quinta-feira, 27 de agosto de 2009

100 ANOS DA MORTE DE EUCLYDES DA CUNHA


Euclydes da Cunha, que eu prefiro grafar com “y”, já que era assim que o seu nome constava de seu registro de nascimento, era antes de tudo um brasileiro, um forte, um revolucionário, um escritor, um militar, um engenheiro, um jornalista, um sociólogo, um antropólogo, um político, um republicano, um democrata e um humanista. Era uma pessoa que carregava consigo um brilhantismo profissional e uma humanidade ímpares. Se o Brasil se conhece melhor hoje do que há 100 anos, deve isso àquele que denunciou o massacre de Canudos ao mundo inteiro através da obra-prima publicada em 1902, “Os Sertões”. Mas não foi somente dessa forma que Euclydes demonstrou o seu amor pelo Brasil. O livro Amazônia e o seu ingresso frustrante na política evidenciam ainda mais a sua personalidade idealista.

Carioca de nascimento, Euclydes radicou-se em São Paulo, tendo iniciado a sua carreira como militar pró-republicano, criando com isso contratempos com os oficiais da Monarquia de D. Pedro II.

Apoiou a República, mas com os crimes praticados no arraial de Canudos pela imatura e corrupta República, voltou-se contra ela e também contra os desmandos praticados contra os brasileiros e o próprio Brasil do sertão.

O eclético Euclydes tornou-se jornalista do jornal O Estado de São Paulo e acompanhou os militares na cobertura da guerra fratricida de Canudos. Lá, emocionou-se com as barbaridades e as denunciou em seu livro Os Sertões a todo o planeta terra. A sua obra foi traduzida por uma ampla diversidade de países, inclusive a Alemanha, na qual o povo sempre demonstrou grande interesse na análise da sua obra e da guerra ocorrida em 1897.

E com a sua obra-prima Os Sertões, Euclydes da Cunha tornou-se mais que um grande escritor, consolidou-se como um grande revolucionário das letras e do Brasil. A sua morte desnecessária em um duelo pela sua esposa demonstra o homem frágil atormentado emocionalmente, que contrastava com o forte Euclydes, eternamente corajoso.


No dia 15 de agosto completou-se 100 anos de sua morte, do seu assassinato e da perda imensurável de um grande brasileiro.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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