A Rússia não foi apenas um grande
império à época dos Czares. Ela foi e continua sendo um grande e fabuloso país,
sem dúvida.
As famosas construções da praça
vermelha, a Catedral de São Basílio e o Kremlin, encantam a todos pelo exotismo
e pelo arrojo.
E com a história repleta de
grandes fotógrafos, cineastas, escritores, pintores, dançarinos e músicos, a
Rússia cheira e transborda arte.
A Rússia adotou o cristianismo
antes de muitos outros países europeus, e quando os Jesuítas eram perseguidos
na Europa e em suas colônias, foi a Rússia que os acolheu em segredo e deu
seguimento à evangelização.
Mas foi na Rússia, na chamada
União Soviética, denominação utilizada após a revolução bolchevique, que a
humanidade conheceu o sistema Comunista, dando origem a um grande bloco
econômico, com seus erros e acertos. Ao mesmo tempo em que se buscava uma maior
igualdade, o materialismo e um certo autoritarismo se intensificavam
brutalmente.
Mas foi uma época gloriosa aos
russos. Os então soviéticos, loucos por tecnologia, lideraram por um bom tempo
a corrida espacial. E quem não ouviu falar em Laika, a cachorrinha que orbitou
a Terra, a nave Sputnik e em Yuri Gagarin?
Mesmo sob uma forte rigidez
ateísta, em decorrência do sistema comunista, os russos preservaram sua forte
tendência mística. E foram os seus cientistas que estudaram e comprovaram,
através da fotografia Kirlian, a existência da aura. Com a comprovação russa, o
homem deixava de ser apenas corpo e mente, para também ter alma, já defendida pelo
filósofo Platão e seus seguidores à época da gloriosa Atenas, alguns milênios
antes.
O materialismo comunista, como se
vê, não era absoluto. O capitalismo, ao contrário, se intensificava sob o falso
manto da liberdade, uma vez que quem sempre liderou foram os grandes grupos industriais
e corporativos, corruptores contumazes dos políticos e do sistema, como o
Brasil percebe às claras hoje em dia.
Embora os Estados Unidos e a
Inglaterra se vangloriem da vitória contra os nazistas, foram os soviéticos
(leia-se atual Rússia) que, mesmo sofrendo o maior número de baixas, com mais
de 26 milhões de cidadãos mortos, foram capazes de sufocar as tropas alemãs e
invadir Berlim, pondo fim ao pretenso império nazista, salvando a humanidade do
totalitarismo e do racismo eugênico.
Também foram os russos que, mais
de cem anos antes, impuseram pesadas derrotas ao expansionismo do imperador
francês Napoleão Bonaparte.
Foram os russos que enfrentaram o
Império Turco Otomano e salvaram inúmeras vidas no conhecido genocídio de
armênios. Hoje, são os russos que estão a salvar as vidas dos curdos,
massacrados pelo exército turco, por um lado, e pelo Estado Islâmico, por
outro.
Também recentemente, foram os
russos que, mesmo em meio a uma grande crise econômica, colocaram sua poderosa força
aérea para cortar a principal fonte de financiamento do Estado Islâmico – venda
de petróleo ilegal - e que impôs grandes e efetivas baixas a esse perigoso e
cruel grupo terrorista, principalmente na Síria.
E, como sempre, foram os russos
que se contrapuseram às guerras do Vietnã, da Coréia e à invasão de Cuba. Nessa
última contou com o apoio expresso do Presidente brasileiro João Goulart, numa
postura corajosa que lhe custaria o cargo dois anos depois.
Se por um lado os russos são
divertidos, gostam de viver e de beber, por outro não brincam em serviço. Quando
resolvem agir, dificilmente deixam de ter êxito. A verdade é que a Humanidade, ao longo
da história deve muito a eles, e nos mais diversos campos, e, ao que parece, o
apoio russo ao desenvolvimento da humanidade não irá terminar por aí.
A Rússia, mais que um contrapeso
aos excessos dos Estados Unidos e seus aliados europeus, serve de norte a todos
os que acreditam em um mundo que pode e necessita ser diferente.
São os russos que, hoje, encantam
o mundo com a beleza de suas atletas e modelos. E são também eles que
proporcionam informação aberta e gratuita de qualidade, em diversas línguas, sob
uma perspectiva e abordagem diferenciadas, que se contrapõem à informação
massificada apresentada pelas agências de notícias europeias ou estadunidenses.
O canal noticioso RT, disponível on line em russo, inglês, árabe e espanhol,
apresenta diversas reportagens especiais sobre temas polêmicos e é de extrema
relevância para quem deseja entender melhor os diversos temas que afligem a
sociedade atual.
Embora existam pessoas que absurdamente
vejam os russos como estranhos, comedores de crianças e bêbados inconsequentes,
a Rússia comprovou ser um País que gosta de manter uma posição independente e
que nunca se submeteu a outro império. Isso, mais que importante, sempre foi
vital à sobrevivência da humanidade ao longo de sua história.
Podemos não gostar do
totalitarismo que dominou o sistema Comunista Soviético, mas temos que
reconhecer que os russos têm se doado constantemente em prol da preservação e
avanço da humanidade ao longo de toda a história. E provavelmente será com eles
que poderemos contar quando estivermos em risco.