O Catar, país sede da Al Jazeera,
é um pequeno país peninsular situado no Golfo Pérsico, desértico e com grande
litoral, com prédios modernos e que tem por capital a rica cidade de Doha. A
economia do Catar é baseada basicamente na exploração do petróleo e gás, que o
tornam um dos mais ricos do mundo.
E por ter a liberdade de adotar um
posicionamento politicamente critico, a rede Al Jazeera é criticada pelos seus
vizinhos do golfo, em especial Arábia Saudita, Bahrein e Emirados Árabes Unidos,
que pedem o fechamento da rede estatal. Outro grande opositor da rede Al Jazeera
é o governo militar do Egito.
A atuação da tevê do Catar é tão
pontual, crítica e importante, que diversos jornalistas da rede Al Jazeera já
foram presos e diversas de suas instalações foram bombardeadas pelo mundo afora.
Ela se tornou conhecida no ocidente
pela cobertura da invasão ao Afeganistão (2001), mostrando imagens ao vivo dos
ataques e entrevistas com Osama Bin Laden, e posteriormente pela presença na
guerra do Iraque (2003).
Sofreu censura não apenas em
Israel e no mundo árabe, mas no dito democrata Estados Unidos, que o proibiu de
exibir a cobertura da guerra do golfo ao público dos Estados Unidos.
Por sofrer grande censura,
tornou-se uma emissora importante no combate à censura e à liberdade de imprensa.
Muitos de seus documentários e
coberturas jornalísticas foram premiados. E fez muitas matérias mostrando as
prisões ilegais e as torturas praticadas contra os opositores de muitos regimes
de países árabes, como Egito e Arábia Saudita, aos presos pelos Estados Unidos
no Iraque e de palestinos em Israel.
Em um mundo que se tornou islamofóbico, a Al Jazeera se tornou a voz de muitos povos e um importante canal que denuncia comportamentos racistas não só contra árabes e muçulmanos, mas contra minorias no mundo afora.