quarta-feira, 11 de agosto de 2021

ÁRABE. PARA COMPREENDER ESSE POVO, LEIA, OUÇA, DANCE E DEGUSTE, E NÃO SE LIMITE AOS RECORTES HISTÓRICOS DE ALGUNS LIVROS OU À MANIPULAÇÃO DA GRANDE MÍDIA OCIDENTAL.




No Magazine Luiza você compra o livro “Os Árabes, de Eugene Rogan por 87,69 à vista, o melhor preço do mercado, praticamente metade do preço que é cobrado no comércio em geral.

Eugene Rogan começa narrando sobre os árabes a partir do século XVI, quando os otomanos dominaram o território árabe e criaram o antigo império turco. É uma nova forma de abordar, sem dúvida, mas que limita o aprofundamento de uma etnia. É, na verdade, um estudo temporal, limitado à época de dominação pelos turcos e pós independência.

Confesso que não li o livro, mas nem precisaria para fazer essa crítica sobre a questão temporal.

Os árabes são uns dos povos mais antigos do mundo e deveriam ser estudados desde antes de sua dominação pelo império otomano (século XVI) ou do surgimento do islamismo (século VII), para que se compreenda essa fascinação e respeito que essa etnia têm e sempre teve pelo diferente.

Situados originalmente no Oriente Médio, os árabes se expandiram para a África e Europa e tiveram contato frequente com os pretos africanos e com os brancos europeus, além de manter comércio com diversos reinos da Ásia.

Diferentemente do que apregoa a grande mídia internacional, repercutida no Brasil, os árabes não são fechados e intolerantes. Nunca foram. Como povo do deserto, sempre tiveram fascinação pelas miragens e imagens de fora. Foram eles que difundiram o uso do café pelo mundo e do banho pela Europa. Foram eles que traduziram os filósofos gregos durante a Idade Média e permitiram os seus estudos no mundo afora. Foram eles que aprofundaram os estudos da matemática e da medicina. Foram eles que levaram histórias do mundo asiático ao resto do mundo, através das Mil e Uma Noites. Foram os árabes que permitiram o comércio da Grande China com a Grande Europa. Os árabes ajudaram a iluminar o mundo não apenas quando a Europa caia nas trevas da Idade Média.

Os árabes são vitais para a compreensão do mundo, principalmente agora, quando parte do ocidente repudia o poder crescente da China. Os árabes, que comercializam com os chineses e os europeus há mais de mil anos, podem ser um ponto de sensatez nesse mundo de rivalidade econômica travestida de racismo.

Assim, para tentar compreender os árabes, a leitura do livro de Eugene Rogan é importante, assim como de Albert Houraine e de Edward Said. Mas ainda será muito pouco. Ler as Mil e uma Noites e se aprofundar na leitura das poesias e filosofia sufi, bem como sentir o sabor e o aroma da culinária árabe e ouvir e dançar sob o ritmo do povo do deserto pode auxiliar muito nessa empreitada de tirar o véu sobre um povo milenar que ajudou a difundir a filosofia e a ciência quando o ocidente caia nas trevas.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



Postagens populares

__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
NOTÍCIAS, OPINIÕES, ARTIGOS E MEROS ESCRITOS, POR CYRO SAADEH
um blog cheio de prosa e com muitos pingos nos "is"

___________________________________________________________________________________