A guerra na Ucrânia parece não ter fim, mas de quem é a culpa?
A culpa seria da Rússia, que invadiu a Ucrânia? Ou seria da OTAN, que insuflou a guerra? Ou seria da própria Ucrânia? Há torcida para todos os lados envolvidos e as justificativas mais bizarras são apresentadas pelos seus defensores.
O fato é que o bom senso indica que a paz deve ser buscada o quanto antes. Para isso, obviamente, se faz necessário o cessar fogo. Mas o cessar fogo e a paz interessariam e não interessariam a quem?
Duas respostas afirmativas podem sem dadas quando se pergunta a quem interessaria a paz. A paz interessaria, com certeza, à maior parte da população da Ucrânia, que sofre as privações e terrores ocasionados pelas guerras. A paz, contudo, não interessa aos governo dos Estados Unidos e à OTAN, que estão em uma cruzada contra a Rússia.
Quanto à Rússia e à Ucrânia, a paz é interessante, obviamente, mas com condições.
Quanto antes for alcançada a paz, melhor para a Rússia, que, sofrendo todas as sanções internacionais aplicadas, poderá evitar maiores gastos com a guerra.
Para a Ucrânia a paz também é interessante, pois evitará maiores destruições de sua infraestrutura.
Contudo, tanto Rússia quanto Ucrânia esperam condições. A Ucrânia não quer perder suas repúblicas reconhecidas como independentes pela Rússia e a Rússia não quer que a Ucrânia se rearme nem que entre na OTAN. A paz é plenamente possível, mas a OTAN e os Estados Unidos não colaboram para que ela seja alcançada.
Quanto mais a Rússia se desgastar com a guerra, e nisso o tempo é um fator importante, melhor para a OTAN e os Estados Unidos. O bloco atlântico e os Estados Unidos sonham com uma Rússia submissa ao ocidente, e para isso o seu enfraquecimento militar e econômico são vitais.
Porém, essa guerra está a produzir crise nas economias de todos os países do globo. A recessão mundial parece ser uma realidade. E esse seria o momento do Brasil voltar a se reindustrializar, se fortalecendo, criando emprego e evitando uma dependência externa nesse momento de crise global. Ao mesmo tempo, o dólar parece que irá perder força e hegemonia. Mudanças são previstas para a economia mundial já nos próximos anos.
O capitalismo que foi mola propulsora da economia nos ultimos dois séculos parece estar nos seus dias finais. O que virá não sabemos ao certo, mas deveríamos aproveitar a oportunidade para exigir que a prioridade sejam as pessoas e não propriamente a economia. Aquelas são realidade. Essa é uma abstração humana. Toda a riqueza e avanço que o capitalismo produziu não estão a serviço da humanidade, mas apenas de pequeno grupo de pessoas e de países. Mesmo com toda a fartura de comida, ainda há muita fome. Mesmo com todo o incremento na comunicação, há ainda muito analfabetismo. Mesmo com todo o avanço científico, ainda muitos morrem pelas doenças mais simples e antigas.
Uma mera mudança na forma de ver o mundo poderia ajudar, a começar pelos governos priorizando suas populações e também a dos países pobres. O fim da miséria e das guerras ocasionaria um decréscimo considerável de mortes e de refúgiados.
O que essa guerra irá proporcionar no futuro próximo ninguém sabe com exatidão, mas as probabilidades estão aí. Fiquemos atentos.