sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

O AMOR PELO BRASIL E A UNIÃO DE ESQUERDISTAS E DIREITISTAS

Ainda há como unir esquerdistas e direitistas, desde que cada um seja sincero consigo e o Brasil.

O que nos une é o mesmo berço, o Brasil, nossa Pátria em comum. É por ele que muitos de nossos ascendentes para cá vieram voluntariamente. Outros vieram forçosamente, como os escravos, mas cá criaram raízes e laços. Os povos originários, então, escolheram como puderam os melhores cantos e recantos de Pindorama e criaram amor, conheceram curas pelas plantas, arte pela natureza, convivendo harmoniosamente e preservando a Mãe Terra com carinho.

Esse é o Brasil que herdamos e que nos une, um mundo a parte, diante dos Países ditos ocidentais.

No mundo geopolítico, o Brasil sempre foi cobiçado pela sua extensão e riquezas, e sempre foi alvo de ações estadunidenses, onde golpes foram fomentados quase que permanentemente.

Por outro lado, o nosso país tem como poderes não só o Executivo, mas o Legislativo e o Judiciário, onde elegemos os membros dos dois primeiros. Todos eles compõem o Poder Máximo e comandam, de forma necessariamente harmoniosa, a nossa soberania. 

Porém, em nossa história, sempre houve entreguistas, mais ligados aos comandos de Países estrangeiros que aos interesses nacionais. Foi assim desde o princípio. Porém, agora, mesmo se dizendo patriotas, muitos desses ostentam, na verdade, interesses alienígenas, estrangeiros, inclusive carregando bandeiras estranhas ao nosso país, como a dos Estados Unidos e Israel. Políticos brasileiros há que prestam continência à bandeira dos Estados Unidos e que põem a mão no coração ao ouvirem o hino estadunidense, e há até os que imploram pela invasão militar dos Estados Unidos ao nosso território sagrado. Esses não são apenas entreguistas traidores. São sabotadores.

Ainda acredito na união da grande maioria pelo Brasil. Para isso há de se ter discernimento, saber separar viés ideológico daquilo que representa os interesses e necessidades da Pátria. Sem amor pelo Brasil, só restará a divisão calculada por agentes internacionais. O que nos une é muito forte. Com bom senso veremos que há muito mais o que nos une do que o que nos distingue.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

PAÍSES COM MAIOR NÚMERO DE ENGENHEIROS EVIDENCIA O DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA PRÓPRIA. RÚSSIA E IRÃ SURPREENDEM

O número de engenheiros que um país forma tem muito a ver com o seu desenvolvimento econômico, industrial e tecnológico, nas esferas cível e militar.

Graças aos engenheiros brasileiros foram criadas a Avibrás, Gurgel, Embraer e uma série de construtoras famosas dentro e fora do Brasil, além de permitir a consolidação da nossa Petrobrás, dentre tantas outras empresas.

Se você fizer uma busca rápida no google, encontrará dados defasados sobre o número de engenheiros por país, de 2015 e 2016. 

Numa pesquisa no site Insider Monkey, considerando os dados da UNESCO, foi possível encontrar uma matéria relativamente recente, de janeiro de 2024, com os 20 países que mais formaram engenheiros em 2023. Vamos a eles.

Citamos agora, o países que mais formaram engenheiros em 2023. Começamos pelo 20º até chegarmos ao 1º. São eles: Colômbia, Espanha, Itália, África do Sul, Reino Unido, Alemanha, Turquia, Vietnã, França, México, Ucrânia, Indonésia, Brasil, Índia, China, Coreia do Sul, Japão, Irã, Estados Unidos e Rússia em primeiro lugar.

Como se vê, o Brasil ocupa o 8º posto.

Muitos devem estar surpresos com o Irã ocupando o terceiro lugar, atrás apenas dos Estados Unidos e Rússia. O fato é que o país investe pesadamente em educação (20% dos gastos governamentais, cerca de 5% do PIB). Quanto à graduação em engenharia, setenta porcento dos graduados são mulheres.

Os números do Irã explicam o motivo do país persa ser uma potência no desenvolvimento de tecnologias militares e em tantas outras áreas, com indústria automotiva própria.

Vendo esse panorama, o Brasil deve priorizar os gastos em educação e tecnologia, fazendo parcerias com o setor industrial para promover o avanço nas pesquisas e em tecnologia própria.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

ESTADOS UNIDOS

Os Estados Unidos são uma potência há mais de um século e não deixarão de sê-lo nos próximos anos. É forte militar e economicamente, possuindo um soft power e inteligências civil e militar inigualáveis, além de uma forte agricultura e produção petrolífera. Porém, isso não será capaz de garantir a sua hegemonia, abalada desde o início da guerra na Ucrânia.

Enquanto os EUA decaem socialmente, com o aumento da pobreza e a divisão política interna, Rússia e China se fortalecem militarmente, enquanto Países do sudeste asiático e do Oriente Médio crescem economicamente.

Dentro de pouco tempo os Estados Unidos já não serão a maior potência econômica do mundo, perdendo para a China, depois para a Índia e podendo ser ultrapassados em décadas por Países do sudeste asiático e até das Américas.

A fragmentação social e territorial dos Estados Unidos parece ser questão de tempo.

Os EUA erram em gastar tanto dinheiro com Israel, assim como gastaram com a Europa. Erram em provocar a China, quando poderiam se aliar a ela. 

A China sempre foi uma potência, um império conhecido no ocidente e que pouquíssimas guerras provocou no mundo afora. Sua muralha histórica revela seu perfil defensivo. Sua capacidade de produção revela seu histórico comercial. Suas artes marciais, e filosofia revelam seu temperamento ponderado e equilibrado.

Os EUA ganhariam mais se não vissem a China como inimiga. Ela ultrapassará econômica e militarmente os EUA, queiram esses ou não. É questão de poucos anos. 

O conflito com ela apenas antecipa a queda violenta dos EUA.

Os EUA economizariam recursos e poupariam vidas se canalizassem energias para áreas industriais específicas, como a tecnológica e de áudio visual, ainda muito fortes. No entanto, preferem gastar recursos em provocações e financiamento de ações contra a China.

Os EUA precisariam voltar-se a si mesmos e corrigir erros fatais, protegendo sua população contra a miséria, manipulação cultural e a falta de tratamento de saúde. 

Mas a elite hoje dominante e aliada de Trump não se preocupa com questões sociais, ainda que tenha discurso nacionalista. Volta-se à demagogia para mascarar a pretensão dos bilionários das áreas de tecnologia se tornarem ainda mais ricos. Os Estados Unidos, para eles, não são uma Nação, mas uma base territorial onde ganham dinheiro, muito dinheiro. O povo de lá é visto apenas como alvo a ser explorado, desumanizados, assim como o fazem com os palestinos da Faixa de Gaza. A elite oportunista há muito perdeu o senso de Nação. Fortaleceram-se os sentimentos de oportunidade e egoísmo!

Os jovens estadunidenses de amanhã tendem a ser mais rebeldes com os seus políticos e a sua elite. Uma guerra civil que venha a retalhar em pedaços o território dos Estados Unidos parece ser mais provável a cada dia que passa. 

Os Estados Unidos que conhecemos em filmes, músicas e enlatados audiovisuais não mais existirão. Desunidos possivelmente, e em pouco tempo, se tornarão.

A única alternativa que parece lhes restar é a mudança de rumo geopolítico e de correção social, para que não desabem ainda mais rapidamente. 

domingo, 23 de fevereiro de 2025

ALEMANHA

A Alemanha é um país que fez história. Ingleses, russos, portugueses e outros têm ascendência de povos que vieram da área hoje pertencente à Alemanha.

A Alemanha, ao mesmo tempo em que possui uma rica cultura, também possui uma forte extrema direita, que, no passado, ao chegar no poder, praticou os absurdos do nazismo. 

Uma das maiores economias do mundo e a maior da Europa, está sofrendo os efeitos da guerra da Ucrânia, com desemprego, venda de indústrias e queda na produção.

A Alemanha que conhecíamos já não é a mesma. E a extrema direita, aproveita do-se do drama da população alemã, cresce com discurso demagógico recheado de ódio.

Uma humorista, diante desse quadro de horrores, retrata a realidade alemã em vídeo. Imperdível! Clique aqui para assistir.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

FORTALECIMENTO DA CIDADANIA COMO MAIOR ARMA CONTRA GOLPES

O oito de janeiro de 2023 ainda está presente. Pode não haver uma arquitetura golpista com toda a divisão de tarefas como ocorreu no chamado oito de janeiro, mas há muitos que anseiam ainda hoje por um golpe de Estado. E muitos desses estão no Congresso Nacional e ocupando cargos no Executivo. Se no 8 de janeiro houve ações articuladas para o golpe, hoje, a implosão da Democracia continua a ser um risco. 

De qualquer forma, quaisquer movimentação, ação e atentado à democracia devem ser severamente punidos e servir de exemplo para que não se repita! E nisso o Ministro Alexandre de Moraes está certíssimo!

Se não protegermos o que temos de mais importante, que é o país, estaremos relegados a servirmos eternamente como escravos em uma mera colônia de exploração.

Há que se ater que o 8 de janeiro foi planejado antes de 2023 e a denúncia do Sr. PGR está repleta desses fatos, com robustas provas. E antes mesmo da derrota eleitoral já havia a ideia e a vontade de golpe que vem desde 2013.

A tentativa de golpe do 8 de janeiro liga-se a um golpe anterior, perpetrada contra a presidente Dilma com o apoio expresso do Congresso Nacional, muitos magistrados, inclusive da Suprema Corte, e a grande mídia rasteira brasileira, além de evidente atuação e colaboração de agências internacionais, com destaque à CIA, que culminou no impeachments de Dilma.

Democracia é coisa séria, ou deveria ser. O desmonte do Estado não é sem propósito. Toda a estrutura de proteção social e do emprego, aliada à industrialização  que Vargas e os militares pre-golpe de 64 construíram, querem implodir rapidamente, minando a potencialidade do país. As ações internas recebem evidente apoio do exterior. Obama e Trump têm responsabilidades diretas. Querem que sejamos meros exportadores de grãos e de prostitutas. Aí cabe ao povo fazer escolhas. Ou desenvolveremos nossos potenciais, protegendo nossas indústrias e nosso povo ou permitiremos que o Brasil seja, de uma vez por todas, entregue aos abutres internacionais, sedentos por devorar os grãos e as mulheres que restam.

Por detrás de todo o golpismo está o entreguismo de muitos "brasileiros" e a necessidade presente de pensarmos o Brasil e traçarmos projetos de reindustrialização  e de fortalecimento social e da cidadania.

Para barrarmos os golpes, além de instituições fortes, devemos ter uma efetiva cidadania forte. Isso depende de ações efetivas na Educação, na Justiça, na Segurança Pública, na Saúde. Devemos repensar e fortalecer tais áreas, voltando-as ao cidadão.

Serão os cidadãos críticos os maiores defensores da Democracia, do Estado e do Brasil! Assim já pensavam os constituintes de 1988, com a Constituição Cidadã.

Não temos mais tempo a perder!

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

COMIDA JUDAICA EM SÃO PAULO

A comida judaica do Oriente Médio me atrai. Há bons restaurantes nos bairros dos Jardins, Higienópolis e Bom Retiro.

Um dos mais famosos e badalados é o Shoshana, em uma região que já teve mais restaurantes e docerias judaicos, mas que, de forma resistente, ainda preserva um pouco da cultura, com centros culturais, Sinagogas e muitas residências de judeus, muitos deles ortodoxos, no Bom Retiro.

domingo, 16 de fevereiro de 2025

HÁ MUITO MAIS O QUE.NOS UNE DO QUE O QUE NOS SEPARA.

Não ser nacionalista não é crime, mas trabalhar contra o Brasil, é.

A extrema direita brasileira beira o ridículo ao flertar com Trump e apoiar medidas contra a economia brasileira e, por consequência, contra o povo brasileiro como um todo.

E ainda há gente que os chama de patriotas. Patriotas aonde? Ao pregar a saída do BRICS, ao prestar continência à bandeira dos Estados Unidos e ao apoiar as medidas de Trump de aumentar a taxação de nossos produtos de exportação agem como verdadeiros quinta colunas.

Ser patriota ou nacionalista não é vestir camisa amarela, mas pensar e também adotar medidas a favor do Brasil, não pensando em ideologia, mas no país e em seu povo.

Getúlio Vargas (de centro), Juscelino Kubitschek (de centro esquerda), Joao Goulart (de esquerda), Ernesto Geisel (de direita) e Dilma Roussef (de esquerda) foram presidentes nacionalistas e que deveriam servir de exemplo a todos os que se dizem patriotas. Impulsionaram o desenvolvimento intelectual, cultural, científico, social e industrial brasileiro.

Mas o império, como era de se esperar, trabalhou contra todos eles, fomentando a oposição.

Os brasileiros precisam parar de defender B contra L e vice-versa e pensar no país. Há muito mais o que nos une do que o que nos separa. A divisão só beneficia quem trabalha contra o país. E não precisamos dizer nomes de políticos e de países aqui.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

A USAID COMO ELEMENTO DESESTABILIZADOR DE GOVERNOS ANTI-IMPERIALISTAS

Se discute muito sobre o dito fim e enfraquecimento da USAID. Mas para que serve, efetivamente, a USAID? Seria ela uma agência voltada a valores democráticos e de direitos humanos, como acreditaria Alice no país das Maravilhas?

Não é de hoje que a USAID não serve apenas como agência estadunidense de fomento de valores democráticos. Ela ajudou a financiar ONGS, artistas, jornalistas e políticos no mundo afora, inclusive no Brasil, através do soft power como elemento desestabilizador de governos que não atendiam de perto aos interesses dos Estados Unidos. Ela atua pontualmente na América Latina e em todo o globo. Por aqui as suas maiores vítimas foram Venezuela e Cuba, além do Brasil.

Há quem não acredite nisso, como se os Estados Unidos fossem um país inocente, que não praticasse crueldade nas guerras e não torturasse. Soa como se fosse invenção o fato de os EUA serem o único país do mundo a detonar suas bombas atômicas em áreas habitadas. Há crueldade e maldade, sim. A USAID serve como elemento desestabilizador com custos muito inferiores a uma guerra convencional, ainda que possa redundar em guerras civis, como ocorreu na Siria.

A extrema direita brasileira, patética, que defende o Trumpismo e a segregação de latino americanos, utilizando camiseta da seleção canarinho, mas não tendo nada de nacionalista, evidencia quem está por detrás de sua formatação atual. Essa extrema direita retrógrada e obtusa foi criada como elemento desestabilizador da política de integração da América Latina e também para erradicar políticas nacionalistas que foram adotadas por Vargas, Jango, Geisel e Dilma, todos nacionalistas de primeira grandeza, independentemente de seu posicionamento ideológico.

A USAID é um dos maiores elementos de atuação contra a tão prestigiada cultura brasileira, englobando literatura, música, artes plásticas, novelas, filmes e documentários brasileiros. Serve de forte elemento de desintegração de valores essenciais da Nação brasileira. 

Daí a necessidade de termos agências de contra inteligência que se destinem a apurar qualquer ação efetiva e fomento estrangeiro em setores vitais.

Falta ao Brasil estrutura e preparo para lidar contra esse tipo de interferência. Temos muito a aprender, sobre isso, com Venezuela e Cuba, que resistem a ações mais fortes da USAID há décadas.

Se dependesse dos EUA, o Brasil, com todo o seu potencial para ser uma grande Nação industrial, tecnológica, energética e alimentar, não seria mais que uma pequena, arrasada e faminta Faixa de Gaza, onde sua população, além de ser assassinada, poderia ser removida a força a qualquer instante.

Mas chega de análise pessoal a respeito. Há uma interessante matéria da TELESUR, em português, a esse respeito. 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

PSDB, DE COVAS AO FIM

Um dos maiores partidos que o Brasil já teve corre o risco de ser extinto. Estamos falando do PSDB, o Partido da Social Democracia Brasileira, inspirado em partidos congêneres europeus.

O PSDB surgiu pelo racha havido no então MDB de Orestes Quercia, que foi senador e governador do Estado de São Paulo. Quércia era acusado de corrupção pela ala que abandonaria o partido para fundar o PSDB. Dentre os fundadores estavam Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas, André Franco Montoro, José Serra e Geraldo Alckmin. O primeiro foi presidente da República por dois mandatos e os demais foram governadores do Estado de São Paulo.

Mario Covas marcou o Estado ao governar com firmeza e rapidamente resolver o problema financeiro do Estado mais rico da Nação. Covas também resolveu o grave problema da segurança pública e acabou com as milícias então existentes dentro da Polícia Militar. Como resultado e reconhecimento, Covas foi reeleito e o PSDB viria a governar o Estado por quase 30 anos consecutivos. Em seu segundo mandato, foi publicizado que Covas estava com câncer, morrendo logo em seguida. Em seu lugar assumiu Geraldo Alckmin, seu vice.

Covas era o ícone mais à esquerda dentro do Partido, seguido por José Serra. Ambos tinham amplo conhecimento da máquina pública e sabiam lidar com os problemas sociais existentes.

Covas era enérgico e sabia negociar, e era respeitado pelos partidos mais à esquerda, ao centro e à direita. 

Fernando Henrique é criticado por ter vendido empresas vitais ao estado brasileiro e ter privatizado a telefonia. Todos os líderes do PSDB assumiram posturas neoliberais e privatizadoras. 

Alckmin tinha uma postura mais conservadora e atraiu ícones políticos que hoje estão situados na direta (João  Dória, que foi prefeito de S. Paulo e governador do Estado) e também na extrema direta (Ricardo Salles, que foi Ministro do Meio Ambiente do Bolsonaro e hoje é deputado federal). O resultado é que o PSDB, além de não ter lideranças nacionais, perdeu o rumo ideológico e desagradou o eleitorado.

O Partido que tinha a maior parte das prefeituras do Estado de São Paulo, hoje está reduzido a pó e está à beira da extinção.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

AINDA ESTOU AQUI BRILHA SOB TODOS OS ASPECTOS.

Ainda estou aqui é uma obra de arte conduzida pelo brasileiríssimo Walter Salles e conta uma história de amor sem a eternidade dos romances e contos de fadas. É realista. É um documentário. 

Eunice, uma mulher forte e sonhadora, é casada com Rubens, um deputado federal do antigo PTB de Vargas cassado pela ditadura militar. Juntos, eles têm 5 filhos e formam uma família unida, amorosa e feliz, até que Rubens é convocado para prestar um depoimento sigiloso, o mesmo ocorrendo com Eunice e uma de suas filhas.

A partir daí advém o sofrimento da família diante dos excessos de agentes do Estado. Ainda que nada lhes seja dito, os filhos de Eunice, então crianças e adolescentes, percebem o ocorrido. 

O filme é da modalidade documentário e retrata o drama da família Paiva durante a ditadura, a partir do período de seu agravamento, a partir de 1970.

Rubens era um deputado nacionalista, ligado ao varguismo e ao nacional desenvolvimentismo. Nunca foi comunista nem atuou ou apoiou a luta armada (não que a resistência ou um posicionamento ideológico, como ser comunista, justificasse tortura e as perseguições praticadas pela ala radical das Forças Armadas). Mesmo assim, Rubens Paiva sofreu os horrores dos excessos da ditadura. E como herói nacional, não se vê ruas, avenidas ou praças com o seu nome.

Os militares não informam sobre o paradeiro de Rubens, uma pessoa brincalhona, feliz e amável. Muitos demonstram discretamente o descontentamento com o rumo adotado pela ala conservadora e extremista das Forças Armadas e a solidariedade a Eunice e família.

Todos os atores foram impecáveis, principalmente o personagem da Eunice, vivido por Fernanda Torres.

É um documentário que dignifica o cinema brasileiro e o eleva a um patamar histórico, com possibilidades de ultrapassar os resultados do consagrado Pagador de Promessas.

Muitos não sabem, mas o Brasil tem destaque internacional e é protagonista respeitado no segmento de documentários. Somos realmente muito bons em contar históricas verídicas.

O filme nos faz repensar sobre a política e as suas interferências no rumo do país. Também nos faz perceber que a dor da tortura e dos assassinatos atinge de forma indelével esposas, maridos, filhos e genitores.

Não houve ditabranda. A ditadura no Brasil foi o que o próprio nome diz, ditadura. O problema foi e é a falta de punição. 

É possível que muito em breve venhamos a saber de agentes do Estado, jornalistas e órgãos de imprensa que receberam dinheiro dos Estados Unidos para tirar do poder nacionalistas que estavam promovendo um "perigoso" desenvolvimento cultural, industrial e social do Brasil. Vivíamos um período glorioso nos esportes, na cultura, na educação, nas indústrias, inclusive cinematográfica.

Porém, sempre tivemos entreguistas e falsos nacionalistas nas forças armadas, no serviço público e nas elites política e empresarial, o que causou e ainda vem causando o atraso no desenvolvimento do nosso país.

Por ter tido a oportunidade de participar de um Conselho Estadual de Ex-Presos políticos, vi de muito perto a dor de muitos torturados e de seus familiares. Não é uma página que possa ou deva ser apagada da história. Muito pelo contrário. Tem que ser registrada e divulgada internamente na administração pública, na mídia e nos bancos escolares, para que nunca mais se repita.

Golpes e ditaduras não são crimes contra um partido ou grupo de pessoas. São crimes contra a democracia, contra o Estado e contra o povo brasileiro. É um crime de lesa pátria. Assim, os processos que apuram e condenam tais práticas deveriam ter prioridade de julgamento. O Estado deveria dar o bom exemplo na apuração e julgamento de tais crimes e ser rigoroso na defesa da Democracia e da cidadania.

Voltando ao filme, Ainda Estou Aqui é imperdível sob todos os aspectos. É uma película brilhante que conta parte da história do Brasil sob os olhares da jovem Eunice. Walter Salles, como sempre, compõe poeticamente a história que comove do início ao fim. Um verdadeiro show.

domingo, 9 de fevereiro de 2025

AS GUERRAS E AS DORES DE MUITOS E OS LUCROS DE POUCOS

As guerras promovem dores e catástrofes humanitárias, mas trazem lucros a alguns poucos.

As guerras na Síria, Líbano, Gaza e Ucrânia, isso sem falar na África, promovem chances reais de investidores ganharem muito dinheiro com a reconstrução das áreas destruídas. Isso sem contar com o enriquecimento promovido ao longo dos anos de fabricantes e traficantes de armas.

Alguns poucos estadunidenses, britânicos, turcos e sauditas podem vir a ganhar muito dinheiro com a reconstrução das áreas e dos países destroçados. Os países em reconstrução, porém, ficam endividados, perpetuando o sofrimento econômico de cada um deles.

Dizem que os sírios e os libaneses estavam cansados das guerras sem fim e que qualquer perspectiva de reconstrução soa como vitória e recomeço. Aguardemos para ver.
 
Trump deverá se reunir a portas fechadas ou até secretamente com alguns líderes planejando dividir o mapa da reconstrução das áreas destruídas, isso obviamente sem ouvir a população local.

A ganância falará mais alto ou a comunidade internacional será capaz de dizer não, em alto e bom som, para os excessos de desumanidade de Trump, como pretende fazer em Gaza, com a expulsão dos palestinos?

sábado, 8 de fevereiro de 2025

TRUMP É O PRESIDENTE, MAS QUEM MANDA, EFETIVAMENTE, NOS EUA?

Que os EUA são o país do faroeste, quase uma terra sem lei, todos já imaginavam.

Mas em uma área de terras tão grande e com tanta importância geopolítica, em grande parte pelo seu poderio bélico, quem realmente manda naquele país?

Banqueiros, empresários do ramo de tecnologia e das indústrias bélicas seriam os únicos que mandam efetivamente nos Estados Unidos? Parece que não. A voz mais ativa é do importante lobby sionista, que atua em todas as áreas estratégicas dentro dos Estados Unidos, comandando grande bancos, algumas das principais empresas de tecnologia e tendo participação acionária importante em indústrias militares estadunidenses. Esse lobby atua mais em favor de Israel do que dos interesses propriamente estadunidenses. Aí a explicação da atuação dos Estados Unidos no genocídio perpetrada na Palestina e em tantas ações pró Israel.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

O CONTROLE ENERGÉTICO DO ORIENTE MÉDIO

Trump desejar o canal do Panamá e o território da Groenlândia a lógica até explicaria, em razão do poder geopolítico que as áreas significam, mas Trump não para aí. Ele já disse que tomará posse da Faixa de Gaza e realocará os seus habitantes para um grupo de países.

O que Trump pretende com isso? Redesenhar o Oriente Médio, como já antecipou Netanyahu? Também.

Causar um caos humanitário? Idem! 

Trump pretende tomar posse dos recursos energéticos da pequenina Faixa de Gaza ou deixá-los para Israel? Igualmente.

Mas a questão também é geopolítica. Trump possivelmente planeja construir lá um grande duto maritimo de petróleo e gás ou até um grande porto. Israel, assim, serviria de ponte para o petróleo e gás do Oriente Medio em direção à Europa e aos Estados Unidos, enfraquecendo o Canal de Suez egípcio e as rotas marítimas hoje controladas pelo Irã e seus aliados.

O gás e o petróleo viriam de países do golfo, como já foi tentado no antecedente e fracassado acordo de Abraão.

Com isso, Israel ganharia importância estratégica, controlando grande parte dos recursos energéticos mundiais.

Mas a Arábia Saudita, o Catar e os Emirados Árabes Unidos, os produtores se fato da maior parte desse gás e petróleo,  se submeteriam ao controle energético israelense, como parece crer ou impor os Estados Unidos?

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

A AMAZÔNIA É IMPORTANTE. MAS, SOZINHA, É INCAPAZ DE BARRAR OU REVERTER O AQUECIMENTO GLOBAL QUE JÁ ESTÁ ÀS CLARAS, MESMO COM ELA EM PÉ.

Muito se fala na Floresta Amazônica como se a preservação dela fosse suficiente para reverter o aquecimento global. Não. Infelizmente não é. Se o fosse, já não estaríamos vendo o aumento do calor e das catástrofes ambientais em todos os continentes. 

O ser humano, ao lado da preservação dos mares, rios e matas, vital para evitar um agravamento do que já não está bom, têm que diminuir a emissão de poluentes e respeitar o ecossistema. Repensar o materialismo da produção incessante e do consumo irracional é vital. O ser humano, ao invés de impor ao mundo as suas leis econômicas, tem que compreender a natureza e respeitá-la. Somente assim poderá sobreviver no planeta.

Porém, com discursos bonitos, mas vazios de conteúdo, virou moda falar na preservação da Amazônia como arma suficiente a por fim ao aquecimento global. Não. A preservação pode evitar um agravamento mais intenso e rápido, mas não é capaz de amenizar o que já estamos vendo.

Como dito acima, apenas a reversão da produção e do consumo desenfreados, o despertar da consciência ecológica e a preservação de todos os rios, mares, lagos e matas poderá ajudar a mudar o quadro real. A Amazônia isoladamente não é a salvação da humanidade, embora a sua preservação seja uma medida importante, desde que aliada a outras ações ambientalmente corretas. A salvação exige a adoção de medidas muito mais contundentes, mas que afetam os interesses das potências ocidentais (como a diminuição do consumo e da produção).

O que há no mundo é muitos querendo ajudar na sobrevida humana, enquanto outros, ardilosamente, escolheram a Floresta Amazônica com um intuito muito claro, retirar do Brasil e dos demais países latino americanos a soberania sobre a Amazônia, rica em petróleo, gás, minérios do mais diversos tipos e água. Nem todos agem em prol do bem. Muitos querem impor à América do Sul o tacão do colonialismo e imperialismo, repassando aos países ocidentais o verdadeiro controle de uma área que nos pertence, mas que devemos proteger, mantendo, ao mesmo tempo, a adoção de medidas que causaram o mal que presenciamos (produção desenfreada, com extração inconsequente e consumo irracional), mas que é muito "lucrativo" a alguns.

O melhor a fazer seria preservar a natureza como um todo, extraindo menos, produzindo menos e consumindo apenas o absolutamente necessário. Mas a qual potência mundial ou país em desenvolvimento isso interessa? Por isso, adota-se o discurso vago e ardiloso da Amazônia. Por mais que seja importante a sua preservação, ela não é capaz de, sozinha, salvar o que resta do planeta.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

O RARO ALINHAMENTO DE TANTOS PLANETAS.

O Universo parece estar comemorando algo. O alinhamento de tantos planetas não apenas diverte nossas mentes, mas parece indicar mudanças significativas. Que elas sejam para o nosso bem! 

Veja aqui ou abaixo, na matéria da National Geographic.

Raro alinhamento de planetas está iluminando o céu de fevereiro – veja como ver esse fenômeno https://www.nationalgeographicbrasil.com/espaco/2025/02/raro-alinhamento-de-planetas-esta-iluminando-o-ceu-de-fevereiro-veja-como-ver-esse-fenomeno

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

MUDANÇAS CULTURAIS À VISTA. TEMPOS DA SEDA

Desde a nossa infância fomos impregnados por músicas, filmes e "enlatados" (séries) dos Estados Unidos.

Nos bancos escolares, aprendemos sobre a dita história universal, mas que na verdade limitou-se ao hemisfério ocidental. Sabemos os nomes dos grandes rios europeus, mas não chineses. 

As emissoras de televisão e jornais tem correspondentes em países ocidentais e nenhum no oriente.

Mas qual o motivo disso?

Parece ser óbvio. Sempre valorizamos os costumes ocidentais e nos ligamos, historicamente, a potências ocidentais, como Inglaterra, França e Estados Unidos.

Porém, os tempos, sejam econômicos, sejam militares, sejam geopolíticos, estão em mudança lenta e contínua. Dentro de alguns anos, os bancos escolares voltar-se-ao, também, sem exclusão, à história e geografia da China e da Ásia.

Filmes chineses, notícias vindas da China, costumes e filosofia chineses inundarão o nosso dia a dia.

Mas os chineses, ao contrário dos europeus e estadunidenses, não são imperialistas econômica e culturalmente, e permitirão que o Brasil exporte a eles a nossa brasilidade.

A rota da Seda, leve como o nome indica, será não apenas comercial, mas cultural, do verdadeiro mundialismo que a esquerda francesa propunha em contraposição ao globalismo estadunidense.

Até lá, enfrentaremos adversidades advindas da decadência europeia e estadunidense. A arrogância e a beligerância costumeiras serão constantes por um tempo. Esperemos que por pouco tempo e que rapidamente a Grande China, como historicamente  sempre foi, volte a florescer, mas agora definitivamente para a humanidade que anseia por tempos leves como a seda tão bem representa!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

A INCÓGNITA DA SÍRIA

A Síria foi o território onde o cristianismo se espalhou para o mundo, com o judeu religioso Saulo convertido no cristão Paulo de Tarso. 

O caminho de Damasco, desde então, reserva surpresas à humanidade. Abrigou o império Cristão Bizantino e depois foi a sede do império islâmico durante parte significativa da idade média. 

Depois, se rendeu aos otomanos, se transformou em colônia europeia e só se tornou independente após a segunda guerra mundial, poucos meses antes da criação do Estado de Israel.

Viveu décadas sob o domínio da família alauita nacionalista Assad e em 2024 foi dominada por extremistas membros da antiga Al Qaeda, que cortava as cabeças de quem não era islâmico sunita.

Hoje o ocidente perdoou os crimes da organização, recomendou o uso de roupas ocidentais pelos seus lideres e, assim, a Síria teria voltado à normalidade. Não. A Síria não voltou à normalidade. 

O grupo, apoiado diretamente pela Turquia e Catar, se opõe aos curdos, que antes eram apoiados pelos Estados Unidos, e que dominam parte do norte e do Leste da Síria. 

Israel ampliou o seu domínio ilegal sobre as colinas sírias de Golã, contando com a concordância silente dos Estados Unidos.

Os cristãos sírios, herdeiros diretos do caminho de Damasco de Paulo de Tarso,  estão apreensivos.

A Síria é um caldeirão de religiões antigas desconhecidas e de etnias diversas. Nem Turquia, nem Estados Unidos nem a Rússia são capazes de compreender a dimensão e complexidades sírias.

domingo, 2 de fevereiro de 2025

A QUARTA REVOLUCAO INDUSTRIAL DE TRUMP

O presidente estadunidense, Donald Trump, planeja fazer os Estados Unidos crescer na indústria de Inteligência Artificial, o que é chamado por alguns de quarta revolução industrial.

Para isso, criou o projeto Stargate, onde já foram investidos cem bilhões de dólares, com previsão de mais 400 bilhões nos próximos anos, com a ajuda da Oracle americana, da Starbank japonesa e de outras empresas financiadoras da área.

A China investe muito menos, mas é mais rápida nos avanços tecnológicos, inclusive na inteligência artificial. Prova disso foi o tombo de 1 trilhão de dólares que provocou em empresas da área de desenvolvimento de inteligência artificial.

Ellon Musk, que participa do governo Trump, crítica o projeto e diz que as empresas não têm todo esse dinheiro.

O neurocientista brasileiro Miguel Nicolellis critica a onda da inteligência artificial, termo cunhado em 1960. E diz que "se tudo o que você vai fazer daqui pra frente é baseado em um banco de dados do que já foi feito, você não tem futuro". Para ele é uma bolha sugadora de dinheiro que irá estourar em breve. 

Se for assim, a ruína dos EUA será antecipada e sem a terceira guerra mundial à vista.

De qualquer forma, tomara que a guerra saia do plano militar e fique na corrida tecnológica civil. Se for assim, a inteligência artificial, ainda que não vingue, já se sagrou vencedora para a humanidade.

sábado, 1 de fevereiro de 2025

TRUMP AMOLECE NO DISCURSO CONTRA A CHINA

Trump ameniza o tom com a China porque sabe que se elevar as tarifas de importação de produtos chineses, onde é fabricada grande parte dos produtos de indústrias dos Estados Unidos, o aumento da inflação será muito alto, além de ainda provocar recessão no consumo dos estadunidenses.

Uma guerra militar com a China, hoje já não é um passeio para os Estados Unidos. A China, hoje, tem a maior marinha do mundo e cresce em tecnologia militar. Embora os Estados Unidos possuam uma força aérea mais forte e tenha um número muito superior de ogivas nucleares, um confronto bélico seria uma aventura incerta e arriscada.

Trump, que é pragmático, já deve ter sido informado sobre isso e resolveu adotar, agora, um tom mais conciliador com a Grande China.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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