Os Estados Unidos são uma potência há mais de um século e não deixarão de sê-lo nos próximos anos. É forte militar e economicamente, possuindo um soft power e inteligências civil e militar inigualáveis, além de uma forte agricultura e produção petrolífera. Porém, isso não será capaz de garantir a sua hegemonia, abalada desde o início da guerra na Ucrânia.
Enquanto os EUA decaem socialmente, com o aumento da pobreza e a divisão política interna, Rússia e China se fortalecem militarmente, enquanto Países do sudeste asiático e do Oriente Médio crescem economicamente.
Dentro de pouco tempo os Estados Unidos já não serão a maior potência econômica do mundo, perdendo para a China, depois para a Índia e podendo ser ultrapassados em décadas por Países do sudeste asiático e até das Américas.
A fragmentação social e territorial dos Estados Unidos parece ser questão de tempo.
Os EUA erram em gastar tanto dinheiro com Israel, assim como gastaram com a Europa. Erram em provocar a China, quando poderiam se aliar a ela.
A China sempre foi uma potência, um império conhecido no ocidente e que pouquíssimas guerras provocou no mundo afora. Sua muralha histórica revela seu perfil defensivo. Sua capacidade de produção revela seu histórico comercial. Suas artes marciais, e filosofia revelam seu temperamento ponderado e equilibrado.
Os EUA ganhariam mais se não vissem a China como inimiga. Ela ultrapassará econômica e militarmente os EUA, queiram esses ou não. É questão de poucos anos.
O conflito com ela apenas antecipa a queda violenta dos EUA.
Os EUA economizariam recursos e poupariam vidas se canalizassem energias para áreas industriais específicas, como a tecnológica e de áudio visual, ainda muito fortes. No entanto, preferem gastar recursos em provocações e financiamento de ações contra a China.
Os EUA precisariam voltar-se a si mesmos e corrigir erros fatais, protegendo sua população contra a miséria, manipulação cultural e a falta de tratamento de saúde.
Mas a elite hoje dominante e aliada de Trump não se preocupa com questões sociais, ainda que tenha discurso nacionalista. Volta-se à demagogia para mascarar a pretensão dos bilionários das áreas de tecnologia se tornarem ainda mais ricos. Os Estados Unidos, para eles, não são uma Nação, mas uma base territorial onde ganham dinheiro, muito dinheiro. O povo de lá é visto apenas como alvo a ser explorado, desumanizados, assim como o fazem com os palestinos da Faixa de Gaza. A elite oportunista há muito perdeu o senso de Nação. Fortaleceram-se os sentimentos de oportunidade e egoísmo!
Os jovens estadunidenses de amanhã tendem a ser mais rebeldes com os seus políticos e a sua elite. Uma guerra civil que venha a retalhar em pedaços o território dos Estados Unidos parece ser mais provável a cada dia que passa.
Os Estados Unidos que conhecemos em filmes, músicas e enlatados audiovisuais não mais existirão. Desunidos possivelmente, e em pouco tempo, se tornarão.
A única alternativa que parece lhes restar é a mudança de rumo geopolítico e de correção social, para que não desabem ainda mais rapidamente.