O Brasil é um parceiro importante da China, e não é de hoje.
A China sempre foi historicamente grande e importante, atacada por vários impérios. Suas principais ações sempre foram defensivas, como evidencia a Muralha da China, e comerciais, como mostram os livros de história, com a lendária Rota da Seda.
Os chineses estiveram aqui ainda no Império para plantar chá no Rio de Janeiro. E foi um período trágico, onde chegaram a ser, literalmente, caçados nas florestas cariocas.
Mas foi no mandato de Ernesto Geisel, presidente do período militar, que o Brasil restabeleceu relações diplomáticas com o governo chinês. O Brasil era, à época, um país economicamente mais forte que a tímida China, que já prometia ser uma grande potência
Hoje, a China é uma grande potência, prestes a ocupar o primeiro lugar no comércio mundial, e também a ser forte tecnológica e militarmente, a ponto den deixar os EUA desesperados.
O Brasil é um parceiro extremamente importante para a China, seja pelas exportações de minério e alimentos, como também pela sólida relação mantida nesses 50 anos. O Brasil tem muito a ganhar, e não apenas na balança comercial, mas em tecnologia e parcerias, inclusive no âmbito militar.
Ao contrário dos EUA, que sempre viram o Brasil como uma possível potência a ser contida, o que evidenciam as ações de espionagem de autoridades e empresas e os frequentes golpes patrocinados, a China vê o Brasil como um parceiro vital.
O Brasil pode ganhar muito mais do que está a receber. Pode fazer importantes parcerias e, com isso, acelerar o seu crescimento, com mais empregos melhor remunerados e com mais tecnologia que pode ser aplicada nos âmbitos civil e militar.
O Brasil não se preocupa muito, mas deve assegurar a sua defesa territorial e com maior ênfase na chamada Amazônia azul, onde circulam mais de 90% do seu comércio. E parcerias com a China podem facilitar essa defesa.
Visando fazer um jornalismo mais crítico, a VAMOS TV sonhou em trazer para o Brasil agências de notícias alternativas, com origens na China, Rússia, América Latina e Catar, além de filmes e séries da China e documentários russos e árabes. Não deu certo, ao menos até agora.
Romper a barreira do noticiário ocidental, recheado de mentiras, não é tarefa fácil. Trazer fatos verdadeiros, com histórico dos fatos, ajudará muito o Brasil a ser mais crítico e a conhecer o seu lugar no mundo e o seu real potencial, sem falsos nacionalismo e ufanismo.
A parceria Brasil-China é importante não só para a China, mas mais ainda para o Brasil. Temos que trilhar os passos do nosso desenvolvimento, erradicando a miséria, assegurando a efetivação da cidadania e o fortalecimento das nossas instituições e da nossa democracia. Laços com um país com um histórico tão sofrido como o nosso e que também é pacifista é importante. O Brasil pode ser um dos maiores do mundo. Não podemos perder o bonde da história que nos circunda.