sexta-feira, 13 de agosto de 2021

UM PAÍS IMPERIALISTA E CRUEL COM SUAS MINORIAS, ONDE REINA O INDIVIDUALISMO, TÃO CARACTERÍSTICO DA EXTREMA DIREITA.


O Brasil não é um doce de país e parte significativa de seu povo não é tão tolerante quanto vivia se dizendo por aí.

Talvez a realidade de nosso povo, de parte de nossos militares e também de nossas lideranças que hoje nos transparece com nitidez assuste a maior parte dos brasileiros ingênuos, bons de coração e que primam por um país mais próspero para todos, mas é o reflexo de uma realidade que nos acompanha desde o Brasil colônia.

O Brasil, seja o Brasil-colônia, império ou república, sempre foi cruel com os índios e continua a ser, embora com menor dose de letalidade.

O Brasil foi o último país do ocidente a abolir a escravidão negra e o país que mais usou escravos negros. Foram mais de 4 milhões deles, contabilizados pelo governo.

O Brasil à época da Monarquia e início da República avançava fronteiras, visando à ampliação territorial. Esse mesmo país praticou atrocidades na guerra com o vizinho e minúsculo Paraguai, dizimando sua população adulta masculina, poupando apenas mulheres e crianças que não empunhassem armas. Esse mesmo Brasil praticou o maior massacre já visto em nosso território contra a população da vila de Canudos, um povoado localizado no sertão baiano, usando poderosas armas contra população civil, praticando a carnificina e a execução sumária dos detidos com a degola, adotando ilegalmente crianças e deixando mulheres na miséria, facilitando a prostituição.

Esse mesmo Brasil, ao libertar os negros, não lhes incluiu no processo de cidadania e permitiu o surgimento de amontoados de casas de madeira, que viriam a se tornar as nossas favelas.

Pessoas em situação de rua, usuários de drogas, pessoas portadoras de necessidades especiais, moradores das nossas ditas comunidades (favelas), desempregados e moradores da periferia nunca foram prioridade. Nem nossas crianças, embora haja determinação Constitucional a esse respeito. O governo nunca olhou o problema de frente para resolver ou amenizar o drama dessas populações. Tratou todas essas questões com demagogia.

O mesmo se diga dos nossos trabalhadores, hoje totalmente desassistidos por esse governo neoliberal e anacrônico, que lhes retirou direitos consagrados há um século, diminuindo o já reduzido poder de compra dessas pessoas.

Sempre faltou projeto ao país e sempre existiu o instinto de sobrevivência e de levar vantagem, a famosa lei de Gérson, tão real para parcela significativa de nossas classes média e alta. Para esse grupo, a lei só é legítima quando lhes convém. Para eles é certo praticar pequenas e seguidas imoralidades, ainda que posem de defensores da moralidade, bem como sonegar, praticar e falar atrocidades. São o exemplo da mesquinharia e da ausência absoluta do sentido e do compromisso com a fé cristã e com o sentido de pátria. Mas eles adoram se dizer cristãos e patriotas, ludibriando os mal informados com seguidas mentiras.

Foi nesse contexto que o Brasil teve o segundo maior número de nazistas em todo o globo, só perdendo para a Alemanha hitlerista. Foi nesse contexto que o Brasil viveu a triste história retratada no documentário “Menino 23”, de um menino negro “adotado”, juntamente com outros, para virar escravo em pleno século XX. A história só veio à tona por conta da investigação de um historiador, após ser informado da descoberta de um tijolo com o símbolo nazista em uma fazenda.

Não é à toa que nossos vizinhos nos veem como um país imperialista. Não é por outro motivo que dizem que não somos um país sério. Não é à toa que temos uma extrema direita tão retrógada e atuante.

Enquanto não passarmos o país a limpo, com ampla divulgação histórica e com processos e condenações administrativas, cíveis e penais, pois imprescritíveis, seja no tocante ao crime da escravidão, ao crime de Canudos e das seguidas torturas pelas ditaduras, a extrema direita se achará no direito de defender a barbárie, a mesma que nos acompanha há 5 séculos.

Precisamos ser radicais contra a intolerância. Basta! Já foram 5 séculos de ódio! Precisamos pacificar o país e nos tornarmos uma pátria, integrando nosso povo no processo de cidadania com dignidade, para que possamos crescer e nos desenvolver como sociedade e Nação!

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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