foto: site www,pragmatismopolitico.com.br
Cartazes com fotos de membros da Ku Klux Klan falando em perseguição a homossexuais, comunistas e outros, em pleno século XXI, e no Brasil! Dá para acreditar?
Parece até uma espécie de marketing de mau gosto de algum produto, mas não é. É a extrema direita querendo impor-se perante uma parcela importante da sociedade.
A Ku Klux Klan não tem absolutamente nada a ver com o Brasil. Surgiu nos Estados Unidos, nos estados do sul, contra a libertação dos escravos proposta pelos estados do norte.
O Brasil atual já tem Igrejas suficientes que pregam regras sobre comportamento individual e esquecem-se dos valores espirituais. Grande parte dos nossos legisladores também vêm com discurso conservador, contra comportamentos.
Penso que, quando se dita comportamento, quando religiosos fazem discursos abordando questões estritamente pessoais, quando políticos se manifestam contra liberdades individuais, aparentemente se está defendendo um posicionamento conservador, mas na verdade se trata de relação de poder. E a relação de poder pode se dar nesse sadismo doentio que algumas pessoas necessitam aplicar em outras ou até mesmo pela própria luta pelo poder, num claro sinal de oportunismo.
Essas pessoas conservadoras buscam espaço de poder e o dito posicionamento conservador serve tão somente como meio para a sua obtenção perante parcela da sociedade.
Muitos desses conservadores não passam de oportunistas que almejam impor a sua vontade aos outros ou que visam à própria obtenção do poder pelo voto direto ou, ainda, pela aceitação de pessoas que mal compreendem o que é viver em sociedade, sempre num jogo de luta pelo poder.
Não tenho nada a ver se alguém é homossexual, transexual, comunista, anarquista, mulher, negro etc. Essas são questões individuais que dizem respeito essencialmente à própria pessoa e não à sociedade. A pessoa sempre continuará a ser pessoas, às vezes necessitando de maior proteção em razão de alguma questão.
Porém, a partir do momento em que há uma manifestação de ódio, o Poder Público não pode ficar silente. Tem que agir, seja de forma preventiva, pela educação e até divulgação de trechos informativos nos meios de comunicação, seja de forma repressiva, através da polícia.
Os que pregam contra grupos de pessoas, seja em razão de religião, opção política, questão sexual ou de etnia, pregam contra toda a sociedade e o próprio Brasil. O Brasil é um país único, mestiço, meio africano e um tanto europeu e asiático. Aqui não há como se aceitar o ódio que uma parcela radical, oportunista ou que mal conhece o sentido de sociedade, pretende impor.
Ninguém será inocente se quedar-se inerte. A omissão acarretará a cumplicidade. Não dá para tolerar tanta ofensa, ódio e discriminação sem qualquer base espiritual, racional ou seja de que ordem for.
Enquanto se trava essa luta sem nenhum sentido, esquece-se de questões importantes à sociedade e ao próprio país, num claro prejuízo a todos os brasileiros.
O Brasil não pode se calar!