segunda-feira, 25 de setembro de 2017

MISSÕES JESUÍTICAS

 foto: www.portaldasmissoes.com.br
Recentemente, vivi um dos momentos de grande introspecção em minha vida.

Esse momento mágico tomou conta de mim ao conhecer algumas das ruínas históricas e, para mim, sagradas das Missões Jesuíticas na Argentina e no Paraguai. São Miguel das Missões, no Brasil, a mais antiga delas, eu já havia conhecido há 18 anos.

Para que você tenha ideia dos locais em que foram construídos os sítios das Missões Jesuíticas no estilo grandioso, majestoso, com uma Igreja enorme, cercada por uma grande horta, residências dos indígenas e dos padres, a região é enorme, abrangendo o Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. 

As ruínas visitadas na Argentina, de San Inácio Mini, se encontram dentro do sítio urbano da cidade e são, portanto, de fácil acesso a quem chegar na cidade de ônibus ou carro. É um local gigantesco, lindo, que mesmo na presença de inúmeros turistas, quase todos argentinos, conseguiu acalmar os espíritos e maravilhar a todos com aquelas construções recheadas de detalhes feitas pelos índios guaranis, sob a coordenação dos jesuítas. 

Já as ruínas que visitei no Paraguai, de La Santissima Trinidad de Parana e de Jesus de Tavarangue, não são de tão fácil visitação, pois se encontram na zona rural da cidade de Encarnacion. Foi uma pequena aventura, mas imagino que a viagem poderia ser ainda mais interessante se o Paraguai, a Argentina e o Brasil resolvessem estudar os sítios das ruínas existentes das Missões Jesuíticas, em seguida elaborassem um mapa detalhado e depois fizessem, com planejamento e a construção da infra estrutura necessária, uma rota acessível a peregrinos que resolvessem fazer o caminho a pé, a cavalo, de bicicleta ou de veículo, como ocorre na rota de San Tiago de Compostela, na Espanha. Motivos de fé e de valor histórico e arquitetônico não faltam para isso. E posso falar isso com tranquilidade porque, embora tenha formação católica, não pratico o catolicismo e não tenho uma religião definida.

As ruínas são lindas e certamente as regiões alcançadas se beneficiariam com um turismo típico dos peregrinos, com pouca exploração comercial, mas que depende da construção de hotéis, albergues, mercados e restaurantes.

Nos sítios das Missões você conseguirá se deparar com a história do Brasil e da América do Sul, com as ruínas de construções belíssimas, com a coragem dos jesuítas de se contrapor à escravização dos indígenas, que eram vistos como objetos pelos reinos europeus, e com a sensibilidade dos índios guaranis, capazes de esculpir e construir prédios com enormes pedras  em plena selva. Essas edificações causariam inveja aos europeus da época.

O Brasil não valoriza sua história nem seus personagens. Os índios guaranis tinham conhecimento astronômico e construíam relógios que lhes indicava a melhor época para o plantio. Também acreditavam em um Deus Supremo que não tinha forma física e que não teria tido um nascimento, pois seria uma energia que sempre existiu e que continuará a existir. Tinham noção do Universo e da criação do planeta e da vida humana. E tinham uma sensibilidade às artes e música muito mais aguçada que a maioria dos europeus da época.

Se você não conhece a história das Missões Jesuíticas ou dos trabalhos dos Jesuítas pelo mundo afora, vá no site www.portaldasmissoes.com.br. Lá tem muito conteúdo a respeito.
Eu mesmo só descobri o sítio hoje e vou pesquisá-lo com calma.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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