O NACIONALISMO NÃO SIGNIFICA ADMIRAÇÃO PELOS POLÍTICOS, QUE SÃO PASSAGEIROS, MAS AMOR PELA PÁTRIA E PELO SEU POVO, QUE SÃO A RAIZ DA TERNURA E O MOTIVO DE NOSSA EXISTÊNCIA.

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL | INDICAÇÃO LIVRE OU COMPROMISSO DIUTURNO E INABALÁVEL COM A CONSTITUIÇÃO?

Escrevi este texto no dia 14 último. E talvez já hajam indicados efetivos ao cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal, talvez não.

No dia 14 fiquei assombrado com a manifestação da imprensa, em mídias progressistas, como o ICL e o UOL, exigindo do governo a indicação de nomes que sejam representativos de minorias ou maiorias, como de mulheres, negros etc. Acho muito justo e coerente haver representatividade em todos os Tribunais Estaduais e Federais, incluindo aí o Superior Tribunal de Justiça. Esses Tribuais representam, mais de perto, o anseio da população. Jà o STF é uma corte política, diferentemente dos demais.

Entendo a conveniência e oportunidade de haver representatividade de segmentos excluídos de nossa sociedade no Supremo Tribunal Federal, Porém, há questões maiores em se tratando da nossa Suprema Corte, nossa corte Constitucional e política. Explico.

O nosso país acabou de sofrer um forte ataque ao Estado de Direito, à Democracia e ao voto popular. Se não fosse a determinação de alguns Ministros do STF, poderíamos estar vivenciando um Estado de Exceção. Mais. Também vivemos uma época de ataque ao Estado, às instituições e ao serviço público. Daí a necessidade de que um Ministro, mais do que representar ou simbolizar a representatividade de um segmento populacional, tenha a firmeza de defender o Estado, o Direito Público e o Direito Administrativo contra tentativas de enfraquecimento do Estado brasileiro. Mas não para aí. Também vivemos ataques sucessivos a direitos sociais e fundamentais, em especial aos trabalhistas, de forma que o(a)s juristas a serem indicado(a)s devam ter firmeza na defesa dos direitos sociais garantidos por leis ordinárias ou constitucionalmente.

O Ministro da Suprema Corte representa a defesa dos valores consagrados na Constituição e do Estado brasileiro, de forma que, mais que um segmento, o Ministro há de representar a vontade popular consagrada no arcabouço legal brasileiro, em especial na Consitutição Federal. O STF é a nossa última instância e última esperança!

Se uma Ministra mulher ou trans, se um(a) Ministro(a) preto(a), se um(a) Ministro(a) Espírita ou de religião de matriz africana ou islâmica for indicado(a), ou se for homem branco cristão, há de ter, necessariamente, compromisso maior com o Estado, com o Estado de Direito, com o Direito Público, com os Direitos Humanos e com os Direitos Sociais, mais que tudo. O Supremo é a última esperança da Democracia, do Estado de Direito, do Direito Público e dos Direitos Sociais, diuturnamente sob ataque da mídia, da direita e da extrema direita, do neoliberalismo anarcocapitalista e do capital financeiro.

O Ministro do STF não é militante de uma causa específica, embora possa representá-la. A maior das causas, sem dúvidas, é do Estado Brasileiro, do nosso Direito Público, do nosso Direito Administrativo, do nosso Estado de Direito, da nossa Democracia, dos nossos Direitos Humanos e dos nossos Direitos Sociais, sem os quais não há Brasil, mas uma distorção a serviço de uma Nação estrangeira ou de parcela poderosa de nossas elites política e econômica. 

O Presidente da República, mais do que nunca, precisa ter a liberdade de escolha para indicar alguém comprometido com a Constituição brasileira.

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

OS RISCOS AOS PRÓPRIOS ESTADOS UNIDOS DE UMA INVASÃO À VENEZUELA. HÁ, E MUITOS.

Acabou de ser divulgado na mídia que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, teria autorizado ação da CIA para a deposição do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Trump ainda estaria analisando a possibilidade de invasão terrestre para o combate aos carteis de drogas.

Como se percebe, são ações vagas, Os Estados Unidos podem adotar essas ações? Podem. Devem? Não e explico abaixo.

Trump é imprevisível, não sendo possível afirmar que ele analisará toda a conjuntura antes de tomar uma decisão final. Vide as tarifas impostas. Ele aplicou sem pensar e recuou inúmeras vezes, e acabou ocasionando prejuízo a um setor da área agrícola e a muitas indústrias e comércios estadunidenses, além de aumento de custo aos consumidores americanos.

A Venezuela possui exército e aeronáutica fortes (em comparação a outras forças do continente) e possui os mísseis mais avançados da América do Sul. Além disso, tem uma força extra, de uma milícia que pode agrupar 4 milhões de pessoas, no caso de uma invasão terrestre.

Os Estados Unidos ironizam, dizem que os venezuelanos não terão armas suficientes para o seu exército e menos ainda para os membros da milícia. Invadem os céus e mares venezuelanos em claros atos de provocação. Até agora a Venezuela assiste a tudo passivamente, mas não se sabe até quando.

Donald Trump tem uma ligação muito próxima com o setor petrolífero dos Estados Unidos, que é quem mais dá dinheiro para suas campanhas eleitorais, em especial com a Exxon, que é a empresa autorizada a explorar petróleo e gás na Guiana, com quem a Venezuela tem contendas de fronteira.

Não é difícil imaginar que em uma hipótese de ataque aéreo ou naval, ou até mesmo de invasão, um dos primeiros alvos sejam as bases da Exxon na Guiana. A Venezuela tem mísseis com alcance e precisão para isso.

A guerra não é a melhor opção para os Estados Unidos. Invasão terrestre ocasionará a morte de dezenas de milhares de estadunidenses em poucos dias. O que pode haver é a entrada de um ou mais pequenos grupo de elite para ações terroristas, como sequestro e assassinato de autoridades e bombardeios de áreas específicas. Pequenos grupos militares bem treinados que penetrem em florestas são difíceis de localizar e monitorar.

O mais crível, porém, seria uma ação exclusiva da CIA, da principal agência de inteligência estadunidense, movimentando parte da oposição venezuelana para fomentar manifestações em Caracas e em outras partes do país, bem como financiando, armando e treinando células da oposição para ações armadas pontuais, como criar cenários de caos nas grandes cidades e provocando assassinatos de autoridades. O porém é que a Venezuela tem um serviço de inteligência e de contra-informações de excelência, os melhores da América do Sul, que já devem estar alertas desde antes das ações provocativas dos Estados Unidos. As forças policiais também já devem estar preparadas para reagir.

Uma invasão militar exigiria um número alto de militares, de centenas de milhares, com possíveis óbitos diários de milhares de estadunidenses. A Venezuela é um país grande que tem muitas matas, o que dificulta ações militares exitosas, como os Estados Unidos aprenderam com a sua derrota no Vietnã. 

Ataques aéreos são possíveis. Se forem usados caças, é possível que a defesa aérea venezuelana, a melhor da América do Sul, derrube não só mísseis, mas diversos aviões dos Estados Unidos.
 
As ações são arriscadas e, salvo na Síria, as ações estadunidenses não tem tido o êxito esperado. Além do mais, a oposição a Trump aumenta a cada dia em solo dos Estados Unidos, seja no serviço público civil e militar, seja na sociedade civil. Arriscar uma guerra com baixas pode provocar o aumento de manifestações em todos os Estados Unidos.

Trump deve estar mais ameaçando do que querendo agir, mas se agir poderá se dar muito mal e ocasionar prejuízo à sua maior financiadora, a Exxon, ao contrário do que pensa.

Essas são as informações de geopolítica que deveriam ser prestadas a você leitor do blog. Obrigado por acompanhar esse canal.

DIA DOS MESTRES

Fingir que se ensina é fácil. Ensinar verdadeiramente é uma missão, uma arte e um ônus, e é também um dever do Estado que rege a sociedade.

Ensinar é fazer pensar e iniciar a compreensão. Embora os ocidentais não aceitem, a compreensão da sociedade em que vivemos caminha ao lado da compreensão da Espiritualidade do mundo que nos rodeia, ou deveria.

Não existe razão ou verdadeira religiosidade sem o caminho da compreensão. Compreensão não é a mera aceitação, mas também o fruto de um prévio questionamento interior.

Os mestres, desde que verdadeiros, ensinam, seja no campo espiritual ou científico. Mas os verdadeiros mestres são os que compreendem verdadeiramente, através de estudos, reflexões e interiorização do conhecimento sobre a sociedade, o homem e o Cosmos.

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

O QUE AS GUERRAS ATUAIS NOS REVELAM?

A guerra de Gaza, a guerra da Ucrânia, as guerras na África, as guerras localizadas e temporárias (breves) na Ásia e as guerras tarifárias têm algo em comum?

Antes de responder, vamos ver quais são os atores indiretos ou de profundo destaque de cada uma dessas guerra.

A guerra de Gaza, que envolve Hamas e Israel, também revela a participação de diversos países, dos quais os mais relevantes são Estados Unidos e Irã.

Passemos a outra guerra, a da Ucrânia e Rússia. Os agentes que se destacam são a OTAN e a própria Rússia. 

As guerras da África evidenciam as potências europeias, a Rússia e novas potências regionais, como o Egito e a  Turquia.

As guerras pontuais na Ásia evidenciam a ação das inteligências britânica e estadunidense e ações discretas da China e da Rússia e Irã.  

As guerras tarifárias nos revelam muito sobre os Estados Unidos e a sua decadência econômica, o fracasso do neoliberalismo vigente há 40 anos e a importância das indústrias de peso, como as existentes na China.

Ao contrário do que muitos pensam, a geopolítica não é linear e muitos atores ora pendem para um lado, ora para outro, como o Egito, a Turquia, a Arábia Saudita e tantos outros.

Como dizem, em geopolítica não há países amigos, mas interesses - momentâneos ou não - em comum.

O que tais guerras nos revelam: 

A) UCRANIA: fracasso da antes poderosa OTAN em enfraquecer e repartir em diversas repúblicas a Rússia; o início de uma crise econômica trágica para a Europa, o fortalecimento da indústria militar russa e uma ação discreta e pontual, como sempre, da China;
B) GAZA: o interesse dos Estados Unidos em criar tensões contínuas na região dos grandes países produtores de petróleo e gás e de aniquilar ou afastar da órbita da China países parceiros daquela,.com destaque ao Irã.
C) PAQUISTAO: tirando a questão dos países produtores de gás e petróleo, podemos repetir o que foi dito a respeito de Gaza, com o acréscimo da ação pontual e sempre discreta da China.
D) AZERBAIJÃO: ação direta dos serviços de inteligência estadunidense, britânico e israelense, a intenção do ocidente de criar zona de tensão no Cáucaso, a fim de facilitar o ingresso de terroristas no Irã e na Rússia.
E) IRÃ: a capacidade desse país de, mesmo sob severas sanções, ser capaz de desenvolver uma importante indústria bélica e também tecnológica, com satélites próprios, alguns dos melhores e mais eficientes mísseis do mundo e reinventando a arte da guerra, onde os componentes principais não são mais produtos caríssimos e altamente tecnológicos, com dificuldade de produção e reposição, mas itens de tecnologia barata, de fácil produção e reposição - em diversas e distantes plataformas -  e alto volume de ação militar.
F) ÁFRICA: a decadência geopolítica e militar da Europa, com destaque à França, a atuação da Rússia, o ressurgimento do nacionalismo na África, o que explica um alinhamento cada vez maior à Rússia e China, além de uma tentativa de interferência do Egito e da Turquia sobre os países de maioria islâmica, seja no norte da África ou na subsaariana. E também, por óbvio, o afastamento (não total, mas relevante) dos Estados Unidos na região.
G) GUERRAS TARIFÁRIAS: que os Estados Unidos não são amigos de nenhum país, exceto Israel, que a economia estadunidense não anda nada bem, que os Estados Unidos se desindustrializaram e abandonaram a política da boa vizinhança e que o alvo principal - em razão do volume tarifário - são os países do BRICS, com destaque à China.

Qual a conclusão a que podemos chegar? Os Estados Unidos estão cada vez mais decadentes, mas mais beligerantes, ainda que por ações econômica e de sua inteligência. Que a África e Irã, além do sudeste asiático, prometem ser, cada vez mais, atores importantes nos próximos anos. Que a China não dá para ser combatida militarmente de forma direta, devendo haver movimentos para bloqueio de fornecimento de alimentos, petróleo, gás e minério para ela, bem como o afastamento, ou enfraquecimento, de paises alinhados a ela. O elo se fortalece entre a Rússia, a China e o Irã, este como agente importante geopolítico, seja pela localização, seja por suas ações estratégicas, seja pela produção de petróleo e gás, seja pela sua produção bélica de ponta. E a China, que se fortalece militarmente muito rapidamente, também passa a atuar cada vez mais fora de seu território, graças a uma diplomacia eficiente, aos movimentos econômicos de atração e às decisões estratégicas absolutamente discretas.

A Terra gira e os Estados Unidos e Europa  não estão mais na parte superior do globo geopolítico. O Sul Global ganha relevância, com destaque à China, Rússia, Irã, Índia, demais países do BRICS, África e sudeste asiático.

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

ARTEFATO MILITAR NUCLEAR BRASILEIRO, TER OU NAO TER?

Há uma proposta de que o Brasil possa desenvolver artefatos nucleares militares para a sua autodefesa.

Pessoalmente penso que as armas nucleares deveriam ser proibidas em qualquer canto do mundo, seja em Israel ou Irã, Estados Unidos ou Rússia. A sua proliferação não traz nada de bom para a humanidade.

Porém, pelo bem do Brasil, não podemos ser cegos e não ver o risco que corremos, enquanto poucos países se utilizam de seu poder nuclear para abusar em questões comerciais e militares.

Porém, também é fato que a obtenção de artefatos nucleares traz uma segurança interna de não invasão ou ataque. É o chamado poder de dissuasão. Não é difícil de compreender, assim, o motivo da Coreia do Norte não ter sido invadida desde o desenvolvimento de seus artefatos nucleares.

O Brasil, com a Amazônia que esconde tesouros hidrominerais sob o seu subsolo (água, petróleo, gás, terras raras e demais minerais) é objeto de cobiça do ocidente desde a nossa colonização. A pressão por sua internacionalização e retirada de nossa soberania na região é constante e a cada dia maior.

Mas não é só lá que há recursos ambudantes. O há em quase todo o nosso Território, em especial na região da tríplice fronteira (produção de eletricidade e água doce), sudeste (capacidade industrial, agricultura e mineração) e na chamada Amazônia Azul (nossas águas continentais).  A possibilidade de invasão existe por qualquer canto de nossas fronteiras. Mas também há o risco mais imediato de sofrermos um bloqueio naval, impedindo a importação e exportação de nossos produtos, e isso pode se dar por dois fatores bem simples. O primeiro é prejudicar a nossa economia, em especial o agronegócio, e o segundo é prejudicar o nosso principal parceiro, que necessita de nossos minérios para a produção industrial e tecnológica e de nossos alimentos para a sobrevivência de seu povo. Nos referimos à China, nossa grande parceira. Mas a quem interessaria esse bloqueio? Aos seus concorrentes e  oponentes econômicos, Estados Unidos e Europa, leia-se OTAN. 

A defesa pode ser feita com mísseis de pequeno, médio e longo alcances, e a chamada chuvas de drones de ataque, o que enseja a produção industrial dentro do Brasil, trazendo conhecimento tecnológico de ponta ao país, benéfico sob todos os aspectos, inclusive de custo, se comparado com o valor astronômicos de aviões de última geração e porta-aviões.  

Porém, mesmo podendo nos defender, isso não impediria ataques de potências inimigas a alvos estratégicos, como São Paulo, Rio, Foz do Iguaçu e outras regiões. O que impediria sofrermos ataques são a capacidade de diálogo por nossos embaixadores junto com a capacidade dissuasoria, ou seja, de que quem nos atacar poderá ser prontamente atacado com alto grau de destruição. Hoje, o Brasil só tem a capacidade diplomática, não a de retaliação a países como Estados Unidos, Inglaterra, França, Rússia e China. Para isso deveríamos possuir mísseis balísticos intercontinentais capazes de carregar artefatos nucleares.

Os mísseis são importantíssimos, mas não teriam a capacidade dissuasoria sem artefatos nucleares.

O Irã tem capacidade de atingir Israel e Europa com seus potentes mísseis, mas como não tem poder nuclear, continua a ser alvo de ataques. Já com a Coreia, potência nuclear, nenhum país se arrisca. Mesmo na guerra da Ucrânia e Rússia, os países da OTAN não agem livremente, havendo um limite de ações, considerando o potencial nuclear russo, o maior do globo.

Obviamente, a mudança constitucional a permitir a posse e desenvolvimento de artefatos nucleares militares pode exigir que o seja para fins específicos de defesa e contra-ataque, sendo vedada a utilização para ataque gratuito a qualquer pais, em especial aos nossos vizinhos latino americanos. 

Caberá à nossa diplomacia expor aos nossos vizinhos, através de muito diálogo, que isso visa proteger a nossa região, desde a Patagônia ao México, sendo proibido qualquer caráter de agressão, com prisão de seus responsáveis, se o caso, inclusive com a imediata destituição do presidente da República que porventura desobedeça o princípio de não agressão, a fim de evitar uma corrida armamentista na região, algo complexo e perigoso a todos.

Deve ser ressaltado, ainda, que a produção de armas nucleares, por si só, não nos traz defesa alguma sem que haja o desenvolvimento de tecnologias de transporte, seja por aviões, mísseis, navios e submarinos, algo que deve começar desde já.

Um tema tão polêmico deve ser objeto de discussão ampla nos setores militares e diplomáticos e principalmente na sociedade, sempre acompanhada das questões geopolíticas envolvidas, sob pena de, não o fazendo corretamente, haver tendência de manipulação da opinião pública brasileira. 

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

TERRORISMO. GUERRAS. JERUSALÉM. O CONTO DO TERROR DO IMPERIALISMO E DO OCIDENTE CONTRA O ORIENTE E O PRÓPRIO OCIDENTE.

As mil e uma noites foi uma obra baseada em contos orientais, principalmente árabes e que seduziu o ocidente com o seu imaginário fantástico.

O Oriente invadiu a península Ibérica e levou e difundiu conhecimentos filosóficos, matemática, arte e medicina. Posteriormente, os turcos dominaram parte do leste europeu. O conhecimento era difundido por árabes e islâmicos.

Em troca, cerca de mil anos atrás, o ocidente invadiu Jerusalém e cidades que se situavam entre a cidade Sagrada e a Europa, matando islâmicos e judeus. Cerca de 500 anos atrás, adveio a Inquisição, que perseguiu islâmicos e judeus na Península Ibérica. Tempos depois, dominou por meio do imperialismo a Palestina, a Síria, o Líbano e o Iraque. Em seguida, repartiu a Palestina majoritariamente islâmica, mas também judaica e cristã, com sionistas vindos principalmente da Europa, criando Israel.  Mais recentemente, o ocidente invadiu o oriente com mísseis, bombas e botas, pisando em solos iraquiano, afegão, líbio, libanês e sírio. E esse é o conto do ocidente, um conto recheado de mentiras, falsidades e golpes e, principalmente, de terror, e que ensejou, com o seu apoio tático e financeiro, o surgimento do terrorismo no Oriente próximo, como se verá mais à frente.

Durante a Idade Média, islâmicos e judeus eram vistos com desprezo e sofriam preconceito e perseguição em boa parte da Europa.

Foi só a partir do fim do Holocausto ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial que a Europa diminuiu o preconceito contra judeus e os reposicionou no meio do mundo árabe, criando um Estado artificial chamado Israel, que além de se constituir em terras originalmente Palestinas, passou a ocupar ilegalmente as áreas destinadas pela ONU aos palestinos e expulsando e matando centenas de milhares de palestinos. Mas isso ainda não era chamado de genocídio. Foi somente a partir de outubro de 2023, com a destruição de mais de 90% das construções existentes na Faixa de Gaza, com o ataque e destruição de hospitais, escolas e prédios de assistência humanitária e assassinato de centenas de jornalistas, médicos e profissionais de assistência humanitária e da ONU e quase 4% da população de Gaza, a maioria formada por mulheres e crianças, muitas executadas em filas de ajuda humanitária, que as organizações internacionais e a ONU passaram a chamar isso de genocídio.

Israel sequer é consenso entre o povo judeu. Muitos judeus seculares, comunistas e religiosos se posicionam contra o Estado de Israel, chamando-o de inimigo dos verdadeiros judeus, e bradam pelo Estado da Palestina.

Na Palestina antiga, de judeus e ocupada pelos romanos, nasceu Jesus. Depois, judeus foram expulsos de lá pelos romanos, mas alguns continuaram em terras palestinas. E de lá para cá conviviam em relativa e consistente paz judeus, islâmicos e cristãos, as religiões dos palestinos de então, seja sob domínio islâmico, turco ou britânico. A grande massa de judeus expulsa no ano 70 d.C. jamais voltou e se fixou em países árabes, europa e cáucaso, posteriormente se expandindo para o continente americano, até a criação de Israel, 1900 anos depois.

A criação de Israel não foi conversada com os países árabes e os palestinos, que estavam sob o mandato britânico, mas foi imposta à força.

Pelo o que se sabe da história, o terrorismo surgiu na região no século I, pelos sicários judeus, contra o império romano. Assim como hoje ocorre com o Hamas, os sicários judeus utilizavam-se de atos de resistência e terrorista contra os então ocupantes romanos. Depois, o terrorismo foi novamente instaurado por forças como o Haganá sionista, que expulsava palestinos e destruía aldeias islâmicas e cristãs palestinas no início do século XX, antes da criação de Israel. Posteriormente à criação de Israel, os palestinos passaram a exercer resistência à ocupação israelense de territórios nas Faixas de Gaza e Cisjordânia, muitas vezes utilizando-se de força e atentados terroristas. E não é de hoje que o próprio Estado sionista se utiliza de táticas terroristas contra civis, o que é constatável pela visualização de qualquer vídeo do massacre que ocorre em Gaza.

Ainda quanto ao terrorismo no Oriente próximo, foi a partir da guerra da União Soviética contra o Afeganistão, que a CIA, juntamente com o MI6 britânico, passou a financiar e a treinar movimentos jihadistas islâmicos. Em seguida surgiram a Al Qaeda e o ISIS (Estado Islâmico) e tantas outras derivações desses mesmos grupos, também com apoios da CIA e do MI6, mas também de financiamento de países como Arábia Saudita, Catar e Kwait e apoio tático da Jordânia, Turquia e Israel. O terrorismo focado no Oriente próximo expandiu-se para a Rússia, China, Sudeste Asiático e África. Hoje, a Síria é governada por um grupo dissidente da Al Qaeda, tolerada e até em certo ponto apoiada por Israel durante a guerra civil na Síria, mas a imprensa não os chama de ditadores ou terroristas. O atual “governo” sírio é bem visto pelas potências ocidentais, mesmo com a perseguição a grupos minoritários, como curdos, cristãos e alauítas. Essas denominações – ditadores e terroristas - são utilizadas pela chamada mídia “mainstream” apenas para os inimigos do império.

Os contos ocidentais, repletos de inverdades e fantasias, continuam a ser divulgados no mundo oriental e no próprio ocidente. A verdade, a liberdade de informação e a ética jamais foram princípios apreciados pelas grandes potências ocidentais. A elas interessa o apossamento de recursos hidrominerais, a desestabilização de países e o uso frequente do terror e da guerra. Disso resultaram as duas grandes guerras mundiais, o terrorismo e o genocídio a que estamos assistindo em tempo real.

Em um mundo liderado pelo ocidente jamais haverá a necessária paz e estabilidade e tampouco condições mínimas para a evolução espiritual do ser humano. Reina no imperialismo ocidental o conto do terror.

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

O EU E O UNIVERSO. A COMPREENSÃO DO TODO

Pela lógica que desenvolveu, o ser humano crê ser capaz de decifrar a tudo e a todos, mas como a lógica humana não foi baseada no conjunto da natureza, mas nas experiências próprias humanas e por ela facilmente perceptíveis, ela serve ao humano, mas não ao todo.

Para a percepção do todo, mais do que a lógica humana, teríamos que observar e compreender as leis da natureza e do Universo, como dizem algumas filosofias orientais, como o Taoísmo.

Assim, a forma como enxergamos o Universo é possível, mas não significa que seja verdadeira e absoluta. Ela, gradativamente, vai sendo alterada e se moldando à realidade que vai se revelando e ampliando em nosso horizonte. Os nossos sentidos devem ser ampliados.

Como 96% do universo é composto de energia e matéria escura, não formadas por átomos e completamente desconhecidas ao ser humano, o desenvolvimento de outras formas de percepção são fundamentais ao avanço da compreensão de parte significativa do todo por nós.

A percepção através de todos os sentidos é a base da compreensão e deveria envolver não apenas a visão, audição, paladar, olfato e tato. Há outras formas de percepção que deveríamos desenvolver e que alguns poucos arriscam descobrir.

Neste aspecto, as religiões afro e o espiritismo exercem um papel importante. Mas não são só elas que trabalham com a ampliação dos sentidos. A meditação, tão em voga, permite que apuremos alguns canais energéticos do corpo, ampliando a capacidade de percepção pela mente humana.

Uma mente aprisionada nada descobre. Apenas reinventa. Uma mente liberta, ao contrário, faz descobertas e avança no conhecimento e na percepção do então parcial ou totalmente desconhecido.

As grandes descobertas e os grandes inventos foram conseguidos em grande parte graças aos estudos, evidentemente, mas não só. Eles também se deveram à intuição, observação e mudanças nos experimentos anteriores. Daí a necessidade de libertarmos as mentes para conhecermos a nós, aos outros e à parte importante do todo.

Conforme nos libertamos, mais conhecemos. Porém, o todo, em si, talvez nunca consigamos alcançar, a não ser que nos desprendamos verdadeiramente da individualidade, o que parece ser difícil, já que somos seres materializados. A mente humana, que alcança a capacidade de sentir a dor e necessidades alheias, pode ser capaz de chegar ainda mais longe, muito mais longe, a ponto de sentir o todo? Se libertarmos verdadeiramente a mente, e com perseverança, poderemos vir a saber.

Mas não se trata de providência simples e fácil em um mundo tão individualista e que valoriza tanto o prazer imediatista. A sociedade moderna avança na ciência e promove avanços, mas precisa avançar muito mais em se tratando de conhecimento individual, coletivo e do todo, incluindo aí a natureza e o Universo. Talvez seja mais fácil perceber quem realmente somos, para daí conseguirmos avançar rumo ao mais amplo até chegarmos ao todo, já que, queiramos ou não, por questão filosófica e por dedução lógica humana, o integramos.

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

PALESTINA E ISRAEL. OS NECESSÁRIOS PINGOS NOS IS.

Neste domingo houve uma grande manifestação pró-Palestina em plena avenida Paulista, em São Paulo. Ela é parte de atos semelhantes e até maiores que ocorrem em todo o planeta. A grande maioria da população mundial está com a Palestina e contra o genocídio. Parte significativa dos judeus, inclusive residentes no Brasil, também é contra os excessos (que são muitos) cometidos por Israel e muitos são antissionistas. 

Israel acusa de antissemita qualquer um que revele e acuse Israel pelo o que vem fazendo.

Dizer que é antissemitismo acusar Israel de genocídio vai contra o bom senso e o próprio significado da palavra. Ninguém acusa os judeus, mas sim o Estado de Israel. Ademais, palestinos são tão semitas quanto os árabes e os judeus. Assim, pratica antissemitismo às claras o Estado de Israel que tenta dizimar a população palestina, que a priva de água, de comida, de suprimentos, de escolas, de Mesquitas e Igrejas, de hospitais e de apoio humanitário. Assim, quem apoia o genocídio israelense é que deveria ser acusado de antissemitismo, por questão semântica e de lógica.

Quanto ao denominado Plano de Paz proposto por Trump, ele é uma piada, e de muito mau gosto. Exigir que Gaza não tenha nenhuma arma, enquanto Israel, armado até os dentes, destroi tudo o que está em pé na região, é lamentável, assim como colocar um britânico para comandar Gaza, sem respeito à autodeterminação do povo palestino Como assim?

Israel que praticou excessos comparáveis ao nazismo, que utilizou a fome como arma de guerra, que fuzilou civis que buscavam comida, que destruiu escolas, hospitais e prédios da ONU, além de matar centenas de jornalistas, é que deveria ficar sob comando estrangeiro e sem armas, para que não repita a tragédia com nenhum outro povo. O contrário, sim, é deixar impune e ainda premiar Israel pelo genocídio.

O Brasil deveria exigir a imediata liberação dos brasileiros que estavam na Flotilha e que foram presos por Israel. Caso não sejam liberados imediatamente, o Brasil deveria, assim, romper automaticamente as relações políticas e comerciais, encerrando de pronto - em todo o solo brasileiro, o que vale para todos os entes federativos brasileiros - todos os acordos existentes, proibindo a compra de serviços e de bens israelenses e cancelando automaticamente qualquer contrato ou convênio celebrado com entidade israelense ou o próprio governo de tal país A decisão cabe ao Presidente da República, que deve colocar pressão em Netanyahu. Para Israel, que sofre uma séria crise econômica devido à guerra, o rompimento das compras, serviços e contratos e convênios celebrados com o Brasil seria um péssimo negócio. O Brasil gasta muito mais comprando de Israel do que recebe vendendo para ele. O déficit comercial para o Brasil - com Israel - foi de US$ 690 milhões só em 2024.

Não faltam países para fornecer os armamentos e os serviços que Israel vende para as pastas da Defesa e de Segurança Pública da União, dos Estados e Municípios.

Se a negociação diplomática não resolve, que se utilize da arma econômica, até em prol dos nossos nacionais, dos interesses brasileiros, dos interesses humanitários e da economia do nosso país. 

O Brasil não é anão diplomático. Nunca foi! Foi graças à diplomacia brasileira que Israel existe hoje como Estado. Anão diplomático e moral aos olhos de todo o globo é o Estado de Israel sob o comando de Netanyahu, e que se apequena mais e mais a cada minuto que passa.

sábado, 4 de outubro de 2025

A ENTRADA EM UMA NOVA DIMENSÃO ESPIRITUAL NECESSITA DE UMA CONCOMITANTE MUDANÇA GEOPOLÍTICA

A queda econômica e de influência geopolítica gradual do ocidente coletivo permitirá ao ser humano o reencontro com a Espiritualidade. Para mim isso é fato incontestável.

As guerras insanas, o imperialismo, o colonialismo e os regimes de apartheid tendem a ser substituídos por um novo modo de ver de nós humanos, de reencontro do ser humano com o passado um pouco mais distante.

A Fé demasiada no acúmulo de capitais e no consumismo do absolutamente desnecessário, representado pelo neoliberalismo, mudou a natureza do ser humano ou a revelou como é de fato, oportunista e sádica? 

Parece ser absurdo, mas é real, que tenha gente torcendo por assassinato por policiais e por forças armadas contra pessoas desarmadas, civis, muitas vezes na fila da comida como esmola.

Parece ser desarrazoado alguém pregar que Cristo defende que as pessoas se armem ou que a Igreja deve ser contra a caridade. Como assim?

A busca pelo capital generalizou-se e alcançou não apenas o trabalho e o comércio, mas até a Fé, a falsa Fé, com os falsos pregadores e, obviamente, os falsos rebanhos religiosos. Visam, quem busca esse tipo de "Fé" e quem a conduz, a troca de favores comerciais, mais que as palavras Espiritualizadas. Daí julgam, condenam e pouco acolhem. Daí o individualismo crescente.

Com o fim do neoliberalismo não haverá Céu de imediato, mas a tendência é o reencontro do ser humano consigo.

A China tem um papel relevante. A sua filosofia de vida, baseada no Confucionismo e Taoísmo, é humanista e coletiva, assim como todas as Igrejas deveriam ser. 

E quem diria que seria o Comunismo que permitiria a aproximação do ser humano de sua essência, da Espiritualidade?

Essa mudança é a nova dimensão Espiritual que muitos tanto apregoam. Se assim o for, que ocorra logo essa mudança geopolítica em prol da humanidade e da Espiritualidade.

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Democracia vai muito além do sistema econômico

A notícia de que um sul coreano foi condenado por escrever um poema imaginando a Coreia reunificada, mas sob o comando do líder norte coreano, não é recente (é de novembro de 2023) e já ensejou três condenações do autor da poesia. O link da notícia está no fim desse texto.
A Coreia do Sul tem aparência de Democracia e assim é tratada no Ocidente, mas como a notícia acima evidencia, não é bem assim.
Os países podem adotar o regime democrático, mas quase sempre há falhas no sistema local, seja na Coreia do Sul, Israel, Estados Unidos, França e em tantos outros países.
Ao contrário do que se diz, não é o capitalismo que garante a democracia. Muitas vezes o sistema capitalista cerceia ou limita o acesso à democracia.
Em Estados muito encolhidos e fracos, a democracia, se ainda for existente, é frágil.
O que promove a democracia é o acesso à educação, à cultura e à cidadania, com um Estado atuante e uma sociedade plural. Além disso, a democracia deve ser exercida diuturnamente e ser constantemente aprimorada.

https://sputniknewsbr.com.br/20231127/homem-e-preso-em-seul-por-escrever-poema-elogiando-a-coreia-do-norte-31716503.html

terça-feira, 30 de setembro de 2025

BRASIL, FLOTILHA DA LIBERDADE E "ACORDO DE PAZ PARA A FAIXA DE GAZA"

GAZA

Nesse momento em que estão a dois dias da Faixa de Gaza, militantes brasileiros do Flotilha da Liberdade, que reúne quase 50 barcos e mais de mil pessoas de 46 países, solicitam ajuda de segurança militar ao presidente Lula, já que barcos espanhois e italianos, que dariam segurança para coibir ataques bélicos das Forças de Israel, ainda não alcançaram a frota. Por mais que seja válida e necessária a segurança  solicitada, ela não teria como ser garantida de fato, pois é inviável que navios de guerra brasileiros chegassem às águas palestinas em apenas dois dias. O que o governo poderia fazer é enviar aviões de combate para águas internacionais, mas isso demandaria conversações com países africanos e do oriente médio para pouso e reabastecimento (além de aviso prévio aos Estados Unidos e Israel). Assim, segurança militar efetiva pelo governo brasileiro, nesse momento, a dois dias da chegada da Flotilha a Gaza, parece ser inviável. O mais adequado e que teria maior peso geopolítico e militar seria o próprio BRICS garantir a segurança.  
O bloco, que reúne três das grandes potências nucleares, alguns dos maiores exércitos do mundo e grandes economias do planeta, teriam poder de compelir Israel a não agir ilegalmente contra os membros da Flotilha da Liberdade. Nisso, o presidente Lula poderia influenciar Xi Ji Ping, Vladimir Putin e Modi, líderes, respectivamente, da China, Rússia e Índia, a enviarem forças militares à região, agindo esses países de forma unificada e centralizada. Para isso, seria conveniente uma conversação prévia com líderes dos Estados Unidos e Europa. Mas há de se recordar que o BRICS não representa uma organização militar e até agora não quis mostrar qualquer relevância bélica e seria difícil haver, de forma tão breve, uma decisão unificada e centralizada de suas forças militares. Mas não custa pedir. O BRICS tem peso não só econômico, mas principalmente geopolítico. E somente o BRICS seria capaz de conter Israel, considerando-se os laços umbilicais entre britânicos e estadunidenses com Israel.

ACORDO DE PAZ EM GAZA PROMOVIDO POR TRUMP

Parece brincadeira o proposto acordo de Paz de Trump. Quem dirigiria os palestinos seriam líderes internacionais. Como assim? Além de não constituir, de direito, um país, os palestinos ainda teriam que se submeter a decisões de líderes internacionais e permitir que forças militares israelenses continuassem em boa parte de seu território? Quanto à determinação de desarmamento do Hamas e a proibição de que exerça a liderança politica, grupo que é considerado pelos palestinos como força de resistência, tenho minhas dúvidas se seria, sob a legislação internacional, algo legítimo. Mas ainda que o fosse, o problema são questões mais aviltantes, como as que mencionei no início do parágrafo.

Obviamente a questão da cessação dos ataques em Gaza requer urgência, mas uma decisão de paz efetiva e duradoura na região exige que se aborde não apenas Gaza, mas também a Cisjordânia, que - sem publicação pela mídia - vem sendo alvo de ataques das Forças Armadas de Israel e de colonos extremistas israelenses, além de ter sido retalhada com tantas colônias israelenses, muitas delas compostas por israelenses de origens russa e estadunidense.

Nesse ponto, o Brasil, juntamente com outros países latino americanos, como México, Colômbia e Chile, devido não só ao porte econômico, mas também à imigração palestina que esses países receberam, teriam relevância e legitimidade para participar de negociações que, lembre-se, deveriam ser conduzidas por palestinos e israelenses, ao lado de potências estrangeiras, e não o contrário. Quem deve se posicionar são os palestinos e israelenses. Os demais países deveriam apenas - como parece ser óbvio em mesas de negociação - sugerir.

BRASIL

Enquanto o ataque interno ao Supremo Tribunal Federal persiste, a Suprema Corte brasileira vem sendo objeto de citações elogiosas mundo afora, principalmente na América Latina, Europa e Estados Unidos, como exemplo a ser seguido, principalmente por sua atuação em defesa da Democracia e do Estado e Direito, Não é de se duvidar que Ministros da Corte, em especial Barroso e Moraes possam ser vir a ser indicados a Cortes Internacionais após suas aposentadorias no Supremo Tribunal Federal, isso se tiverem desejo e saúde para tanto.

Enquanto Lula se mantém como presidenciável, sem candidatura rival no campo da centro-esquerda e esquerda, a extrema direita, direita e centro-direita dizem desejar, agora, o governador do Paraná como candidato presidencial, contando com o apoio de parte do dito "Mercado" (leia-se instituições financeiras da Faria Lima e parcela do grande empresariado). Bolsonaro, além de inelegível, foi condenado a pena de prisão superior a 27 anos, não podendo ser candidato. Eduardo Bolsonaro está fora do país e se retornar muitos dizem que corre o sério risco de ser preso em razão de processos criminais em trâmite. Tarcísio de Freitas, governador do Estado de São Paulo, disse descartar sua candidatura ao Planalto, preferindo disputar a reeleição em S. Paulo. Se assim o fosse, porque teria se reunido com Bolsonaro nessa segunda-feira? Estranho. Razão parece estar com Andrea Sadi, do G1 e da Globo News, que disse que Tarcísio ainda é candidato ao Planalto, mas não quer se desgastar com a ala mais radical do bolsonarismo e necessita contar com o apoio expresso do próprio Bolsonaro, para apaziguar o bolsonarismo raiz. Mas não só. Entendo que para verificar se Tarcísio quer, ou não, a presidência, é necessário ficar de olho na movimentação do seu Secretário de Segurança Pública, Derrite, nome de peso à canditatura ao governo do Estado de São Paulo, muito embora o vice-governador, do PSD, também seja uma opção (mais por desejo de Kassab, do que do bolsonarismo paulista).

E o centro? Bem, o centrão, por enquanto, apoia o Ratinho do Paraná como presidenciável (sem esquecer de Tarcísio). Parece que Republicanos, PL, PP e PSD estariam no mesmo barco. O PMDB pode ser uma surpresa.

Na esquerda, Ciro Gomes anda apagado. Uma candidatura de peso poderia vir do PSB, partido do vice-presidente, mas dificilmente o partido que dá base de sustentação ao governo federal faria um voo solo, podendo ser o cabeça de chapa nas eleições de 2030, com o apoio expresso do PT, quando Lula já não poderá se reeleger. E nomes qualificados do partido não faltam.

TAXA DE 100% SOBRE FILMES ESTRANGEIROS. MAIS UMA MEDIDA DE TRUMP QUE PODERÁ ACARRETAR PREJUÍZO À INDÚSTRIA DOS ESTADOS UNIDOS

Trump deseja impor taxa extra de 100% a qualquer filme produzido fora dos Estados Unidos.

Os filmes dos Estados Unidos já foram uma arma poderosíssima, chamada de soft power, para conquistar mentes e corações mundo afora.

Hoje, porém, Hollywood perdeu força. Índia, com sua Bollywood, e Nigéria, com sua Nollywood, produzem muito mais filmes que os Estados Unidos. Quanto a público, China é insuperável. Porém, proporcionalmente, o povo que mais vê filmes é o islandês. Para quem não sabe, a Islândia é uma ilha situada no norte do Atlântico, que tem pouco mais de 400 mil habitantes.

Como poucos filmes estrangeiros chegam aos Estados Unidos, o prejuízo será principalmente aos filmes de arte, muitas vezes asiáticos e europeus, e às produções feitas com a participação de diversas Nações. Há que se analisar também a compra de filmes disponibilizados pelas plataformas de streaming, como o YouTube e, principalmente, a NETFLIX, que tem farta produção estrangeira.

Aos outros países o prejuízo será pequeno, pois o país produtor não pagará taxas para filmes nacionais ou para a compra de outros países. O prejuízo será a produção feita em parceria para exportação, incluindo aí os Estados Unidos. Porém, mais uma vez, ao contrário do esperado por Trump, pode haver um revés inestimável aos Estados Unidos se alguns países impuserem tarifas altas para a importação de filmes, séries e programas audiovisuais produzidos nos Estados Unidos. Aí a receita dos Estados Unidos cairá muito, lembrando que a exportação de filmes traz muitas divisas ao país.

Parece que a medida alardeada por Trump é demagógica e tenta conquistar o público interno da Califórnia, tentando enfraquecer o governador do Partido Democrata.

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

A UNIÃO MILITAR DE PAISES ÁRABES E/OU ISLÂMICOS

O ataque israelense a membros do Hamas no Catar acarretaria a formação de um exército árabe unificado em situações de ataque a um dos países membros, ao estilo OTAN?

Muitos dizem que sim, e que países do Golfo já estariam se preparando para isso e que um sinal forte seria o pacto recém firmado entre a árabe Arábia Saudita e o não árabe Paquistão.

O que une os países árabes é, em parte, o povo, de etnia majoritariamente árabe, mas politicamente são muito divididos, prevalecendo os interesses pessoais locais de cada político reinante.

Estão próximos desses países o Egito (também árabe), a Turquia e o Paquistão. Israel, depois do bombardeio ao Catar, passou a ser visto com enorme preocupação. Os Estados Unidos, que possuem bases em quase todos esses países, é visto com enorme desconfiança.

Enquanto isso ocorre, a China cresce econômica e militarmente e o Irã, persa e não árabe, se aproxima de grande parte dos seus países vizinhos e próximos. Esses dois países, na minha concepção, são as peças-chaves para a criação de um interesse comum entre os países árabes e até entre os países de maioria islâmica. Explico.

O Iraque, a Líbia e a Síria foram atacadas pelos Estados Unidos, membros da OTAN, e por forças terroristas, a Síria especialmente, com a o apoio (no ataque à soberania e integridade territorial de alguns desses países), direta ou indiretamente, como a Jordânia, Catar, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Kwait.

Os países árabes laicos, agora, são poucos, como a Tunísia, a Argélia, o Líbano, o Egito e talvez um outro a mais. A grande maioria dos países árabes têm o Estado mesclado com a religião, o Islã.

E foi com a religião, principalmente a divisão em wahabitas, xiitas e sunitas, basicamente, que o ocidente manteve a divisão política nos países árabes e no mundo muçulmano. 

A China, ao contrário, aproximou antigos rivais, como Arábia Saudita (wahabita) e Irã (persa xiita), e ainda tentou integra-los, junto a outros países islâmicos nos BRICS.

Os árabes já perceberam que a China atua diferentemente dos EUA e que o interesse dela não é a repartição, a guerra e a apropriação do petróleo alheio, mas a união pelo comércio, o que é facilmente compreendido pelos árabes, turcos e persas, povos igualmente comerciantes, com DNA no comércio há milênios.
 
Dessa forma, é previsível que o aumento da importância da China na região, como vem ocorrendo, aumentará as chances de união, inclusive militar, mas isso depende de um impulso externo, que pode ser o medo a Israel, a desconfiança em relação aos EUA, ou a iniciativa de um terceiro país, como a Turquia, o Paquistão e até mesmo o Irã, ou de todos esses juntos, o que acho possível, considerando-se o risco que todos eles correm com os sionistas radicais que governam Israel.

O acordo entre a Arábia Saudita e o Paquistão, países distantes e não próximos territorialmente, mais que acordo militar propriamente dito, embora assim tenha sido denominado, parece esconder, na minha percepção pessoal, trocas não reveladas, portanto secretas, de conhecimento militar na área nuclear, seja para os desafios com Israel, seja até mesmo com o próprio Irã.

Nessa análise, não se pode esquecer que o Paquistão é um parceiro do Irã e um aliado muito próximo e fiel da China.

O fato é que as alianças no Oriente Médio estão sendo remodeladas gradativamente, sob os ritmos árabe, persa, turco e chinês, muito diferente do ritmo alucinante ocidental e de Israel. 

Enquanto isso, porém, os palestinos continuam sendo massacrados em um genocídio transmitido em tempo real e Israel continua impune, assim como os seus líderes políticos. 

Talvez a situação dos palestinos seja resolvida, se o for, conjuntamente com a questão política e militar dos países da região, mas será que até lá sobreviverão palestinos na terra que lhes pertence por direito, como reconhecido pela ONU?

domingo, 28 de setembro de 2025

NETANYAHU, A PERVERSÃO, O MAL SEM FIM E AS PORTAS DO INFERNO.

Até quem lidera o reino do mal tem os seus limites éticos. Netanyahu e o seu gabinete, não!

Quando pensamos que não haveria mais o que uma mente doentia poderia pensar em Israel, descobre-se que veículos militares antigos são abandonados por Israel com bombas e monitorados à distância para, como robôs comandados por controle remoto, explodirem e destruir o que restou de prédios e de pessoas na sofrida Gaza.

O sadismo parece não ter fim. Até então, a destruição de escolas, Mesquitas, Igrejas, Hospitais e prédios de entidades assistenciais e da ONU pareciam ser o limite da tragédia em Gaza e da crueldade de Netanyahu e seus colaboradores.

Não bastasse isso, crianças, pequenas crianças, foram executadas a sangue frio, separadamente de qualquer adulto. Depois, foram as abjetas execuções de pessoas famintas nas filas de espera por comida. Em seguida, Netanyahu colocou os presos, muitos deles terroristas, assassinos, traficantes e estupradores, que fugiam das prisões de Gaza, armados por Israel, para executar civis, selecionar quem pode comer ou não, e impor a lei do terror na prisão chamada Gaza.

Mas a maldade não para por aí. Segure as lágrimas. Como verdadeiros sádicos e doentes, os sionistas extremistas colocaram alto falantes para que a população palestina de Gaza fosse obrigada a ouvir o discurso de Netanyahu proferido na ONU, no mesmo momento em que a grande maioria das Nações se recusou a presenciar o discurso, com seus representantes deixando o plenário da ONU praticamente vazio, com Netanyahu quase sem plateia, a não ser a dos cativos quase mortos de Gaza.

Netanyahu está doente. Tem fixação doentia por Gaza, por sangue, pela depravação, pelo morticínio, pelo mal.

Não que esse sujeito com nome cuja sonoridade lembra algo ruim, ao exemplo de Belzebu, fosse são, pois sempre foi ligado à ala extremista do sionismo. Mas agora ele e o seu gabinete ultrapassaram qualquer limite. Talvez nem o Deus da Guerra que os criou os perdoe. O inferno que ele criou para as crianças, mulheres, jovens e idosos presos no campo de extermínio de Gaza pode ser o mesmo que ele e o seu gabinete enfrentarão no inferno mental e espiritual que ajudaram a criar, com a observação de que lá não há o tempo como o conhecemos. O reino do Mal, que representa os atos, as maldades, os ódios, a desumanidade que esse gabinete de Netanyahu praticou, os espera. Pode não ser hoje, nem amanhã, mas a porta do inferno estará escancarada, esperando por esses depravados.

Cristo está acolhendo cada enfermo, cada faminto, cada corpo que acabou de perder a vida, ao mesmo tempo em que ilumina a todos que ajudam essa população descrente da vida. Mohammad, ou Maomé, deve estar a abraçar a cada um que sofre, que chora, que se desespera. Abraão e Moisés devem estar a clamar pelo fim do genocídio em terra sagrada. Os sobreviventes do holocausto devem estar em prantos.

Os sionistas radicais, em ato configurado como antissemitismo, estão exterminando o povo semita palestino. Quanta contradição!

Muitos islâmicos, cristãos, budistas, ateus e até judeus choram pelos palestinos. Lembre-se que nem todo judeu é sionista. Muitos judeus são contrários ao Estado de Israel, inclusive. E nem todo sionista é extremista a tal ponto. 

Que o Deus de cada um poupe os bons de coração!

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



Postagens populares

__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
NOTÍCIAS, OPINIÕES, ARTIGOS E MEROS ESCRITOS, POR CYRO SAADEH
um blog cheio de prosa e com muitos pingos nos "is"

___________________________________________________________________________________