As pessoas amam viver nas grandes
cidades para terem liberdade de serem o que quiserem ser. Amam a liberdade. Será isso mesmo?
Mesmo morando nas megalópoles, as
pessoas são curiosas e querem saber o que acontece na vida alheia. É por isso
que programas como BBB e A Fazenda fazem tanto sucesso, assim como as mídias
sociais que expõem a vida em público, como Facebook, Instagram e TikTok. As
pessoas são curiosas em saber como pessoas desconhecidas, ou não, próximas ou
distantes, vivem, como se pudessem controlar a vida delas de alguma forma.
E há controle, sim, mesmo nas
megalópoles e mesmo à distância.
Obviamente o controle vai muito
além do acompanhamento pelas mídias sociais ou por programas de televisão, até
porque quem se expõe naquele meio é porque quis se expor.
O Controle, na verdade, é muito
mais perverso. Se dá pelos julgamentos morais. Assim, julga-se comportamentos
diferentes, seja de uma mera bebedeira até a vida sexual alheia. O vestir-se
diferente também é objeto de controle.
O que esses julgamentos morais têm
em comum é que o julgador sempre esconde inveja, ódio e o próprio preconceito.
Mesmo em pleno Século XXI os julgamentos
morais são sistemáticos. Se você der liberdade a algum reacionário de carteirinha,
ele julgará a todos, menos ele próprio. Em um mundo em que todos querem ser
iguais e ter uma característica em comum, é difícil ser diferente e aceitar o
diferente, muito embora o Universo seja caracterizado pela diversidade de vidas
e formas.
Os tacanhos que amam julgar
talvez conheçam muito pouco do Universo e ainda defendam ou que a Terra é
Plana, ou que o Universo orbita ao redor da Terra ou que somos a única forma de vida inteligente de
todo o Universo, conhecido e desconhecido.
O Universo é muito mais que conceitos
morais. A vida vai muito além disso. Mas será que todos compreendem o que é
viver?