Há um movimento da extrema
direita internacional, onde a brasileira está incluída, contra a imigração, e
ela inclui o refúgio, que é a medida humanitária para aqueles que correm perigo
de morte em seus países de origem.
Os xenófobos colocam na vala
comum os refugiados e os imigrantes econômicos, tratando-os como
desqualificados e um perigo ao emprego e à própria identidade nacional.
Como assim?
O Brasil, em relação à proporção
de sua população, é um dos países que menos recebe refugiados em todo o mundo. São
cerca de 60 mil refugiados morando no Brasil, segundo o Ministério da Justiça.
O pequeno Líbano, com uma população infinitamente menor, de 4 milhões, abriga
1,5 milhão de refugiados. Para se ter uma noção da diferença, se o Brasil
quisesse se equiparar ao Líbano, teria que receber 75 milhões de refugiados.
O Brasil é um país de imigrantes.
Dos seus mais de 200 milhões de habitantes, apenas 1 milhão é constituído do
povo originário dessa terra. Os outros são descendentes de imigrantes,
voluntários ou forçados (escravizados) e alguns poucos estrangeiros que
obtiveram a nacionalidade brasileira.
A grande maioria dos imigrantes do
século XIX e XX veio sem formação superior e se aventurou nas grandes cidades e
pelo interior afora. Muitos dos atuais imigrantes, no entanto, possuem formação
universitária e trabalham por valores inferiores aos brasileiros ou se arriscam
nos pequenos negócios, como bares e restaurantes, tornando a economia
brasileira mais forte.
Porém, a visão dos extremistas é de
que os imigrantes trazem culturas diversas às nossas, religiões e costumes
também diferentes e seriam um risco aos empregos dos brasileiros, aumentando as
despesas sociais do governo.
As culturas diferentes são, sim,
um fato benéfico ao Brasil, que se enriquece e se diversifica, inclusive quanto
às religiões, possibilitando um maior contato com culturas e países no mundo
afora.
Quanto à questão de roubo de
empregos, a xenofobia se utiliza do medo para criar pânico e pavor que incitem
à discriminação. Não. O estrangeiro não rouba emprego. Ao contrário, ele é um
consumidor a mais e, se for um pequeno empresário, ajuda a diversificar e
fortalecer a economia do país. Ou seja, seja por que aspecto for, ele traz
benefícios ao país.
Quanto ao uso das estruturas da
educação e do SUS, o número de refugiados é tão pequeno que a grande estrutura
existente e já consolidada há anos mal se abala com o pequeno acréscimo de
usuários, não trazendo custos elevados aos entes federados.
Um país com mais pessoas de
países diversos, enriquece não apenas a sua cultura e a diversidade, mas a
possibilidade de em um futuro próximo ampliar o comércio com os países de
origem desses imigrantes. A riqueza cultural ajuda a ampliar a riqueza
econômica.