sábado, 13 de janeiro de 2024

AS GUERRAS COSTUMAM TER ALGUNS MOTIVOS. APONTAMOS QUATRO. TODOS ELES EXISTENTES NA GUERRA DE NETANYAHU CONTRA OS PALESTINOS

Toda guerra, sempre provocada por humanos, é essencialmente desumana e visa ao poder, seja ele territorial, de influência geopolítica ou econômica, de manutenção do poder do governante do Estado beligerante ou de mero aniquilamento do inimigo.

A guerra entre Israel e a população palestina é o único exemplo de guerra provocada pelos quatro motivos acima. Não se trata de defesa, como alega.

Seria ação de defesa se, ao invés de atacar a população palestina, adotasse medidas para o enfraquecimento e até possível aniquilamento do Hamas, mas não o faz. Utiliza a guerra para manter Netanyahu no poder e também pelos três outros motivos acima.

Netanyahu está enfraquecido politicamente, seja por conta das ações do Hamas em 7 de outubro, seja pelo conflito com a Suprema Corte do País, seja pelos processos de corrupção que responde na Justiça israelense. Fora isso, há três outros motivos para a guerra.

Israel visa aumentar a influência geopolítica, enfraquecendo a atuação do Irã na região e também para apoderar-se da pequena área petrolífera e de gás de Gaza, no Mediterrâneo.

Israel também visa à expansão territorial, como vem fazendo desde a sua criação, tanto que tomou terras da Síria (e anexou), do Líbano (anexou parte e devolveu outra parte), do Egito (devolveu) e dos territórios palestinos, que ocupou civil e militarmente e se recusa a permitir a criação de um Estado palestino minimamente viável, seja sob os aspectos geográficos, econômicos ou militares. De um lado, ameaçou expulsar todos os palestinos de Gaza para o Egito. De outro, ameaçou um ataque nuclear na região. E, por fim, ameaça invadir o sul do Líbano, provocando o grupo Hezbollah para um enfrentamento definitivo, possivelmente para ocupar grande área da antiga Fenícia.

Mas não é só isso. A guerra visa também eliminar o povo palestino da área pretendida por Israel. As falas horrendas de diversos Ministros de Netanyahu e o mapa apresentado por Netanyahu, em 2023 na ONU sem os territórios palestinos, evidenciam como pensam os atuais governantes de Israel. A Israel permitida pela ONU se ampliou ilegalmente e avançou para áreas que pertenceriam aos sírios, libaneses e palestinos, esses últimos apátridas, prisioneiros em uma terra controlada por seus inimigos. Um Estado religioso, como é Israel, voltado unicamente aos judeus desde a sua criação, não consegue assimilar etnias diversas de forma isonômica e democrática. Os árabes israelenses, que são aqueles descendentes de palestinos que ficaram em território de Israel desde a sua criação, sejam cristãos ou muçulmanos, possuem uma cidadania de segunda classe, com menos direitos que os demais cidadãos de Israel e costumam ser perseguidos pelo governo quando se manifestam contra os excessos praticados pelo Estado de Israel.

Mulheres, crianças, idosos e jovens são privados de alimentos e de tratamento de saúde por conta da proibição israelense de que ingresse qualquer tipo de ajuda no território palestino.

Os palestinos não têm para onde fugir, cercados por Israelenses por terra, ar e mar, e sem a permissão do Egito para buscar refúgio no país vizinho. Estão presos e sendo alvos de execução. O assassinato de dois reféns israelenses pelo próprio exército de Israel parece evidenciar a execução em massa existente no território.

Enquanto isso acontece, com o assassinato de cerca de 2% da população de Palestinos de Gaza (computando os declarados mortos e os desaparecidos), o mundo se cala.

Todo esse tipo de injustiça e barbaridade ocorre na chamada Terra Santa para as três grandes religiões: Cristianismo, Islamismo e Judaísmo e muitas pessoas não veem ou não querem ver, como ocorreu à época de Cristo, quando a população, sob o jugo perverso e cruel do Império Romano e de Fariseus, não era capaz de perceber toda a Santidade do Criador Encarnado que lá estava, em carne, osso e Espírito.

Obs: Quando se critica as ações de Israel, se faz como ente político que Israel é. O Estado de Israel representa as opções políticas da maioria votante, de direita e extrema direita e não se confunde com a religião judaica, que deve ser profundamente respeitada. Israel é resultado do sionismo que não se confunde com a religião. Podemos dar como exemplo, a grosso modo, o Vaticano. Se o Estado do Vaticano atacar a Itália e praticar ações desumanas contra os habitantes desta, ao criticarmos o Vaticano estaremos atacando o respectivo Estado e não a Fé Cristã. Não há como se confundir o que é de César (Estado) e o que é de Deus (Religião), como já ensinava Jesus Cristo. Tentar confundir Estado e Religião, como se os ataques às políticas perversas de Israel fossem contra o judaísmo serve tão somente às intenções nefastas daqueles que não têm escrúpulos em praticar o mal e não dar o respeito devido à religião judaica. Não é por outro motivo que existem muitos judeus, inclusive ortodoxos, críticos ao sionismo e à política colonialista de Netanyahu.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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