As narrativas da guerra de Israel contra o Irã são recheadas de inverdades, manipulações e preconceitos. Como dizem, a primeira vítima das guerras (e dos seus preparativos) é a verdade!
Mas há uma palavra para defini-la: insana!
Já a guerra de Israel contra o povo palestino é a mais injusta de todas. Sim, o povo palestino foi privado de sua Nação até hoje, sendo suas terras ocupadas à força por soldados e colonos israelenses.
A guerra não começou no dia 7 de outubro de 2023. Começou bem antes. Antes, inclusive, da criação do Estado de Israel, quando os sionistas não alcançavam 20% da população. Àquela época, há mais de 100 anos, grupos sionistas inauguraram o terrorismo na região, como forma de expulsar palestinos. Muitos pequenos palestinos foram massacrados já àquela época.
O massacre não data de hoje. Dura um século. Os palestinos resistem como podem. Alguns cometem excessos, mas nada comparável com o que os sionistas vêm fazendo.
Os primeiros judeus que imigraram para Israel eram judeus que fugiam do holocausto e foram bem recebidos pelo povo palestino. Eram vítimas de barbáries sendo recebidas por um povo que passaria a sofre-la também.
Mas a Inglaterra, que exercia o controle da região, já tinha o plano de dar a Palestina aos sionistas. Era um plano antigo e a dor de milhões de judeus serviu à concretização do projeto sionista.
Os judeus palestinos, que moravam lá antes do século XIX se davam bem com os turcos, persas, armênios e palestinos que também habitavam aquela terra. Tinham costumes muito parecidos, aos árabes, ncluindo aí o tipo de alimentação.
A criação de Israel, porém, levou europeus para o que era a Palestina romana, árabe, otomana e, por fim, britânica. Eles tinham costumes muito diferentes. Eram ocidentais que iam morar no meio do mundo árabe. Alguns estudiosos dizem que isso era um plano ocidental de controlar os países produtores de petróleo. Tenho cá minhas dúvidas. Creio que somente após a criação aproveitou-se a situação para tal fim.
O fato é que, hoje, vemos ataques a escolas, hospitais, a privação deliberada de água e comida provocada por Israel e a execução de crianças, idosos e mulheres. Um massacre. Um genocídio. E transmitido ao vivo, onde não podemos negar conhecimento.
A Palestina é uma terra esquecida, mas não deveria. É uma terra sagrada para as três maiores religiões e foi onde Jesus nasceu. Tem uma forte simbologia para os cristãos.
Porém, hoje, com as manipulações, muitos cristãos imaginam que Israel seria a Palestina de Cristo. Não. Cristo nasceu em Belém, território declarado e considerado palestino pela ONU. Já àquela época era chamada de Palestina pelos romanos e continuou a sê-la com os bizantinos, os árabes, os cruzados, os turcos e os britânicos. E pela ONU, Palestina ainda preservaria esse nome e seria partilhada à força com outro Estado, esse para judeus, que hoje se chama Israel.
Quando vejo as guerras, vejo barbáries, horrores e desumanidades. Mas na guerra contra os palestinos, vem à minha mente a imagem de Jesus adulto sentado entre eles, quieto, com semblante triste, amparando com os braços crianças, idosos, jovens, mulheres.
A guerra, sempre insana, é mais injusta quando praticada na terra em que Cristo nasceu e quando praticada contra pessoas já desprovidas de tudo, menos da determinação em continuar na terra onde seus antepassados nasceram e viveram.
Os palestinos são uma grande mistura de religiões e etnias. Há palestinos ateus, palestinos cristãos ortodoxos, palestinos católicos, palestinos evangélicos e palestinos islâmicos. São uma mescla de cananeus, filisteus, judeus, romanos, gregos, árabes... Antes de Israel, havia palestinos judeus e palestinos de outras religiões, muitos deles de judeus convertidos há vários séculos.
A guerra de Netanyahu não é pelo judaísmo, já que há muitos judeus antisionistas. A guerra dele é pelo poder, pela colonização de terras alheias, pela economia. É por diversos motivos, menos pela Fé.
Mas, como na guerra se manipula a verdade, há cristãos que se tornaram favoráveis à expansão de um país que invadiu e invade terras cristãs ou onde o cristianismo fez história.
Com as ações inescrupulosas de Netanyahu, o antisemitismo é crescente.
A guerra na Palestina é a que mais me comove pela insanidade total, desumanidade total, pela deturpação histórica e da verdade, e pela injustiça total.