Se discute muito sobre o dito fim e enfraquecimento da USAID. Mas para que serve, efetivamente, a USAID? Seria ela uma agência voltada a valores democráticos e de direitos humanos, como acreditaria Alice no país das Maravilhas?
Não é de hoje que a USAID não serve apenas como agência estadunidense de fomento de valores democráticos. Ela ajudou a financiar ONGS, artistas, jornalistas e políticos no mundo afora, inclusive no Brasil, através do soft power como elemento desestabilizador de governos que não atendiam de perto aos interesses dos Estados Unidos. Ela atua pontualmente na América Latina e em todo o globo. Por aqui as suas maiores vítimas foram Venezuela e Cuba, além do Brasil.
Há quem não acredite nisso, como se os Estados Unidos fossem um país inocente, que não praticasse crueldade nas guerras e não torturasse. Soa como se fosse invenção o fato de os EUA serem o único país do mundo a detonar suas bombas atômicas em áreas habitadas. Há crueldade e maldade, sim. A USAID serve como elemento desestabilizador com custos muito inferiores a uma guerra convencional, ainda que possa redundar em guerras civis, como ocorreu na Siria.
A extrema direita brasileira, patética, que defende o Trumpismo e a segregação de latino americanos, utilizando camiseta da seleção canarinho, mas não tendo nada de nacionalista, evidencia quem está por detrás de sua formatação atual. Essa extrema direita retrógrada e obtusa foi criada como elemento desestabilizador da política de integração da América Latina e também para erradicar políticas nacionalistas que foram adotadas por Vargas, Jango, Geisel e Dilma, todos nacionalistas de primeira grandeza, independentemente de seu posicionamento ideológico.
A USAID é um dos maiores elementos de atuação contra a tão prestigiada cultura brasileira, englobando literatura, música, artes plásticas, novelas, filmes e documentários brasileiros. Serve de forte elemento de desintegração de valores essenciais da Nação brasileira.
Daí a necessidade de termos agências de contra inteligência que se destinem a apurar qualquer ação efetiva e fomento estrangeiro em setores vitais.
Falta ao Brasil estrutura e preparo para lidar contra esse tipo de interferência. Temos muito a aprender, sobre isso, com Venezuela e Cuba, que resistem a ações mais fortes da USAID há décadas.
Se dependesse dos EUA, o Brasil, com todo o seu potencial para ser uma grande Nação industrial, tecnológica, energética e alimentar, não seria mais que uma pequena, arrasada e faminta Faixa de Gaza, onde sua população, além de ser assassinada, poderia ser removida a força a qualquer instante.
Mas chega de análise pessoal a respeito. Há uma interessante matéria da TELESUR, em português, a esse respeito.