segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

A PAZ É NECESSÁRIA. PAÍSES EUROPEUS E OS ESTADOS UNIDOS, ALÉM DO PRESIDENTE UCRANIANO, COM SUAS AÇÕES, PARECEM QUERER A CONTINUIDADE DA GUERRA NO TEMPO E NO ESPAÇO

Nenhum país ou pessoa está isento de erros. Alguns posicionamentos podem ser infelizes. É o que ocorre com a Rússia e a Ucrânia.

Coloco aqui, e primeira mão, um dos motivos de ter deixado a parceria da VAMOS TV com a Ruptly, a aproximação de sua subsidiária RT em língua inglesa com a extrema direita estadunidense*.

Não é novidade para ninguém que o presidente russo, Vladimir Putin, tem posicionamentos extremamente conservadores quanto à questão comportamental. A RT em língua inglesa segue tal diretriz e, por incrível que pareça, aproximou-se dos posicionamentos conservadores da mídia de extrema direita estadunidense, chegando ao extremo de, na época do governo Trump, parecer ser um canal de defesa dos absurdos de tal governo.

Se a Rússia, de algum modo, colaborou com o crescimento da extrema direita mundial, ou não, não posso afirmar aqui.

Porém, no conflito com a Ucrânia, quem está utilizando métodos próximos aos nazistas são os ucranianos. Segundo o Kremlim, soldados russos estariam sendo torturados por grupos neonazistas ucranianos, com o aval do governo central da Ucrânia. Por outro lado, por ordem direta do presidente ucraniano, homens com até 60 anos têm sido impedidos de deixar o país, ou seja, o governo está criando um grande campo de concentração para jovens e idosos, que ficam confinados em território ucraniano, para que morram prolongando uma guerra que poderia ser curta e com poucas vítimas. E não é segredo nem para a mídia ocidental que as redes de televisão e rádios ucranianas têm ensinado a população a fabricar coquetéis molotov e que o governo central ucraniano têm distribuído armamento indiscriminadamente para a população, sem verificar se há ligação dessas pessoas com grupos neonazistas. Grupos neonazistas podem sair fortalecidos e, como verdadeiras milícias, conquistar regiões que poderão dificultar futuras ações ou intervenções do governo ucraniano.

Os soldados russos, ao que parece, principalmente pelas ações que visavam a infraestrutura militar ucraniana, e pelos vídeos divulgados no YouTube e TikTok, tinham ordens expressas de evitar ao máximo a morte de civis. Agora, com esse posicionamento do governo ucraniano, será que os russos continuarão a recuar quando se tratar de civis ucranianos ou poderá haver massacres?

Além do que, como bem explicou um professor de história em entrevista à CNN Brasil, a Rússia adota o sistema de nacionalidade não territorial, mas “ius sanguini”, ou seja, pela origem sanguínea, pela filiação. Assim, são considerados russos aqueles filhos de russos onde quer que residam, havendo muitos russos na Ucrânia. Sob tal ótica, diversa daquela adotada no Brasil, onde é brasileiro aquele que nasce em território nacional, muitos cidadãos russos estavam sofrendo discriminação na Ucrânia. A ação russa, assim, também teria visado atender a pedido de socorro de cidadãos russos, e não somente proteger regiões que queriam se tornar independentes da Ucrânia.

A culpa pelo início da guerra e sua continuidade não pode ser atribuída exclusivamente a Putin. É certo que a Rússia adentrou em território ucraniano, mas a Ucrânia provocou seguidamente a Rússia com grupos neonazistas perseguindo a etnia russa (na verdade cidadãos russos) e não respeitando tratados anteriormente firmados, inclusive pretendendo aderir à inimiga militar da Rússia, a OTAN. Por outro lado, países europeus, integrantes ou não da OTAN, e os Estados Unidos, após o início do conflito, aplicaram sanções dolorosas à economia russa, além de enviarem armamentos à Ucrânia, o que pode ser considerado uma declaração de guerra à Rússia, que estava e está em conflito com aquele país.

Quem olha para essa situação narrada pela mídia ocidental pode achar que a Rússia está só, mas não. Há uma série de pequenos países que discretamente já declararam que querem a paz na região e que a Rússia não pode ser demonizada e apontam erros de potências ocidentais.

Se, por um lado, a Rússia deve repensar sobre sua ação na Ucrânia, é necessário que os países parem de enviar armamentos e recursos à Ucrânia. A continuidade desse conflito armado não faz bem a nenhum cidadão do mundo.

Não se trata aqui de torcida, mas de alcance imediato de um cessar fogo e paz!

·     A RT nas demais línguas continua sendo progressista e a em espanhol têm maior proximidade com as questões dos países pobres.

domingo, 27 de fevereiro de 2022

A TORCIDA INCONSEQUENTE E A CHINA COMO ALVO INDIRETO DAS AÇÕES DA OTAN, QUE PARECE BUSCAR PARTILHAR A RÚSSIA

No conflito que envolve diretamente a Rússia e a Ucrânia, cada vez mais personagens agem para se envolver diretamente e, com isso, ampliam de forma consciente o risco de alargamento da guerra e de mortes.

A OTAN, uma organização voltada à guerra, não age para evitar danos e baixas de soldados e civis ucranianos, mas, ao contrário, ao fornecer armamentos à Ucrânia e ao enviar tropas para países da OTAN que fazem fronteira com a Rússia, ao mesmo tempo em que incita que Finlândia e Suécia adiram ao bloco, visa atingir o seu objetivo geopolítico, o de provocar a Rússia até que ela incida em erro tático, pondo o próprio povo russo contra o polêmico Putin.

Quem sou eu para dizer que Putin errou ao invadir a Ucrânia, mas como ser humano, posso dizer que Putin poderia ter evitado o início desse conflito bélico e ter buscado outras medidas. Mas existiriam outras medidas, considerando que a conversação não estava tendo êxito?

É fato que as ações pontuais das Forças Armadas russas visaram evitar baixas de civis e, embora não tenha sido divulgado pela mídia ocidental, foram extremamente exitosas ao rapidamente aniquilarem o sistema de defesa antiaérea e a aviação ucraniana, ao mesmo tempo em que colocava tropas russas, em questão de minutos, nas principais cidades ucranianas.

Com isso, a ação russa evidenciava que desejava ser o mais rápida possível, evitando a reação ucraniana e, com isso, o enfrentamento, de forma a diminuir ao máximo a baixas de de civis e de militares. 

Putin sabia que a mídia ocidental não lhe seria favorável e, por isso, evitava qualquer deslize. E também não se pode esquecer o forte laço entre ucranianos e russos e que Kiev foi a primeira capital do povo russo.

Putin pode ter muitos defeitos, mas é o chefe de Estado que mais conhece dos movimentos geopolíticos, e tem a seu favor um dos melhores serviços de inteligência do mundo e o segundo poderia bélico do globo.

Porém, o comediante que preside a Ucrânia, ao invés de preservar a vida de civis, optou por distribuir armamento à despreparada população civil, ao mesmo tempo em que a OTAN lhe fornecia mais armamentos para enfrentar a Rússia. Com isso, o enfrentamento direto da população com as forças russas, que possivelmente não era esperado pelo Kremlin,  está ocorrendo. Dessa forma, o aumento da baixa de civis e até de militares russos será inevitável.

Nenhuma guerra, por mais que os seus atores tenham motivos para entrar no conflito, pode ser considerada justa. Toda guerra, ao mesmo tempo em que ocasiona destruição, também acarreta dores e sofrimento não só para os personagens que entram em confronto, mas à população civil como um todo, seja com a necessidade de deslocamento, perda de parentes e amigos, por presenciar os horrores das mortes e de destruição e pela dificuldade em encontrar alimentos.

Os Estados Unidos e a OTAN poderiam exigir imediata trégua e conversação entre Ucrânia e Rússia, mas como não querem diminuir a expansão desse organismo militar e geopolítico anacrônico, famoso pelas mortes e destruição ocasionadas em diversos cantos distantes do Atlântico Norte (base em que deveria agir), incitam o prolongamento do conflito e a possibilidade de que seja alastrado a área maior que a hoje conflagrada.

A irresponsabilidade não é só da Rússia, por ter ingressado na Ucrânia, ou do presidente comediante e pouco zeloso com o próprio povo ucraniado, mas também e principalmente da OTAN e dos Estados Unidos, que pressionaram a Rússia e continuam a tentar deixá-la sem saída.

Não é momento de torcida para U ou R, mas pela paz! A paz só seria alcançada com a segurança de todos os Estados membros da Europa, incluindo aí a Rússia. Para isso, repensar em um novo formato de OTAN ou de sua extinção deveria ser de rigor e já ser proposto pelos seus próprios membros ou por países neutros que tenham importância geopolítica ou nos assentos (permanentes e não permanentes) do Conselho de Segurança da ONU. O Brasil poderia liderar esse processo de busca pela paz, mas pelo visto não será agora.

A grande mídia brasileira tomou partido, não pelo povo ucraniano, mas pela OTAN, como se essa estivesse certa em armar a Ucrânia e prolongar a guerra, esquecendo-se do interesse direto desse organismo militar no enfraquecimento e desgaste da Rússia. 

O sonho da OTAN seria a divisão da Rússia em pequenas repúblicas, não só para desconcentrar o poderio bélico da Rússia como conhecemos, mas também para afetar o alvo direto de suas ações, a China, potência econômica que concorre com os países europeus e os Estados Unidos, e que teria dificuldade em guarnecer a longa fronteira que possui com a gigantesca Rússia como a conhecemos.

Para quem não sabe, a Rússia é um país enorme que agrega diversas etnias há longa data, sendo que algumas delas, outrora incentivadas por agentes externos, buscam independência.

Temendo a ampliação do conflito e a baixa de civis e militares, a Rússia está buscando o diálogo, já tendo mandado representantes para conversação com a Ucrânia em Belarus.

Mas será que a OTAN e o líder ucraniano pretendem dialogar e por fim à guerra?

Por outro lado, preocupada com a ampliação do conflito, a China assiste atentamente, tentando adivinhar qual a peça de xadrez que deverá movimentar para evitar ser atingida pelas ações da organização militar chamada de ocidental*.

A questão da segurança, como visto, atinge não só a Ucrânia e a Rússia, além de Suécia e Finlândia, hoje não integrantes da OTAN, mas também a não tão longínqua e hoje poderosa China.

E enquanto não se dialoga e não são cessados o envio de armamentos (seja pela OTAN ou pela Rússia), quem sofre é a população civil da Ucrânia e os russos que moram na região fronteiriça. O aumento do número de mortos entre a população civil e militares parece ser inevitável pelo panorama atual desse conflito.


* A OTAN não representa o ocidente como um todo. É um bloco que movimenta peças em favor das grandes economias da América do Norte e Europa, apenas isso. Não representa os interesses, nem age a favor, de países da América Latin e África. Também não representa os interesses de todos os países Euuopeus, já que nem todos integram esse organismo militar.

sábado, 26 de fevereiro de 2022

QUAIS SÃO OS PAPEIS DA CHINA, DOS BRICS E DA OTAN NO CONFLITO RÚSSIA E UCRÂNIA?

imagem: internet

Parte histriônica da mídia brasileira, ao mesmo tempo em que noticia o conflito existente na Ucrânia, alardeia que a China poderia se aproveitar de uma certa distração do ocidente e invadir Taiwan.

A China age diferentemente de outras Nações historicamente imperialistas, como Estados Unidos, Inglaterra, França e a Rússia.

A China angaria crescimento com base no comércio. As outras Nações imperialistas citadas acima utilizaram, sim, o comércio, mas o centro nevrálgico de suas ações geopolíticas sempre foram as guerras, com as quais ganhavam e comercializavam armas.

A China, não, seja agora, seja ao longo de sua história.

À China não interessa um mundo em conflito e sequer é uma das maiores exportadoras de armamentos. Um mundo pacificado com comércio estável é o que procura o gigante asiático, ávido por zerar a miséria em seu país e dar um padrão de vida de primeiro mundo aos seus 1 bilhão e 400 milhões de nacionais.

Enquanto isso, os decadentes Estados Unidos e Inglaterra exportam materiais bélicos à Ucrânia, ao invés de agir efetivamente para pacificar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

As sanções que se aplicaram à Rússia são efetivas e podem afetar a economia do país, sim. Os Estados Unidos tentam fazer com que a Rússia invista menos em suas Forças Armadas, ao mesmo tempo em que tenta não ocasionar um grande prejuízo à economia mundial, globalmente interdependente.A China, que assiste ao conflito entre Rússia e Ucrânia com um discurso que vai do tom polido e diplomático, primando pela pacificação imediata, à agressão verbal aos Estados Unidos, a quem acusa de interferência em assuntos internos de outros países, não tem interferido militarmente em outras Nações, ainda que as potências militares de hoje deem exemplos diametralmente opostos a ela, intervindo em todas as regiões do globo, principalmente naquelas ricas em recursos minerais ou que lhes convenham geopoliticamente.

Enquanto isso, a OTAN fala que países que não aderiram ao bloco, e que fazem fronteira com a Rússia, pretendem tornar-se membros do seleto organismo militar, ao mesmo tempo que incentiva que seus países membros doem armamentos à Ucrânia.

A OTAN, comandada pelos Estados Unidos e Reino Unido, foi criada para enfrentar o bloco comunista liderado pela então União Soviética. Passadas décadas da extinção da União Soviética e do bloco comunista, o organismo militar ocidental continua a existir e tem intervindo militarmente fora do continente Europeu ou do Atlântico Norte. Vide suas ações nos continentes africano e asiático.

Ao mesmo tempo, o organismo foi crescendo com a adesão de ex-repúblicas integrantes da extinta União Soviética, até se aproximar da fronteira com a Rússia.

Não é de hoje que a Rússia adverte a OTAN a respeito da proximidade perigosa do organismo de suas fronteiras. Há duas décadas a Rússia tem advertido periodicamente a OTAN sobre a questão da segurança russa, considerando-se o contingente militar, armamentos e investimento do bloco ocidental, mais de dez ou vinte vezes vezes superior ao russo, colocando o país de Vladimir Putin em situação de fragilidade.   

Repito que os gigantes China e Índia, e os demais membros dos BRICSs, como Brasil e África do Sul, têm papel importante a desempenhar na tentativa de pacificação na Ucrânia invadida. Mas teriam esses países a coragem de propor e exigir o fim próximo e mediato de uma organização militar tão nefasta quanto a OTAN, questão fundamental para uma pacificação duradoura na região?

RÚSSIA X UCRÂNIA OU RÚSSIA X ESTADOS UNIDOS E OTAN? O CONFLITO PODE VIR A SE EXPANDIR PARA REGIÕES PERIFÉRICAS, COMO A SÍRIA, E ENVOLVER DIRETAMENTE AS FORÇAS DOS ESTADOS UNIDOS E DA RÚSSIA.

Confesso que a invasão da Ucrânia pela Rússia me assustou, e não é para menos, já que as duas grandes guerras mundiais tiveram início em solo Europeu.

Porém, os Estados Unidos invadiram o Iraque, o Afeganistão, a Líbia, a Síria e não houve essa repercussão e alarde que há hoje.

Não. Não estou defendendo a ação da Rússia. Apenas estou dizendo que os Estados Unidos já fizeram o mesmo, e pior, sem qualquer ligação às suas fronteiras, mas em áreas muito distantes, atrás de objetivos econômicos e geopolíticos. A motivação da Rússia, ao que parece, é tão somente de defesa (em relação às fronteiras com a OTAN).

Imagine se o México e o Canadá pudessem integrar um organismo militar contra os Estados Unidos e apontassem mísseis para esse. Duvido que o Tio Sam permanecesse quieto.

Pois é, enquanto a mídia russa argumenta em favor dos russos, a mídia ocidental, ao contrário, demoniza a Rússia. A questão é saber se há solução para a pacificação. Se o mundo fosse mais justo e equilibrado, haveria e seria muito simples. Bastaria por fim à OTAN.

Porém, embora seja diminuta a chance de expansão da guerra no continente europeu, é possível que os conflitos militares entre Estados Unidos e Rússia alcancem outros países geopoliticamente periféricos, como a Síria, onde os dois países estão no território do país árabe. Uma foi convidada, no caso a Rússia, e outra é invasora, no caso os Estados Unidos. O eterno jogo de braço entre as grandes potências e os seus interesses geopolíticos poderá vir a se agravar em áreas periféricas que já contem com forças desses países e onde haja interesses geopolíticos opostos. É uma possibilidade que não pode ser descartada e que já deveria incomodar as Nações do Oriente Médio, em especial a Arábia Saudita e Israel e países asiáticos, como o Irã.

A guerra pode não se tornar mundial, espera-se, mas tem potencial para expandir-se para outras regiões, alcançando não só a Ucrânia, mas áreas periféricas do globo, onde haja, concomitantemente, a presença de força militar da Rússia e Estados Unidos ou OTAN e, ao mesmo tempo, interesses geopolíticos conflitantes. A fim de que essas potências militares cedam, é importante a atuação de Nações neutras, que ofereçam oportunidade efetiva de paz.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

OTAN COMO ENTIDADE MILITAR QUE REPRESENTA OS INTERESSES DAS GRANDES ECONOMIAS DO OCIDENTE E O LONGO E DISFARÇADO CERCO À RÚSSIA E À CHINA. FOI ASSIM NO AFEGANISTÃO, IRAQUE E PAQUISTÃO. A UCRÂNIA DIZ RESPEITO DIRETAMENTE À RÚSSIA. NESSE CONTEXTO, A PAZ SERÁ POSSÍVEL?

O presidente russo, Vladimir Putin, é um dos maiores entendidos de geopolítica da atualidade, e sua ordem de invadir as áreas que buscam a independência da Ucrânia foi, no mínimo, ousada.

Não defendo os conflitos armados, nenhum deles, repito. A solução pacífica sempre é a melhor solução para a população, que mais sofre com as guerras, falta de alimentos, dificuldade de locomoção e toda a longa série de restrições e dificuldades.

Não é de hoje que o Kremlin está alerta com as ações dos Estados Unidos e a OTAN. A Rússia permaneceu quieta quando os Estados Unidos e a OTAN invadiram os aliados da então União Soviética, Iraque e Líbia. E quando os Estados Unidos posicionaram soldados no Paquistão e Afeganistão, a Rússia também parecia não entender o que, de fato, estava acontecendo.

Cientistas geopolíticos brasileiros já diziam vinte anos atrás que a guerra no Iraque e no Afeganistão não buscava simplesmente petróleo e gás, como muitos pensadores de esquerda afirmavam, mas também visava, em paralelo, e de forma imperceptível à maioria, cercar a Rússia (com o maior arsenal atômico do planeta e a segunda maior força armada do mundo) e a China (segunda maior potência econômica do globo e terceira maior força militar do globo). Com o cerco, o abastecimento à China poderia ser cortado tanto do oeste quanto do leste, onde forças estadunidenses também se encontravam posicionadas na Coreia do Sul e no Japão. Parece que, agora, a Segunda maior potência militar do planeta e a Segunda maior economia do globo entenderam o ardil do movimento de peças impostos pelos Estados Unidos.

A Ucrânia é um país chave para a Rússia no tocante à sua segurança. É ela que a separa da Polônia e de tantos outros membros da organização militar chamada de NATO na Europa e de  OTAN no Brasil. A participação da Ucrânia da OTAN coloca em risco a segurança estratégica da Rússia. Militares russos afirmam que se forem posicionados mísseis da OTAN na Ucrânia, a Rússia inteira poderia ser dizimada em questão de minutos.

O expansionismo da OTAN nunca foi aceito pela União Soviética nem pela Rússia. Embora a OTAN fizesse sentido à época da guerra fria, entre Estados Unidos, capitalista, e a União Soviética, comunista, que conviviam com a possibilidade de um conflito militar e atômico, a existência de tal organismo belicista, hoje, põe em risco a segurança das Nações, principalmente daquelas próximas às Nações integrantes do organismo. O ataque aos Balcãs evidencia isso, mas o conflito com Nações um pouco mais distantes, como o Iraque e a Líbia, e até em certo momento em 2012, na Síria, apontam que a OTAN serve, na verdade, à defesa dos interesses geopolíticos e econômicos dos Estados Unidos, e não necessariamente ao dos demais membros.

A China, ao mesmo tempo em que se opõe a qualquer conflito porque isso afeta seriamente a sua poderosa economia, também defende a autonomia das Nações, mas, por outro lado, reconhece que a integração da Ucrânia à OTAN colocaria em risco a segurança da Rússia.

 A solução, como já foi mencionado em outro artigo aqui no Blog, é a extinção da anacrônica e belicista OTAN. A Europa tem direito a uma Força Armada unificada, se assim bem entender, para a defesa da integridade de seu território, mas a utilização da OTAN pelos Estados Unidos e Inglaterra como força de apoio aos seus interesses próprios, desmoraliza o organismo, põe em risco a liberdade das Nações e desvirtua o jogo geopolítico existente.

Agora, com a invasão da Ucrânia pela Rússia, a OTAN reagirá em bloco? Alguns países europeus gostariam disso, esperando mandar homens e armas para o leste europeu, mas a Alemanha, França e até mesmo os Estados Unidos não querem agir diretamente no conflito militar. Segundo o que é dito por autoridades do Executivo e diplomatas, tais países preferem a aplicação de sérias sanções econômicas à Rússia. Eles sabem que um conflito dessa magnitude duraria muito tempo e causaria um caos econômico em boa parte do globo, principalmente em suas economias.

Em questão de política e geopolítica nunca sabemos exatamente o que nos espera. Esse conflito na Ucrânia pode ser curto e durar pouquíssimos dias ou semanas, mas a participação inesperada de outros países pode alargar a área de conflito, a duração da guerra e da própria crise econômica por ela causada.

O bom senso deve imperar e é o que se espera do bloco de Nações independentes, como China, Índia, México, África do Sul e outras Nações, a fim de ditarem um rumo pacífico a esse impasse que atinge agora o patamar bélico, mas ainda localizado.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

UCRÂNIA É ATACADA, VÍTIMA DO EXPANSIONISMO DA OTAN E DA REAÇÃO DA RÚSSIA FORTEMENTE MILITARIZADA

O mundo está em alerta.

A Rússia ataca a infraestrutura militar ucraniana e diz ter reduzido a zero a defesa antiaérea do país.

A ordem de ataque partiu do líder supremo das Forças Armadas da Rússia, o presidente Vladimir Putin, sob o argumento de que as ações russas visavam desmilitarizar e “desnazificar” a Ucrânia.

A Rússia tinha e tem medo da seguida expansão da OTAN, organismo criado durante a guerra fria e que visava conter a União Soviética, se alastrando agora para países fronteiriços da atual Rússia.

A Ucrânia faz fronteira com a Rússia e a colocação de mísseis em seu território permitiria dizimar a Rússia como um todo em questão de minutos.

Se, por um lado, a ação russa deve ser criticada, por outro, um organismo anacrônico como a OTAN visa manter a hegemonia das economias europeia e americana contra todo o resto do mundo, venha ele de que lugar seja, incluindo aí a Rússia, vizinha das potências integrantes desse bloco militar ocidental.

O fim da guerra e o recuo russo poderiam ser conseguidos com o fim da OTAN, mas isso não interessa aos Estados Unidos, que lideram o organismo e, com isso, consegue manter guerras sem o fluxo de capital necessário para manter uma guerra isoladamente.

A guerra tende a não se alastrar e ser pontual, mas os seus efeitos podem abalar as economias do globo, além de modificar as estratégias estadunidenses e europeias.

A Europa tem direito a um grande exército unificado, que atenda aos seus interesses, mas um organismo como a OTAN, que extrapola a Europa e que visa atender principalmente a fins geopolíticos e econômicos dos Estados Unidos, põe em risco principalmente pequenos países, como a história já nos revelou: Líbia, Iraque e outros. Irã, que assiste a tudo silentemente, deve agradecer à Rússia por sua ação de inibir o expansionismo da OTAN para próximo de seu território.

O revés russo, porém, se mostra evidente. Se, por um lado, a Ucrânia sairá territorialmente dividida, satisfazendo aos interesses militares russos, por outro, o ataque e as ações russas fortalecem as forças políticas ligadas ao ocidente, que veem a Rússia não como parceira, mas como inimiga a ser contida.

A solução rápida e eficaz para o fim desses conflitos seria o fim da OTAN, mas isso está longe de acontecer, ainda mais com os altos custos das guerras que não pode hoje ser financiado unilateralmente pelos Estados Unidos, com uma economia decadente, se comparada à gigante China.

Rússia e OTAN deveriam pedir desculpas à Ucrânia, utilizada pelos dois lados como escudo de seus próprios interesses.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

UM BRASIL TECNOLOGICAMENTE DESENVOLVIDO É POSSÍVEL?

imagem: internet

O Brasil tem potencial, mas o que faz com que o país sempre fique atrelado ao fornecimento de itens básicos, sem valor agregado, e com uma população pouco educada, com grande desigualdade de renda e concentração de capital nas mãos de poucas famílias?

O Brasil está no longo caminho de se constituir uma Nação e ainda se vê como colônia de exploração, onde a terra e as pessoas locais sempre foram objeto de apropriação e exploração. Daí o jeitinho brasileiro de levar vantagem e um egoísmo nada cívico.

As pessoas locais, a serem exploradas, são os mais pobres, normalmente da periferia das grandes cidades. A terra, como há 500 anos, continua a fornecer itens para apropriação pelas potências econômicas reinantes.

Falta um projeto de país, com propostas concretas. Falta também investimento massivo, por décadas, em educação de qualidade, incluindo aí desenvolvimento de tecnologia própria. Faltam parcerias governamentais e das universidades e escolas com empresas nacionais para o desenvolvimento de tecnologia que interesse ao parque industrial brasileiro.

O Brasil pode crescer e se desenvolver como Nação, mas depende de vontade e visão nacionalista integrada a uma percepção desenvolvimentista, que capte todos os pontos centrais que nos levarão a uma prosperidade no presente e no futuro.

Pouco pensamos no futuro e nos faltam projetos. O Brasil não pode pensar apenas na agricultura, na pecuária e na mineração como itens de exportação e produção. Precisamos ter polos industriais significativos e polos tecnológicos de ponta que propiciem o aprimoramento da mão de obra, com qualificação excepcional e alta remuneração.

Não cresceremos tendo baixos salários, mas altos. Cresceremos quando a mão de obra for extremamente qualificada, mas para isso precisamos romper a visão arcaica de que empresário só cresce com empregados ganhando pouco e com poucos direitos  trabalhistas.

O Brasil do futuro não é basicamente agrário, mas somando todo o potencial mineral, agrário e pecuário com a alta tecnologia. Precisamos nos diversificar e, mais que isso, investir em algo que dê retorno financeiro significativo, produtos de alto valor, o que não ocorre na venda de grãos, minério e carne.

Precisamos de produtos que tenham alto valor no exterior.

Não precisamos de migalhas, mas sim de auto estima e coragem de nos colocarmos lado a lado das grande potências econômicas.

Não é Bolsonaro, Moro ou qualquer outro candidato da chamada terceira via, que conseguirá colocar o Brasil no seletíssimo grupo de países exportadores de tecnologia de alto valor. Para esses políticos, basta exportarmos minério, produtos agrícolas e de pecuária, com baixo retorno financeiro por item.

O atual presidente teve a coragem de fechar a única indústria de semicondutores brasileira, a Ceitec, que era estatal, sob o péssimo e equivocado argumento de que ela não dava lucro, justamente em um momento em que o mundo sofre com a falta de chips para bens industriais, incluindo carros e aviões.

Lula, embora seja visivelmente nacionalista, não apresentou qualquer programa de governo na área de tecnologia.

Até agora, apenas o Ciro Gomes apresentou um projeto de crescimento para o país, com investimento massivo em educação, tecnologia e na reindustrialização. Ele tem o caminho de saída desse marasmo político, social e econômico que domina o Brasil. Os outros, com algumas diferenças, são mais do mesmo.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

O VERBO CRIANDO REALIDADES E MUNDOS, MAS NÃO SÓ!

Gosto dos enigmas e, ao mesmo tempo, sou tímido. Ou seja, muitas vezes o que digo assume um duplo sentido proposital. Escrevo sobre algo que, em princípio, não me diz respeito, mas que muitas vezes esconde muito de mim.

Não gosto de me expor e o xadrez da escrita cria em mim a possibilidade de um desabafo com absoluta discrição, e por isso amo as palavras, a escrita e a magia de cada texto refletido ou escrito com a alma, o coração ou até mesmo o fígado. As entranhas, e não apenas a alma e o coração, expõem muito de nós e um leitor atento será capaz de decifrar a alma e até mesmo a condição psicológica do autor do texto.

Muitas vezes escrevi sobre um determinado tema que dizia respeito a uma dor ou a um sentimento pessoal, mas que transmutei em um texto crítico sobre política ou geopolítica, e que para mim continuava a fazer pleno sentido, tanto no campo pessoal, como no político.

Porém, peço que não analisem tão a fundo os meus textos, pois não quero restar nu na frente dos leitores desse blog, mas peço que nunca deixem de amar a brincadeira com as palavras, com o conhecimento e a mera troca de ideias.

O verbo, já dizia a Bíblia, cria realidades e mundos! Se uma Biblioteca pode ser reveladora dos denominados multiversos, ao mesmo tempo elas (realidades) e eles (mundos) podem ser mágicos e intensificar a paixão pelo viver em cada ser, sendo um hospital de almas.





terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

GUERRA À VISTA? A POLÍTICA EXTERNA POUCO HÁBIL DE BOLSONARO.

Tudo indica que não haverá, ao menos por enquanto, um conflito militar envolvendo a Rússia e a Ucrânia.
A Ucrânia não deseja o conflito e a Rússia agora retira tropas militares da fronteira.

França e Alemanha são contra o conflito e buscam a conciliação.

Porém, Estados Unidos e Inglaterra continuam a inflar as agências de notícias com supostos dados indicativos do que consistiria em sinal de preparativos de uma guerra.

Os russos, embora queiram suas fronteiras livres de mísseis, como os Estados Unidos sempre fizeram o mesmo em suas fronteiras, principalmente no México e Canadá, convém recordar da crise dos mísseis em Cuba, a 200 kms da Flórida.

Nenhuma Nação deseja ver armamento de inimigos ao lado de suas fronteiras, e assim exige a Rússia.

E nesse momento conturbado, Bolsonaro viajou à Rússia para encontrar-se amanhã com Putin. Embora o risco de algum atentado ou sequestro do presidente brasileiro seja pouco provável, o risco existe, como foi tratado em artigo neste blog. A prudência recomendaria adiar a viagem.

A viagem de Bolsonaro certamente desagrada os governos Europeus e Estadunidense. O melhor seria fazer uma viagem tanto à Ucrânia, nossa parceira em tecnologia espacial, como à Rússia, nossa parceira em itens agrícolas, o que seria um claro sinal demonstrativo de neutralidade e que permitira colher frutos não só dos dois países, mas das grandes potências integrantes da própria OTAN. Falta ao governo Bolsonaro uma visão geopolítica mais ampla e pragmática. Esse jeito rude e pouco hábil de fazer política externa tem trazido seguidos prejuízos econômicos, com reflexos negativos na já frágil balança comercial brasileira.


domingo, 13 de fevereiro de 2022

OS RISCOS CONHECIDOS E NEGLIGENCIADOS DA VIAGEM DE BOLSONARO À RÚSSIA NESTE MOMENTO

imagem: internet

Não há dúvidas de que a Rússia, também integrante dos BRICSs é um país geopolítica e economicamente importante para o Brasil, mas não se pode desconhecer das ligações históricas do Brasil, e principalmente dos militares, com os Estados Unidos. Não bastasse isso, o país pleiteia - de forma arriscada - participar da OTAN, o que dependerá do aval expresso dos Estados Unidos.

E Bolsonaro, que se nega a tomar vacina, terá que realizar 5 testes de covid para se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin. Não é humilhação porque todos os presidentes, neste momento, têm que fazer o mesmo para se encontrar com o líder máximo russo. Mas causa estranheza que os terraplanistas e negacionistas não tenham visto qualquer risco de se coletar o DNA do presidente, como já o demonstrou o líder francês, e, mais ainda, do serviço secreto russo descobrir se efetivamente o presidente brasileiro tomou ou não a vacina, e quais, algo que, no Brasil, está em sigilo por 100 anos.

Bolsonaro não age necessariamente por impulso, mas muitas vezes visa agradar parte do seu eleitorado, que nesse caso específico da viagem à Rússia, em beira de um conflito militar com a vizinha Ucrânia, é a mais radical, ligada a Olavo de Carvalho e com ligações com o ex-presidente estadunidense Donald Trump.

Não há dúvidas de que Bolsonaro, nessa viagem, quer dar uma cutucada no presidente democrata Joe Biden, tentando mostrar uma imagem de um presidente altivo e, assim, agradar a Trump. Porém, ao fazer isso, desagrada a todo o povo estadunidense, extremamente nacionalista e unido quando se trata de interesses geopolíticos do país, podendo colocar a imagem do Brasil em situação ainda mais vexatória perante a população estadunidense e ocidental.

Bolsonaro também contraria recomendações da ala militar do governo, preocupada com a possibilidade de ser negada a participação do Brasil na OTAN em retaliação à viagem de Bolsonaro à Rússia.

Porém, o mais grave parece não ter sido alcançado pela inteligência brasileira. A viagem de Bolsonaro à Rússia põe em risco a própria integridade física do presidente.

Não é segredo que os maiores e mais poderosos serviços de inteligência do mundo estão em alerta máximo e em ação efetiva tanto em território ucraniano como no russo.

O risco de um incidente diplomático em quaisquer daqueles países é enorme e a chance dos serviços de inteligência dos países interessados e aliados utilizarem um político estrangeiro para culparem o país rival por um possível sequestro ou atentado contra a vida deste, ainda que apenas tentados, não pode ser desconsiderado.

Bolsonaro, de forma absolutamente inapropriada e inconsequente, viaja à Rússia em momento extremamente delicado e que não traz qualquer benefício ao pais, muito ao contrário. Além de colocar o Brasil em risco, também coloca a sua integridade física em perigo.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

NAZISTAS NUNCA MAIS!

Ao contrário do que pensam Monark, apresentador do Flow Podcast, e Kim Kataguiri, deputado federal pelo DEM/SP, não existe direito de expressão a justificar a autorização de existência de movimentos ou partidos nazistas. Nada justificaria a defesa de quem prega e comprovadamente já praticou o extermínio de milhões de pessoas, e que levou as Nações à busca desenfreada da tão perigosa e alarmante arma atômica.

O nazismo foi a concretização do ódio e racismo contra ciganos, judeus e até de comunistas, que levou milhões à morte por execução. Foi o exaurimento  dos atos de ódio e racismo, através da execução, fato que ficou registrado como genocídio de muitos ciganos e judeus. As execuções de judeus, devido ao elevadíssimo número de mortos de sua comunidade, em torno de 6 milhões, a história denomina holocausto.

Foi um tempo sombrio, de horrores, que o mundo não deseja mais relembrar ou reviver.

Tanto tempo depois do fim da Segunda Guerra, com tantas imagens, histórias e filmes marcantes sobre as perseguições e campos de concentração, alguém defender a existência do nazismo, seja como ideia, como agrupamento ou partido, soa revoltante.

Nazismo e fascismo não são meros pensamentos. Principalmente o primeiro, envolve atos de ódio, repúdio, segregação e de violência, ainda que temporariamente contida. O ideal dos nazistas não é e nunc foi o racismo em discursos, mas em ação. Ação que exauriram com o extermínio de milhões.

Há vários partidos de extrema direita no poder que segregam, retiram direitos e até incentivam, ainda que veladamente, o enfrentamento àqueles que odeia, sejam eles imigrantes econômicos, refugiados, negros, palestinos, minoria islâmica... 

E há também movimentos extremamente violentos contra minorias, como o terrorista ISIS, atuante principalmente na Síria e no Iraque.

O que não podemos permitir é que uma Nação como a brasileira, que recebeu de braços abertos judeus, árabes, asiáticos e europeus, autorize agora movimentos segregacionistas e que preguem o ódio.

A nossa Constituição veda a criação de partido de viés nazista, seja por vê-los (partidos) como promotores dos direitos fundamentais da pessoa humana (art. 17, "caput"), seja por vedar a eles o uso de organização paramilitar (art. 17, parágrafo 4º). Mas não só. Constituem fundamentos básicos de nossa República a cidadania e a dignidade da pessoa humana (art. 1º, II e III) e constituem objetivos fundamentais a construção de uma sociedade solidária (art. 3º, I). São direitos fundamentais de todos, o direito à vida, à liberdade e à igualdade. Desta forma, qualquer manifestação segregacionista ou racista já não é aceita pelo Direito Constitucional, menos ainda partidos que visem promover a discriminação e o ódio.

A nossa República promove direitos e deveres que tentam se harmonizar, e não ódios e extermínios da vida, da dignidade da pessoa humana e da própria vida.

Sofremos com a colonização, exploração, extermínio de índios, escravidão e guerras civis. A nossa história é de luta e encontramos a harmonia. 

Ódio e nazistas, nunca mais!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

NO PAÍS DA IRRESPONSABILIDADE

Vivemos no país da irresponsabilidade.

A irresponsabilidade permeia o dia a dia dos brasileiros.

É assim no trânsito, com muitos entregadores e motociclistas cruzando a frente dos carros e andando por cima das faixas, sedentos por migalhas e correndo risco de morte a cada segundo.

É assim com os produtos pirateados ou trazidos mediante descaminho (sem pagamento de impostos), disponíveis a cada esquina das grandes cidades.

É assim com os drogaditos espalhados pelo centro, com a administração pública fechando os olhos para a causa desse grave problema social e de saúde.

É assim com as crianças que se sexualizam precocemente, sob o olhar complacente de muitos genitores.

É assim na fala impensada dos dirigentes políticos e nas piadinhas que não precisam as suas consequências. Parecemos o país do oba-oba.

A irresponsabilidade é a regra, e isso não significa avanço social ou civilizatório, muito pelo contrário. Significa o pouco caso com a coisa pública, com as questões sociais e com o futuro do próprio país.

O Brasil não avança social e economicamente não é por outro motivo, mas pelo pouco caso com o passado, o presente e o futuro do país. A irresponsabilidade com o outro, com questões sociais e com o próprio país afundam o Brasil há séculos.

Educação e responsabilização são as armas para um Brasil mais próspero e justo.

Vamos mudar isso?

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

MAU CARATISMO, OPORTUNISMO ELEITORAL E FAKE NEWS, ELEMENTOS QUE CORROMPEM OS SISTEMAS DEMOCRÁTICO E ELEITORAL

Bolsonaristas comemoram o surgimento de uma cratera na marginal Tietê, em São Paulo. Para eles, isso traria evidentes prejuízos ao governador João Dória, pré-candidato à presidência da República pelo PSDB.

Comemorar um acidente que põe em risco vidas humanas e atrasa a entrega de uma obra socialmente tão importante como o metrô, revela mau-caratismo.

Como é evidente, a culpa não é do governador, embora “possa” (em hipótese, sem efetivamente imputar culpa a alguém) haver responsabilidade da empresa espanhola responsável pela construção da linha e de eventual funcionário da administração pública responsável pela fiscalização.

O mau caratismo e oportunismo eleitoral de bolsonaristas revela o jogo sujo que se transformou a política no Brasil.

Pouco importa o povo, as necessidades do povo e do Brasil, bem como a verdade. O que importa para esses oportunistas é o discurso vazio, repleto de ódio e imagens de propaganda, explorando ao máximo a boa fé do eleitor e o ódio por aqueles fomentados.

A eleição, elemento maior da democracia, deve ser protegida e preservada, pois ela é o alvo indireto dos inescrupulosos defensores do bolsonarismo.

Aqueles que atacam candidatos, explorando eventos que não se relacionam diretamente ao político em questão, atacam frontalmente a verdade e a própria democracia, em um primeiro momento.

Essas pessoas, tão sedentas por poder, não se importam propriamente com as eleições e os seus resultados, mas apenas com o objetivo tramado, qual seja, a posse de seu candidato. Democracia para elas não é algo a comemorar, mas um obstáculo àquilo que realmente querem, o poder e a perpetuação de seu candidato no cargo. Assim, quanto mais inverdades (leia-se em português claro, MENTIRAS) e ataques a candidatos adversários houver, melhor para o mito político que criaram.

Democracia, ao contrário, não vive de inverdades, enganações e manipulações, elementos essencialmente antidemocráticos, mas de discursos, conversas, propostas, projetos e ideais.

As Cortes de Justiça, bem como a Eleitoral, devem estar plenamente atentas. O ataque à democracia não é apenas direto, feito às suas instituições, mas corrompendo o próprio sistema democrático e também o eleitoral.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

DO BIGBANG INCOLOR E SEM LUZ A UM UNIVERSO PREDOMINANTEMENTE BEGE





































Dizem alguns cientistas que o Universo iniciou sem luz e sem cores e que hoje, passados mais de 13 bilhões de anos, a cor predominante seria um bege meio sem graça. Será?

Não bastasse a mente sem graça de tantos terraplanistas, capitalistas, fascistas, nazistas e radicais, a cor predominante no universo ainda seria justamente o bege?

Realmente o Universo é regido por uma inteligência suprema, talvez um tanto sádica e um tanto amorosa, que, ao mesmo tempo em que multiplica a vida e nos brinda com a diversidade, realça em nós o que temos de pior, a começar pela nossa incapacidade de enxergar o cosmos e de aceitar a diversidade e a simplicidade da vida, onde basta estar e contemplar, sem a necessidade de amealhar, dominar e ressignificar.

O Universo, por si só, é a casa, o anteparo e o exemplo de nós, elevado à infinita potência.

No entanto, nos sentimos no direito de decretar a existência de um Deus à nossa forma, de nos apropriarmos de terras e espaços, de criarmos bandeiras que expressem o nosso poderio e de não aceitarmos a existência daquilo que nos parece soar diferente. Criamos, em nosso mundo e em nossa mente, o domínio da existência, como se fossemos não apenas a forma da criação, mas ela própria.

E, assim, nos sentimos no direito de dominar a natureza e transformá-la, ao ponto de quase exterminá-la, não por necessidade de sobrevivência de cada ser que vive, mas pela ambição de um sistema abstrato que não liberta, mas escraviza física, emocional e mentalmente o homem.

Apenas um choque civilizacional colocaria a humanidade no rumo certo, mas de onde adviria esse choque? De nosso próprio mundo, dominado por mentes doentias, de uma população distante e desconhecida ou de acontecimentos que mudariam drasticamente o rumo da civilização humana?

O horizonte, além desse bege que parece predominar, esconde muitas outras cores e possibilidades. Enxerguemos a beleza contagiante para nos transformarmos, sem a necessidade de sermos forçados à mudança pela dor. A opção é nossa.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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