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Em 1989 foi o comunismo que entrou em crise. No mesmo ano houve a
queda do muro de Berlim, permitindo-se a reunificação das então
Alemanhas oriental e ocidental.
Em 1991 a União Soviética teve fim e várias repúblicas alcançaram a
independência. O comunismo acabava na maior república de todos os
tempos. O sistema comunista entrava em colapso e ficava restrito a
alguns poucos países, como a Coreia do Norte, tão em evidência nos
dias atuais.
Hoje é o capitalismo que está em crise.
Além da crise econômica que assola o planeta, com o desemprego e a
desindustrialização da maior parte dos países, o capitalismo, nessa
nova etapa, também está provocando migrações massivas, aquecimento
global ocasionado pelo modo de vida baseado no consumo excessivo e nas
necessidades supérfluas.
O capitalismo hoje é basicamente voltado ao mercado financeiro e
somente grandes grupos energéticos, de armamentos, de alimentos e de
medicamentos consegue sobreviver, ao lado das gigantes dos
computadores e de aplicativos. .
São os últimos dias desse sistema econômico.
Há alguns anos grande parte das pessoas resolveu realizar trabalhos
voluntários em ONGS, bem como viver um modo de vida dito alternativo
em comunidades espalhadas pelo mundo. No Brasil se destaca a Vila de
Piracanga, na Bahia.
Surto de crises depressivas e de ansiedade, aliadas a aumento de
doenças como câncer e infarto têm provocado a necessidade de mudança
em algumas pessoas.
O modo de viver para o dinheiro, pelo dinheiro e com o dinheiro não
tem feito bem não só ao mundo e países, mas também às pessoas.
E graças a essa competição desenfreada para a produção do que não é
necessário, o planeta, os países, a sociedade e as pessoas entraram em
crise.
Estamos no grande surto dessa crise com a histeria coletiva marcada
pela agressividade gratuita.
Faz-se urgente a criação de um novo sistema, não voltado à economia,
mas à própria humanidade.
O desemprego causado pela automação industrial não é de todo ruim.
Hoje há máquinas que produzem o que necessitamos e as pessoas podem
não só trabalhar menos, mas se estressar menos e refletir sobre
questões essenciais para a humanidade. Podemos viver a era de ouro da
humanidade. Não faltam elementos para isso, como o conhecimento
facilitado pela internet, e facilidades, como a produção industrial
automatizada.
Uma sociedade que se apegue ao essencial, ao necessário, produzirá
menos lixo, colaborará naturalmente na diminuição no aquecimento
global e propiciará o avanço da ciência e de todas as matérias de
humanidades.
Não adianta grandes grupos ganharem muito dinheiro e dominarem o
cenário político e econômico mundial. As guerras, as crises econômicas
e as crises políticas, sociais e pessoais fomentarão um repensar no
"modus vivendi". E isso é irreversível.
A Nova Era começou e nos alcançará. O capitalismo tão defendido por
alguns, receosos com o retorno do sistema comunista soviético, está
com os dias contados, ainda bem.