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Talvez me sinta mais descendente de árabes por carregar um sobrenome dessa origem, e de forte significado.
Tenho orgulho de minha ascendência. Tivemos figuras iluminadíssimas, como profetas, filósofos, navegadores, médicos, astrônomos e escritores que engrandeceram este planeta.
A humanidade só saiu da escuridão da Idade Média por conta do Renascimento surgido graças aos Califado Árabe de Córdoba, na Espanha, onde grandes pensadores muçulmanos, judeus e cristãos, árabes ou não, traçavam a salvação da humanidade.
Abaixo, um pequeno poema ou texto sobre a grandiosidade dos árabes, povo profundamente desconhecido da maioria.
Já ouvi dizer que árabe é um povo estranho, que não acredita em Deus e tantas outras barbaridades. Chega!
Acreditando ou não em Deus, sendo muçulmanos, cristãos ou ateus, que diferença faz? O que importa não é a essência, o espírito?
Venho de uma etnia que vivia em
regiões desérticas e convivia com as adversidades.
Povo forte.
Venho de uma etnia que escrevia poesias,
contos e histórias até hoje conhecidos.
Povo sensível e criativo.
Venho de um povo que aperfeiçoou
a matemática, a astronomia e a medicina.
Povo culto.
Venho de uma etnia que participou
do surgimento de religiões e dos grandes profetas.
Povo religioso.
Venho de uma etnia que divide o
pão e a mesa aos estranhos.
Povo cordial.
Venho de uma etnia que criou a
escrita e que, sob a Idade da Luz, evitou maiores catástrofes na Idade Média tão
escura e sanguinolenta.
Povo sábio.
Venho de uma etnia que hoje é
discriminada e taxada de estranha e radical.
Povo sofrido.
Venho e sou dessa etnia dos meus
ascendentes. Sou multirracial. Embora não tenha conhecido as terras dos meus
antepassados, sonho com elas.
Povo eterno.