O NACIONALISMO NÃO SIGNIFICA ADMIRAÇÃO PELOS POLÍTICOS, QUE SÃO PASSAGEIROS, MAS AMOR PELA PÁTRIA E PELO SEU POVO, QUE SÃO A RAIZ DA TERNURA E O MOTIVO DE NOSSA EXISTÊNCIA.

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Quando falta poesia, sobram ódios


Palavras e ações cheias de ódio só ocupam espaço quando a poesia não está presente.

E essa depende apenas do amor pela vida, o que não significa dizer ter apego à matéria, mas à graça de ver cada ser, cada evento e acontecimento como se fossem únicos, aceitando a complexidade do Universo e a insignificância do eu.

Sem essa capacidade, disposição ou doação de si, o ódio prospera.

Em outras palavras, o ódio só prospera quando o amor não está presente.

terça-feira, 17 de agosto de 2021

O AFEGANISTÃO EM POTENCIAL É AQUI


A mídia pouco fala do Afeganistão e muito diz sobre os talebans (ou talibans).

Esse país montanhoso já recebia a raça humana há mais de 50 mil anos, segundo estudos arqueológicos, e por séculos integrou a milenar rota da Seda. Foi importante para a humanidade e continua sendo.

É um país repleto de etnias, pachtuns, tajiques, usbeques e hazaras e por lá passaram ou tentaram passar os impérios persa, macedônio, mongol, soviético e estadunidense, dentre outros.

O radicalismo religioso é algo bem recente e tem cerca de 40 anos, tendo sido fomentado pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos contra o então domínio soviético.

Se o Taliban, hoje, é considerado terrorista, há 40 anos era considerado um grupo heroico pelo ocidente, financiado pela Arábia Saudita e Estados Unidos, e que foi capaz de expulsar o poderoso exército soviético.

Hoje, o Afeganistão, novamente dominado pelos Talibans, traz receio de instabilidade a dois de seus vizinhos: China e Irã, um inimigo econômico e outro inimigo político dos cada vez mais empobrecidos Estados Unidos, incapazes de financiar tantas guerras por tanto tempo como o fizeram durante o século XX e início do século XXI.

É possível que a saída dos Estados Unidos seja um caso pensado, de recriar uma instabilidade na região, a ponto de poder exigir enormes esforços econômicos e políticos dos dois países rivais dos Estados Unidos: China e Irã.

O radicalismo foi uma arma recentemente utilizada pelo grande império estadunidense. Foi assim no Paquistão, no Afeganistão e, mais atualmente, no Iraque, na Líbia e na Síria. É utilizado como arma de guerra, mais barata que o envio das poderosas armas e tropas ao cenário do conflito armado.

Mas o radicalismo que nos assusta no Afeganistão pode ser tão grave quanto o radicalismo que brota e cresce no Brasil.

Muitas Igrejas neopentecostais conservadoras, com crescentes discursos segregacionistas, de exclusão e intolerância, aliadas a grupos paramilitares como as milícias cariocas e de diversos outros Estados, em especial o Ceará, e a uma ala das Forças Armadas que desrespeita o Estado de Direito, a Ordem constitucional e os Poderes legalmente constituídos, põem em risco não apenas a nossa democracia, mas o nosso futuro como Nação, incluindo aí o risco de fragmentação territorial.

O risco de fragmentação não é uma teoria conspiratória, mas um risco iminente, se o radicalismo continuar a crescer e não receber um freio imediato pelas forças democráticas.

O armamentismo, o discurso segregacionista de muitas Igrejas apoiadas pelo atual governo, o crime organizado cada vez mais poderoso nas grandes capitais, muitas vezes ligado a grupos de policiais militares, o descrédito de nossas instituições promovido pelo atual governo, e o discurso de ódio promovido pelos políticos põem o Brasil em risco de ser o Afeganistão em potencial.

Tudo isso em um país tão injusto socialmente, e que nunca curou suas feridas do passado, seja da escravidão, da ditadura e da repressão a movimentos populares, pode ter como resultado a produção de dezenas de milhões de radicais e mais esse mesmo tanto de mortos e de deslocados internos.

Ou as Forças Armadas e nossas instituições, como a Procuradoria Geral da República, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, agem rápida e eficazmente contra a desordem, o radicalismo e o caos, ou não só a democracia e as liberdades religiosa e de expressão sucumbirão, mas a própria Nação brasileira.

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

UM PAÍS IMPERIALISTA E CRUEL COM SUAS MINORIAS, ONDE REINA O INDIVIDUALISMO, TÃO CARACTERÍSTICO DA EXTREMA DIREITA.


O Brasil não é um doce de país e parte significativa de seu povo não é tão tolerante quanto vivia se dizendo por aí.

Talvez a realidade de nosso povo, de parte de nossos militares e também de nossas lideranças que hoje nos transparece com nitidez assuste a maior parte dos brasileiros ingênuos, bons de coração e que primam por um país mais próspero para todos, mas é o reflexo de uma realidade que nos acompanha desde o Brasil colônia.

O Brasil, seja o Brasil-colônia, império ou república, sempre foi cruel com os índios e continua a ser, embora com menor dose de letalidade.

O Brasil foi o último país do ocidente a abolir a escravidão negra e o país que mais usou escravos negros. Foram mais de 4 milhões deles, contabilizados pelo governo.

O Brasil à época da Monarquia e início da República avançava fronteiras, visando à ampliação territorial. Esse mesmo país praticou atrocidades na guerra com o vizinho e minúsculo Paraguai, dizimando sua população adulta masculina, poupando apenas mulheres e crianças que não empunhassem armas. Esse mesmo Brasil praticou o maior massacre já visto em nosso território contra a população da vila de Canudos, um povoado localizado no sertão baiano, usando poderosas armas contra população civil, praticando a carnificina e a execução sumária dos detidos com a degola, adotando ilegalmente crianças e deixando mulheres na miséria, facilitando a prostituição.

Esse mesmo Brasil, ao libertar os negros, não lhes incluiu no processo de cidadania e permitiu o surgimento de amontoados de casas de madeira, que viriam a se tornar as nossas favelas.

Pessoas em situação de rua, usuários de drogas, pessoas portadoras de necessidades especiais, moradores das nossas ditas comunidades (favelas), desempregados e moradores da periferia nunca foram prioridade. Nem nossas crianças, embora haja determinação Constitucional a esse respeito. O governo nunca olhou o problema de frente para resolver ou amenizar o drama dessas populações. Tratou todas essas questões com demagogia.

O mesmo se diga dos nossos trabalhadores, hoje totalmente desassistidos por esse governo neoliberal e anacrônico, que lhes retirou direitos consagrados há um século, diminuindo o já reduzido poder de compra dessas pessoas.

Sempre faltou projeto ao país e sempre existiu o instinto de sobrevivência e de levar vantagem, a famosa lei de Gérson, tão real para parcela significativa de nossas classes média e alta. Para esse grupo, a lei só é legítima quando lhes convém. Para eles é certo praticar pequenas e seguidas imoralidades, ainda que posem de defensores da moralidade, bem como sonegar, praticar e falar atrocidades. São o exemplo da mesquinharia e da ausência absoluta do sentido e do compromisso com a fé cristã e com o sentido de pátria. Mas eles adoram se dizer cristãos e patriotas, ludibriando os mal informados com seguidas mentiras.

Foi nesse contexto que o Brasil teve o segundo maior número de nazistas em todo o globo, só perdendo para a Alemanha hitlerista. Foi nesse contexto que o Brasil viveu a triste história retratada no documentário “Menino 23”, de um menino negro “adotado”, juntamente com outros, para virar escravo em pleno século XX. A história só veio à tona por conta da investigação de um historiador, após ser informado da descoberta de um tijolo com o símbolo nazista em uma fazenda.

Não é à toa que nossos vizinhos nos veem como um país imperialista. Não é por outro motivo que dizem que não somos um país sério. Não é à toa que temos uma extrema direita tão retrógada e atuante.

Enquanto não passarmos o país a limpo, com ampla divulgação histórica e com processos e condenações administrativas, cíveis e penais, pois imprescritíveis, seja no tocante ao crime da escravidão, ao crime de Canudos e das seguidas torturas pelas ditaduras, a extrema direita se achará no direito de defender a barbárie, a mesma que nos acompanha há 5 séculos.

Precisamos ser radicais contra a intolerância. Basta! Já foram 5 séculos de ódio! Precisamos pacificar o país e nos tornarmos uma pátria, integrando nosso povo no processo de cidadania com dignidade, para que possamos crescer e nos desenvolver como sociedade e Nação!

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

ÁRABE. PARA COMPREENDER ESSE POVO, LEIA, OUÇA, DANCE E DEGUSTE, E NÃO SE LIMITE AOS RECORTES HISTÓRICOS DE ALGUNS LIVROS OU À MANIPULAÇÃO DA GRANDE MÍDIA OCIDENTAL.




No Magazine Luiza você compra o livro “Os Árabes, de Eugene Rogan por 87,69 à vista, o melhor preço do mercado, praticamente metade do preço que é cobrado no comércio em geral.

Eugene Rogan começa narrando sobre os árabes a partir do século XVI, quando os otomanos dominaram o território árabe e criaram o antigo império turco. É uma nova forma de abordar, sem dúvida, mas que limita o aprofundamento de uma etnia. É, na verdade, um estudo temporal, limitado à época de dominação pelos turcos e pós independência.

Confesso que não li o livro, mas nem precisaria para fazer essa crítica sobre a questão temporal.

Os árabes são uns dos povos mais antigos do mundo e deveriam ser estudados desde antes de sua dominação pelo império otomano (século XVI) ou do surgimento do islamismo (século VII), para que se compreenda essa fascinação e respeito que essa etnia têm e sempre teve pelo diferente.

Situados originalmente no Oriente Médio, os árabes se expandiram para a África e Europa e tiveram contato frequente com os pretos africanos e com os brancos europeus, além de manter comércio com diversos reinos da Ásia.

Diferentemente do que apregoa a grande mídia internacional, repercutida no Brasil, os árabes não são fechados e intolerantes. Nunca foram. Como povo do deserto, sempre tiveram fascinação pelas miragens e imagens de fora. Foram eles que difundiram o uso do café pelo mundo e do banho pela Europa. Foram eles que traduziram os filósofos gregos durante a Idade Média e permitiram os seus estudos no mundo afora. Foram eles que aprofundaram os estudos da matemática e da medicina. Foram eles que levaram histórias do mundo asiático ao resto do mundo, através das Mil e Uma Noites. Foram os árabes que permitiram o comércio da Grande China com a Grande Europa. Os árabes ajudaram a iluminar o mundo não apenas quando a Europa caia nas trevas da Idade Média.

Os árabes são vitais para a compreensão do mundo, principalmente agora, quando parte do ocidente repudia o poder crescente da China. Os árabes, que comercializam com os chineses e os europeus há mais de mil anos, podem ser um ponto de sensatez nesse mundo de rivalidade econômica travestida de racismo.

Assim, para tentar compreender os árabes, a leitura do livro de Eugene Rogan é importante, assim como de Albert Houraine e de Edward Said. Mas ainda será muito pouco. Ler as Mil e uma Noites e se aprofundar na leitura das poesias e filosofia sufi, bem como sentir o sabor e o aroma da culinária árabe e ouvir e dançar sob o ritmo do povo do deserto pode auxiliar muito nessa empreitada de tirar o véu sobre um povo milenar que ajudou a difundir a filosofia e a ciência quando o ocidente caia nas trevas.

terça-feira, 10 de agosto de 2021

UM SHOW DE HORRORES QUE ENVERGONHA AS FORÇAS ARMADAS E O BRASIL


Um presidente sem altivez para renunciar e que tenta usar as Forças Armadas, ainda que isso as desgaste perante a opinião pública, demonstra o pouquíssimo equilíbrio emocional e a possibilidade de tentar algo ainda mais grave.

Culpado não é só ele que detém essa fraqueza, mas aqueles que o apoiam, sendo cúmplices.

Enquanto isso, o Brasil e nossas Forças Armadas passam vergonha perante o mundo, com um show de horrores e fumaça.

Mas se há um lado bom nessa história é o despertar que isso causa naqueles que realmente amam o país. A esperança de reconstrução do Brasil está próxima.

PAÍS DA MALANDRAGEM E DA VANTAGEM SOBRE TUDO CRIA UM NOVO JEITINHO PARA O GOLPE: VOTO IMPRESSO

imagem: internet

Somos o país da malandragem, onde levar vantagem é a regra, ao menos para alguns que comandam esse País.

No país dos malandros, as instituições e a própria democracia são diuturnamente testadas.

A última forma de malandragem que vemos na República dos Bananas e Bananinhas não é a rachadinha, mas o voto impresso.

Afinal, inocente é o que acha que voto impresso daria maior transparência ao processo eleitoral. Muito ao contrário: o voto impresso é retrocesso em um país que se livrou das constantes fraudes eleitorais havidas com esse tipo de votação. Além do mais, isso poderia implicar em um controle dos votos pelos coronéis da política e pelo crime organizado.

As eleições pelas urnas eletrônicas nunca tiveram qualquer denúncia de fraude comprovada apurada pela policia federal. Já o dito voto impresso...

Mas não é só isso. O voto impresso pode ser a forma moderna de golpe, onde se pretenderia perpetuar, através de fraude, a figura do líder político em exercício.

O voto impresso, é a nova forma de golpe, sem armas, dos malandros que sempre quiseram e querem levar vantagem às custas do povo.

O povo não é feito de otário apenas na hora da campanha eleitoral. Agora pretende-se fazer o povo de otário na própria hora do voto.

Os bananas nessa República somos todos nós, povo brasileiro.

Trabalhamos e pagamos impostos para um bando de malandros e oportunistas que fazem regras para se eternizar no poder. Ao fazerem isso, a legislação dos áureos tempos da democracia real não os ampara. Os malandros que adoram levar vantagem, aumentando seus rendimentos, e se eternizando como aristocratas através das artimanhas manipulativas, estão praticando um crime contra a Pátria, o de traição, estando sujeitos às mais severas penalidades.

domingo, 8 de agosto de 2021

VIDA. TEMPO, ESPAÇO E DIMENSÕES.



Em nossa dimensão, ainda somos presos à matéria e vemos o tempo e o espaço de uma forma dolorida, com medo da temporalidade e da morte e com desejo de posse.

Em dimensões desconhecidas, a vida tende a ser mais desprendida da matéria e o tempo e o espaço podem se eternizar. Daí dizem que os Espíritos e a Alma são eternos e o mundo infinito.

A nossa concepção de mundo e capacidade de enxergar a verdade e a realidade dependem de nossas limitações impostas pela matéria. Quanto mais presos à matéria, menos capazes de abstrair seremos, limitando nossa inteligência e capacidade de percepção.

Dimensões mais avançadas tendem a permitir um conhecimento mais amplo e uma visão mais aprofundada e, portanto, mais luz, no sentido de compreensão do todo.

Mas o que nos coloca em uma dimensão ou outra? O nosso pensamento? A nossa energia? Ou será a nossa constituição corpórea e energética?

Ou seríamos, cada um de nós, uma espécie de holograma de uma vida refletida em todas as dimensões possíveis?

Quantas seriam as dimensões existentes? Deus estaria presente em todas elas?

As dimensões seriam uma espécie de etapa da vida, de forma que quanto mais progredíssemos, mais avançaríamos em outras dimensões menos espaciais e, consequentemente, menos temporais ou, sendo hologramas, o progresso se daria em todas as dimensões, ao mesmo tempo?

Seres imateriais são necessariamente mais avançados que nós?

domingo, 18 de julho de 2021

O MUNDO E A HUMANIDADE NO PROCESSO DE RÁPIDA TRANSFORMAÇÃO.


O mundo está sofrendo transformações. Áreas férteis tornam-se improdutivas. Áreas repletas de água secam. Matas viram carvão. A rica Europa sofre com enchentes. Não ganha mais dinheiro quem se qualifica ou mais trabalha, mas os que sabem utilizar sua imagem. As religiões não são mais templos de acolhimento, mas de sedução financeira.  A China comunista, tão explorada ao longo da história, torna-se a maior potência econômica do globo. Os Estados Unidos, famosos pela ostentação, maior potência militar já vista no globo e maior defensora do capitalismo, sofrem com o aumento da miséria de parte significativa de seu povo.  O Brasil, um dos maiores produtores de alimentos do mundo, vê parte de seu povo sofrer com a fome.

As disparidades desse mundo não param aí e revelam as contradições entre o pensar e o agir do próprio ser humano. Parece que as mudanças advirão mais rápido do que imaginávamos.

A Cuba libertária dos povos sofre com grandes manifestações contrárias e a favor de um governo internamente não tão libertário.

O próspero e tecnológico Irã sofre com o aumento da desertificação e vê manifestações em áreas atingidas pela seca.

Os ricos e capitalistas Estados Unidos da América, que se chamam de América, nome do imenso continente do novo mundo, podem sofrer com imensas manifestações, não pró Trump, mas por igualdade racial e contra tamanha desigualdade econômica.

O Brasil, um país culturalmente considerado pacífico, com o arrefecimento da pandemia, pode vir a sofrer com manifestações cada vez mais volumosas e agressivas contra o governo, clamando por igualdade racial, de gênero e social, defesa da natureza, da liberdade, da cultura, da ética e da reforma política.

Áreas em que se sentia vagamente tremores de terra podem vir a sofrer com fortes e pontuais terremotos.

As Igrejas que vendem um Cristo financeiramente próspero se tornaram empresas e, com o vazio espiritual de seus fiéis, começarão a entrar em falência financeira, já que o que prende os seguidores não é a fé ou Deus, mas a riqueza vazia.

Descobertas científicas e arqueológicas mostrarão a história da humanidade e a sua proximidade com vidas terrenas e também alienígenas.

A matéria e o espiritual não serão considerados apenas temas religiosos, mas científicos e nos aproximarão de descobertas de outras dimensões e da vastidão do Universo, nos permitindo aprimorar a inteligência e a percepção.

As mudanças advindas por revoluções internas do humano, de percepção de parcela da humanidade e por revoluções da natureza nos modificarão para sempre.

O caminho, como espécie de túnel de luz, não será tão tranquilo, mas teremos que segui-lo para melhorarmos como espécie e a nossa relação com a natureza e o cosmos.

quinta-feira, 15 de julho de 2021

SARS-COV-2, PRIORIDADES E SEQUELAS SOCIAIS. NOTÍCIA QUE PARECE ENREDO DE FILME: UM PAI CHINÊS BUSCA INCANSAVELMENTE SEU FILHO DE 2 ANOS, PERCORRENDO A CHINA DE MOTOCICLETA, E O REENCONTRA APÓS 24 ANOS.

foto: CCTV/Reuters

Muito temos falado do novo coronavírus, o sars-cov-2, em 2020 e 2021. Até uma série documental sobre ele foi recém lançada na China, e em breve deverá estar disponível no restante do mundo, como anuncia a CCTV. No link ao lado você lê a notícia e ainda pode acompanhar a primeira parte do documentário em chinês (https://news.cctv.com/2021/07/14/ARTIt1Vtucrrlx88AzH9E2Kt210714.shtml?spm=C96370.PPDB2vhvSivD.ERPyWJCsPwT9.13).

Ao mesmo tempo, porém, não temos notado o aumento de agressões a mulheres e crianças, bem como o fato de que milhões de crianças não foram vacinadas contra doenças como sarampo, poliomielite ou meningite, segundo o UNICEF.

E mais que dobrou o número de refugiados que morreram ao tentar cruzar o mar mediterrâneo. No primeiro semestre desse ano morreram pelo menos 1146 afogadas, enquanto no mesmo período de 2020 morreram 513 refugiados no mar.

A boa notícia de ontem é que um chinês reencontra o seu filho sequestrado com 2 anos de idade 24 anos depois. O pai procurou o filho incansavelmente, percorrendo a enorme China de motocicleta com a foto do filho estampada em suas costas. Após 500 mil quilômetros percorridos, Guo Gangtang encontrou o já adulto Guo Zhen, sequestrado enquanto brincava na porta de casa. NO final do século passado, com a política de filho único na China, o sequestro de crianças era uma atividade rentável para o crime organizado chinês.

terça-feira, 13 de julho de 2021

BOLSONARO, UM NOME A SER ESQUECIDO PELOS CRIADORES EXTREMISTAS DESSE PERSONAGEM.

(imagem: estátua erguida  pelo Greenpeace que imita o imperador romano Nero)


Bolsonaro é um nome que poderá ser descartado em breve.

Bolsonaro não foi eleito pelos seus méritos, mas pelos deméritos de alguns de seus oponentes e pela forte articulação de uma ala de extrema direita das Forças Armadas e de uma extrema direita mundial articulada em torno do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Para eles o que menos importa, e o que menos importou, é o nacionalismo, o Brasil e o seu povo. O mais importante sempre foi o ideário radical, anacrônico e mítico, capaz de congregar pessoas com um mesmo ideal e propósito, dominar grandes nações e massificar suas populações.

No Brasil, Bolsonaro, ganha, dia a dia, uma rejeição que já ultrapassa 70% da população, número que já sacramenta a sua derrota em uma eleição para 2022. Daí seus discursos golpistas e a fala de que pode não haver eleição em 2022.

No entanto, esse discurso já passou a desagradar muitos dos criadores do personagem Bolsonaro. Essa ala militar que não representa as Forças Armadas como um todo, tenta expandir seus ideais e, embora cultive o golpismo, não quer o confronto de articular um golpe contra a democracia, com medo de ser retaliada pela representativa ala legalista de nossas Três Forças e também pela forte oposição que se formaria internacionalmente.

A escolha de um outro nome da extrema direita a suceder Bolsonaro já começa a surgir no cenário. Mourão, Heleno, algum congressista ou até mesmo o já apagado Moro.

Mas pode ser tarde para essa insurgência. Lula se fortalece e pode ganhar já no primeiro turno das eleições, enquanto a terceira via não consegue se articular em torno de seus personagens mais ilustres, como Ciro Gomes, João Doria e outros.

Bolsonaro e seu radicalismo, ataque verborrágico e xingamentos, torna-se o imperador maluco a que todos querem se afastar, com exceção a um seleto grupinho de parlamentares, empresários sem tino empreendedor e donos de Igrejas falidas, e que pode ter a glória de afundar e enterrar o ideário da extrema direita.

A extrema direita está rachando. O tempo mostrará!

domingo, 11 de julho de 2021

A ANTIGUIDADE ESTAVA REPLETA DE HEROIS QUE POUPAVAM VIDAS EM COMBATES. HOJE, NO BRASIL, OS COMANDANTES ESBRAVEJAM CONTRA O POVO E A DEMOCRACIA COM ARMAS EM PUNHO! OU AS FORÇAS ARMADAS CUMPREM O SEU PAPEL CONSTITUCIONAL OU PERDEM A RAZÃO DE EXISTIR!


Os chefes militares da atualidade estão envergonhando as nossas Forças Armadas.

Muitos de nós, desde pequeninos, associavam os soldados a grandes heróis, como as crianças de hoje ainda fazem com os bombeiros das forças policiais.

Tanto os soldados, responsáveis pela integridade territorial de nossa Pátria, como os bombeiros, têm por missão salvar vidas de brasileiros, o maior bem de nossa Pátria.

Os grandes militares da antiguidade, heróis dos nossos livros de história, não foram os que se utilizaram inconsequentemente de sua supremacia bélica para humilhar, esmagar e aniquilar, mas os que se curvaram para salvar a população que representavam ou até mesmo do polo adverso.

O exemplo clássico desse heroísmo se deu com o Comandante Saladino, à época da Terceira Cruzada, durante a conquista de Jerusalém.

É certo que guerreiros em geral tiram vidas, mas o intento de um grande combatente é o de atingir a sua missão poupando o maior número possível de vidas. Isso não é para qualquer um, mas para os grandes que entram e entraram para a história.

Uma grande guerra não é a que tem mais sangue e mortes, mas a que aponta para comandantes mais humanos. Esses serão eternizados pela sua coragem e humanismo. Os truculentos, repletos de verborragia descontrolada e agressividade latente, porque estão armados, serão eternamente ridicularizados.

O Brasil não precisava de representantes militares enlouquecidos e raivosos com outras instituições, enquanto a Pátria já sofre com o aumento da miséria e da fome, o desemprego, a carestia, a crise econômica e o genocídio pandêmico de brasileiros.

O Brasil precisa de bom senso, de união e de força de vontade para mudar o panorama atual, e não de bate boca, xingamentos e de afronta à democracia e às instituições nacionais.

Os que semearam ódio e que agridem todos à sua volta não calarão os 80% da população que não aguentam mais o comando corrupto e inepto do executivo federal.

Grande parte dos militares não se deixaram seduzir pelo discurso antiquado, inadequado, ameaçador, corporativista e antinacionalista do Comandante Supremo das Forças Armadas e de seus comandantes mais próximos. Muitos militares ainda sonham com um Brasil livre e soberano, onde todo poder emana do povo e a ele devem servir.

Ou as Forças Armadas servem à Nação, à Constituição da República Federativa do Brasil e ao seu povo ou, por atuarem contrariamente aos seus propósitos, perdem a simpatia e o respeito do povo brasileiro e a própria razão de existir!

O Brasil independente e soberano precisa de Forças Armadas que protejam o seu povo e a integridade territorial da Nação, e não o contrário. Os que atuam contra a vontade do povo e as instituições, traem o propósito de servir à Nação brasileira e de respeitar a Constituição da República! Os que agem contra os propósitos constitucionais, traem o País e devem ser severamente punidos pelos crimes que praticaram!

sábado, 10 de julho de 2021

MILÍCIAS DE ONTEM E HOJE E O EXÉRCITO BRASILEIRO


Normalmente a independência de um país ocorre através de movimentos armados, civis ou militares.

No Brasil, Dom Pedro I, filho de D. João VI, rei de Portugal, optou por declarar a independência do Brasil antes que outros o fizessem e perdesse a oportunidade de ser Imperador do Brasil.

Se a independência do Brasil ocorreu aos 7 de setembro de 1822, qual seria a data de criação do Exército brasileiro?

Acredite, o Exército comemora o dia 19 de abril como data de sua formação inicial, rememorando o dia 19 de abril de 1648, data em que brasileiros nativos livres, leia-se indígenas e brasileiros, e escravizados, leia-se pretos, e portugueses lutaram para expulsar os holandeses do nordeste brasileiro, na batalha dos Guararapes. Essa data teria dado início a uma força efetiva de defesa do território, o nosso Exército, formado também por nascidos no Brasil, através das hoje famosas milícias.

Ou seja, o que se chama de Exército inicial Brasileiro surgiu antes mesmo de nossa independência, e com apoio das milícias.

As milícias, que estiveram umbilicalmente ligadas às forças militares de Portugal, foram fundamentais para a formação inicial do que se denomina configuração inicial do nosso Exército.

Desde a República, o Exército, que golpeou a Monarquia, profissionalizou-se e foi adquirindo, aos poucos, uma identidade única.

Durante toda a nossa existência, o Exército esteve ligado não só à defesa territorial brasileira, mas também a intervenções políticas. Foi uma constante desde o golpe da República, em 1889.

Hoje vivemos sob um governo civil, certo? Nem certo, nem errado. Bolsonaro foi eleito, mas é um ex-militar, expulso do Exército por indisciplina, que se aliou à ala mais conservadora de nossas Forças Armadas e venezualizou o Brasil.

O Brasil, assim como a Venezuela, possui muitos militares da ativa nos Ministérios, mas ganha daquele em números. E Bolsonaro não nega a vontade de angariar forças armadas fora de nossas Forças federais. Ele busca apoio das policias militares estaduais e de civis armados, criando assim uma milícia aos moldes daquela existente na Venezuela.

Se a Venezuela não é um Estado democrático, o mesmo pode se dizer do Brasil. Caminhamos, dia a dia, a um enfraquecimento de nossas instituições. O Supremo e o Congresso resistem, mas até quando?

E o Exército com isso tudo? Parte dos militares tem uma participação ativa em tudo o que ocorre na política brasileira da atualidade, comandando diversas pastas e emitindo notas políticas em nome da própria Força, o que causa espanto em muitos militares legalistas integrantes das Três Forças Armadas.

Essa mistura entre Forças Armadas e política não tem feito bem ao Brasil, à política nem ao Exército. A crise atinge não só o Brasil, mas o Exército e a própria política.

O Exército, com o fracasso de Bolsonaro e de ministérios comandados por militares, além da corrupção apontada a alguns militares integrantes do Executivo Federal, tem caído no conceito da população brasileira e não é nada bom nem para a força nem para o Brasil e sua integridade territorial.

Esse enfraquecimento moral do exército fortalece forças paralelas, seja de alas das polícias militares, seja de milícias ligadas ao crime organizado, que estão ligadas a Bolsonaro e seu conservadorismo.

Chegou a hora do Exército mostrar sua força e afastar-se da política e de Bolsonaro, garantindo a paz e a formação territorial de nosso País.

O positivismo tradicional do Exército está em risco, assim como o seu próprio futuro.

O Exército profissionalizado de hoje não pode retroceder e ceder espaço a forças milicianas que buscam defender não o País, mas interesses muito particulares e localizados.

sexta-feira, 9 de julho de 2021

ÉPOCA DE NÁUSEA


Segundo os dicionários de língua portuguesa, náusea significa sentimento de repugnância; aversão e repulsa, e que, segundo muitos médicos, deve ser investigado.

Curvas acentuadas em estradas, viagens de avião, doenças e remédios podem ser a causa do enjoo, mas não só. A política, se deturpada pelos ocupantes, também pode causar náusea nos cidadãos.

Esse tipo de náusea, a política, tem acometido muitos brasileiros, inclusive a mim.

A investigação sobre a causa dessa náusea coletiva já existe, mas ainda está muito incipiente, seja na CPI da pandemia ou no STF.

Contra esse enjoo há uma receita caseira eficaz: a mudança. Apenas ela é capaz de refrescar e criar esperanças. A mudança, assim, é um imperativo contra a náusea!

Que mude a política, os políticos, o Brasil e, principalmente, antes de tudo, cada um de nós! Que a náusea coletiva, assim, tenha fim!

sexta-feira, 2 de julho de 2021

SOBRE A CPI E O BRASIL



Não tenho tido tempo para acompanhar de perto a CPI, mas tenho visto bons resultados. Parece que um fio puxou outro e o novelo de corrupção do governo está vindo à mostra. Mérito dos senadores da oposição dessa CPI!

Se antes falei que a CPI parecia um circo, hoje reconheço que muitas vezes transparecia um circo dos horrores, recheado de personagens assustadores, mas agora já é possível ver a sua importância para desvendar a essência do Estado brasileiro à população, para que esta não se engane, e possa ver a importância do servidor concursado, para que fique alerta com nomeações políticas e o interesse repetitivo e crescente de certos governos pela terceirização, uma forma velada de colocar apadrinhados para trabalhar na máquina pública, e assim evitar o controle fiscalizador dos servidores concursados, sem rabo preso com partidos e tendências ideológicas.

O Estado brasileiro precisa acabar com essa tendência de máquinas partidárias colocarem apadrinhados nos diversos órgãos do governo. Isso só facilita a corrupção, como se viu!

Que os senadores afeitos à coisa pública cumpram o seu papel e que os maus políticos, mediante a responsabilidade dos eleitores, não venham mais a ocupar qualquer cargo político! O Brasil precisa de gente comprometida com a coisa pública e os interesses nacionais!

Um dia, ainda que venha a tardar, hei de ver o Brasil próspero, sem fome, com dignidade a todos, ser um exemplo de equilíbrio e humanismo, progresso e Justiça Social! Um Brasil sem famintos, sem iletrados, com tecnologia de ponta, conhecedor de sua própria história e digno pela esperada caminhada incessante pela paz entre os povos! Façamos o sonho, e não os ódios, prosperar nessa terra ainda repleta de beleza e esperança!

O ódio está se esvaindo, e que vá embora o quanto antes, para que possa dar lugar ao bom senso e ao humanismo necessário a uma terra sempre sofrida, com matanças, escravidão, discriminações e ausência de preocupação estatal. Que o Estado ressurja fortalecido e cumpra exatamente suas missões Constitucionais e que o povo saia mais crítico, amadurecido e responsável pelos passos dessa grande Nação.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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NOTÍCIAS, OPINIÕES, ARTIGOS E MEROS ESCRITOS, POR CYRO SAADEH
um blog cheio de prosa e com muitos pingos nos "is"

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