Nessa sociedade da exposição,
falta a necessária reflexão que aproximou o mundo da filosofia.
Nessa sociedade materialista,
faltam as necessárias humildade e empatia a permitirem que sintamos a dor
alheia.
Nessa sociedade consumista,
perpetua-se o capitalismo, que escraviza o ser humano a criações abstratas e falsas
necessidades.
Nessa sociedade falsamente
religiosa, sobram religiões e pregações e falta a verdadeira essência de
qualquer religiosidade, a fé.
Nessa sociedade do conhecimento,
com argumentos escrito, visual e verbal, falta leitura e percepção daquilo que
existe e se ouve, permitindo-se a proliferação das fake News.
Nessa sociedade do individualismo,
os carrões, os casarões, as roupas de grife, as festas chiques e as “selfies”
revelam o luxo e o próprio corpo a servir tão somente a vaidade, ao mesmo tempo
em que se defendem direitos absolutamente inexistentes e vazios, como o da
pretensa liberdade de não usar máscaras e de não se vacinar, em detrimento da
saúde e vida de toda a coletividade, tudo em prol de um ego inflado.
Nessa sociedade da transformação,
o homem muda não só a sua própria imagem, através de cirurgias ou outros
artifícios, mas tudo ao seu redor, seja domesticando animais, caçando,
pescando, devastando áreas ambientais, modificando geneticamente vegetais e
animais, e tentando fazer com que a natureza tenha a sua assinatura, atendendo
ao seu interesse, e não mais a característica da multiplicidade e diversidade
apresentada há milhões de anos pelo Divino.
Na sociedade da moda da meditação,
esse recurso milenar é majoritariamente utilizada como ferramenta de bem estar
para aumentar a produtividade e não mais de proximidade com o próprio eu ou o
Divino.
Nessa sociedade, aprendemos que
somos o retrato de Deus, mas agimos como se fossemos o próprio Criador,
ressignificando a existência, os seres e a vida.