O Brasil não precisa de vergonha na cara. O País e o seu povo tem.
É impressionante o número de pessoas que acorda cedo para trabalhar, seja num escritório, numa empresa ou até mesmo de maneira informal na rua, vendendo água, salgados ou doces.
São sofredores que se dispõem a lutar pelo pão de cada dia. E isso em um país riquíssimo, de vasta extensão territorial, com riquezas naturais e uma grande população e A 8ª economia do mundo.
O brasileiro, mesmo na pobreza, se vira como dá e tenta sobreviver licitamente em um país tão rico.
É fato que alguns extrapolam e vendem produtos objeto de descaminho, contrabando e até de furto ou roubo. Mas são poucos.
Outros não têm limites e querem enriquecer facilmente utilizando seus mandatos, um poder fictício, mas legal, concedido pelo povo. Esses compõem uma grande parte dos nossos políticos que querem cooptar, usurpar, pressionar e levar vantagens indevidas. Falta a estes a necessária vergonha na cara e uma punição exemplar. Se enriquecem enganando o povo e o próprio país. Causam mais estragos que muitas guerras seriam capazes de proporcionar.
Graças a esses políticos não progredimos economicamente, temos miséria, uma educação pífia, um sistema de saúde insuficiente e ainda vemos gente passando fome. Isso na 8ª economia do planeta.
Precisamos, além de uma reforma política, uma mudança na forma do brasileiro eleger os seus candidatos e um planejamento do país para o futuro, onde todos os governantes teriam que atender ao compromisso lá proposto, sem alterações diuturnas como o fazem com a nossa Constituição Federal.
Precisamos de partidos mais representativos, e em menor número. Com partidos realmente fortes diminuirá a chance dos oportunistas de plantão.
A mudança, ao mesmo tempo que vem do interior de cada um de nós, também vem da forma como vemos o nosso país, que deveria ser de todos os brasileiros presentes e futuros, vem ainda da não aceitação da corrupção, por menor que ela seja, punindo severamente o corruptor e o corrupto. A lava jato pode não ser perfeita, e não é, mas é o começo de uma mudança, de uma necessária mudança em prol de um Brasil mais democrático e de todos nós.
Mas só esse processo não basta. É imprescindível uma mudança de paradigmas. Será que a nossa sociedade realmente quer isso?
O inconformismo é importante, mas não suficiente. Devemos refletir sobre o momento atual e propor mudanças significativas, uma mudança de paradigmas.