sábado, 26 de agosto de 2017

UM BRASIL DIVIDIDO OU ATÉ AS ELEIÇÕES OU INCLUSIVE APÓS AS ELEIÇÕES

2018 não será um ano fácil, menos ainda 2019, quando, se houver eleições no ano que o precede, o candidato eleito a Presidente tomará posse.
E não será nada fácil porque o Brasil ainda está dividido.
Está dividido entre aqueles que têm um discurso de ódio a tudo e a todos, e  ainda não perceberam que odeiam aonde nasceram, quem são e o que o Brasil representa, e aqueles que amam esse país e esperam vê-lo crescer sem dor ao seu povo. É o Brasil que se quer branco contra o Brasil mestiço. Mas não só. Por outro lado é o Brasil entreguista contra o Brasil que se quer posicionar como uma Nação que planta para o presente e o futuro.
O discurso que a mídia tentou nos convencer há dois anos de que seria o Brasil contra a corrupção versus o Brasil corrupto não vingou nem vingará, pois a direita se mostra ainda mais corrupta que a esquerda, como se vê nos dias atuais, com o envolvimento de velhos políticos das agremiações sabidamente corruptas dominando o cenário político e envolvidos em crimes muito graves, além do de corrupção. São políticos da velha guarda e das grandes agremiações envolvidos até a alma em corrupção. E há os oportunistas, não menos corruptos, que posam de moralistas.
2018 deveria, sim, ser o ano eleitoral contra os políticos corruptos que dominam o cenário há décadas, mas dificilmente haverá uma mudança radical e o falatório contra a corrupção será um eterno discurso oportunista.
Será, sim, o Brasil que se quer supremamente branco contra o Brasil que se sabe mestiço. O Brasil que segue a cartilha do Brasil colônia contra o Brasil que espera ter uma democracia e uma sociedade mais dignas, como o são as da Suécia e Noruega.
O Brasil poderá estar dividido até as eleições ou permanecer dividido inclusive após as eleições.
Ao que tudo indica no cenário atual, será a extrema direita unida com a direita versus o centro, a centro esquerda, a esquerda e a extrema esquerda.
Candidatos da extrema direita? Bolsonaro se destaca e que pode chegar a 30% dos votos do eleitorado, mas que conta com grande rejeição.
Candidatos de direita? Dória e Huck, que não se dizem políticos, mas que, além de terem feito carreira na televisão, fizeram fortuna da pior forma possível, sem produzir nada, mas explorando ou a política (como Dória fez, através de lobbies) ou a sensualidade feminina e o sensacionalismo barato (como Huck faz até hoje em seus programas televisivos). Representam o eterno oportunismo que domina o cenário político do país há décadas.
Na centro direita estará Alckmin, cada vez mais inseguro com o posicionamento do seu partido, mas que conta hoje com o aval de tucanos de longa data.
No centro está a cada vez mais apagada Marina.
Na centro esquerda se posiciona Ciro Gomes que depende das alianças adequadas e consistentes para ter chance de chegar ao segundo turno contra Bolsonaro e, inclusive, vencer as eleições.
Na chamada esquerda, que eu considero centro esquerda, há Lula, forte candidato, mas com alto índice de rejeição.
E na extrema esquerda, que eu diria ser esquerda, há Marcelo Freixo.
Hoje, como se sabe, os prognósticos apontam para um segundo turno entre Bolsonaro e Lula.
Como se vê, a polarização tende a continuar, o que não é bom para o país, nem para o povo ou a sua economia.
A tendência é os empresários apoiarem alguém com conhecimento em economia, projeto de longo prazo para o país e com um perfil arrojado para conseguir mercados no exterior e que não divida o país. O nome mais provável é o de Ciro Gomes, que industrializou o Ceará, promoveu o melhor ensino do país, ajudou a criar o plano real, não é processado nem investigado por corrupção e tem compromissos com questões sociais.
Outro perfil que agrada parte do empresariado paulista é o do governador Alckmin, mas sem significativa receptividade no restante do país.
Os intelectuais provavelmente se dividirão entre Lula e Ciro Gomes, com algum apoio ainda a Alckmin e à Marina.
Dificilmente o PSDB ou os políticos que hoje são dessa agremiação conseguirão chegar ao segundo turno, mas com certeza farão a diferença numa aliança para o segundo turno.
Imagino, sem medo de errar, que o candidato que obtiver o apoio da legenda, ou dos velhos peessedebistas, no segundo turno, ganhará a eleição.
Não descarto o apoio de Alckmin a Ciro Gomes, caso o adversário deste seja Bolsonaro.
E não descarto o apoio de Dória a Bolsonaro, não importando quem seja o adversário.
Mas é óbvio que é um prognóstico que considera tanto a popularidade dos candidatos, o efeito do discurso de cada um e a percepção do brasileiro que tende, cada vez mais, a rejeitar os oportunistas e, majoritariamente, o discurso de ódio.
E não se pode esquecer de que algumas legendas podem optar por não lançar candidato próprio, mas formar chapas. Apontaria o PSOL, o PT, o PMDB, o PSB, o PTB, o PRB, a REDE de Marina, como os grandes e médios partidos que não teriam candidato próprio.
E diria, sem medo de errar, que o segundo turno das eleições de 2018 tem grandes chances, hoje, de ser entre Ciro Gomes e Bolsonaro e que Ciro Gomes tem chances efetivas de ser o próximo presidente da República, mas, obviamente dependendo da formação da chapa e dos apoios.
A resposta só o tempo apresentará ao Brasil ainda dividido.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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