O NACIONALISMO NÃO SIGNIFICA ADMIRAÇÃO PELOS POLÍTICOS, QUE SÃO PASSAGEIROS, MAS AMOR PELA PÁTRIA E PELO SEU POVO, QUE SÃO A RAIZ DA TERNURA E O MOTIVO DE NOSSA EXISTÊNCIA.

sábado, 23 de abril de 2022

PROFECIA NA CAMPANHA PRESIDENCIAL? O BEM CONTRA O MAL E O DESTINO DO BRASIL COMO PÁTRIA DO EVANGELHO?

Há quem veja espiritualidade em tudo, enquanto outros veem mera coincidência, e nada mais.

Mas a espiritualidade tem algo a ver com a política e essa com aquela?

O momento mais negro da espiritualidade foi a idade média. Certo? Depende de como se olha. Foi por volta dos anos 1000 que a filosofia reapareceu no continente Europeu, graças aos muçulmanos de Córdoba, Espanha, que reuniam judeus e cristãos (católicos) e, assim, com os maiores pensadores daquela época, promoveram avanços que levaria a humanidade a outro patamar séculos depois.

O lado espiritualizado, de compreensão e de respeito ao outro, no meio das cruzadas que ocorriam em paralelo, fazia surgir uma esperança ao mundo àquela época cinzenta.

Mas e a espiritualidade e o Brasil? O Brasil não é a pátria do Evangelho? Seriamos todos iluminados ou seriamos todos seres que necessitam de evolução, em meio aos séculos de escravidão, matança de povos indígenas, e fome e miséria de um povo em um país que exporta alimentos cada vez mais e que é conhecido como o celeiro do mundo?

O Brasil viveu e vive injustiças. Escravizou africanos, assassinou populações indígenas e é indiferente à miséria e fome de milhões de nacionais, mas até quando? Hoje, além dessa mácula do passado, vivenciamos o radicalismo, a fome, a inflação, a carestia, o aumento do número de pessoas em situação de rua. É isso o que queremos ou podemos mudar? E como mudar?

O Brasil merece um segundo mandato de Bolsonaro ou um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, com essas forças políticas antagônicas e que se retroalimentam ainda ditando o rumo do Brasil?

Particularmente, prefiro amplamente Lula a Bolsonaro, mas sei da possibilidade de que um governo do PT possa sofrer manifestações diuturnas da extrema direita, boicotes de parte do empresariado atrasado e ações armadas de milicianos. Lula é hábil politicamente e eficiente em políticas sociais, mas será que conseguirá governar com a tranquilidade que teve nos seus dois mandatos anteriores? Me parece que não.

Por outro lado, um político que tenta mais uma vez a presidência se coloca no jogo e está em terceiro lugar, com dois dígitos, Ciro Gomes. Ele tem fama de explosivo, e não é pra menos. Com tanta gente cara de pau no mundo empresarial, político e dos meios de comunicação, tem uma hora que a paciência esgota, e Ciro está certíssimo. É transparente e fala o que realmente pensa, inclusive no meio político. Porém, é respeitador do papel da imprensa, da democracia e da relevância da boa política. Ele foi um bom administrador e soube concretizar ações importantes para o Ceará e para o Brasil, incluindo aí o combate à inflação, o caminho sedimentado para uma educação exemplar e ações para minimizar os dramas da seca. Ciro é experiente, articulado e tem boas relações com políticos da direita e da esquerda.

Meses atrás, Cabo Daciolo diz ter tido uma revelação, o de que Ciro seria o nome dos Céus para mudar o Brasil.

Mas o que significa a pré candidatura de Ciro Gomes? Vamos refletir.

Ciro Gomes significa a possibilidade de reconciliação entre os vários polos da política brasileira, o de governança, o de combate à inflação, o de combate à miséria, o de erradicação da fome, o da criação de empregos, o da educação efetiva e de qualidade, o de reindustrialização, o de pavimentação para sermos uma potência em diversas áreas da tecnologia. Significa, enfim, esperança de que o país sobreviva ao desgaste pelo qual vem passando, e que dê um futuro saudável aos nossos filhos e netos.

Lula, por mais que seja hábil e tenha preocupação social, enfrentará sérias adversidades, principalmente a oposição bolsonarista radical, além da desconfiança de parte da população. Bolsonaro, por outro lado, põe em risco não só a democracia, mas a soberania nacional, o desenvolvimento econômico, o emprego e a sobrevivência e dignidade de parte significativa da população. O seu governo e suas ações demonstram que ele não ambiciona de forma prioritária o bem do país e do seu povo, mas o poder, custe o que custar. Tudo para ele é guerra política. E os contrapesos criados pela Constituição, como o Poder Legislativo e o Judiciário, na visão maniqueísta de Bolsonaro, têm que ser corrompidos ou se tornam, então, inimigos a serem combatidos e eliminados. O seu desejo de poder é claramente ditatorial.

Ciro Gomes é a saída que temos desse Brasil manchado pela radicalização e retrocesso, com possibilidade de união no que for possível e de combate aos excessos, mas dentro da lei e da ordem Constitucional. É a possibilidade de harmonização da política.

Ciro Gomes é um homem que tem suas virtudes e seus defeitos. Não é Santo, nem mito. É humano, mas hábil na arte de governar e administrar, eficiente nos resultados administrativos e que conhece o Brasil como poucos, além de ser o único que tem um programa amplo para o país.

Racionalmente, Ciro Gomes é o melhor candidato. Se é escolhido por Deus, não sei, mas espero que as esferas superiores o protejam, para que possa trilhar com sabedoria a campanha, disputando-a e, se for do agrado dos eleitores, que a vença. Caso vença, que os Céus permitam que o Ciro Gomes faça o melhor governo que o Brasil poderia ter, criando oportunidades a todos, com Justiça e amor pelo Brasil.

Precisamos de mais amor pelo Brasil e o seu povo, e nisso talvez os Céus possam intervir, para que possamos voltar a dar bons exemplos ao mundo, como é esperado de nós há bastante tempo!

Espiritualmente, espero que o bem vença o mal e que o Brasil retome os trilhos do seu destino! Racionalmente, torço para que um líder democrata vença as eleições brasileiras e possa dar aos brasileiros condições de evolução material, intelectual e espiritual. 

Espero, assim, que o amoroso Cabo Daciolo tenha profetizado com sua luz interior o destino brasileiro, para o bem do nosso sofrido Brasil!

sexta-feira, 22 de abril de 2022

BOLSONARO SE AFUNDA INTERNA E EXTERNAMENTE, AO MESMO TEMPO EM QUE RADICALIZA. A TENTATIVA DE GOLPE ESTÁ À VISTA...

Bolsonaro é o típico bipolar, incapaz de controlar seus instintos extremados de ódio e paixão, de euforia e tristeza, e age não só contra o Brasil, mas contra a sua própria candidatura à reeleição.

Bolsonaro tem crescido nas pesquisas de intenção de voto a presidente da República, e isso se deve tanto ao aumento do bolsa família, que já mudou de nome para desvincular de Lula, como à migração do voto dos conservadores moristas, que já não têm Moro como candidato, restando a esses eleitores o colo da extrema direita bolsonarista. O que também tem ajudado Bolsonaro é a terceira via permanecer dividida e extremamente fragilizada.

As ações de Bolsonaro de colocar o STF como polo político que deve ser combatido elevam a preocupação internacional, e não apenas de organizações voltadas aos direitos humanos, mas do próprio establishment estadunidense, preocupado que não exista uma segunda Venezuela, economicamente muito mais forte, em seu quintal. Sanções econômicas do governo Biden dos Estados Unidos, por ação de deputados democratas, pode ser uma realidade ainda esse ano, agravando a situação econômica do Brasil e, por consequência, enfraquecendo o governo Bolsonaro, o que poderia tirá-lo da segunda posição e, portanto, do segundo turno.

Caso a terceira via não vingue, restará àqueles que não querem Bolsonaro ou PT votar em Ciro Gomes, o candidato mais preparado de todos e que se opõe aos "projetos" econômicos dos dois pré candidatos melhor posicionados, com proposta de reindustrialização, qualificação profissional e tecnológica. E caso consiga um vice de peso, Ciro poderá angariar muitos votos à esquerda e ao centro. Nessa hipótese, Ciro, dentro de três meses já poderá estar tecnicamente empatado com Bolsonaro e, a partir daí, ampliar a margem de vantagem em relação ao atual presidente.

Por outro lado, o próprio Bolsonaro tem se afundado e afugentado votos da direita democrata. A concessão presidencial de graça ao deputado Daniel Silveira, recém condenado pelo STF, afronta não só um dos poderes da República, o STF, mas a Constituição, que, ao contrario do que diz o presidente, não é um quadrado, mas um conjunto de normas e princípios que devem ser entendidos em conjunto, de forma harmônica.

Além do que, conceder graça a um bandido não é algo que os realmente conservadores admirem.

Voltando à questão da graça. Se, por um lado, a Constituição prevê o instituto de graça (individual) ou indulto (coletivo) a ser aplicado pelo Presidente da República, por outro lado há limites para tanto. Nenhum crime grave, seja pela sua característica de perversidade ou de afronta à democracia, pode ser objeto de perdão. Dentre eles estão os hediondos e os que atendem contra a ordem democrática.

Daniel Silveira não apenas xingou e ameaçou de morte os membros da Suprema Corte, mas quis por fim ao Congresso e ao próprio Supremo Tribunal Federal, não de forma propositiva, no plenário do Congresso, mas de forma impositiva, pela agressão, através das mídias sociais.

Um crime de tal ordem não pode ser objeto de perdão coletivo e menos ainda de graça individual. Os princípios da moralidade administrativa e impessoalidade não admitem que o perdão previsto constitucionalmente seja aplicado em benefício exclusivo de um aliado político e pessoal do presidente da República, que atentou contra poderes da República.

O presidente poderia dar graça a alguém que furtou comida para sobreviver, mas não. Aplicou a graça a um aliado que ameaçou de morte os membros da Suprema Corte Brasileira e até de fechamento, não só o STF, mas também o Congresso Nacional.

Se, por um lado, a Constituição prevê o instituto da Graça, por outro, impõe limites. Assim, a Graça, para ser válida e constituticional, deve atender aos princípios Constitucionais-Administrativos, dentre eles os da razoabilidade, impessoalidade e moralidade administrativa. E isso sem implicar em desvio de finalidade. A Graça, no caso, parece não atender a qualquer questão humanitária, mas a um jogo de forças entre o Presidente, que costumeiramente desafia o STF e seus membros, e a Suprema Corte.

Essa ação do Presidente, por outro lado, pode ser lida e vista como crime de responsabilidade, por criar, de forma proposital, animosidade e instabilidade dos Poderes, em verdadeira ação contra um dos Poderes da República.

O tiro poderia sair pela culatra, mas as consequências desse ato insano dependem de ações não só do Supremo Tribunal Federal, mas também da Procuradoria Geral da República.

Internacional e nacionalmente Bolsonaro se afunda e agrava o que soube criar: o radicalismo. A ele não são prioridades os votos e a simpatia dos eleitores, pois sabe que é incapaz de propiciar avanços sociais e econômicos de qualquer ordem, mas procura agravar a instabilidade democrática e, com isso, propiciar um golpe de Estado. O radicalismo sempre lhe interessou. Sente que pode ter o poder pela força, sem limites temporais ou Constitucionais.

É necessário colocar um basta a esse rumo ao autoritarismo, e o quanto antes! Mas as instituições terão como representantes pessoas imbuídas de forte sentimento democrático para tanto?

quarta-feira, 20 de abril de 2022

PRESIDENTES SÃO A CARA DE SEUS PAÍSES OU DE SEUS POVOS

Há presidentes que são a cara de seus países, e trazem consigo muito da realidade social, econômica e política de suas pátrias.

Trump lembrava o lado arrogante e ridículo de quem se julgava superior aos outros, assim como Biden representa o lado decrépito e anacrônico dos Estados Unidos. Isso tem tudo a vez com a realidade militar, de arrogância, e econômica, decrépita.

Bolsonaro, queiramos ou não, também representa a realidade brasileira, com pouco interesse na história do país, preconceito, machismo e o sentimento generalizado de querer levar vantagem, a que preço for.

Os políticos, quando eleitos, revelam características íntimas de um país e até de seu povo, queiramos ou não. Afinal, eles, políticos, são eleitos pelo povo, representando os interesses de seus eleitores. 

segunda-feira, 18 de abril de 2022

FIM DO ESTADO DE EMERGÊNCIA: UM RISCO AO BRASIL E AOS BRASILEIROS

O fim do "estado de emergência" anunciado por Queiroga pode colocar o Brasil em estado de vulnerabilidade perante a pandemia do covid-19.

Enquanto países na Europa e Ásia sofrem com o aumento dos casos de covid-19, enquanto surgem novos subtipos de covid-19 em várias partes do planeta e enquanto temos mais de 100 mortes diárias pela covid-19 só no Brasil, o governo entendeu por bem decretar o fim do estado de emergência, como se o combate a essa pandemia não exigisse prioridade.

A imprevisibilidade do vírus é o que mais assusta as autoridades médicas no mundo afora, sendo extremamente precipitada e inoportuna a declaração do Ministro da Saúde do Brasil, criticada por autoridades sanitárias no mundo afora e por secretários de Estado da saúde aqui no Brasil.

Visando agradar ao Bolsonaro, o Ministro da Saúde, de forma abrupta e apressada, anunciou que o Brasil saiu do estado de emergência. Porém, isso não significa o fim da pandemia, o que só pode ser decretado pela OMS - Organização Mundial de Saúde, já que diz respeito ao mundo inteiro.

O fim do estado de emergência terá reflexo no uso emergencial de vacinas e medicamentos contra a covid-19 sem registro definitivo na Anvisa, como a coronavac, nas licitações e contratações para ações de saúde e até no financiamento de ações contra a pandemia.

Embora ninguém tenha dito de forma clara, a ação do governo federal é demagógica e politiqueira, visando passar a falsa impressão de uma tranquilidade ao povo brasileiro em um momento que ainda exige cuidado e precaução perante um vírus que já matou 6,4 milhões de pessoas ao redor do mundo, pouco mais de 10% delas só aqui no Brasil. 

O Brasil e o seu povo continuam sendo as maiores vítimas dessa pandemia! 

O governo deveria ser sério e preciso no combate a esse vírus e não enfraquecer as ações de combate e de precaução. O fim das quarentenas e da exigência de testes para quem entra no país poderá ser um grande risco a todos nós brasileiros, justo em um momento em que os casos se alastram como nunca na China e em alguns outros países da Ásia e Europa.

Atrás de simpatia popular, o candidato à reeleição Bolsonaro poderá sofrer um revés se em dois ou três meses os casos de contágio e óbito voltarem a aumentar no Brasil.

Independentemente da política, o que assusta é o descaso, despreparo e falta de empatia do governo federal pelas vítimas efetivas e potenciais vítimas da covid.

domingo, 17 de abril de 2022

A GUERRA E SUAS CONSEQUÊNCIAS, INCLUSIVE NA ECONOMIA DO GLOBO

A guerra na Ucrânia parece não ter fim, mas de quem é a culpa?

A culpa seria da Rússia, que invadiu a Ucrânia?  Ou seria da OTAN, que insuflou a guerra? Ou seria da própria Ucrânia? Há torcida para todos os lados envolvidos e as justificativas mais bizarras são apresentadas pelos seus defensores.

O fato é que o bom senso indica que a paz deve ser buscada o quanto antes. Para isso, obviamente, se faz necessário o cessar fogo. Mas o cessar fogo e a paz interessariam e não interessariam a quem?

Duas respostas afirmativas podem sem dadas quando se pergunta a quem interessaria a paz. A paz interessaria, com certeza, à maior parte da população da Ucrânia, que sofre as privações e terrores ocasionados pelas guerras. A paz, contudo, não interessa aos governo dos Estados Unidos e à OTAN, que estão em uma cruzada contra a Rússia.

Quanto à Rússia e à Ucrânia, a paz é interessante, obviamente, mas com condições. 

Quanto antes for alcançada a paz, melhor para a Rússia, que, sofrendo todas as sanções internacionais aplicadas, poderá evitar maiores gastos com a guerra.

Para a Ucrânia a paz também é interessante, pois evitará maiores destruições de sua infraestrutura.

Contudo, tanto Rússia quanto Ucrânia esperam condições. A Ucrânia não quer perder suas repúblicas reconhecidas como independentes pela Rússia e a Rússia não quer que a Ucrânia se rearme nem que entre na OTAN. A paz é plenamente possível, mas a OTAN e os Estados Unidos não colaboram para que ela seja alcançada.

Quanto mais a Rússia se desgastar com a guerra, e nisso o tempo é um fator importante, melhor para a OTAN e os Estados Unidos. O bloco atlântico e os Estados Unidos sonham com uma Rússia submissa ao ocidente, e para isso o seu enfraquecimento militar e econômico são vitais.

Porém, essa guerra está a produzir crise nas economias de todos os países do globo. A recessão mundial parece ser uma realidade. E esse seria o momento do Brasil voltar a se reindustrializar, se fortalecendo, criando emprego e evitando uma dependência externa nesse momento de crise global. Ao mesmo tempo, o dólar parece que irá perder força e hegemonia. Mudanças são previstas para a economia mundial já nos próximos anos.

O capitalismo que foi mola propulsora da economia nos ultimos dois séculos parece estar nos seus dias finais. O que virá não sabemos ao certo, mas deveríamos aproveitar a oportunidade para exigir que a prioridade sejam as pessoas e não propriamente a economia. Aquelas são realidade. Essa é uma abstração humana. Toda a riqueza e avanço que o capitalismo produziu não estão a serviço da humanidade, mas apenas de pequeno grupo de pessoas e de países. Mesmo com toda a fartura de comida, ainda há muita fome. Mesmo com todo o incremento na comunicação, há ainda muito analfabetismo. Mesmo com todo o avanço científico, ainda muitos morrem pelas doenças mais simples e antigas.

Uma mera mudança na forma de ver o mundo poderia ajudar, a começar pelos governos priorizando suas populações e também a dos países pobres. O fim da miséria e das guerras ocasionaria um decréscimo considerável de mortes e de refúgiados.

O que essa guerra irá proporcionar no futuro próximo ninguém sabe com exatidão, mas as probabilidades estão aí. Fiquemos atentos.

quarta-feira, 13 de abril de 2022

EVOLUCIONISMO OU RUMO AO AUTO EXTERMÍNIO?


Nessa sociedade da exposição, falta a necessária reflexão que aproximou o mundo da filosofia.

Nessa sociedade materialista, faltam as necessárias humildade e empatia a permitirem que sintamos a dor alheia.

Nessa sociedade consumista, perpetua-se o capitalismo, que escraviza o ser humano a criações abstratas e falsas necessidades.

Nessa sociedade falsamente religiosa, sobram religiões e pregações e falta a verdadeira essência de qualquer religiosidade, a fé.

Nessa sociedade do conhecimento, com argumentos escrito, visual e verbal, falta leitura e percepção daquilo que existe e se ouve, permitindo-se a proliferação das fake News.

Nessa sociedade do individualismo, os carrões, os casarões, as roupas de grife, as festas chiques e as “selfies” revelam o luxo e o próprio corpo a servir tão somente a vaidade, ao mesmo tempo em que se defendem direitos absolutamente inexistentes e vazios, como o da pretensa liberdade de não usar máscaras e de não se vacinar, em detrimento da saúde e vida de toda a coletividade, tudo em prol de um ego inflado.

Nessa sociedade da transformação, o homem muda não só a sua própria imagem, através de cirurgias ou outros artifícios, mas tudo ao seu redor, seja domesticando animais, caçando, pescando, devastando áreas ambientais, modificando geneticamente vegetais e animais, e tentando fazer com que a natureza tenha a sua assinatura, atendendo ao seu interesse, e não mais a característica da multiplicidade e diversidade apresentada há milhões de anos pelo Divino.

Na sociedade da moda da meditação, esse recurso milenar é majoritariamente utilizada como ferramenta de bem estar para aumentar a produtividade e não mais de proximidade com o próprio eu ou o Divino.

Nessa sociedade, aprendemos que somos o retrato de Deus, mas agimos como se fossemos o próprio Criador, ressignificando a existência, os seres e a vida.

terça-feira, 12 de abril de 2022

CIRO GOMES ESTANCADO. SUA CAMPANHA PODE SER ALAVANCADA.

Ciro Gomes estancou entre 6 e 9%, não chegando aos dois dígitos. Se continuar assim por mais alguns meses, dificilmente conseguirá chegar ao segundo turno.

A sua campanha precisa de ação, e é pra já.

A chance de Ciro Gomes crescer são, ao mesmo tempo, palanques importantes pelo Brasil afora, com candidatos a governador apoiando-o e, também, um ou uma vice de peso.

A campanha de Ciro está morna e não tem sido capaz de angariar votos. Mesmo muitos sabendo que ele é o mais preparado, o jeito impulsivo e agressivo do candidato são motivos para muitos não votarem nele, taxando-o de coronel, com todo o preconceito escondido em tal fala.

Ciro Gomes é preparadíssimo e quer ser presidente do Brasil. Para ser viável, deve ter um ou uma vice de peso, capaz de movimentar e animar a campanha presidencial do paulista-cearense. É necessário que alavanque.

A fala de Ciro, acompanhada da fala de sua ou de seu vice, podem ampliar o leque de apoiadores e se começar a crescer pode pegar votos do centro, da direita e do PT, levando-o ao segundo turno para disputar com Lula a presidência do Brasil.

As articulações políticas passam a ser uma prioridade para a campanha de Ciro ou, ao menos, deveriam passar a ser.






quinta-feira, 7 de abril de 2022

AS GUERRAS NÃO SÃO TODAS IGUAIS

As guerras são parecidas, com suas destruições, dores e migrações forçadas. Porém, não são iguais.

Há diversas guerras ocorrendo no mundo nesse instante, na África e no Oriente Médio, mas uma, em especial, chama a atenção, a da Ucrânia, por qual motivo?

A guerra na Ucrânia chama especial atenção por dois motivos especiais, vejamos. O primeiro é que ocorre em solo europeu, acostumado a provocar guerras em outros continentes, mas não em seu solo. Foi lá na Europa, também, que tiveram início as duas grandes guerras mundiais. O segundo motivo preocupante é que envolve, ainda que indiretamente uma delas, as duas maiores potências militares do planeta, Estados Unidos e Rússia, também detentoras dos maiores arsenais nucleares do globo. Além disso, a guerra envolve a beligerante OTAN, maior e mais armado bloco militar do mundo.

Lembro que todas as guerras, todas elas, causam mortes, dores e sofrimentos, com migrações massivas de humanos, e essa na Ucrânia não é diferente.

Por envolver interesses das grandes potências, essa guerra causa maior apreensão e medo de que ocasione um confronto de maiores proporções, inclusive com o perigosíssimo uso de armamento atômico.

A Rússia tem os seus motivos: perseguição da extrema direita ucraniana à população de origem russa, existência de grupos neonazistas no exército ucraniano e o principal deles: colocação de mísseis e ogivas nucleares pela expansionista OTAN em solo ucraniano, que poderia exterminar o que se conhece por Rússia em apenas alguns poucos minutos. A Ucrânia não participar do grupo militar OTAN é questão sagrada e vital para a defesa russa.

Por outro lado, os países do leste europeu, que participaram da chamada cortina de ferro, bloco armamentista comunista, no período soviético, têm receio das pretensões expansionistas russas.

A OTAN, com a pressão dos Estados Unidos, cede armas à Ucrânia, numa quase declaração de guerra à Rússia. Por outro lado, os Estados Unidos e a OTAN aplicam fortes sanções à Rússia, que já repercutem em todo o globo, afetando a economia de todos os países e com sério risco de ocasionar uma forte recessão global.

A China, receosa das ações dos Estados Unidos e do bloco militar OTAN, a ele aliado, atua com calma e diplomacia, sem afetar os interesses do seu parceiro econômico, a Rússia.

As outras guerras, sejam, em especial, a da Síria e a do Iemen, envolvem interesses econômicos e geopolíticos da Rússia, Estados Unidos e países Europeus, mas estão mais distante de suas fronteiras. A da Ucrânia, em especial para essas grandes potências, é mais preocupante.

Enquanto isso, morrem milhares de civis diariamente nessas guerras espalhadas pelo globo, incluindo aí a da Ucrânia. A pacificação deveria ser a prioridade, com abertura imediata de negociações. No entanto, as indústrias bélicas e a visão beligerante dos governos ocidentais têm priorizado armar a Ucrânia, mesmo sabendo que ela não tem chances de vencer essa guerra. Essas nações que armam a Ucrânia, além de ganhar dinheiro para as suas indústrias bélicas, querem causar exaustão militar e econômica à Rússia. A paz, para os estadunidenses e europeus, infelizmente, não é a prioridade.

Há Nações europeias que estão preocupadas com o que a continuidade da guerra irá causar, seja no aspecto econômico, com a ampliação da recessão econômica, seja no aspecto humanitário, com o possível aumento do número de refugiados ucranianos para a casa dos 5 milhões.

A paz, que deveria ser o fim de todas as Nações que estão próximas do sítio da guerra, parece não ser a prioridade, ainda, nesse momento.

Dando exemplo ao mundo, as partes em guerra no Iemen decretaram um cessar fogo por 2 meses. Isso, e apenas isso é capaz de proteger os civis. Que as Nações econômica e militarmente mais poderosas aprendam com os pequenos países: a morte de civis não interessa e não deveria interessar a nenhum país.

quarta-feira, 6 de abril de 2022

BRASIL, O PARADOXO DA RIQUEZA NATURAL E DA MISÉRIA SOCIAL. CIRO É A REBELDIA QUE VAI MUDAR ISSO.

Um pais imenso, lotado de praias, terras agricultáveis, rico em água potável, uma das maiores economias do mundo, com uma cultura rica e musical, vê o seu povo sofrer na miséria, sem uma educação digna, sem condições de viver a cidadania com dignidade, e se cala perante as drogas.

Temos uma sociedade e um Estado omissos, desde as pequenas até as grandes coisas. A omissão e o descaso vão desde o silêncio à invasão de áreas de mananciais e de risco, à falta de banheiros públicos, à não solução do problema educacional.

Um Estado que se silencia perante a pequena corrupção do dia a dia, o produto pirata, o importado que não paga imposto e que quer gritar forte contra a corrupção apenas como propaganda política.

Vivemos um Estado em crise, que não assume os seus papéis, ao mesmo tempo em que neoliberais querem tornar esse mesmo Estado ainda mais diminuto, fazendo com que os problemas existentes não sejam solucionados, mas agravados a médio e longo prazo, em benefício, como sempre, de uma classe privilegiada, próxima do poder ou que com ele se relaciona.

O Estado tem que ser forte e atuante naquilo que lhe compete, e para isso as instituições e sociedade civil têm que ser participativas e atuantes, cobrando ações. O Estado tem que organizar a administração pública e solucionar os pequenos e grandes problemas da população, de forma eficiente e democrática.

Os particulares, com visão extremamente oposta à do administrador público por excelência, visam lucro e agem conforme os princípios da iniciativa privada. O administrador público, ao contrário, visa o fortalecimento da base da sociedade, devendo se preocupar com a formação do indivíduo e cada pessoa.

Há três tipos de péssimo administrador público: o administrador público que não age; o administrador público corrupto e o administrador público que quer entregar quase tudo para a iniciativa privada, como se a iniciativa privada não entrasse em estado falimentar e quebrasse e não sofresse também da perniciosa corrupção.

Ciro Gomes é um dos raros administradores públicos que atuaram com eficácia e eficiência em todos os seus cargos, sem se entregar à omissão, à corrupção ou ao entreguismo aos interesses da iniciativa privada.

Ciro Gomes apresenta ideias e tem plano para a mudança que o Brasil precisa. Os demais presidenciáveis almejam apenas cargos e prestígio pessoal. Nenhum outro tem um projeto sólido para o país e para os problemas que torturam o povo brasileiro.

Chega da falta de educação e de caráter, bem como da falta de compromisso com o futuro. Ciro não é só um administrador preparado e honesto, mas inteligente, que propõe novidades e saídas para um país que pode e deve crescer para o bem do seu povo, com investimento em educação, tecnologia e na solução dos problemas que atormentam o brasileiro.

O Brasil pode e deve. Vamos mudar!

terça-feira, 5 de abril de 2022

O QUE SUBSTITUIRÁ A LINGUAGEM BINÁRIA SERÁ CAPAZ DE NOS CONECTAR A OUTROS PLANOS E DIMENSÕES?

Se você caminhar e reparar na paisagem, verá apenas aquilo que está no seu campo visual.

Se você ler e refletir em seguida, muito provavelmente pensará no assunto ou história que foi tratado no texto ou livro.

O ser humano é assim, vê algo de cada vez e pensa em algo de cada vez, sendo-lhe impossível ter um alcance universal.

Não que a mente seja limitada, mas o seu olhar e sua forma de pensar podem deixar de ser tão limitados como ocorre com a maioria das pessoas, hoje.

Por isso as Fake News, tão em voga nos dias atuais, conquistam mentes e modificam a realidade daqueles que enxergam apenas o que lhes é apresentado.

Quando o ser humano ousar olhar por si, buscando a verdade e o todo, questionando o que vê, o que ensinaram e o que acha possível, passará a notar as diferenças existentes, respeitando-as.

Precisamos parar de pensar compartimentado.

Como diz o neurocientista Miguel Nicolellis, a forma binária dos computadores está a modificar o cérebro humano. Talvez isso explique o imediatismo, os radicalismos, os raciocínios e falas simplistas.

Não é possível que com uma linguagem binária o computador seja uma criação a perdurar no futuro distante. Ampliando nossos horizontes e cérebros criaremos algo muito mais avançado que os sistemas computacionais hoje existentes, algo que interaja com esse plano e outros, como ainda não somos capazes de ver ou imaginar.

segunda-feira, 4 de abril de 2022

A VENDA DE BUNKERS EXPLODE NOS ESTADOS UNIDOS

A venda de bunkers aumenta vertiginosamente desde o aquecimento global e o surgimento da pandemia. Outro incremento às vendas desses depósitos de vidas é a guerra da Rússia com a Ucrânia e o risco de um alastramento dela para o território dos Estados Unidos, e até mesmo de um conflito nuclear.

Tudo vira comércio nos Estados Unidos e, mais, tudo é motivo para crer que os Estados Unidos serão atacados.

Os estadunidenses têm ideia fixa por serem atacados e por isso defendem o direito ao uso de armas, inclusive de grosso calibre, o que para nós pode soar como um absurdo.

Ao mesmo tempo, o governo dos Estados Unidos, mesmo com o seu forte potencial militar, seu dinheiro e seu amplo serviço de inteligência, trabalha muito mal quando o assunto é intervenção externa direta ou indireta.

Erraram ao invadirem o Iraque e pondo fim ao governo central, propiciando a criação de organizações terroristas. Erraram ao invadirem a Líbia, fortalecendo organizações terroristas e propiciando a divisão do país. Erraram ao invadirem a Síria, dominando zonas petrolíferas e permitindo, com seu mau exemplo de violações à legislação internacional, que outros países, como Turquia e Israel, atacassem o território sírio sem a autorização do governo da Síria. Erraram ao atacarem a Coreia, proiciando uma divisão que até hoje causa dores e traumas às famílias coreanas. Erraram ao atacarem o Vietnã, pois acabou perdendo a guerra para um pequeno país. Erraram, ainda, na guerra da Rússia contra a Ucrânia, ao fornecerem armas a esse país e ao aplicarem sanções à Rússia, mas que afetam as economias de todo o globo. Dessa forma, a Rússia pode até entrar em recessão, mas o mundo a acompanhará, principalmente as economias europeias amplamente dependentes do gás russo. A estratégia dos Estados Unidos não conseguiu prever que quem já ganha com as sanções ocidentais à Rússia é a China, que terá todo o mercado russo à sua disposição, enquanto o ocidente vivenciará uma crise econômica.

Esses são os Estados Unidos, com quem nós, brasileiros, temos certa similitude.

Talvez a enorme venda de bunkers seja para aqueles que anteveem o possível fracasso do governo dos Estados Unidos na defesa de seu povo e território.

domingo, 3 de abril de 2022

A REJEIÇÃO A BOLSONARO ENTERRA A DIREITA.

Bolsonaro possui uma rejeição de 55%, segundo o Datafolha, algo que torna impossível que vença as eleições de 2022. Nenhum outro pré candidato a presidente tem uma rejeição superior a 50%.  

Dessa forma, mantendo Bolsonaro como candidato a presidente da República, a extrema direita e a direita correm o risco de perderem o poder.

Caso houvesse alguma lógica nas ações da direita, ela iria com outro candidato, sem essa enorme rejeição.
Porém, o Bolsonarismo sempre investe nas fake news e na negativa da realidade, jogando com a "sorte".

Bolsonaro, embora veja o PT como um imigo fácil de combater, tende a fortalecê-lo dessa vez. Diferentemente de 2018, quando o discurso bolsonarista conquistava fãs ingênuos, hoje a vivência do governo Bolsonaro faz com que muitos o rejeitem votando em qualquer candidato ou naquele mais forte para derrotá-lo, que no caso é o Lula, do PT.

Bolsonaro não só corre o risco de enterrar a direita de vez, mas também de permitir que o PT volte ao poder.

Talvez a direita, a extrema direita e o Centrão, percebendo um pouco antes das eleições que estão sendo enterrados por Bolsonaro, tomem uma medida drástica.

O tempo dirá!

sábado, 2 de abril de 2022

A TERRA ESTÁ PARA PASSAR POR OUTRO MOMENTO DE GRANDE LUZ!

Eu que sou tão racional e emocional, às vezes me vejo pressionado quando a intuição, digamos assim, bate forte.

Já me expus ao julgamento quando escrevi Os Anjos, sim, um livro sobre Anjos. Agora os julgamentos não serão tão fortes quanto antes, espero! Vamos lá!

Vivemos um momento único nos últimos tempos. Você pode ou não ter percebido, mas estamos ao lado dos que mais amamos e de inimigos não só de hoje. Percebemos atração e repulsa e não é mera coincidência. Há Espíritos afins e outros opostos. Os afins estão cá para, unidos, protegerem-se. Os opostos só pensam em atos baixos que não sejam capazes de nos elevar. Há, ao mesmo tempo, um amparo e há uma energia que tenta nos aniquilar. Há espalhada por aí uma energia má que tenta afastar a terra de conquistas que nos levarão a um novo patamar.

Porém, como disse, embora tenhamos poucos gênios na atualidade, muitos estão se despontando, muitos deles gênios vindos de épocas passadas, cientistas, filósofos, poetas, que nos inundarão de sabedoria. A nós cabe pensar em coisas boas, fazer boas ações e continuar a acreditar na humanidade. 

O tempo das maiores descobertas está próximo, mas depende de nós e de nossa capacidade de afastar o ódio, a mentira e o descaso com as pessoas. Se agirmos com fé, fraternidade e amor, ajudaremos a esses Espíritos despontarem o quanto antes, nos inundando de sabedoria e avanços científicos-médicos, sociais e humanos.

Chico Xavier já alertava sobre esse momento único, de avanços inigualáveis e de contatos com outros "seres", sejam eles Espíritos, como querem alguns, sejam eles extraterrestres, como querem outros.

A Terra está para passar por outro momento de Grande Luz! Façamos a nossa parte!

sexta-feira, 1 de abril de 2022

O PAÍS DAS MENTIRAS. 1º DE ABRIL. PASSADO, PRESENTE E FUTURO.

No dia 1º de abril comemora-se o dia da mentira no Brasil, mentira essa tão comum, seja como arma política, instrumento de difamação, de defesa contra fatos graves ou de manipulação da história. E assim é o Brasil, um país repleto de pequenas e grandes mentiras.

Com essas mentiras impregnando mentes e almas, muitos vivem em mundos verdadeiramente paralelos, com "aparentes realidades distintas" como se o multiverso estivesse sendo comprovado às claras para quem quiser ver.

São incontáveis as mentiras aplicadas ao longo da trajetória política brasileira. Dentre essas mentiras, oculta-se as dores da guerra de Canudos; da escravidão, dos escravos e seus descedentes até os dias atuais; do heroísmo dos intelectuais em exporem suas ideias e críticas em um país dominado pelo poder centrado em poucos, ao contrário do que prega uma democracia real. No Brasil, as famílias poderosas de hoje em dia são praticamente as mesmas que dominavam o cenários anos, décadas e séculos atrás. 

A verdade ajudaria muito a mudar essa realidade, mas querem ocultá-la de nós e nos fazer crer na mentira reiterada.

A ditadura não foi boa em nenhum aspecto ao Brasil. Na economia surfou, nos primeiros anos, no boom econômico do trabalhismo, mas logo depois fez agravar o endividamento e a inflação, ampliando a miséria dos que nada têm. No aspecto social fez aumentar a miséria e as favelas nas médias e grandes cidades brasileiras. No aspecto cultural e educacional fez aumentar os iletrados, a baixa capacidade de compreensão dos textos que se lê e propagou a sensualidade banal como arte, proibindo a criticidade. A imprensa era calada à força e somente podia publicar o que o regime autorizasse. Grandes conglomerados associados de certa forma à ditadura surgiram e cresceram (SBT, Globo), enquanto outros eras cassados (TV Excelsior). A ditadura ainda perseguiu, torturou e assassinou milhares de brasileiros, deixou órfãos e os detentores do poder ainda, de forma abjeta e cruel, adotaram filhos de presos políticos, como viria a ocorrer com mais intensidade na Argentina.

Os torturadores aprenderam as técnicas da tortura com forças francesas, que massacravam os argelinos, e ensinou aos vizinhos do Cone Sul.

A ditadura retirou do poder um brasileiro nacionalista e idealista, João Goulart, que teve a coragem, como ministro do Trabalho de Getúlio Vargas, de dobrar o valor do salário mínimo e de, ao receber a informação de que uma frota dos Estados Unidos se aproximava do Brasil no dia do golpe de 31 de março/1º de abril de 1964, dar a ordem a parte do exército ainda leal a ele de não reagir, pois queria evitar um banho de sangue de brasileiros. Para ele o poder de nada valia sem que a vida dos brasileiros fosse garantida. Assim, preservou a vida de milhões de nacionais, que poderiam ter perdido a vida num eventual combate entre as forças leais e as golpistas, essas que contavam com o apoio dos Estados Unidos e de agentes da CIA infiltrados no nordeste.

Ainda acusavam João Goulart de comunista, como se isso fosse crime, mas o fato é que João Goulart, ou Jango, era um latifundiário, sem qualquer formação ideológica nesse sentido ou apreço pelo comunismo. 

Também sempre ocultaram dos brasileiros que no mês do golpe, março de 1964, houve um enorme recorde no ingresso de estadunidenses no país, que se destinavam ao nordeste. A inteligência brasileira já apontava para o grave risco de fragmentação do país com guerrilhas localizadas nos diversos Estados do Nordeste. Caso o Brasil entrasse em guerra civil, a ideia do governo dos Estados Unidos era fragmentar o enorme território brasileiro em pequenas republiquetas. Obviamente, quase todas elas seriam aliadas dos Estados Unidos, vencendo as forças leais ao então governador socialista Miguel Arraes, concentrando-se o confronto no Rio Grande do Sul, sempre leal ao trabalhismo de Vargas e João Goulart.

Obviamente a mentira não se resume à ditadura dita civil-militar de 1964. Ela ocorre até hoje. Basta ouvir os discursos do atual presidente da República para perceber a intenção de modificar a realidade. A máquina de fake news que foi utilizada na campanha presidencial de 2018 e que continua a contaminar as mídias sociais até hoje também evidencia o recurso político da mentira reiterada e propagada ao vento como arma de difamação dos adversários e de distorção da realidade.

A verdade, e apenas ela, nos libertará, mas quando o povo brasileiro terá acesso e direito a ela? Quando poderá se deparar com o seu passado e o seu presente sem distorções intencionais? Quando poderá por fim aos efeitos perversos da longa escravidão que perdura até hoje? Quando?

Já passou da hora de colocar essas verdades aos brasileiros. A verdade, essa verdade revelada, revolucionará mente e almas e será a arma mais contundente a exigir mudança no comportamento dos agentes políticos e públicos do país.

Que a verdade possa surgir e revolucionar sem sangue o nosso presente e o futuro do nosso país.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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