Há pessoas sem fé que creem na humanidade e se solidarizam com a dor alheia, mas há pessoas cheias de religião e sem fé alguma, inclusive na humanidade.
Não é a religião que ostentamos ter que nos faz ser uma boa pessoa. Religião alguma é um passaporte para o Céu. É fundamentalmente o amor que emanamos que nos eleva a dimensões mais leves e harmônicas.
Nesses tempos confusos, vemos algumas religiões pregando o ódio e a discriminação. Vemos alguns profissionais da saúde receitando remédios sem eficácia. Vemos líderes políticos insensíveis à matança causada pela covid-19 e agravada pela inércia de alguns governos. Vemos operadores do direito defendendo a desobediência às decisões judiciais e pregando o regime ditatorial. Vemos pessoas defendendo o capitalismo selvagem em meio ao aquecimento global, crises econômicas subsequentes, desemprego massivo e diminuição salarial.
O ser humano e a sua sociedade enlouqueceram. Perderam o mínimo de sensatez que ainda restava.
No momento em que a humanidade se depara com graves crises econômicas incessantes, com pandemias, com o aquecimento global e catástrofes dele decorrentes, com o aumento da fome em meio a tantos alimentos e com os sinais da natureza de que haverá escassez de solo fértil e de água, o ser humano finge não perceber o caos por ele causado e continua defendendo o individualismo, o consumismo, o materialismo e a religião boutique, onde o nome da Igreja vale mais que a Fé, e os contatos sociais, muito mais que a fraternidade e o amor desinteressado.
A energia que nos circunda anda pesada, repleta de agressividade, ódio, intolerância e intuito de destruição, ainda que esta última não seja claramente perceptível por muitos atores dessa realidade.
Dizem alguns Místicos que há uma grande guerra sendo travada há algum tempo entre os Céus e as Trevas e que cada um de nós seria representante de um desses lados, com uma missão traçada. Ao que parece, o Céu ganhará e tende a aprisionar o mal, evitando que ele se espalhe como este último faz agora, mas as Trevas pretendem levar consigo uma grande leva de almas humanas, arruinando todo o planejamento espiritual sobre a vida terrena e até mesmo o processo de reencarnação, para aqueles que acreditam em nova vida materializada após a morte.
Muitos esotéricos não creem que a guerra esteja perto do fim. Para eles, ao que parece, a humanidade ainda passará por algumas situações difíceis, incluindo aí catástrofes geológicas ou ambientais, em resposta ao seguido descaso humano. Segundo o raciocínio desses místicos, há, de certo, uma forte luz emanando sobre o planeta, mas o mal ainda lota o planeta com sua energia pesada, sedenta por sangue. Para eles, os cavaleiros do apocalipse, tenham eles a forma que tiverem, estão propositalmente pisoteando a Terra do Evangelho e tentando humilhar os seguidores da Fé e da humanidade. Essa terra seria o Brasil, a fé, a verdadeira, seria a que prega o amor, a compaixão e a fraternidade.
Não podemos assistir a isso de braços cruzados. Demonstremos nossa Fé e compaixão. Segundo alguns religiosos verdadeiros, a cada vida que salvamos, iluminamos o planeta, agravando-se a derrota das Trevas. Então, façamos já a nossa parte!