Me perguntava o que levou pessoas a votarem no Bolsonaro, uma pessoa arrogante, sem cultura e sem qualquer preparo para ocupar o maior cargo elegível, para presidente do país e a resposta parecia óbvia não só a mim: o ódio criado ao Partido que presidiu o país por 14 anos.
Pessoas inteligentes e cultas, que eu sempre admirei, me deixavam perplexo ao falarem que votariam no Bolsonaro. Porém, agora, passados mais de dois anos e meio da catástrofe Bolsonaro, muitos desses ainda continuam apoiando Bolsonaro e a resposta que era óbvia dois anos atrás, parece ser a mesma, ainda.
É certo que há, dentre os Bolsonaristas, os sem pudor, os que odeiam regras e os querem a implantação da lei do mais forte. Bolsonaro é o maior exemplo da lei do mais forte, de levar vantagem e, ao mesmo tempo, do fim do Estado, a uma quase anarquia. Com ele, o Estado seria substituído por grupos de poder, como ocorre com as milícias. Por isso a sua ojeriza ao Judiciário e à hierarquia militar.
Mas há, ainda, um seleto grupo de Bolsonaristas ingênuos, que acreditam que os gritos de ódio de Bolsonaro significam uma mudança necessária. Não tenho dúvida de que o Brasil precisa mudar, mas não será com Bolsonaro. O ex-deputado, acostumado a estar na oposição e a levar vantagens, faz oposição ao Brasil, o que levou o nosso país ao caos na saúde e na economia, como o aumento de desempregados e de moradores de rua, de miseráveis e de pessoas sem ter o que comer, ao aumento do dólar, ao aumento dos alimentos, ao aumento dos combustíveis e ao aumento da gasolina, do gás e da luz.
Bolsonaro não exerce a presidência, e faz oposição diuturna ao Judiciário e ao Congresso Nacional. Estamos em um país sem um comando, mas com um opositor arruaceiro, que grita contra todos e permite que se faça, por debaixo dos panos, a pior prática política, a da rachadinha, a da corrupção na saúde, a do toma lá, dá cá com os partidos do Centrão e a dos privilégios à casta de militares apoiadores, agora chamados de Marechais.
Os ingênuos que ainda apoiam Bolsonaro um dia acordarão e se tocarão da vergonha de sujarem a cor amarela da nossa bandeira em apoio a um político que somente trouxe e prega o caos.
Ciro Gomes separa bem os que apoiam Bolsonaro do próprio Bolsonaro, e Ciro tem razão. Há muitos que ainda não conseguem ver o que o Bolsonaro fez e representa, mesmo diante de tantos mortos pela covid, de tanta miséria e de tanto atraso que esse ex-deputado trouxe ao Brasil.
Bolsonaro jamais será mudança. É o caos. É o fim! A mudança não advirá de um escolhido, mas da conscientização do povo das efetivas necessidades do país. Hoje, precisamos de luz, gás, alimento, dignidade, fé e união. Precisamos passar o Brasil a limpo e nos unir como povo e Nação! E não será com ódio ou apoio estratégico e financeiro de grupos da extrema direita internacional que nos uniremos. Nos uniremos quando nos conscientizarmos de que precisamos de um líder que una o Brasil e promova o crescimento não só do país, mas de cada brasileiro e de cada empresa.
Que o caos trazido por Bolsonaro possa significar a possibilidade de renascimento das cinzas! O Brasil, nesse 8 de setembro, poderá estar a caminho de sua liberdade, libertando-se de Bolsonaro e trilhando o caminho do progresso e da união!
O verde e o amarelo, a nossa liberdade e os nossos sonhos não serão queimados, vilipendiados ou sujados pela pregação do ódio. O verde e o amarelo, a nossa liberdade e os nossos sonhos caminharão conosco nesse ressurgimento da união após o caos de tudo o que Bolsonaro faz, prega e significa.
A pátria e cada brasileiro se libertarão e caminharão unidos pelo crescimento de todos! O 7 de setembro não é apenas simbólico, mas efetivo!