolsonaro, hoje, já não tem mais 60% de apoio popular. As pesquisas apontam 40%. Ou seja, ele já perdeu pouco mais de 30% do seu eleitorado, e perderá mais. Ele aplica, como populista que é, mas muito rusticamente, uma teatral e triste política do pão e do circo.

 

Os discursos de ódio duram por certo tempo, mas nunca por todo o tempo. As pessoas, como é comum, esperam realizações que lhes tragam esperança, e isso o mito delas não será capaz de fazer, pois ele só é capaz de criar fantasias, desesperanças e ódios. Ele nada constrói e nada construirá. Ele rompe a secular história de nossa diplomacia, rompe nossa tradição científica, rompe as relações harmônicas com nossos vizinhos, a China e a Europa. E os eleitores, salvo cerca de 15 ou 17%, também romperão com ele, não agora, mas muito provavelmente já ao longo deste ano. Por isso, afirmo com segurança que ele, se não sofrer processo de impeachment antes, e for candidato à reeleição, não chegará ao segundo turno e que dificilmente passará do 4º lugar.

 

Agora ele ainda consegue persuadir, enganar e criar falsos enredos, mas isso está com os dias ou meses contados.

 

Após a pandemia, com a vacina, a realidade começará a se assentar e o ódio propagado por Bolsonaro se voltará contra ele próprio.

 

Independentemente dos escândalos de corrupção que venham a ocorrer, e surgirão, com ou sem a presença do “centrão”, Bolsonaro perderá rapidamente a popularidade.

 

Quando empresários e a população em geral perceberem que o ódio não traz a segurança e o dinheiro que esperam, e que a pandemia não é única culpada pela crise econômica que devasta o Brasil, se voltarão contra o Bolsonaro. Permanecerão com ele apenas os que realmente são de extrema direita e que, independentemente de condenação por corrupção ou por crime de responsabilidade, permanecerão fieis ao mito do extremismo e da pregação contra a vida.

 

A eugenia representada pela pandemia, que mata os mais vulneráveis, principalmente os idosos e os que apresentam doenças preexistentes, é a bandeira de toda extrema direita, e por isso não a combatem com eficiência. Para eles a pandemia é uma dádiva que assegurará que apenas os mais fortes sobrevivam. Não é de se estranhar que os 4 primeiros colocados em morte e contágio pelo covid-19 sejam países, hoje, sob o comando de uma direita extremada (Estados Unidos, Brasil, Índia e Rússia).

 

A extrema direita que já votou em Enéas e Maluf, continuará a existir, sem que os brasileiros a compreendam e adotem medidas para evitar que ela chegue ao poder, devastando o pouco que resta de nosso sofrido país.

 

O discurso nacionalista fica só no discurso. A extrema direita é entreguista. Sempre foi. Sempre se aliou aos Estados Unidos para dar a eles nossas empresas, terras e riquezas.

 

A extrema direita odeia a democracia e sempre pregou a defesa das armas. Para ela, o poder tem que pertencer aos eleitos e odeia as minorias e muitas das maiorias.

 

A extrema direita brasileira é oportunista e se aproveita das circunstâncias para sempre voltar ao poder. Foi assim em 1964 e em 2018.

 

A extrema direita brasileira é uma vergonha mundial. Nem a extrema direita europeia consegue conviver com uma extrema direita burra e anacrônica como é a nossa.

 

Mas quantas mortes de nossos compatriotas ainda precisarão ocorrer para que o nosso povo enxergue o perigo da extrema direita brasileira, o que ela representa e o que ela realmente quer?

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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