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Muitos devem se perguntar do motivo desse embate atual entre uma suposta fé e a ciência, o embate entre os negacionistas e a ciência.Primeiramente, não há um
verdadeiro embate entre uma suposta fé e a ciência. Há um embate entre a luz e
a escuridão, assim como ocorreu em outros tempos cruéis de nossa história, como
na Inquisição, onde a suposta fé, na verdade obsessão e descaminho da luz, se
opunha à ciência, e no nazismo, onde a suposta ciência se opunha à fé,
sentimento mais puro do amor.
Não há fé desprendida das
descobertas da ciência, que significa conhecimento. A religiosidade não é um
valor em si mesmo, mas uma conexão. Quando desejamos a conexão com Deus, com o
nosso Eu interior, com o nosso Eu Superior, com a Natureza, usamos o silêncio
da mente e tentamos nos elevar espiritualmente. Abandonamos a roupagem e nos
elevamos. O mesmo se dá com a ciência, que se desprende de dogmas e conceitos
petrificados para sempre redefinir e se religar, sem preconceitos ou
julgamentos, mas com a verdade.
Religião é religar, é estar livre
de dogmas, conceitos e preconceitos e se conectar com a essência reveladora.
Quando não vemos a essência, isso
se dá por nossa exclusiva culpa, em uma sociedade repleta de julgamentos
morais, de preconceitos e de julgamentos que escravizam humanos em um
sentimento de dor sem fim. Isso jamais foi religiosidade. É o oposto. É a
negação, e muitos se prendem a isso como se fosse uma fé, uma religiosidade e
algo que elevasse. Não é. Isso nunca elevou e nunca religou o ser humano a Deus
ou à sua essência. Isso nos prende a um sofrimento, a um inferno que nós mesmos
criamos.
Cristo nos ensinou o que é
religiosidade em uma época em que a ciência não era como hoje. Hoje ela evoluiu
e descobre planetas, galáxias e curas às nossas doenças físicas.
A ciência evoluiu muito com o
tempo, mas e as religiões e a religiosidade?
As religiões que vemos ainda se
prendem a algo que nunca foi, a uma suposta superioridade moral e se desalinham
da essência do amor, da aceitação e de união.
A religiosidade atual julga, segrega
e condena, distanciando-se cada vez mais dos conceitos trazidos por Cristo, que
nos trouxe a revelação.
A ciência, pura em conhecimento,
nos revela a verdade possível e solidifica naqueles que compreendem
religiosidade e Espiritualidade a descoberta cada vez maior do Eu interior, do
Eu superior, da Natureza e de Deus.
Não existe fé verdadeira ou
religião sem ciência e luz. E jamais existirá ciência sem respeito ao ser
humano.
As descobertas da ciência apenas
solidificam o religar quando incluem o ser humano. A fé somente é verdadeira
quando inclui a ciência, o conhecimento e a Luz.
A inteligência é o nosso maior
dom, ao lado da fé.
Um dia descobriremos que a
sensibilidade que temos é um tipo de inteligência, mas que precisa ser
domesticada e canalizada.
Os que se opõem à ciência não o
fazem pela verdadeira religiosidade, mas pelo medo de verem a luz, a si mesmos
e a Deus. E se prendem em sentimentos que sempre foram perversos à humanidade e
que se caracterizam como os valores do anticristo.
Passados dois mil anos, o caminho
da fé e da ciência se unem cada vez mais, em busca de algo que não enxergamos
tão claramente, mas que é repleto de amor e de cura, do físico e da alma.
A revelação, agora, não virá mais
de Cristo, mas de nós mesmos, que nos revelaremos, mostrando como somos e no
que acreditamos. Veremos com clareza os nossos erros e acertos, e isso virá com
muita dor a alguns.
Estamos em um tempo em que o ser
humano se enxergará como é, com sua brutalidade ou leveza, com sua fé ou seu arcaísmo.
E nessa revelação individual e também coletiva será possível se religar, sempre
com a ajuda da ciência, do caminho e do conhecimento.
E se o ser humano se religar com
a ciência, se elevará a um nível jamais visto, onde o amor soará mais alto e o
respeito será uma regra, sem julgamentos morais e sem pequenos e grandes
infernos que foram criados pela falsa fé e pelas falsas religiões.
Vivemos tempos de descobertas, de
conhecimento e de libertação. Vivemos o religar mais pleno que a humanidade já
viu até esse instante!